Rush Kappa Kappa Tau escrita por Ivashkov


Capítulo 15
Doomsday


Notas iniciais do capítulo

ÚLTIMO CAPÍTULO
Espero que gostem do final (luazinha)
A narração é um pouco diferente nesse capítulo, não tem o nome do personagem narrador. Pq ia ficar meio chato, pq todos estão no mesmo lugar, na mesma hora.
Acho que é só isso.



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KAPPA KAPPA TAU

21h30

Chanel estava assistindo a um filme na televisão. Não prestava atenção nele, apenas ouvia os sons enquanto lixava suas unhas. Pensava na sua partida, que seria no dia seguinte.

Ela tinha o pressentimento de que alguma coisa ia dar muito errado. Não sabia se seria com ela ou com outro alguém.

E se o Red Devil nunca se cansasse?

E se ele continuasse solto por aí?

Decidiu que pegaria um táxi naquele momento. Iria embora agora.

Subiu até seu quarto, notando que as portas estavam abertas.

– Estranho...

Ela nunca deixava as portas abertas. Provavelmente Denise saiu e se esqueceu de fechá-las. Quando entrou lá, levou um susto.

O corpo da policial estava jogado no chão, apontando sinais de enforcamento. Além de seu pescoço estar cortado.

Ela sabia. Ela sabia.

O Red Devil estava pela casa.

O Dia do Juízo Final começou.

Chanel correu até o armário, procurando lá dentro a arma rosa. Não encontrou.

– Droga!

Correu até a porta quebrada da sacada, olhou para o jardim.

O desespero cresceu dentro dela.

Havia dois Red Devil.

Não era possível.

Ela era um dos Red Devil.

Chanel havia começado com essa brincadeira. Tudo começou com ela assustando Chad e Boone naquela noite. Era pra ser só aquela noite. Mas, tudo saiu do controle quando alguém pegou a fantasia.

Ela tinha assustado Gigi e tinha perseguido Chanel #3. Tinha feito isso para Chad e Boone pararem de sair à noite, perseguiu a amiga para assustá-la, pois sabia que ela tinha um caso com Boone. Assustou Gigi porque teve vontade. Mas ela não tinha matado ninguém.

Alguém tinha roubado duas fantasias e agora estava assustando a todos. E o pior, matando.

Decidiu descer e acabar com isso de uma vez por todas.

***

Chegou ao gramado por trás dos assassinos.

Escolheu o mais alto para poder pular nele.

E foi o que fez.

Pulou.

Agarrou o pescoço dele. Puxou a máscara.

Ela caiu.

Chanel ficou horrorizada com a visão. Nunca tinha imaginado. O assassino era Pete.

– Nã-Não é o que você está pensando. Eu juro.

– O QUÊ? SE VOCÊ FANTASIADO DE RED DEVIL NO GRAMADO NÃO É O QUE EU TO PENSANDO... ENTÃO O QUE É?

– Ela me forçou a fazer isso... - lamentou-se, apontando para o segundo Red Devil.

– Ela quem? - deu um passo na direção do outro assassino e parou quando ele puxou uma faca. Ela engoliu em seco.

Ele se aproximou.

– Não faça isso! - gritou Pete, se jogando em cima do outro RD. Pete foi arranhando pela faca bem no rosto. Sangue escorria pela lateral esquerda de sua face.

Ele ficou no chão, procurando alguma arma.

Enquanto isso, a assassina levantou-se e foi até Chanel, ainda empunhando a faca que agora estava suja com o sangue de Pete.

– Seja bem-vinda ao inferno, Chanel.

E então tudo aconteceu muito rápido para Chanel conseguir acompanhar. A faca deslizou por seu peito, fazendo um corte bem profundo.

Ela caiu de joelhos, recebendo outra facada.

E mais outra.

E outra.

E outra.

E outra.

Ela gritava.

Por fim, Red Devil acertou um golpe em seu coração.

Chanel Oberlin agora era apenas um corpo.

Ele se voltou para a KKT, de onde tinha saído agora a pouco.

Pete havia sumido, deixando as roupas de Red Devil no jardim.

– Covarde!

Red Devil entrou na sala de estar e não encontrou ninguém. Cruzou os sofás e móveis até chegar ao porão. Desceu as escadas e pegou o galão de gasolina encostado na parede.

Ela tinha esperado por isso a vida toda.

***

Chanel #2 estava sentindo cheiro de gasolina.

Desceu com Hester até a sala, procurando a fonte do cheiro.

