Você, Paixão escrita por Camila J Pereira


Capítulo 12
Capítulo 12




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Edward estava sentado bem próximo a ela, tinha o seu braço esquerdo sobre a cadeira em que ela estava sentada. Com isso, parte do corpo de Bella estava sobre o seu peito. Achou-o bem esquisito depois que se arrumou para sair, a sua tentativa de mentir tinha sido fraca ao afirmar que não havia más notícias, mas sentiu no ar que algo estava errado. No entanto, Edward recuperou-se e até mesmo ela se esqueceu do ocorrido. Bebiam após o jantar delicioso de frutos do mar. Sentiu os dedos longos em seu braço acariciando-a. Beijou-o doce e longamente sem se importarem com os outros clientes em volta.

Edward não parava de olhá-la, seus cabelos ainda estavam molhados do banho e com aquele cheiro característico de morangos. Não havia maquiagem, apenas um leve batom nos lábios. O clima não estava quente, pois estavam próximos ao final do ano, mas não era tão frio. Bella vestia um lindo vestido estampado e que não era tão curto como os outros.

– Deveria ter secado os cabelos. – Segurava uma mexa dos cabelos castanhos entre seus dedos. Ela os tomou de suas mãos com delicadeza. – Pode ficar resfriada.

– Não sou tão sensível assim. – Bella o beijou. - Acho que nunca beijei alguém em público. Você é o primeiro e acho que posso me acostumar. – Aquela era uma revelação encantadora. Ele sorriu encantado.

– Bella Swan, o vinho está soltando a sua língua?

– Sim, com certeza. – Ela bebeu um pouco mais.

– Isso, beba mais e fale mais porque estou adorando o que está saindo dos seus lindos lábios. – Bella quase deixa esguichar vinho de sua boca quando riu.

– Você não deveria incentivar alguém a beber além da conta.

– Talvez eu queira me aproveitar de você. – Ronronou em seu ouvido.

– Ah Ed, você não precisa me deixar bêbada. – Sim, estava adorando ouvi-la dizer tudo aquilo. Beijou-a e pôs a sua taça na mesa.

– Vamos para casa, ficaremos abraçados e nos curtindo um pouco. Não precisamos desse público.

– Ótima ideia. – Bella sentiu que tinha mesmo bebido demais quando levantou da cadeira e viu tudo girando. Edward a apoiou em seus braços e voltaram para casa sem grandes problemas. – Pareço a Renée. – Bella sentia-se tonta, completamente aérea. Tinha bebido demais e jogou-se na poltrona mais próxima.

– Como assim a Renée? – Edward não queria perder a oportunidade. Talvez Bella falasse sobre a sua mãe. Queria entende-la.

– Ela bebe demais e... – Sentiu que se retraiu e apenas bufou sem dizer mais nada.

– Não se dão bem, você e a sua mãe. – Insistiu e ajoelhou-se a sua frente para ver o seu rosto. Bella estava ganhando aquele ar triste novamente.

– Somos parecidas. Nenhuma vale muito.

– Não se autodeprecie assim. Não combina com você além de não ser verdade. – Reagiu com mal humor aquela autoanalise. – O que há entre vocês duas?

– Edward...

– Pode me contar tudo. Eu mesmo te falei sobre a Ângela. – E sobre a casa, ela pensou completando.

– Ela tem um espirito inquieto e um pouco dúbio. Suas farras e infidelidade destruíram o seu casamento com meu pai. – Era a primeira vez que contava aquela história deixando que o seu sentimento transparecesse, sua voz embargou. – Amo tanto o meu pai.... Sinto a falta dele, mas também me afastei. Tento me acostumar com a menor presença dele em minha vida, para ser forte.

– Não deveria se reprimir.

– Escolhi ficar com a Renée, Edward. A inconsequente, e apoiei a saída dela da cidade para longe porque sabia que assim nenhuma das duas poderia magoar o Charlie. Quanto menos ele souber melhor. – A sonolência estava lhe invadindo, sentia que a medida que falava para ele sobre a sua relação com a mãe, relaxava. – Renée e seu namorado, vivem para as festas, para os amigos duvidosos, para as bebidas e as drogas.

– Drogas?

