Descobrindo o amor escrita por Lailla


Capítulo 13
Disposta a lutar


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, novas tretas a caminho xD



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Akashi e eu fizemos as pazes depois da surpresa que ele me fez. Aquela entrevista especial se espalhou rápido por todos os lugares, principalmente o colégio. Quem não sabia que namorávamos passou a saber e quem já sabia viu como Akashi ficou irritado por estarem dizendo que Kime e ele estavam namorando. E eu fiquei bem surpresa por ele ter ficado irritado a ponto de pedir uma entrevista exclusiva para dizer a verdade e ainda falar meu nome para não confundirem mais. Eu era invisível para todo mundo, mas depois que o novo vídeo se espalhou, todos passaram a me reconhecer como namorada dele. Mesmo algumas meninas ainda querendo que ele namorasse Kime... Enfim, agora eu sabia que gostava dele e não iria mais desistir como fiz antes. Depois de Naoko brigar comigo, eu abri meus olhos. Kime era hipócrita e ardilosa, então eu deveria ficar esperta para o próximo passo dela. Só não sabia quando seria...

Yue, Naoko e eu estávamos em uma lanchonete.

– Ne, Mina. – Yue sorriu alegre – Akashi-kun e você parecem estar bem mesmo.

– Hai, arigatou. – Sorri levemente com um copo de suco na mão.

– Ne, será que a vaca-chan vai planejar mais algum plano pra tirar Akashi de você? – Naoko perguntou enquanto comia batata frita.

– Naoko! – Yue a olhou, espantada.

– Nani? – Ela disse sem entender – Ela é mesmo. E você foi besta de achar que ela era boazinha. Run, aquela safada. Eu sabia que tinha alguma coisa de errado.

Sorri levemente, achando graça. Naoko era boa em perceber quando havia algo de errado com as pessoas. Eu tenho que admitir que ela teve razão em não gostar de Kime desde o começo.

– Naoko-san. – A chamei suave.

– Pára de tanta formalidade! – Ela exclamou rindo.

– Hum, hai. – Disse – Gomen.

– Ahhh... – Ela reclamou.

– Arigatou.

– Hã? – Ela não entendeu.

– Por ter falado aquelas coisas pra mim. Se não fosse aquilo eu não ficaria disposta a lutar por Akashi. – Dizia – Agora eu sei que gosto dele. Senti falta dele enquanto estava sozinha e me senti mal, aquilo foi ruim.

As duas prestavam atenção, surpresas.

– Arigatou. – Conclui com um sorriso calmo.

Naoko sorriu, fechando os olhos.

– Baaaka. Apenas eu para abrir esses olhos cegos. – Ela riu.

Yue fez cara de tédio e olhou para mim, sorrindo contente. Eu fiquei feliz aquela tarde. Mesmo que tenha sido por poucos minutos, conversar com Yue e Naoko como alguém normal me fez ficar feliz. Comecei a perceber que elas se importavam comigo, o que significava que eram minhas amigas de verdade. Elas me ajudaram quando eu estava triste, se preocupam comigo e me ajudaram a perceber que não posso desistir de Akashi. De fato eu posso dizer que eu sou feliz em tê-las como amigas.

...

Mesmo com a briga que tivemos, parecia que nada tinha acontecido e estava tudo normal. Akashi me levou ao cinema e, diferente da outra vez, eu fiquei à vontade naquela sala escura. O filme foi legal, a companhia dele melhor ainda e depois ele me levou em casa. Ainda era de tarde e ficamos juntos na minha casa, sentados no sofá.

– Não estão falando mais nada no colégio, ne? – Ele perguntou.

– Não. – Disse, deixando uma risada leve escapar.

Na verdade, estava o mesmo burburinho de sempre: as garotas achando que eu não era pra ser namorada dele. Mas Akashi não precisava saber, eu podia ignorar os comentários.

– Ne, não vai ficar ruim de você ir pra casa? – Perguntei – Está nevando bastante.

Estávamos em Dezembro e já estava nevando muito.

– Hum. – Ele balançou a cabeça – Se não der, eu durmo com você.

– EH?! – Exclamei, corando extremamente.

Ele caiu na gargalhada e eu fiz cara de tédio.

– Baka. – Disse.

– Gomen. – Ele disse ainda rindo – Etto... – Pensou – Você tem alguma coisa pra fazer dia 20?

– Hum, não... Eu acho. – Pensei – Nande?

– É meu aniversário. – Ele sorriu.

– Uhm... – Paralisei, olhando pra ele.

Quase 8 meses de namoro e eu ainda não tinha perguntado quando era o aniversário de Akashi. 20 de Dezembro! Meu Deus, eu sou uma namorada horrível! Meus olhos arregalaram aos poucos enquanto eu olhava espantada para ele, que ficou um pouco assustado.

– Mina?

– Gomen! – Exclamei, pondo as mãos em frente ao rosto – Eu nunca te perguntei! – Balançava a cabeça sem parar.

