Os últimos imortais escrita por gurozu
Notas iniciais do capítulo
Eai galere, beleza? Como prometido eu trouxe o capitulo (estourando o prazo, mas trouxe) e queria pedir de verdade que deixassem a opinião de vocês nos comentários. Bora lê?
—Vamos falar de negócios. –Disse Juck ajoelhado a minha frente. –Eu estou no meio de um projeto pessoal e gostaria muito da colaboração de vocês três nele.
—Q-Que tipo de projeto? –Digo meio sem ar pelo fato da Three estar apertando minhas costas.
—Uns experimentos que envolvem a nossa origem, você sabe que eu sempre fui fascinado por isso. Eu só gostaria que vocês me acompanhassem até o laboratório pra tirar um pouco de sangue, amostras de pele, medula... Tecido cerebral...
—Que?! Nem morto eu faria isso! Você é maluco!
—Acontece que isso não é uma questão de escolha e sim de cooperação, afinal de contas eu poderia simplesmente matar vocês aqui e pegar as amostras sem pedir ou entregar nada em troca. Three ligue pro quartel e peça para mandarem um veiculo de transporte.
—Sim, papai. –Ela fecha os olhos e fixa a cabeça em uma mesma posição por alguns segundos. –O carro deve chegar em alguns minutos. –Diz ela com uma voz robótica e sem emoção.
—Obrigado, Three. Agora voltando ao assunto de ant... AH!! –Maria acerta a parte de traz da cabeça dele com a faca do Lulp. –Você achou que isso era o suficiente pra me parar? –Ele agarra Maria pelo pescoço. –Você é realmente tola, minha jovem.
—A deixe ir, ela não tem nada a ver com isso! –Digo.
—Eu até teria deixado, mas isso machucou de verdade, sabia? Não parece que eu tenha perdido memórias muito significativas no processo, então eu vou colocá-la no mesmo barco que vocês.
Clack não pode voltar no tempo por um dia inteiro e a invisibilidade do Lulp não vai ser muito útil agora, eu poderia fazer alguma coisa se pudesse mexer minhas mãos, mas essa garota é tão forte quanto um adulto e oque foi àquela coisa de ligar pro quartel? Ela não disse nenhuma palavra enquanto estava de olhos fechados àquela hora. O Juck é um monstro, fazer os seus experimentos com crianças já é o fundo do poço, eu preciso parar ele ou será o nosso fim.
—Você realmente é bonita pra uma mortal, oque você estava fazendo junto deles?
—V-Vai pro inferno!
—E de onde você acha que eu vim? –Ele joga Maria no chão. –Fique quietinha aí ou eu mato os três aqui e agora.
Maria fica sem reação perante Juck, vê-la ser maltratada e judiada por aquele monte de merda me dá raiva, muita raiva.
—Esse carro está demorando muito pra chegar, que tédio! Corte o braço esquerdo da Clack pra gente se divertir, One.
—Sim, pai. –Ela estica o braço da Clack o máximo que consegue e começa a cortar a partir do cotovelo.
Clack agoniza de dor enquanto aquele maníaco assiste e ri da cena que está acontecendo. Após o braço todo ter sido cortado, Juck se aproxima e o pega no chão. –Isso é uma amostra valiosa, não devemos desperdiçá-la. –Clack está chorando de dor enquanto a ferida se fecha lentamente. –Isso está demorando bastante, você não tem se alimentado bem, tem? Apaga ela. –One da uma cotovelada na nuca da Clack que a faz desmaiar.
—Eu vou te matar! –Digo furioso.
—Quero ver você tentar. Ah, o carro chegou.
Era um mini caminhão blindado militar, um soldado aparentemente americano desce e abre as portas traseiras. As meninas nos colocam no carro e o militar tranca a porta.
—Estamos ferrados, cara. –Disse Lulp.
—Sério? Nem notei. –Digo sarcasticamente.
—Vocês querem parar com essa conversa sem sentido e parar pra pensar em como sair daqui?! –Disse Maria aparentemente furiosa.
—Desculpa. –Nós dois dizemos juntos.
—Assim é melhor, agora tirem a gente daqui!
—Falar é fácil, o Lulp é um inútil nessa situação e os meus braços estão algemados.
—Isso não o torna inútil também? –Disse Lulp fazendo piada.
—Cala boca. –Digo.
O militar bate na parede que dá pra cabine. –Fiquem quietos aí!
Nós paramos de falar por um tempo e eu aproveitei a silencio pra pensar um pouco. –Ei... –Digo sussurrando. –... Você ainda está com a faca do Lulp?
—Não, ela deve ter ficado com o Juck. –Disse ela.
—Eu vou matar aquele desgraçado pelo que ele fez a minha Clack! –Disse Lulp puto da vida.
—Se não sairmos daqui é ele que vai nos matar... Acabei de pensar em algo!
—Oque?! –Dizem os dois juntos.
—Você consegue fazer o caminhão inteiro ficar invisível, Lulp?
—Vai ser meio difícil, mas eu posso tentar. –Ele estala os dedos e encosta as duas mãos no chão do caminhão. –É difícil com ele em movimento. –Ele está fazendo tanta força que a veia da sua testa parece que vai explodir.
—Vai lá, você consegue! –Digo pra motivar ele.
O chão ao redor de suas mãos começa a sumir e a “mancha” vai aumentando gradativamente.
—O-Oque é isso? Que porra é essa?! –Dá pra ouvir o susto na voz do militar, aparentemente ele não sabia sobre a gente.
—Eu consegui, mas... Não vai durar muito tempo... –Ele dá tudo de si pra manter o caminhão invisível.
—Oque vocês fizeram?! Oque são vocês?! –Ele perde o controle e bate o caminhão em alguma coisa, fazendo Lulp perder a concentração.
—Certo, e agora? –Pergunta Maria.
—Não sei, mas conseguimos parar o caminhão.
—Você é um idiota mesmo! –Ela vai junto com o Lulp pra checar o estado da Clack.
A porta traseira se abre repentinamente, é o militar segurando uma pistola padrão do exército americano. –S-Se afastem!
—Lulp! –Grito. Lulp avança na direção do militar e acaba levando três tiros no peito. Lulp segura à cabeça do militar e quebra o seu pescoço.
—Vamos antes que cheguem reforços! –Diz ele pegando a pistola e oque mais pode do corpo do militar.
—Antes de tudo você poderia me soltar? –Ele atira nas algemas as fazendo quebrar. –Valeu.
—Agradecemos depois, vamos pra casa. –Disse Maria.
—Falar é fácil, estamos no meio do nada. –Digo. O lugar parece ser uma rodovia, mas eu não a reconheço por não viajar muito. –Vamos sair da estrada por enquanto e depois seguimos alguma direção mais concreta.
Lulp pega a Clack e a coloca nas costas. –Nossa como ela é pesada!
—Vai se acostumando, Romeu. –Digo rindo.
—Não sei como vocês conseguem achar graça dessa situação. –Disse Maria emburrada.
—Depois de viver por milênios você aprende que a única coisa que pode te atrapalhar é o mau humor, então ria e deixe tudo sair naturalmente. –Acabei de lembrar que a Clack falou que eu tinha enviado uma mensagem junto com ela, espero que o meu celular ainda funcione.
Nós andamos muito aquele dia, e as coisas estavam só começando.
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