Uma vida seria pouco para te amar escrita por Millene Vasconcelos


Capítulo 10
Capítulo 10 – Leda...


Notas iniciais do capítulo

Não sei se começo com um 'oi' ou um 'desculpa'. Sim, foram quase duas semanas sem postar. Mas nesses dias esteve envolvido provas, trabalhos, mais uma peça que eu tive que escrever, então o meu dia passava num piscar de olhos e quase não sobrava tempo pra mim escrever. Minha criatividade também não era a das melhores... Enfim, hoje me veio uma onda de idéias e deu nesse capítulo, boa leitura.



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Paulina narrando*

– Bom, já que estão todos aqui vamos falar algo que é importante. – falei me sentando no sofá, de mãos dadas com Carlos Daniel, depois do jantar.

Estavam todos presentes, e toda a atenção estava virada para nós.

– Se quiserem falar logo, agradecemos. – Estefani falou rindo, com Raimundinho em seu colo.

– Tá bom... Você fala ou eu falo? – sussurrei pro Carlos Daniel.

– Você, ou eu, tanto faz. – sussurrou-me de volta, revirei os olhos.

– Ei, vocês dois, falem agora ou calem-se para sempre. – Rodrigo ironizou, eu ri do seu humor.

– O que temos pra falar não dá pra esconder por muito tempo, daqui a nove meses já... – falava até que fui interrompida pela vovó Piedade.

– Você está grávida filha? – perguntou-me com um brilho inexplicável nos olhos, o que me emocionou.

– Sim vovó – sorri radiante –, estou grávida.

Depois que eu finalmente revelei o que era de verdade o resultado dos meus exames a sala inteira ficou uma festa. Todos estavam muito felizes, principalmente eu e Carlos Daniel.

– Tudo está muito bom, mas nós temos que ir. – Falou Rodrigo, pegando na mão de Patrícia e chamando o filho pra ir.

– Mas já? – vovó perguntou. – Ainda é muito cedo.

– Já está na hora do Murilo dormir, ele tem escola amanhã cedo e não pode se atrasar. – Patrícia se justificou pelo marido.

– Tudo bem então, talvez eu vá lá amanhã, Patrícia. – avisei enquanto os acompanhava até a porta. – Até amanhã. – gritei enquanto acenava, eles já estavam no carro.

– Até! – acenaram de volta. Voltei para dentro.

– Vamos colocar as crianças pra dormir. – falou meu amor, me abraçando de lado.

– Sim, vamos. – sorri-lhe. – Crianças, venham, vamos deitar. – chamei elas, que vieram correndo.

– Lizete e Paulinha, vão com a mamãe. Daniel e Carlinhos, venham comigo. – Carlos Daniel subiu com eles, assim como eu subi com as meninas.

– Mamãe, você vai contar uma história pra gente né? – a Paulinha me olhava sentada na cama, com o queixo apoiado na mão.

– É mamãe, conta uma história.

– E vocês querem de quê? – perguntei, enquanto me sentava na cama da Lizete, e a Paulinha também.

– Não sei, uma de alguma princesa. Mas que a gente nunca tenha ouvido. – ela me advertiu séria mas com uma imensa empolgação na voz, o que me fez rir.

– Tá, me deixa pensar em uma... – comecei a pensar, e logo uma história veio em minha cabeça. – Era uma vez uma princesa... – comecei a contar, até que elas caíram no sono. – Durmam bem, minhas princesinhas. – sussurrei enquanto ajeitava a coberta delas e dava um beijinho em suas testas.

Saí do quarto e encontrei Carlos Daniel saindo do quarto dos meninos.

– Engraçado que eles têm sintonia até pra dormir. – cochichei, rindo um pouco.

– Sim, verdade. Mas agora é nossa hora de dormir, vamos meu amor. – ele me abraçou por trás, me guiando até nosso quarto.

Fui vestir meu pijama e me deitei ao seu lado.

– Boa noite, meu amor. – falei baixinho, encaixando meu rosto em seu pescoço.

– Boa noite, minha vida, minha Lina. – beijou o topo da minha cabeça e dormimos assim, juntinhos.

***

– Bom dia, Patrícia! – falei quando entrei em sua casa.

– Paulina! – me deu um abraço – Bom dia.

– Eu vim pra gente conversar um pouco. – disse me sentando no sofá.

– Pode falar Paulina, eu estou escutando. – a preocupação estava estampada em sua face.

– Não sei se o Rodrigo te contou, mas a alguns dias atrás a Leda foi na fábrica.

– Sim, ele comentou comigo. Também disse que ela estava casada. É verdade? – fiz que sim com a cabeça.

– E você não advinha com quem. – ela me respondeu com uma cara confusa, dava pra perceber que Rodrigo não tinha falado isso pra ela. – Com... – suspirei. – Edmundo Serrano.