– Cada dia mais chapada. – Continuou como se ele não a houvesse questionado. – Perdendo o controle da sua vida. Falta às aulas, professora relapsa, confusa. Todos irão perceber logo. Ás vezes sinto vontade de ir embora, deixa-la sem olhar para trás e outras tantas vezes penso em ficar e tentar ajudar, fazer alguma coisa. Mas ela não me escuta e cada dia nos tornamos desconhecidas.

– Você não pode ficar. Não por isso. – Edward segurou o seu rosto para que olhasse para ele. Sentia que Bella estava mole, iria dormir em breve. Seus olhos estavam pesados, mas esforçou-se para encará-lo. – Preste atenção, Bella. Não pode sacrificar o seu futuro por causa da sua mãe. Isso não. Deveria ter ficado com o seu pai.

– Não teria conhecido você. – Aquela simples constatação lhe deu a certeza de ela também estava se apaixonando.

– Isso seria terrível... – Bella assentiu sem vestígio algum de deboche. Edward ergueu-se e a carregou em seus braços. Levou-a para cama e quando lá chegaram, Bella já estava dormindo. – Durma bem, minha doce menina. – Edward sussurrou em seu ouvido.

***

Acordou sentindo certa pressão em sua cabeça como se uma dor de cabeça a tivesse rondando. Lembrou-se de que tinha bebido muito vinho, o que explicava aquela sensação desagradável. Não lembrava era de ter dormido, tinha apagado enquanto conversava com Edward. Ficou envergonhada, pois recordou cada palavra que dissera ontem. Como deve ter parecido boboca, uma menina idiota e..... Que merda! Estava apaixonada.

Olhou em volta, ele não estava no quarto. Percebeu que estava apenas de calcinha e sutiã, e entendeu que ele em algum momento havia lhe despido. Vestiu a blusa masculina que estava ao lado. Ficou larga em seu corpo e comprida, mas sentiu-se bem, tinha o cheiro dele. Percorreu a casa chamando o seu nome, nenhuma resposta, nenhum sinal dele. Ouviu então o barulho da porta da frente abrir e correu para lá. Edward havia voltado de algum lugar, usava uma camisa, bermuda e chinelos. Seus cabelos estavam totalmente bagunçados e os óculos escuros lhe deixara mais apetitoso. Nas mãos, algumas sacolas de mercado. Ela não viu, mas ele percorreu o olhar por todo o seu corpo, adorou tê-la visto com a sua roupa, tão relaxada e bonita.

– Pensei que tivesse ido embora.

– Não fale isso nem de brincadeira. – Edward se dirigiu para a cozinha e deixou as compras sobre a mesa. – Fui comprar o nosso café da manhã. – Então ele tirou os óculos e novamente a olhou, daquela vez, ela não tinha como não perceber o seu olhar de admiração. – Venha cá. – Edward a pegou em um abraço, cheirou seus cabelos e beijou seus lábios. – Dormiu bem?

– Muito bem. E você?

– Maravilhosamente bem.

– Estava um pouco sentimental ontem. Espero não ter estragado. – Bella ficou vermelha.

– Você estava como sempre, linda e maravilhosa.

A noite anterior foi de grandes revelações para Edward. Naquele momento enquanto preparava o café da manhã com Bella para depois comê-lo, ele sabia que a garota ao seu lado era profunda, cheia de sentimentos sinceros e preocupações com a família. Ela era uma pessoa que queria sua independência, mas tinha os pés no chão. O sofrimento familiar a havia amadurecido e até mesmo dado um ar falso de perversão nela. Bella no fundo era uma doce garota, esperando apenas uma oportunidade para ser revelada.

Ele entendia o ar triste que a envolvida e até poderia adivinhar que aquela buscar por prazer que possuía tinha relação com a mãe. Mas de todas as revelações, uma era mais importante: O fato deles dois estarem apaixonados. Será que ela já entendia aquilo? Esperaria a volta para São Miguel e veria como o seu relacionamento com ela evoluiria.

– Quero que veja a praia. Está um pouco mais frio hoje, mas vai gostar.

– Por mim tudo bem. – Os dois levantaram-se e puseram a louça na pia.

– Mas antes... – Edward não conseguia não parar de admirá-la com a sua blusa. Ele a segurou e a fez sentar-se sobre a mesa. Seus dedos puxaram a gola da blusa folgada e ele olhou por dentro vendo o sutiã dela.

