Revivia aqueles momentos repetidas vezes desde que aconteceu. Estavam nus, tinham acabado de fazer amor e então Edward a convida para ir a formatura da Rosie como o seu par. Aquilo foi o seu limite, desconfiava de que ele estava perdendo a sensatez.

“Seu par? ” – Perguntou a ele ainda incrédula.

“É o que estou dizendo. Por favor, Bella, não surte. “ – Estava sentada afastada dele o máximo que podia. “Não iremos como namorados, mas como algo que pode ser isso. Ainda estamos descobrindo, não é mesmo? Apesar de que Jas nos chamou de namorados. ”

“O que? ... Edward você endoideceu? Isso era para ser apenas para curtir. ” Bella já estava com seu vestido e o segurava diante do seu corpo.

“Um caso, eu sei. Mas as coisas são mutáveis. Eu sei que tudo isso está sendo diferente de qualquer envolvimento que já viveu. Consigo ver isso através dos seus olhos, como tudo parece surpreendente, novo, inesperado. Comigo também é assim. Não imaginei estar tão louco por outra pessoa tão rapidamente e com uma garota que ainda está no colegial. Não se ofenda, minha linda. Isso é para te mostrar que a vida nos traz esse tipo de surpresa. “ Se vestiu e levantou, tentando com os dedos trêmulos dar um jeito em seus cabelos. Começou a procurar por sua calcinha pelo chão. “Procurando isso aqui? “ Edward ergueu a mão com a sua minúscula peça intima. Ela correu para pegar, mas ele abaixou a mão. “Do que tem tanto medo? “

“Eu não tenho medo. “ Quase bateu pé.

“Bella, você está morrendo de medo. “ Deveria mesmo estar parecendo um passarinho assustado debaixo da árvore depois de cair. Olhava para Edward com os olhos bem abertos e sentia seu corpo tremer. Estava com medo desde o momento que percebeu estar apaixonada.

“Nunca tive um relacionamento. Todos foram envolvimentos físicos. “ Edward estreitou os olhos para ela e sorriu malicioso.

“Será a sua primeira vez em algo assim, Bella? Ah linda, isso é excitante. “

“Edward, me devolva isso. “ Tentou não ligar para o que ele disse por último.

“Não precisará disso agora. Quero você do jeito que está. “ Ele a olhou de baixo para cima, com desejo novamente. “Aposto como já deve estar molhada. “ Bem, ele tinha razão, mas não facilitaria para ele.

“Edward... “ – Desviou dos objetos no chão enquanto ele levantava e caminhava para ela. Ele tocou em seu membro ereto como que para ver o quanto estava pronto.

“Não será delicado dessa vez, estou queimando. E preciso te convencer de que isso aqui é importante. “

Edward a pegou firme pelo pulso quase a machucando e a virou de frente para a meia parede que dava para os fundos. Ele jogou a calcinha para o lado e ergueu a saia do seu vestido mostrando a sua bunda. Edward a massageou ali e estimulou sei clitóris, ele não se conteve, deu-lhe palmadas enquanto a acariciava.

Ele a girou deixando-a de frente para ele. Bella já estava entregue, quis beijá-lo, mas ele não deixou. Edward abaixou em sua frente e ergueu uma das suas pernas, deixando-a repousar em seu ombro. Em seguida, afastou o seu vestido e com desenvoltura beijou-a onde estava úmida. Bella tentava se agarrar a parede enquanto delirava entre gemidos mal contidos, sentindo os lábios e a língua ágio em seu corpo. Perdeu totalmente o controle do seu corpo quando sentiu os dedos dele a penetrarem enquanto ele ainda lhe beijava. Edward a segurou firme até que ela gozasse chamando por ele, dizendo quanto o queria.

Ela estava exausta, mas para ele ainda não havia terminado. Bella foi novamente posta de costas para ele, e foi penetrada sem aviso. Ele a estava posicionando como achava melhor sem permitir que ela agisse. Bella estava mole enquanto recebia as fortes estocadas. Ele puxava seus cabelos, o que a excitava ainda mais. Seu vestido foi abaixado na altura dos seus cotovelos, seus seios estavam livres. Mas uma vez sentiu seus joelhos flexionarem depois de gozar, Edward não permitiu que ela caísse.

“Gosta que eu te pegue assim, não é? Você gosta que eu me enfie em você. ” – Ele a segurou pela cintura. – As afirmativas dela o fizeram chegar ao clímax rapidamente, ele havia saído dela antes segundos antes.