Avistaram o Red Devil e,assustadas, subiram de volta as escadas. A janela do corredor dava para o jardim. Algo chamou a atenção de Chanel #2.

– Olhe. - sussurrou, apontando para o jardim.

Hester olhou.

Chanel estava caída ali, morta.

A garota arregalou os olhos. Olhou para Chanel #2.

– E agora?

– Agora sabemos que ela não é o assassino. Nós o vimos na sala, certo?

– Sim.

– O que quer dizer que... Se Chanel está morta, só sobram quatro opções: Zayday, Gigi, Chanel #5 e... - ela engasgou com as palavras. - E Pete.

– Ai meu Deus! Não! Não pode ser a Zayday! Ela nunca faria isso!

– Nunca se sabe...

– E como vamos descobrir isso? - Hester parecia à beira das lágrimas.

– Eu tenho um plano.

***

As garotas pegaram cordas e soníferos. Seguiram os rastros de gasolina que o assassino deixava pela casa. Elas sabiam exatamente o que ele iria fazer.

Em pouco tempo a Kappa Kappa Tau estaria em chamas.

Elas tinham que correr com o plano.

O rastro terminou no closet das Chanel’s, onde o assassino estava virado de costas para elas.

– É agora. – sussurrou Chanel #2.

Hester hesitou, mas saiu correndo com a corda, colocando-a no pescoço do diabo vermelho.

O corpo dele caiu no chão, se debatendo.

Enquanto Hester o segurava, com a maior força que tinha, a outra tratava de tirar a máscara do rosto dele.

A peça da fantasia estava bem grudada ao rosto.

Tudo para manter sigilo, pensou.

Quando conseguiu, havia uma touca preta cobrindo o rosto, deixando apenas buracos para os olhos.

Chanel #2 e Hester reconheceriam esses olhos em qualquer lugar.

Eram olhos azuis como o mar.

Eram os olhos de Chanel #5.

As amigas caíram para trás, surpresas.

Bastou isso e Chanel #5 se levantou, brandindo um isqueiro.

– Por quê? – perguntou Chanel #2. –Por quê você está fazendo isso tudo?

– Ah querida, pelo simples fato de eu odeio todos vocês. Sempre quis ser a abelha rainha daqui. Que possibilidade eu teria se não matasse todos?

– Mas... por quê simplesmente não matou a Chanel? – perguntou Hester.

– Porque seria fácil demais. E eu queria vingança de todos que riram de mim no passado, quando não era uma Chanel.

– Jhenifer, Earl e Chanel #3?

– Sim, os dois. Matei Chanel #3 porque ela estava me traindo! Ela era uma amante de Boone e usava o nome de Melanie! Como isso é possível?

– E quanto à Chad? – Chanel #2 quis saber.

– Usei-o apenas para mandar aquele recadinho para Chanel.

Os olhos das loira agora esbanjavam loucura, ciúmes e desejo por morte. Ela ajeitou os seus cabelos loiros e colocou a máscara novamente.

– Se me dão licença, queridas, tenho duas vadias para matar.

Hester e Chanel #2 sentiram o medo correr suas veias. Deram um passo para trás.

Chanel #5 disse:

– Não se preocupem! Vai ser bem doloroso! – ela deu uma risada um tanto maníaca e ascendeu um isqueiro. – Vocês vão morrer queimadas!

Ela jogou o isqueiro aceso no chão e fugiu.

As chamas cresceram rapidamente.

– Vamos! – berrou Hester.

– Espera! Tem mais alguém aqui!

Chanel #2 correu até o armário de bolsas e encontrou Gigi presa lá dentro.

– Como...? – começou Hester.

– Bruxaria. – respondeu a outra.

Hester aceitou a explicação.

Gigi ficou em pé, enquanto as meninas tiravam as amarras de seus braços, pernas e boca.

– Aquela louca me prendeu aqui! Ela vai ver só!

– Vamos logo! – cortou Chanel #2.

E correram para o corredor...

... O que não foi uma boa ideia, pois a Kappa Kappa Tau estava completamente em chamas.

***

Pete estava na sala.

Assim que viu o fogo, correu para lá, na tentativa de ajudar a amada e as outras. Ouviu gritos vindos do quarto das empregadas e correu para lá.

Encontrou Zayday ajoelhada no chão, chorando, aceitando a morte.

– Graças a Deus! – ela agradeceu.

– Olha, meu carro está parado na porta da KKT. Vai para lá. Vou encontrar as outras e vamos fugir daqui.

Zayday confirmou com a cabeça e correu na sala pela parte que ainda não tinha fogo. Pete escutou a porta do carro bater.

