Dust in the Wind escrita por Lucy


Capítulo 10
Capitulo 9 - Chamar a razão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/641458/chapter/10

A animação na casa de Niklaus era toda ela muito boa, ate positivo demais para quem sentia um pouco tenso e preocupado, mas a loira a sua frente havia ajudado a desanubiar essa tensão de outra hora, com suas conversas animadas, ao qual acabaram por terminar quando a jovem recebeu uma chamada de tom urgente, ao qual teve mesmo de regressar a casa mais cedo do que pensava.


É certo que ele estava feliz por saber da relação que Rebekah tinha com Caroline, e por outro lado que a amiga aprovava o tipo de cacter da jovem, que por assim dizer, ele nao era ninguem para nao aprovar, certo? Pelo menos era assim que ele pensava.


Pelo caminho a loira que saia animada da casa do amigo, teve uma breve surpresa, mas uma daquelas que a deixou desde logo sem qualquer bom sentido de humor, uma péssima surpresa. A verdade é que ela nunca havia travado uma boa relação com Cami, e depois de descobrir que a própria havia na época se envolvido com um rapaz de quem mantinha uma relação, foi a gota de agua.


Ela respeitava em tudo o melhor amigo, mas nao aceitava o facto de este namorar uma destruidora de relações, que no fim contas ao descobrir que a relação havia sido um fiasco, só lhe faltaram foguetes para fazer uma festa, pois finalmente alguem havia-se livrado de um encosto, e demónios que a perdoassem, ela estava feliz.


Mas a hora nao era de lembranças era de encarar de gente sem nivel que ainda nao tinha percebido que a sua presença era tudo menos animadora, e depois para guerras ja bastavam os infelizes e idiotas que por ai dialumbavam.


– Rebekah, bons olhos te vejam! - falou a rapariga sem qualquer tipo de medo, ou sequer franquesa. - Sabes eu senti muitas saudades tuas... - comentou esta ao caminhar ate a jovem que continuava perplexa na sua frente, como se tivesse sufrido algum tipo de susto. - Que foi, nao me olhes assim? - a jovem suspirou fazendo beicinho a começar a mexer as unhas encarnadas.


Ja a outra loira perdeu logo a postura de silencio e nao partiu para cima dessa sem limite porque ainda respeitava as regras de boa civilização, coisa que uma sem nivel como Cami desconhecia.


– Olha, a sério mesmo que sinto pena de ti, porque opa eu... - suspirou procurando mentalmente palavras correctas para definir o genero de pessoa que aquela jovem era. - tenho nojo de olhar para a tua cara, porque és uma falsa, rancorosa e nao tens noção de quando estas a mais. - a garota nervosa bateu no ombro da outra fazendo esta cabalear um passo atrás.


– Eu é que sou rancorosa? - começou a rir-se ao recompor-se. - Não foi a mim que o Diego deixou, certo? - e ditas as palavras pegou da sua bolsa o gloss passando nos lábios com tamanho descaramento.


– Não vou nem comentar, com licença!


E bateu ombro sobre ombro trilhando ate casa, sem dar ao trabalho de olhar para trás e ver a cara de uma "bitch" como ela, que pensando consigo mesma, ainda conseguia ultrapassar a fama da Katherine.


A verdade é que por mais que Rebekah tentasse ser forte, as vezes as palavras doiam mais as próprias acções, e o caso estava todo ele a volta de Diego, que havia sido seu grande amor, e que ate hoje nao o havia esquecido, e que infelizmente, Cami conseguia uma vez mais deixar a loira aos prantos.


Ao entrar em caso obrigou-se mesmo a limpar as lágrimas as mangas da camisola antes mesmo que a mae pudesse perceber que a filha havia estado a chorar.


Só que por mais que ela disfarça-se, ja a mae havia percebido a légua que a filha nao estava bem, contudo nao a questionou, simplesmente deixou que esta sentisse que a progenitora ainda continuava alheia a situação, perguntando coisas banais para desanuviar a tensão e por outro lado para ver se a sua pequena animava.


