Vivendo sem Você escrita por Carolambola


Capítulo 5
Vultos


Notas iniciais do capítulo

Oi, espero que gostem!



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Isso não podia ter acontecido! Como fui tão irresponsável?

O Jornal Oficial de Iléa tinha acabado, e Maxon e eu estávamos perplexos. Maxon não precisou comparecer no estúdio, alegando estar se recuperando do luto. Sendo assim, um garoto bem jovem deu as notícias em seu lugar. Logo que ele acabou, saiu correndo, como se estivesse passando mal. Coitado. O microfone foi passado para Gavril, que anunciou, com lágrimas nos olhos, o nascimento da nova herdeira do trono, a princesinha ainda sem nome. Logo depois disso, ele anunciou a minha morte, já praticamente chorando. Ele se recompôs, e explicou que eu tinha morrido de várias causas. Primeiro, um problema no coração , parada cardíaca, logo seguida por um problema nos pulmões. Depois disso, para piorar, eu tive alguma hemorragia, pois na pressa de "arrumar" o meu coração e meu pulmão, os médicos não conseguiram terminar a cesárea direito. Disso, enquanto tentavam acabar a cesárea, reviver meu coração e devolver o ar ao meu pulmão, meu cérebro resolveu apagar, e a partir daí não tinha mais o que se fazer.

Gavril anunciou que meu enterro fora naquele dia mesmo, durante a tarde. Então, começou o vídeo que foi feito na sala de jantar mais cedo.

Lá, Gavril entrevistou muita gente. Minha família, amigos, algumas Selecionadas, e poucos conselheiros. Até Marlee fora entrevistada. Ela não parava de chorar. Tudo isso me comoveu muito, e me deixou muito triste também. Como eu pude deixar tanta gente na mão? Aliás, eu deixei uma nação na mão.

Enquanto Gavril estava falando sobre o evento naquele mesmo dia, um vulto ruivo, de vestido azul e tiara igualmente azul, passou por trás dele.

Quando eu era pequena, minha avó sempre falava para mim e para meus irmãos:

–Meus amores, meus queridos, olhem sempre os cantinhos das fotos. Os mortos aparecem às lentes das câmeras- minha mãe sempre revirava os olhos para nossas caras surpresas e dizia que era tudo só uma lenda.

Bem, acho que ela estava enganada.

Maxon fez uma cara surpresa e gritou meu nome. Ergui uma almofada para provar minha presença. Ele pareceu se acalmar e sentou para terminarmos de assistir ao programa. Percebi que tinha trocado de cenário e agora mostrava o meu velório, naquela mesma tarde. Mostrou o meu rosto pálido, com o cabelo preso em um coque, o vestido e a tiara, ambos azuis. Em vários momentos, eu apareci. Não nitidamente, meu rosto não foi capturado. Mas aparecia o coque. A barra do vestido. Em um momento, apareceu a tiara. Fiquei com medo de o povo de Iléa ter percebido. Iriam ficar assustados, com certeza. Foi quando Maxon deu um salto do meu lado, foi até o seu armário e tirou de lá uma câmera. Ligou e a rodeou pelo quarto, até apontar diretamente para o sofá no qual eu me encontrava. Então, ele apertou lentamente o botão, capturando uma imagem.

–America, eu posso te ver.

Meu deus, Maxon, isto é ótimo! ligue a filmadora e me filme.

–Claro, querida.

Maxon ajustou algo em sua câmera. Depois disse:

–Gravando.

–Maxon, pode me ouvir?

–America! Estou ouvindo! Claramente. Espere. Vou desligar e pegar um microfone.

Por que ele tinha um microfone? Quando voltou, ele estava com a caixinha de som com microfone e fones de ouvido, que eu tinha comprado pois prometia "formar uma ligação eterna com o bebê". Ele ligou, pôs os fones e estendeu o microfone para cima, que eu peguei.

–Fale.

–Maxon

–America. Cante algo para mim. Por favor.

Cantei para ele. Com todo o meu coração. Sabia que agora ele podia me ouvir.-

–Incrível. Obrigada. Eu vou pensar em um jeito de deixarmos essa comunicação mais fácil. Vamos deitar.

–Vamos.

Nós nos deitamos, e eu fiquei encarando Maxon até ele dormir. Depois que ele adormeceu, fui até sua sacada, e fiquei observando as estrelas.


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Notas finais do capítulo

Amei os comentários, continuem comentando! Espero continuar agradando! Beijos!!



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