Filha do medo escrita por Evil Maknae


Capítulo 1
Invasão humana.


Notas iniciais do capítulo

Olá :3

Minha primeira fic original ;o;

Espero que gostem, boa leitura :3



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Não há ódio maior do que quando algum idiota descobre a passagem da nossa base secreta.

Qual é, quem em sã consciência entra em uma floresta em plena noite, sabendo da lenda? Os medos irracionais deles são reais. Eles só não descobriram ainda.

E é para isso que a Base e a Equipe servem. Mantê-los afastados e protegidos de seus próprios pesadelos e medos, até o ponto de pensarem que nada existe. Pobres tolos. Mal sabem que o pior de sua imaginação e consciente pode se alojar bem embaixo de suas camas...

A Equipe é chamada de Luz, por conter a esperança que a escuridão não tem para eles. Existem outras equipes pelo país, mas essa cuida da região da capital, afastando e matando todos os Medos, antes que seus possuintes sejam devorados. Entramos nela de forma hereditária. Minha mãe, ela era uma Iluminada, como são chamados o pessoal da Equipe. São cerca de vinte pessoas nessa Base.

A base é onde moramos e nos suprimos, basicamente são seis construções: enfermaria, cozinha, dormitórios, arsenal, sala de reuniões e, recentemente foi construído uma sala para a diversão, tudo em um campo envolto pela floresta densa. A melhor maneira de entrar na Base é pela floresta, realmente, que fica atrás de toda civilização da cidade, a ideia era ficar afastada das pessoas, para evitar descobertas, mas ultimamente tenho visto vários humanos enfrentando seus temores, derrotando seus medos sozinhos e acabam entrando na Base assim.

Surpresa é basicamente a reação deles. Quem imagina que um grande campo ficaria em uma floresta abrigada pelo medo alheio? É de lá que eles vêm. Que o medo toma forma.

E, bem, um garoto loiro estava correndo deles. Idiota. Não havia necessidade de entrar nessa maldita floresta! São mesmo um bando de medrosos! Somos treinados para não sentir medo, por isso enfrentamos os medos por eles.

–- Ei, Clary, sua vez de expulsar aquele ali – Levei um cutucão de Valentine, a única integrante da base que possuía cabelos coloridos. – Eu expulsei o último invasor...

–- Espere aí, como é? Eu não tenho paciência o bastante... – Respondi tentando me livrar da tarefa.

–- Vai lá. Antes que o resto dos Iluminados acorde. – Ela me colocou para fora da cabana que era nosso dormitório.

–- Merda... Ei você! – Eu o chamei. Parecia assustado. – Saia daqui agora!

–- Quem é você? Você está vendo o mesmo que eu? – Ele respondeu assustado, enquanto olhava freneticamente para os lados, apenas parra checar e havia algum Medo o perseguindo.

–- Não interessa a você quem eu sou. Apenas saia da minha... Fazenda! Isso. Da minha fazenda.

–- Isso não é uma fazenda nem no inferno!

–- Quer que eu te mande para lá pra checar?! Saia daqui agora.

–- Espere, você... Você viu aquelas coisas?

–- Além de um idiota intrometido ainda é drogado? Não vou repetir. Se manda. Não tem nada aqui.

–- Mas... Mas os monstros vão me pegar!

Havia me esquecido completamente do fato de que ele não poderia sair, porque os Medos definitivamente o devorariam.

–- Aquilo ali é um disco voador? – Apontei para o céu. Enquanto ele olhava o lugar apontado, golpeei sua cabeça com uma pedra qualquer. Seria mais fácil para mim leva-lo apagado.

________ //_________

–- Já o levou? Ele está bem? – Valentine chegou bombardeando perguntas enquanto eu entrava de novo na cabana. Ninguém havia visto nada.

–- Sim e sim. Não vai se lembrar de nada graças a batida... Nunca mais faço isso. Sabe com quantos Medos tive que lutar carregando um idiota?

–- Sei sim. Sete. O contador mostrou quantos foram mortos...

–- Pois é! Sete! Usando apenas uma faquinha.

–- Mas você está bem.

–- Graças a mim mesma. Vou dormir no resto que sobrou da minha noite.

O sino tocou quando deitei. Maldito humano! Cinco horas de sono perdido.

–- Iluminados! Acordem! Quero todos vocês na sala de reuniões após o café da manhã! Avisos importantes serão dados! – Ouvi a voz do chefe da Base. – Sobre supostas invasões recentes de... Hum, medos na base.

–- Vamos. Não vai querer perder isso. Parece importante. – Valentine me puxava para fora. Agora eu havia me tocado que aquela idiota humano havia me visto de pijama.

________ //_________

Na sala de reuniões, o velho chefe da Base começou a discursar. Ele sentava na ponta da mesa gigante que acomodava todas as vinte pessoas.

–- Bem. Iluminados, como eu dizia no começo da manhã... A base está sendo invadida por medos... Constantemente. Mas não sabemos como. Não vimos nenhum Medo por aqui. Esse mistério está sendo levado a sério faz duas semanas pelo pessoal da administração. – Murmúrios sobre o desconhecimento do caso eram constantes. – Silencio, por favor. Eu sei, nenhum de vocês sabia, mas não havia necessidade. Poderia ser apenas um defeito dos alarmes.

–- O senhor disse “poderia”? – Um Iluminado perguntou.

–- Sim. Poderia. Mas não é. Checamos diversas vezes, mas nada de errado foi encontrado. Preciso saber; Alguns de vocês vêm sentindo medo ultimamente? É crucial para nossa própria segurança. Alguém?

Todos negaram.

–- Então... Não custa nada checar de novo, por ora.

–- E o que aconteceria se sentirmos? – Alguém perguntou.

–- Se, hipoteticamente você sentir medo, deixa, automaticamente, de ser de nossa equipe, pois seria tomado por seus medos, que hipoteticamente seriam mais fortes que o normal, afinal, é bem difícil de vocês criarem medos. Por ora, é apenas isso. – E então se virou para minha direção – E, a propósito, senhorita Clarisse Shadows, eu a vi em ação ontem à noite, meus parabéns. Podem se retirar.

Todos saíram para o treinamento diário avançado, que era aplicado para garantir o profissionalismo na execução de golpes.

No caminho, passei ao lado do alarme que detectava Medos. Ele começou a apitar logo depois.

Estranho... Não sinto medo algum.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?

Têm sugestões ou criticas construtivas? Me manda...



Bjins e obrigada por ler :*



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