Estavam novamente jogados no chão, sonolentos e satisfeitos. Edward acariciava o seu braço, estava pensativo agora. Bella podia ver que não havia desistido de leva-la. Bem, aquilo foi para mostra-la que ele não desistiria. Não sentia as suas pernas o que a levava a crer do quanto estava empenhado.

“Vamos fazer isso, tudo bem? “ Bella não respondeu.

– Bella Swan, se eu precisar te chamar novamente vamos romper agora! – Jasper a sacodia levemente pelos ombros. – Nossa, o que deu em você?

Bella olhava para o amigo com o rosto franzido, muito chateado com ela. No entanto, Bella não se importava. Ainda estava sob efeito das emoções recentes, ela mal conseguia codifica-las.

– Não é o Edward novamente, ele chegou ontem feliz em casa. Até nossos pais perceberam. – Jasper olhou para os lados. Eles estavam no pátio da escola em um dos muitos atuais horários vagos.

– Edward está feliz? Seus pais perceberam? – Bella estava com essa constante aparência nervosa.

– Esme está louca para conhecer você. Ela nem imagina que você, é você. – Ele riu humorado, sua amiga ao lado não achou graça alguma.

– Oh meu...

– Já você não parece feliz. – Jasper espalmou as mãos atrás do seu corpo, inclinando o corpo para trás e as pernas para a frente nos degraus onde estavam sentados.

– Eu estou feliz, Jas, estou muito feliz. O problema é que estou com mais medo.

– Bella Swan com medo e admitindo isso em voz alta? – Jasper voltou a se aproximar da amiga. – Qual o problema?

– Você ainda não percebeu? Minha vida está uma confusão. Nada parece normal, nada está como deveria ser. Renée, Edward, a faculdade.

– Como assim a faculdade?

– Estou cogitando não ir. – Disse derrotada.

– O que?!

– Jas, ontem a noite eu esbofeteei a Renée e a chamei de tantas coisas enquanto estava desacordada no sofá. Mas quando ela acordou... – Estava tão cansada daquilo. Ela estava sozinha a tanto tempo... - Ela não é a minha mãe, Jas, não é. Só que eu quero a minha mãe de volta e como posso ir e deixa-la aqui assim? Renée perderá o emprego a qualquer momento, tudo pode piorar.

– E você acha que estando aqui vai ajudar?

– Sou responsável por ela. Renée só tem a mim. – Jasper encarou a amiga, sabendo que ela seria capaz de jogar fora o seu futuro pela mãe.

– Não ouse, Bella. Não ouse fazer isso consigo mesma.

– E o que eu farei? – Jas estava inconformado, abraçou as pernas a sua frente balançando-se um pouco. Estava inquieto, angustiado pela amiga. - Tenho que me afastar do Edward.

– Droga, Bella! – O seu amigo estava temendo esse momento. Sabia o quanto Edward estava envolvido, apaixonado mesmo por sua amiga. E até mesmo sabia que ela estava por ele, mesmo que não admitisse. – Você disse que estava feliz. Você até parece mais equilibrada, não sai por aí atrás de qualquer um. Está mais focada.

– Não posso continuar com isso.

– Com o que? – Jasper queria mesmo entender.

– Eu vou magoá-lo.

– Sim, se afastar dele vai magoá-lo. – Ele acusou sem paciência com a amiga naquele momento. – Bella, eu pensei que você.... Não está apaixonada por ele?

– Eu... – Ela queria dizer, mas simplesmente não saia. – É por isso que tenho que deixa-lo.

– Não entendo o seu raciocínio.

– Eu sou má e destrutiva. Edward sonha com uma família, ele me falou sobre isso quando fomos a Blue Hill. Por isso ele aguentou tanto com a Ângela. – Bella imitou o amigo, agora abraçava a si mesma. – Não sou mais qualificada do que ela foi para isso. Além de ser muito jovem, eu não sei se gosto da ideia de um compromisso.

– Bella, ele não a está pedindo em casamento. – Seu amigo a alertou.

– Mas pode querer um dia, se é construir uma família que ele quer. E eu não consigo nem me imaginar como par dele para a formatura da Rosie. Imagine... Bella Swan, namorada, noiva, esposa... Mãe? Eu seria uma péssima mãe, eu não tive bons exemplos, eu vou foder com a cabeça do meu filho.

