Descobrindo o amor escrita por Lailla


Capítulo 14
Evoluindo


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora! o/ s2s2s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642281/chapter/14

Eu fiquei nervosa quando o aniversário de Akashi chegou. Tive vergonha, mas pedi ajuda a minha mãe para eu me arrumar. Como a família dele era rica, pensei logo que a festa seria algo grande e que eu deveria me vestir e ficar bem bonita para estar ao lado dele. E eu não me enganei, a festa de aniversário dele foi um evento. Não foi na casa dele, mas em um grande salão. Era realmente bonito e todas as pessoas estavam bem arrumadas, o que me deixou aliviada em pensar sobre isso antes.

Durante a festa, houve várias fotos e Akashi não saía do meu lado nem por um segundo. Ele ficou comigo o tempo todo, dizendo sempre como eu estava bonita e me fazendo corar. Eu estava usando um vestido branco com uma faixa prateada na cintura e sapatos claros de salto baixo que tem uma faixa da mesma cor no tornozelo. Como meu cabelo era curto, não pude fazer um penteado bom, mas usei uma tiara prateada para combinar com a faixa do vestido. As pessoas me olhavam e eu às vezes as ouvia cochichar, dizendo como eu era bonita ou “Como a namorada de Akashi-kun é linda!”. Me senti lisonjeada e corava frequentemente, ficando feliz em ver que eu ficara a altura de Akashi naquele momento.

Depois da festa, Akashi me levou para casa de carro. As ruas não estavam com muita neve, então fomos sem problema. Na minha porta, Akashi se despediu de mim, me pegando de surpresa com um beijo e me fazendo corar. Ele sorriu e depois foi embora. Eu fui para o quarto e comecei a respirar nervosamente, processando o fato de que aquele dia foi perfeito.

...

No colégio, tudo estava normal. Eu estava menos preocupada em relação à Kime, mas porque Naoko disse que a vigiaria para mim e me manteria a par de tudo. Eu ri quando ela se dispôs a fazer isso e aceitei, já que ela foi bem sutil em insistir. Ela quase veio pra cima de mim, dizendo que vigiaria Kime para ela não fazer mais nada contra meu relacionamento com Akashi. Me assustei e não pude recusar.

Às vezes, uma ou duas meninas eram escolhidas para pegar toalhas limpas e levar até o ginásio. Isso melhora nosso rendimento escolar em aceitar ajudar e dessa vez eu fui a escolhida. Peguei as toalhas limpas na lavanderia e as pus no cesto, que eu mal conseguia aguentar. Fui para o ginásio, onde pensei não haver ninguém antes da aula de ginástica, porém me deparei com Akashi treinando sozinho. Corei e recuei um pouco, vendo o que ele fazia. Akashi quicava a bola e corria pela quadra como se estivesse driblando alguém. Fiquei surpresa ao ver as jogadas que ele fazia, ele era muito bom. Num momento, ele virou quicando a bola e me viu parada na porta. Parou e a quicou novamente, pegando-a e sorrindo para mim.

– Mina.

– Uhm... – Corei – Hum, hai...

Entrei sem jeito e fui até a estante onde as toalhas ficavam. Pus a cesta no chão e peguei uma a uma, dobrando-as e guardando-as nas prateleiras. Akashi guardou a bola e veio até mim, o que me deixou levemente nervosa. Ele se aproximou e me abraçou por trás, o que me fez gaguejar com as palavras e deixar cair a toalha que eu dobrava. Ele deixou uma risada escapar e encostou a cabeça na minha, suspirando para cheirar meu cabelo. Me encolhi por ele me fazer cócegas.

– Eu gosto de te abraçar. – Ele disse quase que cantarolando, me abraçando levemente mais forte – Você é tão fofa...

– Uhm... – Quase gemia de nervoso – A-Arigatou...

Ele deixou uma risada escapar e me soltou, pegando a toalha do chão e me dando. Peguei sem jeito e ele se escorou na parede.

– Sua vez hoje? – Perguntou.

– Hai... – Disse, corando por ele me olhar enquanto sorria – Nani?

– Nada. – Ele achou graça.

Abaixei o olhar com vergonha. Dobrava e guardava as toalhas quase que tremendo por ele me olhar sem parar. Eu não me achava fofa, na verdade ele que era fofo. Akashi me tratava de uma maneira tão meiga que eu ficava envergonhada por não tratá-lo da mesma forma. Ele me abraçava sem motivo e até me deu aquele colar sem motivo algum! E eu não achava que fazia isso tudo da mesma forma com ele. Sentia vergonha de fazer, como se eu fosse me comportar como uma idiota. Eu sei que não é assim, mas ficava realmente envergonhada quando pensava em fazer isso. Não deveria ser tão difícil dar carinho ao seu namorado, ne?