Ele paralisou com um sorriso nervoso no rosto e começou a rir. Eu parei e o olhei sem entender.

– Você não pára de me surpreender. – Ele disse rindo.

– Hã? – Não entendi.

De repente ele pulou em cima de mim e me fez deitar no sofá.

– Ah! – Exclamei, deitando à força.

Ele ria e aos poucos deitava em meu peito, o que me fez ficar vermelha.

– Apenas diga que vai ficar comigo esse dia. – Ele disse com os olhos fechados.

– Uhm... H-Hai. – Corei.

Ele deixou uma risada escapar e apoiou os braços e joelhos no sofá, ficando em cima de mim. Eu o olhava e corava levemente, engolindo a seco.

– Ne. – Ele disse – Então podemos ir para o próximo passo. – Ele sorriu maliciosamente.

– Uhm...! – Arregalei os olhos, boquiaberta.

Akashi aproximou o rosto do meu e a mão, pegando gentilmente em minha bochecha. Exclamei e apertei os olhos. Ele pareceu apenas fazer carinho no meu pescoço e depois recuou, sentando. Ouvi sua risada e abri os olhos devagar, fitando-o quase gargalhar.

– Baka! – Exclamei, sentando e jogando uma almofada nele.

– Você só pensa besteira. – Ele ria.

– Eh? – Pus a mão no pescoço, sentindo um colar – Nani?

Ele sorria enquanto eu percebia. Peguei aquilo na mão, analisando. Era um colar prateado com a letra “M” como pingente. Tinha pedrinhas brilhantes por toda a letra, era lindo!

– Uhm... N-Nani? – Corei e o olhei.

– Achei que você iria querer algo pouco chamativo. – Ele deixou uma risada escapar – Pensei em comprar um dourada antes.

– Hum, arigatou. – Disse, mas abaixei o olhar.

– Nani? – Ele não entendeu.

– Hum. – Balancei a cabeça.

A verdade era que eu não poderia dar algo assim pra ele. Esse colar deve ter sido caro, como eu poderia pagar por algo assim para dar em troca?

– Fala. – Ele pediu.

– Hum, é que... Não posso te dar um presente assim. – Disse cabisbaixa.

Ele acalmou o olhar, compreendendo.

– Mina, eu dei o colar pra você porque eu quis. – Ele disse calmamente – Mas se você quer tanto me dar algo eu tenho uma ideia.

O olhei, ele sorria maliciosamente. Fiquei vermelha na hora e arregalei os olhos.

– Não! – Exclamei, tentando empurrá-lo.

Ele riu me segurando pelos ombros e nos girando, me pondo deitada e ele ficando por cima de novo.

– Você pensa muita besteira mesmo. – Ele ria.

Acalmei o olhar, corando. Ele ria e eu apenas o olhava, até aproximar calmamente a mão de seu rosto e tocá-lo, acariciando-o. Ele me olhou surpreso, eu estava levemente corada. Apertei os lábios com vergonha, mas continuei a olhá-lo.

– A-Anou...

– Hai. – Ele disse suave, se aproximando.

Akashi encostou os lábios nos meus, me beijando. Me encolhi um pouco, mas eu realmente queria beijá-lo. Queria de alguma forma me aproximar mais dele. E eu pedir um beijo dele já era um grande passo.

...

Eu estava caminhando pelos corredores do colégio entre o intervalo das aulas e minha expressão era feliz e calma. Eu estava aliviada por estar bem com Akashi de novo. Eu nunca namorei, mas Akashi parecia ser diferente. Ele parecia se importar realmente comigo e querer me ver feliz. E isso já foi comprovado anteriormente. Eu agora usava sempre o colar que ele me dera, mas no colégio como não podia essas coisas, eu o colocava por dentro na camisa do uniforme.

Enquanto eu andava, vi Kime andar em minha direção no lado oposto. Parei quando ela parou na minha frente, me impedindo de continuar.

– Ohayou. – Ela sorriu.

– Hum. – Disse sem expressão.

– Nee, que bom que você e Seijuro voltaram. – Ela disse alegremente.

“Seijuro...”. Ela realmente me irritava o chamando pelo nome.

– Hum, arigatou. – Disse sem emoção.

– Vocês parecem estar bem mesmo, sempre está com ele no colégio. Fiquei até surpresa em te ver sozinha agora. – Ela dizia deixando uma risada leve escapar como se estivesse realmente feliz.

Eu apenas a olhava, essa conversa deveria ter segundas intenções.

– Maki-san, o que você quer? – Perguntei a olhando nos olhos.

Ela acalmou o olhar e abriu um leve sorriso malicioso.

– Ah... – Cantarolou – “Mina-chan” está ficando esperta. Bem...

Eu esperava sem demonstrar expressão.

– Apenas quero avisar que não desisti. – Ela continuava com aquele sorriso – Eu sou feita para Seijuro e você já sabe que já fomos bem íntimos, certo?