– Bella não me faça estapeá-la. Você está surtando! Tudo isso porque está enfim apaixonada? Porque está em um relacionamento iminente? Que bom que não é mãe, porque você já fode com a minha cabeça! Volte a si, mulher! – A voz firme e alta serviu como um tapa, Bella aquietou. – Você está atropelando as coisas. Viva o momento com o Edward, estava te fazendo bem, até que surtasse. E você está fazendo bem a ele. Qual a dificuldade em apenas viver isso? Bella, não acabe com tudo.

– Oi, lindos! – Alie chegou animada como sempre. Agarrou Bella em um abraço e depois sentou ao lado do Jas enlaçando-o pelos ombros. – Que caras são essas?

– Bella está meio que paranoica. – Jas recebeu um safanão da amiga.

– Porque? – Os dois ficaram calados se entre olhando. – Isso tudo tem a ver com o Edward? – Os dois viraram para a pequena ali. Alice sorria vitoriosa. – Vocês acham que eu não iria descobrir? E depois, a Rosie me confirmou.

– Aquela garota não consegue ser discreta. – Jas estava impressionado pela indiscrição da irmã.

– Ah, Jas. Eu adorei isso tudo. Praticamente fazemos parte de uma única família agora.

E mais uma ideia para deixa-la ainda mais apavorada. Agora ela tinha uma família, e uma família grande. Ela amava todos.

Foi na saída, quando estavam ainda conversando com alguns amigos que Bella teve o seu coração quase saltando pela boca novamente. Edward Cullen estava parado diante da escola. Seu corpo estava relaxado encostado no carro. Os óculos escuros só deixavam as meninas mais agitadas.

– Diga que ele veio te buscar, Jas. – Alice soltou um risinho.

– Desculpe. – Jas não se desculpava de verdade. Estava gostando do irmão tomando o controle da situação.

– Desculpe? – Bella estalou a língua com desdém da resposta do amigo. Eles continuaram andando em direção ao ruivo alto parado ali.

– Oi, Edward. – Alice foi a primeira e Bella notou que a amiga fez a fiel ligação de olhar entre eles dois.

– Oi, Alice. E aí, Jas. – Então ele tirou os óculos, deixando-o na cola de sua camisa e direcionou-se para Bella. – Oi, linda. Senti saudades. – Alice não se conteve e soltou um sonoro:

– Ownnn....

– Edward, pelo amor de Deus! – Bella certificou-se se alguém tinha ouvido aquilo.

– O que? – Edward se fez de bobo e riu. – A Rosie e o Emm estão nos esperando. Vamos comer uma pizza?

– Está valendo! – Jas respondeu.

– Será perfeito. – Alice estava animada.

– Emm, Rosie e nós dois... – Bella estava pensativa sobre aquilo.

– Temos que superar isso. – Edward deu de ombros.

– Superar o que? – Alice curiosa percebeu que ali tinha uma história que ela gostaria de saber.

– Eu acho melhor irmos logo, ou não voltará ao trabalho depois da pizza? – Jas os salvou.

– Vamos. – Edward abriu as portas para eles entrarem. Quando Bella adiantou-se para entrar atrás com a Alice, Edward a segurou pela cintura e cheirou seus cabelos até a orelha. – Cheirosa e arredia. Está me incitando, Bella. – Quis perguntar a que, mas decidiu manter-se calada e entrou ao lado da amiga.

– De quem foi a ideia? – Bella quis saber.

– Da Rosie. Ela pediu para que chamasse vocês.

– Então Edward, você e a Bella agora são namorados? – Bella não esperava por essa e abaixou a cabeça levemente apoiando a sua testa em sua mão. Edward riu descontraído.

– Calma aí, Alie. Não queremos que a Bella sofra um ataque cardíaco.

– Vocês são muito engraçadinhos. – Ela revirou os olhos para aqueles três que zombavam dela. – Você está louco para que eu seja a sua namoradinha, não é Ed? Afinal de contas, está apaixonado por mim. – Edward sentiu que ela se debruçou no encosto de seu banco e então viu a sua pequena e libidinosa mão acariciando o seu peito. O rosto dela está perto do dele, mas não virou para se certificar. – Você não consegue ficar longe de mim. Podemos deixar esses dois com a sua irmã e ir para outro lugar. Ainda não aprendi direito aquela lição de ontem.

– Deus do céu, Bella! Nos poupe de ouvir isso. – Jas resmungou no banco da frente.