– Edward Cullen é um tarado? – Edward mordeu seu lábio inferior com desejo.

– Gosto de admirá-la, de tocá-la e de estar dentro de você. Isso me faz um tarado? – Seus dedos já estavam por debaixo da blusa que ela vestia tirando a calcinha dela. – Sou louco por você. – Edward a beijava buscando sua língua para saboreá-la.

***

Estavam com blusas de manga longa apesar de estarem de short. Encontraram depois de uma breve caminhada um local aconchegante e com sombra. Bella estendeu a sua esteira e os dois se jogaram nela apreciando o mar. Isso durou pouco, logo estavam entregues aos carinhos e beijos.

– Não quer entrar na água um pouco? – Edward sugeriu.

– Deve estar gelada. – Só de imaginar seus pelos arrepiaram.

– A senhorita Swan, destemida, com medo de uma água fria?

– Sim. – Ela não estava disposta a se fazer de corajosa.

– Venha, eu te aqueço. – Edward levantou-se puxando pelas mãos.

– Eu não acho que queira ir.

– Vamos, Bella. – Ele começou a tirar as roupas.

Não havia ninguém por perto, só poucas pessoas passavam vez ou outra. Diante da coragem e disposição dele, tirou também as suas roupas ficando apenas com o biquíni. Edward a segurou pela mão e correram até a margem.

Ousou tocar com a ponta dos dedos a água, estava realmente fria. Olhou para ele para saber se de verdade queria fazer aquilo. Edward riu da sua expressão, pegou-a pelos braços e caminhou até a água.

– Oh, meu Deus! Edward!

Ele a fez mergulhar junto com ele. Bella sentiu a água fria por todo o seu corpo, quis submergir imediatamente e encontrou com um sorridente Edward de cabelos grudados no rosto.

– Está muito fria! – Bella choramingava. Ele a segurou e permaneceram boiando por um tempo.

– Logo você acostumada.

– Não quero me acostumar. – Bella fez aquele beicinho lindo e ficou com cara de menininha. Edward a beijou puxando-a para mais perto e voltando um pouco até que ele tocasse novamente a areia.

– Eu te ajudo. – E como magica Bella se sentiu melhor, estava com as pernas em volta da cintura do Edward. – Era tudo o que imaginei mesmo, você vestida com um minúsculo biquíni e toda molhada.

– Tudo se tratava apenas disso? Queria me ver molhada e de biquíni? Poderíamos ter feito isso em São Miguel. Usaria um biquíni e me molharia no chuveiro.

– Queria ter você só para mim por um tempo. – Edward tentou aquecê-la um pouco friccionando suas mãos nas costas frias de Bella.

– O que está achando?

– Eu não quero te devolver nunca mais. – Por um momento pensou que fosse brincadeira, mas ao olhar em seus olhos e ver a seriedade com que permanecia, soube que falava a verdade.

***

Estava exausto, quando gozasse daquela vez, não teria mais forças aquele dia. E que dia! Passou todas as horas dele colados um no outro, estava tão na dela que talvez fosse difícil disfarçar quando voltassem.

– Hmmmm. – O gemido lhe escapou dos lábios. Sentiu a língua dela abaixo do seu pênis.

A sua pequena mão o envolvia, fazendo movimentos se subida e descida enquanto o lambia inteiro. Bella o abocanhou e se retraiu com o desejo que lhe invadiu.

– Oh, Bella.... Que delícia. – Edward segurou seus cabelos com força em sua mão.

Não parou mais de engoli-lo, Edward sentia que estava perto de extravasar. Ele gemia o nome dela sem pensar direito. No último instante ele a virou e quando ele mesmo o estimulou despejou o seu gozo nela. Bella estava lambuzada e os lençóis também. Teria que dar um jeito naquilo antes de voltarem. Edward jogou-se ao seu lado de barriga para cima, completamente exausto.

Bella sorria satisfeita ao seu lado. O dia para ela foi perfeito. O café da manhã magnifico, seguido da praia e uma caminhada cultural pela cidade. Edward confessou ter ido várias vezes aquele lugar com amigos e namoradinhas. Ela não se importou, ele estava com ela naquele momento e sabia o quanto estava envolvido. Também sentia-se assim. Mas algo estava errado, Edward recusou duas chamadas quando estavam voltando para casa e suas sobrancelhas uniram-se. Perguntou se era algo de errado, mas recebeu novamente uma negativa.

