Dust in the Wind escrita por Lucy


Capítulo 9
Capítulo 8 - Fora de questão esse tratamento




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Ao entrar em casa, Caroline surpreendida pela mae que toma um caf tranquila mesa e ao qual percebe uma subita palidez no rosto da filha, esta preocupa levanta de imediato e comea a correr em direo da jovem com muitos cuidados.

– Caroline querida, estas bem? - a mae perguntava como se ainda nao acreditasse no que os seus olhos viam, apesar de saber que era natural determinandos sintomas que a filha sentisse. - Estas muito plida, acho melhor levar-te ao mdico, ja! - a senhora apressou-se a ir a mesa tomar o restante liquido que ainda tinha na xicara e logo voltou o olhar a filha. - Querida vai buscar a tua bolsa vamos j para o hospital

– Mae, estou otima nao precisas de preocupar-te! - advertiu ela que comeava a fazer beicinho de criana, contudo foi pouco pois a sua mae mantinha a postura de "cuidado o meu pintainho esta ferido".

– Nem pensar! - apontou o dedo a mae enquanto pousava a xicara na pia. - Tens Leucemia, nao algo que devas desprezar, certo? - relembrou a mae, para grande pesadelo de Caroline que tinha de suportar as costas a maldita doena. - Alem disso a mdica alertou para quando houvesse alguma alterao eu recorrer a ela.

– Afinal quem a doente aqui? Sou eu ou s tu? - a loira irritou-se completamente, perdendo a noo dos modos de como falava com sua progenitora.

certo que o dia ja nao estava a correr muito bem para ela, e que a histria de terminar um final de tarde numa sala de doentes nao era propriamente um sonho bom, certo?

Mas ainda assim a jovem acabou cedendo ao pedido da mae indo ate ao quarto e voltar no instante seguinte de bolsa na mo. A sua mae pegou a chave e saiu a sua frente, tirando o carro da garagem e assim partirem em rumo ao hospital.

Uma vez de volta ao sitio que mais odiava, Caroline comeou a ponderar em pegar o seu livro que sempre trazia na carteira e comear a ler, ja que as horas nao passavam como os minutos ou os segundos. Quando finalmente a mdica assistente surgiu na porta, ela suspirou de alivio por aquele tdio existencial terminar, contudo vinha ai outro problema ao qual ela nao sabia se queria enfrentar.

Ao estar frente a mdica, a mae ao seu lado nao conteve a preocupao, apesar de nao saber ao certo o que havia acontecido com a filha que logo a jovem ao lado acabou mesmo por contar.

– Ento tives-te uma tontura e desmaias-te! - repetiu a mdica teclando um relatrio via digital. - Vamos fazer assim Caroline, como nao sei ao certo em que ponto isso possa estar a influenciar o teu estado, vou pedir para que faas umas analises ao sangue rapido e depois quando souber o resultado que vou tirar as minhas concluses, certo? - a garota acabou mesmo por balanar a cabea em sinal afirmativo.

Nessa medida ela precisava de digirir-se ao laboratrio, onde o cheiro de sangue era intenso e que ao mesmo tempo deixava qualquer pessoa meio tonta, contudo era natural, afinal ela estava num hospital.

Chegando na sua vez, ela desejava que as agulhas partissem todas e que nao houve nenhuma para si, porque tirar sangue era um sacrificio termendo, mas ainda assim era a unica forma que ainda existia para obter sangue, pelo menos ate a data, porque nenhum outro inteligente havia sacado outro meio.

Ento ela fechou os olhos e o nariz o mais que conseguiu para nao ver nem cheirar aquele odor, a dor essa, ela era obrigada a sentir, no entanto era apenas passageira, tanto que quando voltou abrir os olhos ja estava com um penso no local onde havia sido picada.

Ao sair para fora ja a cherife estava de p a espera de receber a sua progenita em seu "colo", voltando a levar para o andar correspondente a consulta.

– Custou muito? - perguntou a mae enquanto carregava no boto para subir no elevador.

– Mais ou menos! - respondeu esta num sussurro quase que sumido de energia.

***

Quem estava em casa e nao conseguia tirar da cabea aquela imagem da garota diante de si a cair, era Niklaus que estava intensamente preocupado e com um monte de ideias na volta de "Caroline".