Estava quase subindo as escadas, quando sua amada desceu, sendo seguida por Hester e Gigi.

Pete sabia que Chanel #5 era a assassina. Descobrira há alguns dias, quando ela o atacou, mas ele desviou dos golpes e deu uma chave de braço nela.

Ela havia dito que não mataria Chanel #2 se ele a ajudasse. E foi o que fez.

As garotas desceram. Pete disse a mesma coisa, mas Chanel #2 insistiu em ficar com ele.

A casa já estava inteiram em chamas. Apenas a entrada ainda não tinha sido consumida.

Saíram da casa e foram procurar Chanel #5 no jardim.

Foi fácil encontrá-la. Ela era a única com a fantasia de demônio.

Ela os avistou e correu até eles, brandindo um machado daqueles que se usa para cortar árvores.

Eles estremeceram. Pete correu até Chanel #5 e chutou seus pés, fazendo com que ela caísse no chão.

Se ela não fosse uma assassina, Chanel #2 até teria rido. Pete chutou o machado para longe.

– Você vai me matar é? – desafiou a loira.

– Não... Por enquanto.

Ela riu.

– Não tem coragem é?

Chanel se irritou com a ex-amiga, correu até onde estava o machado e o pegou.

– Está com raiva é? – provocou Chanel #5.

A loira estava sendo imobilizada por Pete.

Pete olhou para Chanel #2 e fez um sinal de positivo com a cabeça.

A garota levantou o machado acamida de sua cabeça, olhou uma última vez nos olhos de Chanel #5 e o abaixou, com uma velociade incrível, devido ao peso da arma.

A lâmina desceu sob o crânio da loira, dividindo-o em duas partes. Sangue espirrou por toda a parte.

Chanel #2 fechou os olhos, não deixando que o sangue espirrasse neles. A camiseta branca de Pete agora estava vermelha.

O corpo de Chanel #5 caiu no chão. O machado ainda estava cravado em seu crânio. Ninguém ia se dar o trabalho de tirá-lo dali.

A garota pegou os braços do corpo, e Pete, as pernas. Levaram o corpo até beira da casa em chamas.

Pete correu até o carro e pegou um pote de álcool.

Jogaram o líquido pelo cadáver.

O cheiro de álcool dominou o nariz deles.

Pegaram o corpo de novo e o jogaram na casa em chamas.

Assistiram o fogo consumir a garota, culpando-a por todos os seus pecados cometidos.

Voltaram para o carro e se encontraram com as garotas. Gigi, Hester e Zayday estavam no banco de trás, deixando os dois de frente para o casal. Elas estavam em silêncio, observando os dois caminharem entre escombros que caíram da casa.

– Acabou. – disse Pete, enquanto entrava no carro. – O desespero acabou. Podemos ter uma vida normal agora.

– Nunca mais seremos os mesmos. – comentou Hester.

Todos concordaram.

– Para onde vamos? – perguntou Gigi.

– Para qualquer lugar. – disse Chanel #2.

Zayday gostou da ideia.

Partiram, então para um futuro que não imaginavam como seria. Hester olhava a antiga Kappa Kappa Tau ainda em chamas, enquanto saíam da Universidade Wallace. A fumaça já podia ser vista de longe. Uma mancha preta no céu azul escuro.

Pete explicou para elas a situação de Chanel, Chanel #5 e ele, como Red Devil. Contou tudo o que Chanel #5 o tinha explicado, alguns dias antes. Todas ficaram em silêncio, ouvindo o menino falar.

Após alguns dias de viagem, chegaram a um hotel chamado “Pacific Paradise Ocean” ,que ficava em frente a uma praia.

– Bom dia senhor, como poderia ajudá-lo? – perguntou a atendente, que estava sentada na recepção.

– Gostaria de dois quartos, por favor. – pediu Pete. Eles preencheram dados e foram levados para os quartos. 1203 e 1204.

Pete e Chanel ficaram em um quarto, que era muito grande. Gigi. Hester e Zayday ficaram em outro, que era o dobro do tamanho do do casal, para poder abrigar as três.

Acharam que poderiam recomeçar a vida do zero.

Não podiam.

O sangue estava nas mãos deles.

Nenhum deles era totalmente inocente.

Essa história de Red Devil e Kappa Kappa Tau já tinha acabado para eles.

Mas, mal imaginavam que o pior ainda estava por vir.


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Notas finais do capítulo

SUHUSHASHUA ESPERO QUE TENHAM GOSTADO!
VENHAM PARA A SEASON 2! (luazinha)



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