– Como foi o teu dia de aula? - pegava ela numa puxeira de agua para deitar nas plantas que estavam na sala próximas da janela. - Tens muitos deveres? - começou a deitar aos poucos agua, e olhando ao mesmo tempo a jovem que concentrava as atenções no televisor. - Rebekah filha, estou a falar contigo! - a jovem olhou para a mae parecendo alheia.


– Desculpa mae, o meu dia correu bem, nada de novo, nao. - respondeu sem esforço primindo no botão para passar aos canais de filmes HD. - Ja fiz os meus trabalhos de casa na biblioteca da escola, e por favor para de tratar-me como se eu ainda fosse uma criança. - implorou a jovem de olhos postos na mae que parava a rega. - As vezes penso que ainda consegues ser pior que o pai, mas estou farta de alertar voces que cresci e que estou quase a completar 18 anos, hello?


A mae nao levou de animo simpático as palavras da filha que logo recolheu a cozinha. É obvio que Rebekah nao se sentia bem pela forma como havia falado para a própria mae, mas a verdade é que estava de cabeça perdida por conta de outra pessoa, que quando pensava nela surtava em segundos, pegando em sua almofada e lançando a parede.


Quem nesse instante entrava e nao gostava do que via era Elijah, o seu irmão mais velho que acabava de chegar de mais um dia de faculdade. Ela podia muito bem arranjar mil e um argumentos para esclarecer o irmão, mas nao estava com o minimo esforço para isso, então voltou uma vez mais a sua atenção ao televisor, vendo se o irmão esquecia o incidente que acabava de assistir.


***


Por outro lado o ambiente em casa dos Forbes estava de mal a pior. Caroline entrava dentro do seu quarto batendo a porta na cara da mae quando na verdade chegava toda ela cheia de suas repreensões por conta de uma recusa de tratamento por parte da filha, que estava a ser muito teimosa.


A jovem ja nao suportava mais ouvir a mae, ate ja pensava em pegar nos seus tampões de dormir, para quando alguem ressonava alto, e os colocar, contudo ate isso estava a ser um castigo para ela, pois a mae acabava de os tirar da sua mao, naquele momento.


– Oh mae, por favor deixa-me sozinha! - pedia esta em tom de suplica na voz. - Eu sei que és contra a minha decisão e entendo, ate porque nao vou pedir para mudares tua opinião, mas quero que saibas que ja decidi e nao tem nada neste mundo que faça mudar a minha ideia. - argumentou a jovem pegando na almofada e acentar no colo quando sentava na ombreira da janela, observando para fora.


– Caroline, é a tua vida que esta em risco, será que nao pensas nisso? - a mae batia o pé nervosa no platex do chão do quarto. - Nao estaria aqui a pedir para reconsiderares, se nao achasse grave, nao achas?


– Agradeço toda a preocupação, mas nao é o suficiente para me convenceres. - a mae derrotada deu de ombros, embora isso nao significasse que desistia, mas pelo contrário, ela ja tinha uma ideia na cabeça para mudar o ideial para a filha.


– E as tuas amigas como achas que vao reagir ao saber que tu tinhas uma excelente oportunidade e nao a aceitas-te por pura teimosia? - questionou esta fazendo a filha pensar.


Caroline voltava os seus olhos ao diário, pensando nas suas duas amigas Bonnie e Elena que desde sempre estiveram do lado dela nessa luta, contudo tambem elas seriam bem contra a sua decisão, por isso partilhar sua recusa estaria em total fora de questão. Ate porque fazer entende-las do contrário, era perder tempo e isso seria um outro motivo para deixar de falar para elas, como ja havia feito com muitas outras boas gentes, como era o caso de sua prima Sophia.


