Host Club V - escrita por LiLy Uchiha


Capítulo 7
Cap.VII – Uma visita agitada




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Narrado por: um vampiro ciumento

 

 

            Eu fui pegar a Mizi no colégio, como hoje era terça ela não precisava dormir a tarde e poderia passar esse tempo comigo.

            Eu fiquei a esperando, na frente do meu carro, como na primeira vez que vim aqui. Eu a vi saindo e vindo surpresa em minha direção. No meio do caminho ela foi parada pelo ex-namorado – aquele idiota que brigou com ela no dia em que eu a mordi. Mas já havia muito tempo que ela não falava nele... – Ele tocou seu braço:

            - Nossa Mizi, faz tanto tempo que não conversamos...

            - É faz sim, mas agora não dá. Estão me esperando – ele apontou pra mim e ele me olhou com rancor.

            - Pra que tanta pressa?? Bem eu queria perguntar uma coisa... Você ta namorando aquele cara?

            - Não sei como isso pode ser da sua conta?

            - Que isso Mizi, sempre fomos amigos... e eu acho que tenho o direito de saber esse tipo de coisa.

            - Ok, a resposta é não. – ela podia ter dito sim e dispensado ele logo de uma vez, pensei irritado.

            - Então, acho que a gente podia sair um dia desses, você sabe que eu gosto de você.

            - Eu não sei, eu tenho que pensar sobre isso. – ta vendo? Era esse tipo de coisa que ela teria impedido com a mentira. E porque ela parecia tão confusa? Ele foi um idiota com ela. – e talvez a Vanessa fique irritada com isso não acha? – ela o provocou e me provocou também.

            - Não porque eu não tenho nada com ela, é tudo coisa da sua cabeça. Mizi não seja difícil , que tal amanhã à noite?

            - Ah, olha eu te ligo. Agora tenho mesmo que ir. – ela tinha encontrado meus olhos ardendo de raiva.

            Ela chegou onde eu estava agora.

            -Hei Heid, obrigada pela carona! – eu só abri a porta sem dizer nada. Seria melhor não ter visto aquilo, mas de uma forma estranha também teria sido pior...

            - Que foi Heiderick? Aconteceu alguma coisa? Algum problema de vampiro? Ah! Você ta com sede é isso?

            - Não é nada disso. Deixa pra lá. – eu disse seco.

            - Me fala Heiderick. Não saber vai me deixar preocupada, nervosa e até irritada.

            - Você vai sair com aquele cara?

            - Não vejo como isso pode ser da sua conta.

            - Você não tem outra resposta?

            - Não. E o que isso importa?

            - Bem Mizi, ele foi um idiota com você. Te magoou, e te fez chorar...

            - Obrigada pela preocupação, mas isso está no passado. E eu nem concordei em sair com ele.

            - Mas também não disse não. Você podia ter dito que era minha namorada e acabado com tudo de uma vez.

            - Mas seria mentir, nós... não somos, não somos namorados. Só amigos. – ela suspirou – eu nem teria pensado em fazer uma coisa dessas. Além de tudo eu vou pensar no assunto.

            - Vai ser uma idiota se aceitar. – eu já estava fora de mim, quase gritando.

            - Idiota é você que namora aquela insuportável. No que é que você está pensando?

            - Eu não sou mais o namorado dela.

            - Então porque não a dispensa?

            - Eu não quero magoá-la... e

            - Você é um hipócrita Heiderick. – agora ela estava realmente irritada – É hipócrita, insensível, preguiçoso, metido, idiota e... quer saber, eu saio com quem eu quiser. O que você tem haver com isso?

            Eu parei o carro em frente a casa dela. Ela saiu, bateu a porta e não se despediu ou olhou pra mim.

            Eu estava tão nervoso e irritado. Saí dirigindo feito um louco pela cidade. Realmente eu não tinha nada a ver com quem ela saia, ou tinha? Eu devia protegê-la como um irmão mais velho. Irmão não. Amigo. Um bom amigo que só quer o melhor pra ela. E o melhor pra Mizi não era aquele imbecil que a traiu com a ruiva. Não. Mas quem seria bom o suficiente pra ela? Depois de algum tempo dirigindo sem destino eu fui pra casa. Eu moro no mesmo prédio do Club. Um andar abaixo do bar ficava o meu apartamento e no mesmo andar o do Milles. No andar debaixo o apartamento do Katan. Sam estava hospedada lá com ele.

            Eu tomei um banho e ainda estava enrolado na toalha quando bateram na porta.

            - Agora não Sam.

            - Sou eu. – ouvi a voz da Mizi. Abri a porta e ela foi entrando apressada.

            - Heiderick, eu... me senti mal com a nossa discussão. Acho que eu peguei pesado com você e vim me desculpar. – ela se virou e olhou pra mim. Ela arfou assustada – acho que só agora percebeu que eu estou de toalha.

            - Que foi garota?

            - Porque está assim?

            - Acabei de sair do banho.

            -Ah, e você se importa de se trocar?

            - Por quê? Eu te incomodo assim? Eu intimido você? – brinquei me aproximando dela. Sua cara de choque era engraçada, será que Mizi me achava atraente? Eu também me perguntei em como devia ser o antigo namoro dela para ela ficar corada só por me ver de toalha...

            - Não é nada disso, Heiderick, eu... – ela ainda estava nervosa comigo para falar meu nome todo... ou estava nervosa com essa situação incomum? Acabei de perceber que eu estava nervoso. Ela olhava nos meus olhos com seus intrigantes olhos de chocolate derretido.

            Eu peguei a mão dela e a coloquei no meu peito, onde um coração devia bater.

            - O que você dizia mesmo? Quando chegou? – a mão dela era muito quente no meu peito, o rosto dela estava vermelho.

            - Eu me desculpava, por te pego pesado com você. Eu não acho que aquilo seja realmente a verdade, por isso eu vim.

            - Eu também estava errado, não devia me meter na sua vida – minhas palavras eram as politicamente corretas, mas eu não me sentia nem um pouco errado – eu fiquei... preocupado – eu disse fugindo do instinto que queria me fazer dizer ciúmes.

            - Eu entendo. Nos preocupamos um com o outro. Somos amigos e isso é natural.

            - É – sorri – somos amigos.

             Naquele momento tão próximo dela, tocando a pele dela eu senti um desejo.

            - Mizi, sabe eu ainda me pergunto sobre o silencio que o sangue é para mim. Eu quero dizer... você me daria, mais um pouco?

            - Tudo bem, eu acho.

            - Não será um crime se você concordar... mas eu não quero pressiona-la. – ela fez que sim com a cabeça – tudo bem então.

            Eu fui calma e delicadamente ao seu pescoço – embora dentro de mim uma ansiedade gritasse- tirei seu casaco e senti a pele quente com os meus lábios, um beijo. O cheiro agridoce me atingiu, e embora eu já houvesse me acostumado a ele, me deixou com água na boca. Passei minha língua sobre a veia, ela estremeceu. Eu já podia sentir o sabor dela sobre a pele, e aquilo ajudaria a cicatrizar mais rápido. Eu mordi, sugando delicadamente o sangue quente. Era tão bom, até melhor do que antes.

            E isso me fez parar ainda mais rapidamente do que antes, porque era a Mizi e eu não podia arriscar machuca-la ou... perde-la. Ainda assim ela desmaiou nos meus braços e eu a deitei ali na minha cama, ou melhor dizendo caixão.

             Mais uma vez o sangue dela não me disse nada, mas depois de tanto drama vivido acho que eu estou ficando sentimental. Fiquei lá sentado pensando na Mizi e em tudo o que aconteceu hoje.

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