Os últimos imortais escrita por gurozu


Capítulo 1
Capítulo 0: Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Estou começando outra história, bora lê?



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A eternidade é vazia, desde cedo aprendi isso.

Ela até pode ser o sonho da humanidade, mas para nós é um pesadelo.

Viver a vida, conhecer pessoas, ir aos enterros delas.

Nossa única companhia eram nossos semelhantes, embora nos temêssemos.

Antigamente havia vários de nós, talvez algumas dezenas, mas hoje nossos números chegam a meros 14.

–Tudo foi feito em vão.

Nada que fizéssemos poderia diminuir o ódio da humanidade por nós.

–Todos estão mortos, por minha culpa.

O remorso era forte, ser a causa do extermínio de sua raça é um peso que ninguém quer carregar.

–Oque faz aqui? Não deveria voltar ao trabalho?

–Já vou Maria.

–Venha logo, não posso te acobertar para sempre.

Obviamente que não, afinal apenas eu poderia fazer tal feito.

Levanto-me e volto ao trabalho, sou cozinheiro.

Viajar pelo mundo tem suas vantagens, nunca foi difícil achar trabalho, não para mim pelo menos.

–Saindo dois filés de peixe e uma porção de batatas fritas.

Toquei a campainha e o garçom veio pegar o prato, em todos esses anos até perdi a conta de quantos pratos já fiz.

–Ligeiro como sempre.

Maria me elogia, ela trabalha fazendo molhos no fogão ao lado do meu.

–Nunca duvide de minhas habilidades.

–He He, convencido.

Maria era realmente um alivio na minha vida, embora não pudesse ter um relacionamento com ela era bom saber que ela estaria ali para me apoiar.

A vida realmente não era ruim, já morei em todo tipo de lugar que possa ser imaginado, já conheci ótimas pessoas, já tive até um filho.

–Você esta bem? Parece pálido.

–Só viajando em pensamentos.

Vejo o garçom chegando próximo ao meu fogão.

–Oque foi? Alguém reclamou da comida?

–Não, pelo contrario, me pediram para chamá-lo para que pudesse parabenizá-lo pessoalmente.

–Em qual mesa?

–A de numero seis.

Sem muito entusiasmo, eu fui até a mesa, lá estava uma mulher, me aproximei e chamei sua atenção.

–Desculpe o incômodo, a senhora que me chamou?

–Senhora? Não reconhece uma velha amiga?

Essa voz. Não a ouço já faz anos.

–Como vai Clack?

–Bem, mas me chame de Carmen.

Essa mulher, como ela me achou?

–Oque você quer comigo?

–Me encontre do lado de fora no fim de seu turno.

Ela se levantou e saiu.

Mulher mais doida, já faz anos e ainda não entendo oque se passa em sua mente.

Volto à cozinha, já tenho mais pedidos esperando.

–Oque o cliente queria?

–Ele disse que gostou do bife de porco, mas não gostou do molho de alho que você fez.

–EI!

–Brincadeira.

Maria esta de bico, se algo que não posso insultar é sua culinária.

Meu turno acaba em algumas horas, enquanto arrumo minhas coisas fico me perguntando:

–Oque a Clack quer comigo?


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Notas finais do capítulo

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