Alice estava estupefata, mas acabou rindo daquilo. Edward beijou o pulso da Bella que voltou ao seu lugar arrepiada com o toque. Quando saíram do carro, Edward pediu que o irmão entrasse com Alice. Bella ficou de pé diante na lateral do carro, Edward a encurralou ali.

– Da próxima vez que me provocar daquela forma, não me importarei onde estivermos, nem com quem estivermos. Vou arrancar a sua roupa e entrar em você. Vou amá-la até a exaustão, como ontem. A propósito, consegue sentir suas pernas hoje? – Precisou de uns segundos para se recuperar daquela voz incisiva e sensual.

– Idiota. – Edward a beijou sem se importar onde estavam. – Você não podia ter feito isso.

– E você podia ter se afastado, me batido ou brigado comigo. – Não teve resposta para aquilo. Edward sorriu com a sua vitória. – Vamos entrar. – Ele a conduziu pela cintura. Não havia saída mesmo, deixou-se ser levada.

Era a primeira vez que ficaria diante de Emmet e Rosie juntos e com a verdade de conhecimento da irmã do Edward. Os quatro estavam em uma mesa conversando tranquilamente. Os pares estavam sentados lado a lado.

– Olá, Rosie. – Bella foi casual, nem mesmo ela esperava aquilo. Parecia que recobrou o pouco da sua confiança.

Rosie estendeu os braços na direção dela, ela aceitou, indo de encontro a loura e debruçou-se para receber o abraço e o beijo.

– Olá, Bella.

– Oi, Emm. – Bella falou com o seu último caso de forma também tranquila. Emm levantou-se educadamente e estendeu a mão amigável para Bella que aceitou.

– Oi, Bella. Você está linda. – E logo que disse isso olhou para trás de Bella onde Edward estava e para a Rosie. – Esse elogio foi aceitável, não? Eu deveria ter dito que ela parece bem? – O grandão estava confuso, pisando em ovos por causa da sua loura e do seu amigo.

– Para mim foi aceitável e para você Rosie? – Edward segurou Bella pela cintura por trás e lhe deu um beijo no rosto.

– Para mim também. Relaxa grandão.

– Ufa. – Edward fez com que Bella sentasse e ele e Emmet sentaram também.

– Então deixa eu ver se entendi: Emm e Bella tiveram alguma coisa por isso esse clima?

– É, foi isso, Alie. – Bella surpreendeu a todos ao falar. – Qual é, não seria justo ela não saber. – Deu de ombros.

– Isso deve ter sido antes da Bella completar 18 anos. O que torna meu irmão um fora da lei. – Alice parecia mais divertida do que surpresa.

– Ed... – Bella tentou se esquivar dos carinhos dele. Estavam em um lugar público e aquela demonstração do lado de fora já tinha sido suficiente.

– Fique quieta. – Edward a segurou pela nuca e lhe deu um outro beijo prolongado nos lábios diante de todos.

– Ah... também quero. – Rosie disse e Emm lhe beijou também.

– Vamos fazer isso. – Alice agarrou Jas em um beijo inesperado, mas que ele gostou muito.

Um garçom estava diante da mesa tentando chamar a atenção dos três casais que se beijavam pigarreando.

***

Aquele beijo era de longe o mais longo da sua vida. Edward estava mantendo-a colada a ele todo o tempo. Doce, macio, suave, algo que ela não pararia se não tivesse outra alternativa, mas ela não tinha. Tentou afastar-se, mas foi forçada a ficar, sentiu na pele os dedos dele apertarem mais.

– Seremos despedidos. – Constatou em voz alta. Edward pareceu não dar importância, beijou-lhe o queijo descendo até seu pescoço. Três batidas na janela ao lado fez com que eles se separassem. Edward abriu a janela um pouco.

– Oi, Ed. Oi, Bella. – Era um dos policiais que faziam a ronda naquele dia.

– Oi, Finn. Como vai? – Edward não se intimidou com a interferência e continuava abraçado a ela.

– Estou bem, cara. E você, pronto para voltar a morar aqui?

– Cara... Tudo é possível. – Ele brincou.

– Seria legal, vamos juntar a turma qualquer dia. – Sugeriu.

– Seria mesmo legal.

– Cara, tem que fazer um favor para mim. Terá que sair daqui, sabe? Circular. – Ele fez um movimento circular com o dedo.

– Ah Finn, não estamos fazendo nada de mais aqui. Vamos logo mais. – Bella riu com a tentativa de Edward.

