A outra dimensão; escrita por Val-sensei


Capítulo 13
A esperança começa a voltar ou não.




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Lin entrou no hospital eufórico e viu Décio e sua família unida na sala de espera, eles conversaram um com o outro quando Luana o viu e deu um sorriso a ele.

— Já estava preocupada Lin, achei que você não vinha hoje – Luana o viu entrar e viu Carlos também o olhando.

— Décio eu tenho ótimas notícias para você e para sua família. – ele estava animado.

Décio apenas o olhou sério.

— Meu pai conseguiu um ótimo emprego para o seu pai e sua mãe. – ele estava entusiasmado. – Eles irão trabalhar na minha casa, sua mãe como secretaria do lar, seu pai como motorista, a sua faculdade no exterior já está garantida e só a Ayane ficar bem e você pode ir – ele o encarou com um sorriso imenso no rosto.

Décio o olhou quase incrédulo, com seus olhos castanhos esbugalhados e disse:

— Você está de brincadeira? – ele estava sério e incrédulo do mesmo jeito.

— Não estou, mas se caso você não quiser estudar fora a bolsa vale nacionalmente também, afinal tem a faculdade aqui também, e você pode começar enquanto a Ayane está em tratamento – ele o encarou sério.

Décio inesperadamente deixou cair uma lágrima de seus olhos e ainda incrédulo foi até o Lin e o abraçou meio sem jeito.

— Se tudo isso for mesmo verdade, eu nem tenho palavras para agradecer – ele o encarou e seus olhos brilharam com as lágrimas saindo de seus olhos.

— Amanhã quero que vocês me acompanhem até a minha casa para acertar tudo com o meu pai – Lin deu um sorriso amistoso. – Agora vamos ver como a Ayane está – ele deu um passo quando sentiu uma mão estranha lhe puxar para trás.

Os pais de Ayane iam à frente e sem perceber que ele havia ficado para trás continuou o caminho.

Lin olhou o toque da mão fria e viu Décio o encarar de uma forma diferente.

— Então você é o reflexo do Royne – ele deu um sorriso sínico que o assustou e o deixou sem entender nada.

— Pare de plantar esperanças no coração dele, pois eu não vou deixar e se você continuar assim, eu mato a garotinha e ela nem chegara até mim – ele o encarou com pura maldade e um sorriso cínico nos lábios e Lin não entendeu nada e viu Décio o olhar sem entender nada.

— Lin, por que estamos aqui ainda? – ele viu que estava segurando-o e Lin o olhou e então veio um estalo em sua mente se lembrando do mundo dos sonhos.

— Estávamos conversando sobre sua faculdade – ele sorriu. – Vá ver sua irmã, eu preciso ir ao banheiro.

— Ok, nos falamos depois.

Lin correu até o banheiro e foi até o espelho e o encarou com determinação.

— Royne – ele o chamou se olhando no espelho. – Royne! – ele gritou mais alto, mas nada. – Droga como isso funciona – ele colocou a mão no espelho e suspirou fundo. – Preciso tirar uma dúvida Royne como eu faço?

— Hora se não é meu reflexo – a voz soou do outro lado do espelho.

— Você que é meu reflexo – ele o encarou sério.

— Que seja – ele viu um olhar meio perdido.

— Qual o motivo de me chamar assim? – ele o encarou sério.

— Irmão da Ayane mudou completamente por alguns minutos e disse as seguintes palavras: - “Então você é o reflexo do Royne”. “Pare de plantar esperanças no coração dele, pois eu não vou deixar e se você continuar assim, eu mato a garotinha e ela nem chegara até mim”.

— Você está de brincadeira, não é? – Royne perguntou incrédulo.

— Não, não estou – ele falou sério e apavorado. – Estou com medo de ele matar a própria irmã aqui.

— Pode acontecer se Deci realmente estiver conseguindo unir-se como agente, só que ele em vez de usar o espelho está usando o corpo, vai ser bem mais complicado se ele realmente está conseguindo isso.

— Mas como ele pode estar conseguindo isso? – Lin se perguntou com um pouco de receio. – Ele pode afetar a Ayane aqui?

— Não sei Lin... – Royne fez uma pausa. - Sei que podemos usar o espelho por sermos reflexo um do outro, mas o corpo eu não sei, mas vou pesquisar aqui e te falo, quando a Ayane melhor ficar de olho para que não aconteça nada com ela.

— Certo, também vou dar uma pesquisada – ele já ia saindo do banheiro.

— Se eu precisar eu te chamo para cá – ele olhou o seu reflexo de um modo sério.

— Estarei esperando – Lin deu um leve sorriso e saiu do banheiro pensando em como o tal do Déci conseguiu usar o corpo do Décio.