– Meu Deus, mas afinal, o que eles pretendiam com essa visita à fábrica?

– Queriam comprar 10% das ações. Óbvio e evidente que não vendemos, tampouco a eles. Enfim, eu estou sentindo que ela não vai querer nos deixar em paz.

– Como ela teve coragem de voltar? Até porque quando ela saiu a Paola não havia morrido e elas estavam mancomunadas para destruir os Bracho e a você.

– Acho que é falta de vergonha na cara, ela não percebe tudo que fez pra nós e ainda quer fazer mais. Isso é algo de se esperar da Leda.

– Pois é... – ela falava, mas meu celular tocou em um número desconhecido.

– Alô? – falei assim que atendi.

– É Paulina Bracho?

– Sim, quem fala? – perguntei à pessoa do telefone, Patrícia murmurou um “quem é?” e eu falei um “eu não sei” sem som.

– Bom, isso não importa, eu só quero que você me encontre no endereço que eu vou te passar por mensagem. Sem falta.

– Como que você quer que eu vá onde alguém que eu não sei o nome, e nem conheço, pede? Acho que você não está bem da cabeça. – minha voz estava trêmula e minha cabeça atordoada. Perguntas como ‘Quem pode ser?’ ou ‘Por que esse alguém quer me encontrar?’ não saiam de meus pensamentos.

– Olha aqui queridin... Paulina! É só um recado, não quer ir, não vá. Mas é um acerto de contas que está pendente há anos, espero que possa ir. Um abraço.

– Mas que... – fui interrompida pelo “tututu” do telefone, desligaram na minha cara.

– O que essa pessoa queria? – Patrícia perguntou, vendo minha cara confusa.

– Eu não sei exato, era algo como um acerto de contas que não estava resolvido e que eu tenho que ir até o endereço que me passarem por mensagem. – falava olhando pro nada, perdida em meus pensamentos.

– E você vai? – perguntou de novo, me trazendo de volta pra este mundo.

– Não sei, irei falar sobre isso com o Carlos Daniel, decidimos isso juntos.

– Tudo bem então. Quer ir ao shopping? Podemos ver algumas coisas pro bebê. Quando vai saber o sexo?

– Daqui a umas 6 ou 7 semanas. – sorri, falar do meu novo filhinho me fazia esquecer de qualquer problema que exista.

***

– Olha que coisa fofa, Paulina. – a Patrícia estava me mostrando uma roupinha de menina muito fofa, lilás.

– AiMeuDeus, que coisa linda! – peguei a roupinha em minhas mãos. – Eu vou comprar! – falei quase pulando de alegria, como se eu já soubesse se seria menina ou menino.

– Mas se for menino?

– Eu não sei, mas se for menina e quando a gente vir comprar não tiver mais? – ela sorriu com minha pergunta.

– É verdade, você pode dar a Paulinha se for menino, e ela veste em alguma boneca.

– É... – fomos ao caixa, eu paguei a roupinha e fomos.

***

– Meu amor, eu preciso falar com você. – o olhei sério enquanto me sentava na cama.

– Pode falar, aconteceu algo grave? – a preocupação estava óbvia em seu rosto.

– Tecnicamente não, mas sim estranho.

– O que aconteceu? Eu estou ficando preocupado Paulina. – ele estava tenso, bastante tenso.

– Eu recebi uma ligação hoje. Muito estranha. Essa pessoa não me falou seu nome, mas disse pra eu encontrá-la nesse endereço. – mostrei a mensagem que continha o endereço e ao horário.

– Ela falou o porquê?

– Disse que era pra resolver um antigo acerto de contas. Como um ponto final em uma história, acho.

– Nós vamos.

Nós?

– Sim, você acha que vou te deixar ir sozinha e te pôr em perigo? Nós vamos.

– Você é a melhor pessoa do mundo, o melhor marido do mundo. – selei nossos lábios, ele me passava uma segurança, uma paz, inexplicável.

– Eu te amo, mais que tudo.

– Eu também.

***

– Está pronta? – me perguntou quando íamos sair do carro.

– Acho que sim. – respondi o olhando nos olhos, nos dele também dava pra ver a preocupação, misturada com curiosidade.

Fomos caminhando pro restaurante, o carro estava a um quarteirão de distância.

– Olha só, os pombinhos já chegaram. – a pessoa falava com deboche.

– Leda...


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Notas finais do capítulo

Se gostaram comentem, porque eu estou um pouco desanimada com os poucos comentários, a opinião de vocês é MUITO importante. Então se não tem conta aqui no Nyah, pode deixar sua opinião lá no twitter que é @spanicxfan. Besitos, totalll!



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