Ele queria saber se ela estava mesmo bem, se ela realmente havia comido algo ou se simplesmente necissitava de algo. Ja que ele nao conseguia estar quieto em seu sitio sem ter ideias fixas.

A verdade que por mais voltas que ele desse a cabea, nao conseguia pensar em mais nada se nao nela, que nem deu ao trabalho de perceber que a amiga havia entrado em casa e que tom de surpresa tapava os seus olhos.

– Advinha quem ! - a garota atrs de si falava.

– Hum, Rebekah! - respondeu ele que fez logo a jovem baixar as mos deixando os olhos dele livres, mas continuamente em outro mundo.

– Que cara essa? - perguntou Rebekah ao puxar uma cadeira para sentar quando percebeu que o amigo nao estava bem, sendo que conhecia-o bem demais para perceber que alguma coisa se passava. - H alguma coisa que eu deva saber? Klaus?

Niklaus podia aproveitar o momento para contar sobre o jovem Loockood em relao a tentar induzir em erro os sentimentos da rapariga, contudo a sua cabea estava demasiado ocupada com outras coisas bem mais graves e pensando eram sim importantes e de merecerem a pena ateno.

– Klaus importas-te de falar comigo? Estou a sentir-me desprezada! - a rapariga pendichou um pouco de ateno que fez o rapaz olhar ela de imediato e sem perceber o que tanto falava.

– Desculpa, Bekah! O que disses-te?

A loira ao perceber que o amigo a sua frente estava de facto em outro planeta, deu de ombros e nem sequer deu ao trabalho de fazer piada, porque ja havia percebido que estava estranho e que de certo falar faria a diferena.

– Klaus sabes que podes falar comigo, se quiseres contar o que se esta a passar! - argumentou a jovem na medida de querer ajudar o seu parceiro de desabafos de outras horas, e puxes de orelhas em outros momentos. - V l, fala comigo, a menos que o assunto mexa com raparigas! - especulou ela, o que nao era errado, contudo era certo esperar em saber.

– Foi uma coisa que eu assisti. - sussurrou ele ao voltar os olhos a janela como se l buscasse respostas concretas para entregar amiga.

– No me digas que tem haver com a Cami! - especulou novamente. - Eu ja sei que ela esta na cidade e tambem que nao vai desistir fcil, meu amigo. - colocou uma mexa de cabelo atrs da orelha enquanto olhava ele.

– No tem nada haver com a Cami, dela simplesmente quero distancia. - gesticulou ele com as mos e fazendo uma cara feia. - outra rapariga que nao vou falar, ok?

Rebekah enjelhou o nariz quando percebeu que o amigo estava mesmo na ideia de fazer segredo com quem nao devia, pois tratava-se da sua melhor amiga e nao tinha por titulo ser uma faladora de vidas alheias. Ento esta na crena de saber fez aquela cara de anjo que ele nao resistia.

– Eu conheo ela? - questionou tentando acertar em alguma pista. - Anda l na escola? daqui?

– Vais disistir quando? - ela sorriu fazendo uma careta que respondia bem a pergunta dele. - Ok, nao sei se conheces, mas posso dizer que daqui e talvez partilhe a mesma escola que ns, e o nome dela Caroline. - explicou ele.

– Caroline Forbes, a ex-lider de torcida? - perguntou a rapariga o que fez o rapaz dar de ombros pois ele nao sabia desses pormenores sendo que era praticamente novo na cidade. - Ok, uma loirinha e bonita? - ele balanou que sim.– timo, tenho aulas com ela, alias ainda hoje estive com ela.

– Rebekah tu tens aulas com ela e nao me dizias? - fez cara feia o rapaz ao ver que a amiga havia ocultado uma parte de seus segredos.

– Tambem nao perguntas-te, Klaus! - piscou o olho, que logo fez o loiro cair na risada.

***

Quem nao estava com espirito para rir, era a jovem loira, que continuava presa naquelas quatro paredes, esperando apenas o maldito resultado de sangue chegar para que quando possivel voltassem para casa como ela queria.