– Não quer que essas senhoras tenham um ataque, não é mesmo? Bella, ajude nisto, por favor. – Bem, parecia que era oficial. Ela estava com Edward mesmo, todos sabiam.

– Sem problemas, Finn. Vamos sair agora, eu não posso me atrasar mais do que estou. – Bella adiantou-se e foi para o banco da frente.

– Te vejo por aí, Ed. – Eles se cumprimentaram antes de Edward sair e ir para o banco do motorista. John já estava dentro de sua viatura e partia.

Edward deixou Bella um pouco mais adiante, na frente do seu trabalho.

– Te vejo depois. – Ela disse e piscou, dando-lhe um beijo de despedida.

– É melhor que veja. – Avisou.

Edward estava bem humorado dirigindo de volta para a casa em reforma. Estacionou ouvindo o barulho que tanto tinha se acostumado, de homens trabalhando, reerguendo um espaço. Não viu quando um outro carro estacionou atrás do seu, mas quando a porta do veículo bateu ele virou.

– O que está fazendo aqui? – Era a Ângela.

– Edward, você é deprimente. – Sua fúria chegou primeiro do que ela perto dele. – Você, que é o exemplo de bom homem, não é? Que adora dar lição de moral.

– Eu não estou com cabeça para ouvir suas acusações. Diga logo o que tem a dizer e vamos acabar com isso de uma vez. – Foi duro, não queria que a Ângela estragasse todo o bom dia que teve.

– Você está de casinho com uma garota que ainda está no colegial. Está me traindo com uma menininha que mal saiu das fraldas! Você deveria ter vergonha disso. Isso é ridículo.

– Ridículo é o que você está fazendo agora. Com que direito vem falar isso comigo como se eu estivesse fazendo algo absurdo? – Edward estava cada vez menos propenso a aceitar o que quer que ela dissesse.

– É absurdo. Ela já é maior de idade? Isso tudo foi porque ficou algum tempo sem sexo comigo? Você está se comportando como se fosse da idade dela, espera ela na porta da escola, leva para comer pizza, fica de agarramento com ela no banco traseiro do carro.

– Espera um pouco. – Edward não conseguia acreditar em tudo aquilo. – Você perdeu mesmo o juízo. Olha no que você está se tornando. Está me seguindo? Está seguindo a Bella?

– Bella? Esse é o nome da vagabunda?

– É melhor você parar por aí, Ângela. – Edward apontou o dedo em riste na direção dela.

– Senão o que, Edward? – Precisou de um tempo e respirar fundo para que não perdesse a cabeça.

– Vá embora.

– A sua traição não ficará assim. – Ângela ameaçou.

– Você é louca? Não temos nada, Ângela. Eu nem te conheço mais, se é que um dia conheci. Vá embora e me deixe em paz. – Edward deu as costas para ela e entrou na casa barulhenta encontrando naqueles ruídos certa tranquilidade.

***

Bem, uma caminhada não é ruim. É quase tão boa quanto pedalar. Tinha esquecido que naquele dia não viera com a sua bike. Edward havia lhe deixado ali com todos aqueles beijos. A caminhada valeria a pena.

– Não veio pedalando hoje? – John estava destrancando a sua bike.

– Não. Caminharei hoje. Até mais, John. – Ela sorriu cordial.

– Espere um pouco. Não quer uma carona?

– Eu acho melhor não... – Bella ficou sem jeito de negar. Não queria ser indelicada com uma pessoa legal.

– Tem toda razão, não pode confiar em alguém que conheceu ontem. – Ela sorriu como se fosse pega. – Posso caminhar com você.

– Não precisa se atrasar por mim.

– Atrasar para que? – Ele deu de ombros. – Venha, vamos caminhando. – Ele segurou a sua bicicleta e começou a caminhar ao lado dela.

– Obrigada, John.

– Não é nada. Caminhar é bom. – Ele a olhou um pouco tímido. Ele era bonito e tinha aquelas maneiras gentis, mas sempre contido. Seria uma boa conquista, mas não estava pensando em conquista-lo. Algo estava mesmo diferente. – Espere, tem um pedaço de papel nos seus cabelos. – Eles pararam e John esticou a mão para tirar um papel presos nos fios de cabelo dela. De repente ele voltou a ficar tímido.

– Obrigada. – Alguém buzinou atrás deles e um carro parou do lado em que estavam. – Ed? – Bella não o esperava ali. Edward olhava para John parecendo desconfiado.