Quando terminei de guardar as toalhas, Akashi se desencostou da parede e veio até mim. Me virei e dei de cara com ele, corando. Ele baixou um pouco para se aproximar do meu rosto e pegou gentilmente no meu braço.

– Nee, Mina. Posso te beijar?

– Eh? – O olhei em dúvida e abaixei o olhar – A-Aqui?

– Hai. – Ele disse calmamente.

– Hum... Hum. – Disse, o olhando.

Ele sorriu e pôs os braços ao redor de mim, me beijando. Corei um pouco, mas continuei o beijo. Ele desceu o braço ficando com ele em volta da minha cintura e outro do meu pescoço. Eu estava com tanta vergonha que nem conseguia me mexer direito. Queria abraçá-lo, mas o máximo que consegui foi pôr as mãos em seu peito e apertar sua camisa.

Enquanto nos beijávamos, Kime estava da porta nos assistindo. Ela estava com os braços cruzados e a expressão irritada.

– Queria que fosse você ali? – Chihiro perguntou, aparecendo de repente.

Ela o olhou, franzindo a testa em dúvida e fez cara de tédio, começando a andar para o lado oposto. Ele a seguiu e ela virou a esquina. Chihiro se apressou e começou a andar lado a lado com ela.

– O que você quer? – Ela perguntou ríspida.

– Por que você quer tanto ficar com Akashi? – Ele perguntou.

– Não te interessa.

– Amor platônico?

– Não. – Ela disse, bufando – Já fomos próximos.

– Pelo visto não são mais. – Chihiro dizia calmamente – Ele tem namorada, esquece isso.

Ela parou de repente e o fuzilou com o olhar.

– Pára de se intrometer no que não é da sua conta! – Ela exclamava – Você não sabe de nada sobre nós dois!

– Eu sei que você está fazendo isso à toa. – Ele disse calmo, porém sério – O máximo que você parece ser pra ele é uma colega de colégio. Qual o seu problema?

– Bakayarou! – Ela exclamou – Cala a boca e se mete na sua vida...!

Antes de ela terminar a frase, Chihiro a segurou pelos ombros e a pôs bruscamente contra a parede, o que a fez exclamar assustada. Ela o olhou surpresa, vendo que ele a olhava com aquela mesma expressão de calmaria.

– Você é masoquista? – Ele perguntou sem emoção – Gosta que os outros a tratem mal? A ignorem?

– Uhm... N-Nani...?

– É isso que você está fazendo. – Ele dizia – Você oferece toda sua atenção a quem não está nem aí pra você.

Ela franziu o cenho levemente, mesmo estando receosa.

– O-Oe! Você é maluco! Me solta! – Ela exclamava, tentando se soltar dele.

Chihiro era mais forte que ela e mesmo Kime tentando fazê-lo a soltar, ele a prendia e apertou um pouco seus braços para ela parar de fazer aquilo. Ela rangeu os dentes e seus olhos marejaram pela dor.

– Você é mesmo fresca. – Ele disse – Nem apertei forte.

– Seu sádico... – Ela o olhou.

Ele viu a expressão dela e ficou surpreso, aproximando em seguida o rosto do dela.

– Pare de fazer essa expressão.

– Nande? – Ela deu um meio sorriso dolorido – Um sádico não gosta de ver os outros sentirem dor?

Ele acalmou o olhar enquanto a fitava. Ela parecia o desafiar e Chihiro já se interessara por ela. Kime mudou a expressão, vendo que ele não a largava. Chihiro abaixou a cabeça, sua franja tampou seus olhos. Ele ofegou um pouco e riu, o que a deixou surpresa visto que ele não demonstrava quase nada.

– Oe! Me solta logo, sua bicha! – Ela exclamou – Você gosta do Akashi, não é? É por isso que está fazendo isso tudo! Não tem coragem de dizer!

Ele a olhou sério e a beijou de repente. Kime arregalou os olhos, Chihiro a beijava e a aproximava de seu corpo enquanto a abraçava. Ela apertou os olhos quando ele colocou a língua dentro de sua boca. Tentou afastá-lo com as mãos em seu peito, mas ele começou a imprensá-la contra a parede, deixando-a sem fôlego. Movimentava a língua dentro da boca dela, obrigando-a a movimentar a dela também. Quando Kime começou a apertar seu uniforme, ele parou o beijo e a olhou de cima. Ela o olhava ofegante, corada e com o olhar extasiado.

– Não sou nenhuma “bicha”. – Ele disse.