– Elas vão continuar muito bem suas vidas sem mim, mae! - respondeu a jovem nao dizendo bem aquilo que sentia, mas na verdade teria de ser. - A Bonnie e a Elena tem suas vidas, um dia vão esquecer que tiveram uma amiga que era doente. - cruzava a perna direita naquele instante a jovem ao ver seu vizinho no jardim e esquecer tudo.


– Falar contigo agora é impossivel, mas vamos fazer assim, vou descansar porque vou fazer noite, e quando estiveres mais calma talvez realista, nós voltamos a falar.


A garota nao prenunciou uma palavra sequer ao que a mae acabara de falar antes de sair do quarto. A verdade é que ela continuava vidrada na janela, observando Niklaus o jovem que ja nao saia da sua cabeça, mesmo que ela quisesse, pois ja havia ganho um lugar de distaque no coração dela sem saber.
Ela queria sair de onde estava e ir ter com ele, mas nao podia, ate porque onde ela acharia razões para o reencontrar, ne? E depois na hora ela nao teria nem coragem de o voltar a olhar, mesmo sabendo que ocultava algo que no fim de contas, nao era da conta de ninguem, mas ainda assim estava a mentir quando falava para si própria que estava tudo bem, quando a sua cabeça estava um pura confusão. A loira estava definitivamente a perder a luta, ela ia ficar mesmo no seu quarto, no seu cantinho ate que as poeiras assentassem.


***


Depois que Rebekah saiu para mais uma obrigação de filha como ele gostava de pensar, ele nao se sentiu obrigado a ficar preso dentro de sua casa quando na verdade tinha um imenso jardim para aproveitar.


O facto de sentir essa comunhão com a natureza, nao era o próprio meio que o deixava feliz, mas o que nele podia coabitar. Isso mesmo ele referia-se a jovem loira da casa vizinha, e que pronto estava escritos nas estrelas que ela ja nao ia sair mais da cabeça de Niklaus, nem que ele quisesse, o que nem isso era.


Ele sentava-se no degrau da escada, observava, e as imagens simplesmente lhe vinham a cabeça. Recordar aquele rosto fino e frágil, aqueles lábios perfeitos, aqueles olhos apaixonantes, ou aquela pele percelana, faziam criar borboletas na sua barriga, embora fosse essa uma sensação que os raparigas sentiam, e que na opinião de Niklaus os rapazes tambem tinham esse direito.


O Jovem nem percebia que o mundo a sua volta continuva na sua marcha viva, ele estava preso ao momento, como se o tempo tivesse parado e iniciado novamente em camera lenta, em que se via um casal numa tela de cinema. Era assim que o garoto pensava, que ele desejava pensar.


– Estas a pensar em mim, meu amor! - Niklaus ao ouvir uma voz atras de si levantou de imediato a sua cabeça, vendo uma queda de queda de sonhos a sua volta. - Se eu soubesse que farias essa cara por voltar a ver-me eu ia jurar que estavas no mundo da lua, se bem que lá ja vives todos os dias. - riu-se toda a jovem enquanto aproximava dele.


– O que eu te disse no outro dia, em relação a ficares longe de mim, Cami? - a jovem fez beicinho cruzando os braços, bem que pouco ligando para a recomendação dele. - Vai-te embora, nao quero tua companhia!


– Nik, falas demais! - ela ja baixava seu rosto para beijar o rapaz, que logo na sua sensatez virou o rosto, recebendo um beijo na bochecha. - Agoras evitas o meus beijos? - falou contrariada.


– Ouve! - ele olhou bem nos olhos dela, enquanto pousava as maos nos seus ombros magros e despidos. - Não quero mais nada contigo, ve se dás um basta na tua cabeça oca. - ele altivou um pouco a voz, que logo corrigiu mantendo a raiva no silencio.


– Um dia ainda vais arrepender-te! - apontou o dedo para ele.


– Eu ja me arrependo e muito, de terte conhecido! - dito isto levantou-se e entrou dentro de casa batendo a porta na cara da garota que ainda assim nao tinha percebido a mensagem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dust in the Wind" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.