*****

Eu havia destruído todos os bonecos misturando o poder conforme Dil havia dito e me dei bem, foi então que ele veio até mim e disse:

— Eu estou orgulhoso de você, Ayane – Dil me deu um sorriso amistoso e colocou a mão no meu ombro. – Você dominou muito bem o vento e conseguiu unir com os outros poderes que você já havia aprendido.  Então seu treinamento comigo terminou – ele me encarou com um ar meigo.

— Então podemos seguir para o ultimo guardião antes do Deci – Fen entrou na área onde eu estava treinando.

— Sim Fen – Dil foi até ele e o encarou. – Cuide bem dela, por que ela é preciosa para uma pessoa – vi que Dil cochichou algo no ouvido do Fen, mas não entendi, mas vi Fen dar um sorriso maroto.

— Pronta Ayane – ele virou-se para mim com o mesmo sorriso maroto.

— Sim – me despedi do Dil com um abraço amigo e partimos para o ultimo guardião.

Subi no cavalo e sentei meio de lado, Fen montou atrás de mim e segurou as rédeas. Ele fez um gesto e o cavalo começou a correr o mais rápido possível pela mesma estrada que ligava as aldeias de cada guardião do cristal do sonho.

******

Lin chegou em casa, exausto, mas determinado a procurar sobre esse mundo em que a Ayane estava presa.

 Ele ligou o computador e começou a fazer a busca sobre o mundo dos sonhos, porém ele achou apenas alguns mitos, mas nada que dizia algo em comum com que o Royne havia lhe dito.

Ele pesquisou mais um pouco, então achou um blog estranho onde havia umas escritas em letras desenhadas e bem destacadas: Você já ouviu falar no mundo dos sonhos? Era a pergunta do título do Blog, curioso Lin entrou e começou a ler...

“O mundo dos sonhos é um lugar mitológico, onde ninguém prova se realmente os sonhos ficam mesmo guardados, mas durante algumas pesquisas arqueológicas verificou-se que em um tempo muito distantes os homens da caverna idolatravam um deus chamado deus do sonho onde ele tinha a forma de um cristal e esse cristal se dividia em dez partes cada um com um guardião diferente e com um poder diferente para proteger seus sonhos. Esse povo acreditava que os guardiões eram seus reflexos na água e por isso sempre criavam um tipo de ritual onde se acreditava que uma pessoa podia passar para o mundo do sonho se ela tivesse morrido, mas nada consta para ser provado.

Outra cresça do mundo dos sonhos e que os habitantes podiam atravessar os espelhos e entrar em contato com esses povos primitivos passando conhecimento e sabedoria a eles, mas tudo que encontramos foram apenas algumas escritas antigas nas paredes e sem muito nexo para ligar realmente esse fato”.

Lin terminou de ler muito curioso, então resolveu mandar e-mail para a menina (o) do blog para tentar alguma coisa com ela.

Mais tarde Décio e sua família chegaram à casa de Lin e o mesmo os recebeu.

— Sejam bem vindos, o meu pai os aguarda – ele leva Décio, Luana e Carlos até o escritório de seu pai.

Lin abriu a porta e pediu para eles entrarem e entrou logo em seguida.

— Olá, sejam bem vindos. Sentem-se – o pai de Lin fez um sinal para eles sentarem.

— Bom pai essa é a Luana, Carlos e Décio – ele deu um sorriso ao pai. – Esse é meu pai, Dilmer – ele os apresentou.

— Muito prazer – cada um apertou a mãe do homem de cabelos pretos e olhos levemente amendoados e com um sorriso no rosto.

— Seu filho tem feito muito pela nossa filha e agora ele está intercedendo por nós, desde já quero agradecer – Luana estava emocionada.

— Eu sei, acho que ele está apaixonado pela sua filha – Dilmer olhou para mulher e Lin ficou um pouco rubro. – Bom Décio, quer estudar por aqui mesmo ou quer a bolsa para estudar fora do país, assim que sua irmã acordar é claro.

— Eu gostaria de pensar um pouco, senhor Dilmer se o senhor não se incomodar.

— De forma nenhuma – ele deu um sorriso. – Quanto à senhora Luana, começa amanhã aqui em casa, pois a minha empregada teve que ser demitida por furto, descobrimos há pouco tempo e mandamos embora. – Quanto ao senhor Carlos, começa na minha empresa como motorista está bom para vocês?

— Excelente – Luana e Carlos responderam uníssonos.

— Ótimo, aguardo vocês amanhã – ele apertou a mão dos três e virou-se ao Décio. – Espero sua resposta rapaz, afinal não e fácil conseguir uma bolsa assim, ainda mais fora do país, porém você pode ficar no país mesmo com a sua bolsa – ele sorri ao rapaz.

— Obrigada senhor Dilmer, mas quero ficar com a minha irmã por agora – ele saiu e acompanhou os pais e Lin os acompanhou até a porta se despedindo deles e voltando a pensar no blog que ele havia encontrado. 


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