Ela o olhou surpresa e apenas o viu se virar e ir embora. Chihiro andava calmamente para um dos prédios do colégio enquanto Kime o olhava se distanciar, apertando a blusa na altura do peito. Ela e Akashi já dormiram juntos, mas ninguém nunca a beijou daquela forma.

...

Akashi e eu estávamos na minha casa. Tínhamos acabado de chegar do cinema e eu pedi a ele que entrasse comigo. Pensava sobre o assunto de ter coragem de demonstrar carinho a ele, mas mesmo estando sentada no mesmo sofá, me sentia uma idiota em pensar em nós dois abraçados por iniciativa minha. Por que isso era tão difícil pra mim?

– Nee, Akashi? – Me virei pra ele.

Quando me virei ele me beijou de repente. Recuei, me assustando e corando.

– N-Nani?! N-Nande?! – Exclamava corada.

Ele riu.

– Vou fazer sempre isso quando você não me chamar pelo nome.

– Hum... – Acalmei o olhar, fazendo cara de tédio.

Ele riu mais e eu me endireitei.

– Ne, por que você disse que eu te salvei?

– Eh? – Ele me olhou em dúvida.

– Naquela vez no terraço... – Disse sem jeito – Você disse isso.

– Ah... – Ele abaixou o olhar e deu um sorriso leve – Porque você me salvou mesmo.

– Nande?

– Hum. – Ele balançou a cabeça – Não sei explicar, mas... É como se você tivesse chegado na hora certa pra me fazer feliz.

O olhei e corei.

– Ne, nunca notou que você nunca viu minha mãe? – Ele perguntou com o olhar baixo.

– Uhm... Hum. – Abaixei o olhar.

– Ela morreu quando eu era criança.

Arregalei os olhos, surpresa. Como eu nunca perguntei isso a ele?! Eu sou uma pessoa horrível! Meus olhos se encheram de água e eu abaixei a cabeça.

– Gomen...

Ele me olhou em dúvida, eu virei meu rosto para ele não me ver daquele jeito.

– Nande? Você não fez nada. – Ele disse.

– Hum... Eu sou uma pessoa horrível. – Disse sem olhá-lo – Nem perguntei sobre ela.

Ele me olhou surpreso. Se aproximou de mim, pegando gentilmente em meu rosto e me fazendo olhá-lo.

– Se você é uma pessoa horrível, eu também sou.

O olhei surpresa.

– Eu vi a foto de um homem na estante. – Ele disse – É seu pai, não é?

Acalmei o olhar.

– Hai. Ele... Morreu quando eu tinha sete anos.

– Hum, então. – Ele sorriu – Você não é horrível, eu também não perguntei. Queria que você me dissesse.

Abaixei o olhar, assentindo. Akashi sorriu gentilmente e aproximou o rosto, me beijando. Eu corei, mas fechei os olhos. Ele acariciava meu braço e num momento pôs a língua dentro da minha boca.

– Hum... – Me encolhi.

– Gomen. – Ele disse ofegante.

Quando ele me olhou, ficou surpreso e corou. Eu o olhava levemente corada e extasiada.

– Mina...

Abaixei o olhar e peguei na manga de sua camisa, ele me olhava em dúvida. Eu me aproximei dele e encostei os lábios nos dele. Ele acalmou o olhar e me beijou. Eu não sabia beijar de língua, mas ele a movimentava tão lentamente que eu apenas o imitei. Akashi me abraçava enquanto me beijava e eu deixava escapar alguns suspiros sem querer. Ele apertou minha blusa e começou a beijar meu pescoço. Me encolhi um pouco, mas tentei relaxar, aquilo era bom e eu sentia uma coisa estranha, mas boa. Comecei a ficar ofegante assim como ele, que me deitou no sofá em seguida. Nos beijávamos e ele voltou a beijar meu pescoço, porém começou a descer. Me encolhi um pouco, ele beijava abaixo da minha clavícula e começou a subir lentamente minha blusa.

– A-Anou... Você pode...? – Pedi.

Ele me olhou ofegante e sorriu, abaixando minha blusa. Se sentou e tampou os olhos ainda com aquele sorriso. Me sentei e o olhei em dúvida.

– Gomen. – Ele disse – É vergonhoso não conseguir me controlar.

Acalmei o olhar.

– Daijoubu... Seijuro. – Disse suave.

Ele me olhou surpreso e me viu corada. Acalmou o olhar e sorriu, me abraçando em seguida.

– Arigatou, Mina.

Acalmei o olhar e retribui o abraço. Não sabia exatamente o que senti enquanto nos beijávamos. Era como um formigamento bom. Fiquei com vergonha, mas mesmo tendo acontecido isso eu consegui finalmente chamá-lo pelo nome. E espero continuar assim.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

s2s2s2s2