– Vim busca-la. Lembrei que não tinha vindo pedalando.

– O John e eu iriamos caminhando. Não havia problema. – Edward ainda olhava para John de maneira interrogativa. - John é o mais novo membro da loja. John, este é Edward.

– Oi. – Deu um meio aceno para Edward.

– Oi. – Edward finalmente olhou para Bella. – Vamos?

– John...

– Tudo bem, Bella. Te vejo amanhã. – John já montava em sua bike.

– Até amanhã. – Bella entrou no carro. Edward deu a partida e ultrapassou John no caminho.

– John?

– Sim. Ele começou essa semana. Ficará em meu lugar quando eu for embora. – Ela falou aquilo, mas ainda não sabia se iria.

– O que ele estava fazendo ali? Estava mexendo em seus cabelos? – Realmente queria saber.

– Ah não, não. Tinha um papel, ele só tirou. – Bella começava a entender o que pareceu para Edward.

– Pareceu bem carinhoso.

– Você realmente está com ciúmes? – Bella riu debochada.

– Não seja debochada agora.

– Você foi comigo. – Bella rebateu rindo.

– Está admitindo que sentiu ciúmes de mim, mas nem precisaria, eu sabia. E sim, fiquei irritado quando vi aquele garoto com você.

– É incrível como me sinto bem. – Ela ainda ria.

– Bella, precisamos conversar.

– Sobre o John? Ah, Ed, por favor, não seja ranzinza. – Bella estava se divertindo com aquilo.

– Não sobre ele. A Ângela nos seguiu hoje e quando voltei para o trabalho ela apareceu e foi louca.

– Ela ainda está na cidade? – O bom humor evadiu-se.

– O propósito dela é só me irritar antes de realmente sair da minha vida. Hoje eu fiquei um pouco temeroso, não quero que ela estrague o que está acontecendo entre nós. Então eu quero que prometa que se algum dia ela te procurar, não vai cair na dela, vai ligar para mim e me contar tudo. – Edward falava bastante sério.

– Ela pode fazer isso?

– Não sei, mas ela está descompensada. Quer vingança. Eu senti isso. – Edward apertou o volante com força.

– Não se preocupe, Ed. - Não se deixaria intimidar por uma garota louca de baixa autoestima.

– Tem mais uma coisa.

– O que? – Bella ficou preocupada.

– Viajaremos um dia antes dos outros. Algum problema?

– Isso será na sexta. Tenho que trabalhar. – Ela lamentou.

– Não pode fazer um esforço? – Tentou convencê-la.

– Posso não ir à escola e trabalhar pela manhã. Então terei o resto do dia livre.

– Está perfeito. – Edward sorriu estacionando o carro em frente à casa dela. Eles se despediram brevemente com alguns beijos e Bella entrou em sua casa.

Logo o seu celular toca e ela vê que é o seu pai.

– Oi pai, como vai?

– Oi, filhinha. Estou bem e você? – Era sempre bom ouvir a voz do pai. Eles tem se falado muito pouco ultimamente. Trocavam apenas breves mensagens, mas ela sabia que era bom para Charlie ficar longe.

– Estou bem. As aulas estão acabando e em breve vem a formatura.

– Eu sei e já que não fui te ver em seu aniversário, estou avisando que estarei em sua formatura. – Aquilo não era bom. Não que não sentisse falta do seu pai, morria de vontade de vê-lo, mas nas atuais circunstancias não seria nada bom.

– Não haverá nada demais, pai. Será apenas uma cerimônia chata na escola. – Bella tentou desestimular seu pai.

– Não importa, quero estar presente.

– Pai... não precisa se dar ao trabalho. – Bella estava entrando em desespero. – Você não precisa trabalhar nessa época? É quando tem gordas comissões.

– Estou quase achando que não me quer aí. É isso mesmo, filha? – Charlie pareceu desconfiado.

– Só estou tentando poupar seu tempo e paciência. Sabe como são essas coisas.

– Não importa, estarei aí. Espero que as coisas estejam bem. Estão, Bella? – Ele estava mesmo desconfiado.

– Estão sim, pai. Perfeitamente bem. – Deveriam estar até que o seu pai chegasse.

– Que bom. Desligarei agora. Cuide-se.

– Até mais, pai. – Bella estava frita a não ser que Renée virasse uma mãe normal o que era praticamente impossível, pelo menos naquele espaço de tempo.