Almost Is Never Enough escrita por Agente Black


Capítulo 4
Nervos Alterados


Notas iniciais do capítulo

E aí? Demorei?
Esse capítulo é especialmente para Princesa Mestiça, que me deu a primeira recomendação. Espero que goste, agradeço muito os meus "betas", que me ajudaram muito com esse capítulo, aprimorando minhas idéias. Então, obrigado RoMWelcome e Agente Lockwood.
Espero que não me matem.
PS: Capítulo Starllen, desculpe os erros.



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Ao acordar, lembro-me que hoje é quarta-feira e eu não teria que aula na faculdade, pois seria conselho de classe, afinal, o final do ano já está chegando, meu último semestre na faculdade e eu não sei o que vou fazer da minha vida, se bem que eu queria e aceitaria trabalhar em qualquer laboratório da SHIELD ou Stark, eu só quero uma razão pra viver, eu posso ter tudo que quero, mas eu não quero tudo.
Porque não importa o quão feliz você seja, você nunca estará satisfeito. E, acho que isso Me define. Todos tem a sua casa, seu trabalho, sua família, ou seja, um motivo pra viver.
Mas eu não sou todo mundo.
Peter tem seu emprego no laboratório garantido, Barry o seu na polícia e eu? O que eu tenho?
Eu sei que em algum momento herdarei as Indústrias Stark, mas não quero me prender a isso. Eu preciso decidir o que fazer da minha vida!
Mas voltando ao presente, a algo pendente entre mim e Tony, o meu carro.
Estamos em uma das agências de carro, a papelada já estava assinada e meu novo carro é uma Ferrari vermelha. Logo, Tony e eu já estávamos na garagem mexendo no carro.
-Quer ajuda? - ele perguntou com as mãos nos bolsos. - Acho que poderíamos mudar algumas coisas, juntos.
Acabei aceitando sua ajuda, porque... Essa foi o primeiro dia desde o colegial que Tony esteve comigo. Nós dois passamos um bom tempo juntos, rimos e até... Nos demos bem.
Mas parece que algo ainda incomoda dentro dele, mas ele não diz, fica guardando pra si, isso não é o tipo de coisa que Tony faz, não mesmo.
Ao terminar de mexer no carro, Tony disse que precisava ir para o laboratório, parece que ele está criando a Mark 45, uma armadura um pouco superior às outras. Já eu, bom, fui para meu quarto, ainda são onze horas da manhã e eu não tenho absolutamente nada pra fazer. A única coisa boa é que, às 13:00, irei pra casa do Barry, parece que ele quer me apresentar uma pessoa.
Só espero que nada dê errado nesse dia.
Ouço batidas na porta do meu "apartamento". Corro com meus pés descalços e atendo a porta sem perguntar quem é.
-Clint?
-Posso entrar?
Dou espaço para ele passar e fecho a porta.
-Que honra tê-lo no meu humilde lar... - cantarolei.
Ele se senta no sofá e eu o encaro, não sei o motivo, mas desde que cheguei, isto é, à dois dias, ele tem me tratado mal, de um jeito excêntrico e com superioridade. Como se eu não merecesse estar aqui.
-O que você quer? - pergunto.
-Eu venho te tratado mal esses dias porque... Eu não costumo confiar em ninguém tão facilmente, ainda mais com o sobrenome Stark e... É por causa da minha família, eu sou casado e tenho um filho, entendo o Tony.
-Você veio pedir desculpas?
-Eu não gosto do termo desculpas, prefiro... Amenizar.
-Qual é o nome de seu filho? - perguntei. Me sentei na poltrona ao seu lado.
-O nome dele é Will, tem dois anos, meu primogênito. Eu mudei meu sobrenome para Barton, para protegê-lo de possíveis perigos.
Fico imaginando como deve ser difícil pra Laura - a esposa dele -, viver afastada de Clint, sem saber se ele vai ou não voltar pra casa vivo, se correm perigo... Deve ser terrível.
-Bom, vamos do zero? - ele perguntou.
-Do zero. - respondi com um sorriso de canto.

[...]