Edward levantou ao seu lado e pegou no colo novamente, levando-a para o banheiro. Eles tomaram um banho rápido e se vestiram. Ele pediu uma comida para eles e jantaram no sofá assistindo a um seriado. As pernas de Bella estavam sobre as dele e uma mão de Edward repousava despreocupadamente sobre a sua coxa. Eles realmente pareciam um casal e aquilo a perturbou um pouco.

– O que houve?

– O que? – Bella perguntou sem ter percebido que Edward a observava.

– Seus lábios desceram nos cantos. – Ele mostrou com os próprios lábios.

– Não foi nada.

– Você pensou em algo. Renée? – Acariciou a sua coxa.

– Não estava pensando nela agora. De verdade, Edward, não foi nada.

– Tudo bem... – Ele não acreditou muito.

Quando foram dormir, não sentiam nenhuma vontade de sexo, apenas aconchegaram-se um no outro. Bella não entendia o que estava vivendo, estava gostando, mas tinha medo. Aquilo não era seu lugar comum, não sabia o que deveria fazer depois daquilo. Estava claro para ela que tinha se apaixonado completamente por Edward Cullen.

No dia seguinte foi ainda pior, ele havia segurado a sua mão durante toda a sua caminha pela praia. Nunca tinha tido um namorado, mas sabia que aquilo era algo típico. Qual a mensagem que Edward queria lhe deixar com aquilo?

Um pouco melancólicos iniciaram a viagem de volta para São Miguel. Edward estava calado e Bella não queria quebrar o silêncio falando qualquer bobagem, também se sentia pensativa. Tinha entrado fundo naquela, o que seria um final de semana de sexo, tinha sido muito mais do que sexo. Ele pegou a sua mão entrelaçando seus dedos nos dela. Edward beijou a mão dela repetidas vezes enquanto dirigia, mas continuava pensativo. Conversaram bem menos do que na ida, algo havia mudado completamente.

Edward pensava em como deveria proceder dali em diante sem que Bella não se sentisse acuada. Não poderia começar um relacionamento sério com ela a partir daquele momento. Tinha acabado de terminar um noivado e Bella podia não querer aceitar a sua proposta ainda. Além dos seus pais provavelmente surtarem ao saberem, mas não queria omitir aquela situação por mais tempo. Teria que pensar como faria aquilo.

Edward a deixou bem próximo à sua casa. Demoraram-se beijando-se e abraçando-se, nenhum deles querendo a separação. Tinham que se separar, cada um tinha o seu próprio compromisso no dia seguinte e teriam que descansar.

– Vamos nos falando, ok? – Disse antes de lhe dar o último beijo.

– Ok. Obrigada pelo final de semana.

– Obrigado por ter ido, Bella. – Saíram do carro, e depressa Edward lhe deu a sua mala. Bella olhou para trás uma última vez antes de sumir da sua visão.

Edward voltou para casa feliz por ter estado com Bella, mas louco de vontade de tê-la novamente em breve.

– Não é que conseguiu se bronzear um pouco? – Rosie o recebeu contente por ele estar de volta. Todos eles estavam em casa, a sua família.

As perguntas vieram, se ele se divertiu, se descansou, se encontrou alguém. Esme estava desconfiada de que ele foi com a garota que andava saindo, Rosie e Jasper já tinham certeza desse fato.

– Você deve querer descansar, acredito. – Rosie pendurou-se em seu pescoço. – Porque não empresta o carro a sua irmãzinha, então? Não o usará mesmo.

– Claro, pode pegar. – Um beijo estalado foi dado em seu rosto por sua irmã que saiu saltitante.

Rosie tinha um encontro novamente aquela noite. Estava adorando o seu retorno ao lar. Daquela vez algo que ela sempre quis estava acessível a ela. Sentou no banco do motorista, pôs o cinto. Ligou a luz para ver a maquiagem no espelho. Foi quando viu a carteira feminina no banco ao lado. Sua curiosidade foi mais forte do que qualquer outra coisa. Sabia que não deveria fazer o que estava fazendo, mas... Edward não se importaria tanto, imaginou. Rosie abriu a carteira e imediatamente viu a foto em um documento.

– Bella Swan? – Perguntou a si mesma em voz alta olhando incrédula a foto do documento em sua mão.


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