Mas se Caroline se achava nervosa, ento a cherife ja havia perdido amor as unhas, porque as ruia sem parar, ate que finalmente a doutora apareceu com um envolope branco acenando para elas acompanhassem.

Quando voltaram a ficar no silencioso consultrio o panico e nervosismo acentuaram-se em demasia e isso ja se tornava um ambiente insuportvel.

– Doutora o que dizem as analises? - perguntou a rapariga nao aguentando mais a espera. - Por favor nao aguento mais esta agonia.

A mdica diante delas fez cara de mistrio e ao mesmo que tirava os resultados para analisar, mordeu o lbio inferior ao dar conta de valores nada compativeis ao normais, segundo os limites de vida humana. Mas logo olhou para as duas que a observavam aflitas e terminou com o mistrio.

– No tenho boas noticias! - virou a pgina dos resultados para ambas pudessem ver, contudo por mais que olhassem os numeros nao entendiam para que niveis se indetificavam. - No outro dia alertei a Caroline para o facto dos niveis de hemoglobina nao estarem estaveis, e a Caroline sabe bem porque falamos e tudo mais. - a jovem acabava de engolir em seco as palavras da doutora. - S que parece que a medicao referenciada no esta a surtir os efeitos desejados, e isso significa que teremos mesmo de recorrer a fase seguinte, antes que estes valores comeem a descer drasticamente. - alertou a mdica que fez com que a mae de Caroline olhasse a filha com certa preocupao e medo esse descrito em seus olhos.

– E qual seria essa fase? - perguntou a jovem alheia uma possivel realidade mais devastadora do que a que ja vivia.

– Eu vou ser o mais sincera contigo. A verdade que a proxima fase delicada e de certo modo tem pontos positivos e negativos, como sabes. - a garota balanava atenta as explicaes da mdica que com cuidado usava as palavras certas. - Na primeira fase usamos normalmente a quimioterapia, que um processo menos radical que a rdio, embora hajam muitos casos de sucesso com a quimio. - a rapariga fazia fora para nao soltar as lgrimas de seus olhos.

– E se eu nao quiser simplesmente passar por essa fase? - a loira parecia decidida em fugir a esse problema. - Quer dizer eu nao sei se estou preparada para ver os meus cabelos a cairem e ficar completamente careca. - ela estava nervosa e de certo modo, o medo era algo que a perceguia. - Eu nao quero que as pessoas sintam pena de mim, mais do que ja tem e ainda mais depois de verem no estado que vou ficar.

Caroline levantou-se de imediato da cadeira andando ate a janela nao querendo sequer ponderar nessa hipotese.

– Compreendo que nao seja uma situao fcil, mas se nao recorrer a este tratamento vai perder a luta contra a doena. - advertiu a mdica que a todo o custo tentava mudar as ideias da garota que ao mesmo tempo estava irredutivel. - Por outro lado tambem temos a hipotese do transplante, mas um processo que lento e pode ser degradante, porque em maioria dos casos ou nao se encontra dador compativel, ou se encontra mas o prprio organismo acaba mesmo por rejeitar a medula ssea.

– Ainda assim preferia essa tentativa, porque essa da quimio, para mim esta fora de questo. - bateu o p ela, que se preparava para sair. - E vi, eu pesquisei sobre a minha doena e sei que nem sempre a quimio um processo de sucesso como doutora diz, e como essas pessoas, eu prefiro sofrer sozinha sem antecedentes.

E dito isto Caroline saiu da sala batendo a porta atrs de si sem dar uma unica oportunidade a doutora de falar. Por outro lado quem se sentia desconfortvel com a cena da filha era a mae que ja nao sabia mais o que fazer para convence-la do contrrio.

– Lamento mesmo que a minha filha nao tenha sido muito delicada, mas eu vou tentar falar com ela e chamar a razo de que ela tem de manter o seu estado de saude autonomo.

– Por favor tente, se a Caroline nao comear a tomar uma nova opo a doena vai acabar por progredir rapidamente e depois pode ser tarde demais para voltar atras.

A cherife ao tomar notas dessas indicaes saiu procurando pela filha que simplesmente estava no banco da frente do carro lavada em lgrimas e nao querendo ouvir ninguem, apenas implorando por paz.


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