Às 13:00, eu já estava na porta da casa de Barry. Toquei a campanhia e segundos depois, a porta foi aberta por Barry.
-Oi. - ele me deu um abraço e eu correspondi. Achei meio estranho da parte dele, apesar de não ser tão tímido quanto Parker, ele não parece ser o tipo de garoto que é liberal, que toma atitude. Mas tudo está indo tão rápido...
Gente! Foi só um abraço!
Tenho que parar com isso...
-Entra aí.
Eu não sei se é porque estamos reunidos nessa casa, mas... A casa tá arrumada só porque nós estamos reunidos ou Barry é arrumadinho?
Logo ouço vozes, uma de homem e outra de mulher. A de homem é Peter e a mulher... Sinceramente não reconheço.
Barry pega um energético e me oferece, pego sem hesitar. Peter vem caminhando em nossa direção juntamente com uma mulher bonita, olhos claros e cabelos castanhos.
-Kayla, essa é a Caitlin Snow, Caitlin essa é a Kayla Stark.
Peter faz as apresentações e logo depois, seguimos para a mesa de jantar, o almoço ia ser servido.
-Barry me falou muito sobre você. - ela me disse.
-Espero que tenha falado bem. - abro um sorriso.
Terminamos o almoço, falamos bastante, acabei descobrindo muitas coisas da Caitlin, ela vai começar a trabalhar nas empresas Osborn junto com Peter, por enquanto ela vai ficar morando com Barry. Achei ela bem legal, simpática e é a primeira mulher da minha idade que não é falsa. Aliás, ela tem 24 anos.
Isso eu achei estranho.
Não o fato dela ter 24, e sim, o fato dela morar com Barry.
Afinal, dá onde eles se conheceram?
Peter e Caitlin foram pra sala escolher um filme para vermos, Barry e eu ficamos pra lavar a louça, eu lavo, ele seca.
-Por que nunca me disse que tinha namorada? - perguntei me referindo a Caitlin.
-O que? Ah, não! - ele estava desconcertado, ele entendeu muito bem. - Caitlin e eu? Não.
-Dá onde você e a Caitlin se conhecem? - aproveitei para perguntar, a dúvida me corrói por dentro.
-Trabalhamos juntos em Central City. - ele respondeu. Meu olhar fez ele perceber que eu ainda não tinha me convencido. Tenho que pegar logo aquela ficha sobre Barry com Fury. - Olha, Caitlin é minha amiga, quase prima. Na verdade, é como uma irmã. Não tem nada entre nós dois.
Termino de lavar a louça e ele de secá-la. Encosto no balcão da pia e cruzo os braços, Barry se aproxima de mim, ficamos praticamente com os corpos colados.
-Você promete? - pergunto.
-Prometo. - ele coloca uma mecha de meu cabelo atrás da minha orelha.
Sorrimos um para o outro.
-Estou atrapalhando algo? - pergunta Peter escorado no batente da porta.
-Já escolheram o filme? - Allen pergunta.
O filme que veríamos se chama: Os Estagiários, um filme de comédia.
Nos apertamos em um sofá de três, Caitlin na ponta, seguida de Barry, eu e Peter a minha esquerda. Ficar entre os dois estava estranho, Peter estava tenso, Barry desconfortável, eu confusa, Caitlin é a única que parece se divertir.
Ao término do filme, Peter levou Caitlin até as empresas Osborn, coisas de trabalho. Barry e eu ficamos conversando ainda por um tempo. Coisas sobre nosso passado e sério, a coisa tá ficando estranha. Eu não consigo agir, é puro impulso. Claro, nós estamos bêbados. Na verdade, eu estou, sei que o Flash não fica bêbado.
Mas por que está tudo indo tão rápido?
Ele se aproximou de mim, tocou meu rosto com suas mãos, aproximou nossos rostos. Me inclinei, deixando os nossos rostos próximos, próximos demais.
-Posso? - ele sussurrou.
Respondi positivamente com a cabeça.
Ao sentir seus lábios sobre os meus, pressionando um sobre o outro, o gosto doce de sua boca... O jeito que ele passa as mãos sobre minha pele, me segurando firmemente pela cintura, me puxando para si. Seu beijo, seu toque... Tão... Quente, delicado e apaixonante.
Paramos para retomar ar. Ele me encarou, com aqueles olhos tão... Apaixonantes. Como? Quero entender como em dois dias se apaixonar tão rapidamente por alguém que você nunca deu bola?
Ele se aproximou outra vez, me tocou suavemente, como da primeira vez, o tocar das nossas línguas e o prensar de nossas bocas... Tudo tão... Mágico.