A olhava com cara de nada, mas aquilo realmente me irritou e me deixou um pouco triste por lembrar. Me dava nojo imaginá-los juntos numa cama quando Akashi e eu estávamos namorando agora.

– Hai. – Disse sem emoção.

Ela sorriu.

– Então... Esteja bem preparada, mesmo que não adiante. – Ela dizia – Eu vou continuar lutando por ele para ele se apaixonar por mim. Melhor você desistir logo.

– Pare de chamá-lo de “Seijuro”. – Disse de repente, ficando séria.

– Hã? – Ela me olhou surpresa – Ficou louca de repente? – Ela riu – Esse é o nome dele. Você é tão lerda para achar que o nome dele é “Akashi”? Que péssima namorada você é...

– Eu sei qual é o nome dele. – Disse séria interrompendo-a – Afinal, eu sou a namorada dele.

Ela franziu levemente o cenho, ficou irritada.

– Oe...

– Você não deveria chamá-lo pelo nome. – Eu continuei – Vocês podem até ter sido íntimos, mas isso foi no passado e pelo visto ele quer deixar no passado.

– Você não sabe do que está falando! – Ela disse irritada.

– Eu sei. – Disse com confiança – Porque o foco dele é fazer eu me apaixonar por ele.

Ela ficou surpresa, mas franziu o cenho com clara irritação.

– Run. – Resmungou, passando por mim e esbarrando em meu ombro.

Abaixei um pouco minha cabeça e me virei levemente para ela.

– Maki-san. – Disse suave.

Ela se virou para mim com a expressão irritada.

– Nani?

– Eu apenas quero dizer que também não desisti. – Disse.

Ela me olhou em dúvida.

– Eu também vou continuar lutando por ele. – Eu concluí com um sorriso leve.

Ela franziu o cenho e se virou, saindo andando e virando a esquina do corredor. Eu me virei e voltei a andar para onde ia anteriormente. Suspirei aliviada, não acredito que disse aquilo tudo para ela. Mas pelo menos ela não acharia que eu desistiria facilmente agora.

Enquanto eu andava e me distanciava, Kime andava logo depois de virar a esquina do corredor e passou por Chihiro. Um rapaz alto com cabelos compridos médios e grisalhos, olhos cinza e um olhar inexpressivo. Ele a fitou passar e a olhou.

– Oe. – A chamou.

Ela parou e o olhou em dúvida.

– Nani?

– Você é tal Kime?

– Maki Kime. – Ela disse, ficando séria.

– Hum, tanto faz. – Ele suspirou, escorado na parede.

– O que você quer? – Ela cruzou os braços.

Ele a olhou dos pés a cabeça. Sua saia era curta e mostrava metade de sua coxa, além de a blusa de seu uniforme ser justa e mesmo com o casaco, seus peitos grandes ficarem visíveis em sua silhueta.

– Apenas queria saber quem era a invejosa que está atrapalhando o namoro de Akashi. – Ele disse, desviando o olhar.

– Uhm...! – Ela arregalou os olhos – Quem você pensa...?!

– Mayuzumi Chihiro. – Ele disse sem expressão.

– Eh?

– Quem eu sou.

Ela franziu o cenho.

– O que eu faço não te interessa.

– Eu sei, mas não gosto de ver alguém querendo atrapalhar a vida do Akashi.

– E você é quem? Quer ser namoradinho dele?!

– Sou amigo dele. – Ele disse, demonstrando irritação.

Chihiro desencostou da parede enquanto falava e se aproximou de Kime. Ela franziu a testa, desconfiada e recuou um pouco. Ele percebeu e levantou as sobrancelhas sem expressão, ficando levemente surpreso.

– Ah. – Ele disse surpreso.

– N-Nani, baka? – Ela franziu o cenho.

– Pensei que você fosse uma vadia que dava pra qualquer um, mas vejo que não. – Ele disse sem emoção – É até interessante.

Ela ficou surpresa ainda com o cenho franzido.

– Não me chame assim, você não me conhece!

Ele aproximou o rosto do dela de repente, o que a fez corar pela proximidade.

– Até gostaria. – Ele sorriu levemente.

Ela franziu a testa e pôs as mãos no peito dele, o afastando. Ele a olhava sem expressão.

– Não sou vadia. – Ela disse séria – Sou decidida e vou ter Seijuro como meu namorado. Você é um idiota intrometido.

– “Seijuro”? – Ele disse querendo rir, mas manteve a expressão de nada.

Ela cruzou os braços.

– Não te interessa nada sobre mim. – Kime disse, virando e voltando a andar.

– Existem outros garotos no mundo... Kime. – Chihiro disse.

Kime arregalou os olhos pelo o que ele disse e quando se virou apenas o viu andando para o lado oposto. Ela franziu o cenho, irritada e se virou, indo embora.


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Notas finais do capítulo

hihi