Eu já nem sei o que estou fazendo. Barry e eu nos conhecemos à quatro anos, mas só realmente começamos a nos falar essa semana. É estranho. Eu entendo o fato de eu estar bêbada, mas o Flash não fica bêbado, isso prova algo? Barry já gostava de mim antes?
Não importa, não agora.
Ele me deita sobre o sofá, não estou desconfortável, estou bem, talvez as coisas tenham chegado a um ponto mais rápido do que eu imaginei.
Nossos corpos colados em um sofá, nossos beijos tão especiais, sempre com mesma delicadeza, mas cada vez mais apaixonante, cada vez mais rápido.
O som da porta se abrindo.
Foi um susto e tanto. Nos sentamos e fingimos que nada havia acontecido. Peter e Caitlin chegam rindo e logo percebo meu celular vibrar.
É uma mensagem de Tony.
"Precisamos conversar."
-É, pessoal... - chamo. - Vou ter que voltar até a Torre rapidinho.
-Quer que eu vá com você? - perguntou Peter.
-Não, é sério, eu vou voltar rápido. - pego o meu celular.
-Eu te acompanho.
Barry caminhou comigo até meu carro. Ainda estávamos sem dizer nada. Talvez por vergonha, apesar de não estar sóbria, consigo distinguir tudo. Eu não estou tão bêbada assim.
-Você tem que saber de uma coisa. - ele diz.
-Pode falar.
-Eu gosto de você desde o terceiro semestre. - ele diz coçando a nuca. - Desde o momento em que você gabaritou todas as provas, tirou a nota mais alta que minha... Eu pensei: Cara, ela é perfeita.
-Nós estamos no final do oitavo semestre.
-Isso prova que eu gosto de você a dois anos e meio.
Dou um beijo em sua bochecha.
-Depois conversaremos sobre nosso relacionamento. - dou um sorriso.
-Esperarei por você.
Entro no carro e sigo para a Torre, o que será que Tony quer? É algo sério ou palhaçada?
Fico feliz de saber que Barry gosta de mim, mas não estaríamos indo rápido demais? Sei lá, ele é tímido e tudo mais... Mas...
O que está acontecendo?
Chego na Torre. Subo diretamente para a sala de estar, todos estão reunidos, parecem estar em uma daquelas noites de festa.
-Chegou a princesa Stark. - disse Clint. Ótimo tá todo mundo bêbado.
-Cadê o Tony? - pergunto.
-Tá te esperando no laboratório querida. - respondeu Pepper.
Vou para o laboratório, a música alta que reconheço como rock, Tony estava bebendo whisky, pelo que vejo, já foram umas duas garrafas.
-Aí está ela... - ele diz, abaixando a música. - Sabe, você me lembra muito sua mãe na sua idade. Andávamos em trio sabe? Que nem você, Parker e Allen, era sua mãe, eu e Barney. Sabe, ele era um bom amigo. Até que sua mãe, dormiu com ele e aí... Puf! Nove meses depois você nasceu e o único idiota que ficou, fui eu. Te assumi sem saber é minha filha ou não.
Ele ri como se fosse algo comum.
Do quê ele está falando?
Mil pensamentos se passam por minha cabeça. E se for verdade? Como posso questionar minha própria mãe?
-Acontece, que quando você estiver esperando um filho de qualquer um deles, escolha o tiver a situação financeira melhor. - ele diz.
Tony jogou o copo de vidro no chão, quebrando-o e em seguida sai da sala.
Começo a chorar.
Eu acho que nunca chorei tanto como agora. A memória da minha mãe sempre foi impecável, mas com essa história... Eu não queria lembrar da minha mãe assim. Não mesmo.
Levanto-me e ligo a armadura Mark 45, sei que é errado, mas preciso sair daqui sem que me vejam nesse estado. Nunca pilotei uma armadura antes, mas parece ser fácil.
Saio em disparada, atravessando as paredes da Torre. No começo tudo dói, ao bater das paredes. Os avisos constantes de JARVIS para que eu pare, mas nada. Eu não consigo parar, tudo em que penso é ir pra casa de Barry e chorar... E era isso que eu estava fazendo.
Era.
Os comandos de JARVIS foram alterados, no começo eu pensei que fosse Tony, mas ao perceber que os comandos não vinham da Torre, e sim, de uma coisa chamada "Hydra", e que invés de Nova Iorque, eu estava indo para a praia, comecei a me desesperar.
Tudo que consigo me lembrar é que perdi o equilíbrio, a altitude e caí na água. As águas enchendo meus pulmões, não conseguir respirar e a armadura explodindo.
Foi a última coisa que eu vi, senti e ouvi.


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Notas finais do capítulo

Gente, mereço reviews e críticas?