Hunter - A caçada começou escrita por Julia Prado


Capítulo 19
O perigo das cavernas de La Push


Notas iniciais do capítulo

Nos falamos lá embaixo ;*



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Não escutei um sermão tão grande quanto achei que ouviria de John. Pelo menos ele não gritou muito. Acredito que Jane e Austin talvez tivessem amolecido ele um pouco antes de eu chegar meia noite em casa. Porém, nada do que ele pudesse falar ou fazer (nada do que qualquer pessoa desse mundo pudesse falar ou fazer) iria tirar o meu humor das nuvens. Eu estava plenamente ciente de minha feição patética e idiota, mas não me importei com nada disso. Fui para o meu quarto, desejando ter sonhos sobre essa noite.

Tirei toda a roupa e a joguei de qualquer forma na cadeira. O pessoal estava terminando de assistir um filme, por isso eu tinha o quarto só para mim. Para poder sorrir feito boba a vontade. Deitei de calcinha e sutiã na cama, mas levantei quase que imediatamente. Minha cabeça havia deitado em um papel que estava em meu travesseiro.

Eu tinha certeza de que não era meu.

Confusa, olhei ao redor, como se esperasse a pessoa que o colocou ali sair de seu esconderijo. Mas eu estava completamente sozinha no quarto. Peguei o papel e o abri, reconhecendo de imediato a caligrafia de Brady.

“Esteja de pé amanhã ás 8h da manhã. Será a minha ronda na sua casa. Não se atrase, não teremos muito tempo.

B.F

Meu coração disparou com essa informação tão abrupta, me tirando da minha nuvem de felicidade. Então amanhã eu faria algo que realmente poderia anular todo o romantismo dessa noite.

* * *

Silenciosamente eu me levantei, não querendo acordar Austin. Nas férias o pessoal de casa costumava acordar um pouco mais tarde, provavelmente no horário em que eu estaria saindo. Andando na ponta dos pés até o banheiro, tomei um banho demorado.

Eu havia acordado mais cedo exatamente para isso: relaxar todos os meus músculos tensos com o que estaria para fazer daqui uma hora e meia. Tentei não pensar em nada disso, pois teria que refazer todo o processo de tranquilização e eu não tinha mais tempo para isso. Quando desliguei o chuveiro, senti que o estresse estava voltando. Eu não sabia o que esperar de hoje. Teríamos sorte logo no primeiro dia? Eu me desapontaria?

Tentei não manter minhas esperanças lá em cima para não me decepcionar muito. Eu nem sabia como iríamos fazer para chegar até as cavernas, pelo mapa era uma excelente caminhada, e como Brady disse no bilhete: não teríamos muito tempo.

Peguei minha calça jeans preta de cintura alta e a coloquei, joguei uma regata solta por cima, então coloquei meu suéter branco de tricô de gola canoa. Ainda sem querer acordar Austin, decidi que terminaria de me vestir no andar debaixo. Então peguei meu celular e o coloquei no bolso da calça, pois nele haviam as fotos. Pendurei o casaco de frio azul escuro no braço e enrolei de qualquer forma o lenço vermelho no pescoço. Com os coturnos de couro na mão eu sai do quarto.

Desci as escadas buscando evitar os degraus que rangiam. Então sentei no sofá e calcei as meias, para depois colocar os coturnos e o amarrar. Passei meus braços pelo casaco de frio e ajeitei o capuz dele para não ficar dobrado. Eu precisava comer alguma coisa antes de sair, pois não sabia quanto tempo ficaria fora.

Então enchi uma tigela de cereais com leite, comendo depressa, para depois comer algumas frutas que estavam na mesa.

Havia uma pequena bolsa escondida debaixo da mesa que eu coloquei durante a madrugada. Mesmo não sabendo o que encontraríamos, estava levando lanterna, água e um canivete.

Antes de dar oito horas, Brady estava tocando silenciosamente na porta da cozinha. Eu tomei um susto, pois a casa estava tão silenciosa que o barulho pareceu alto e estrondoso demais. Comecei a ouvir a cama de John rangendo, provavelmente ele estava se levantando.

Sai da cozinha e enfrentei a manhã extremamente gelada de La Push, a neve dando uma cessada, mas deixando tudo ainda mais úmido e gelado. Brady estava vestido com um shorts e uma camiseta de mangas longas, mas não acho que precisava das mangas.

– E ai. – ele cumprimentou. Abaixo de seus olhos estavam duas grandes olheiras de uma noite muito mal dormida. Ele bocejou alto enquanto eu andava para o seu lado.

– E ai. – eu disse e começamos a andar para longe da casa do meu pai. – Você demorou, estava começando a achar que não íamos conseguir ir nesse ano.

– Foi mal, as rondas estão mais extensas. – ele disse se espreguiçando.

Estreitei meus olhos para ele, um pouco culpada.

– Tem certeza que quer fazer isso hoje? Você parece que precisa de uma boa cama e umas vinte e duas horas de sono, se não vinte e quatro. – assinalei.

Brady riu baixinho, vapor quente saindo de sua boca.

– Eu estou acostumado a não dormir muito. – ele olhou ao redor. – Vem, vamos pela beira do rio, assim não precisamos pegar o centro da cidade.

Nós começamos a caminhar pela beira do rio que passava atrás de minha casa, o Quilayte River. As pedras escorregadias não estava me ajudando a ser mais rápida, mesmo com as solas de borracha. Brady tinha que segurar em meus braços quase o tempo todo, evitando que eu caísse.

– Quanto tempo nós temos? – perguntei franzindo o cenho enquanto andávamos, eu praticamente rolando.

– Minha ronda termina às duas da tarde. Acho que temos até lá... Embora nós dois precisamos comer alguma coisa nesse meio tempo.

– Você comeu alguma coisa? Podemos voltar rapidinho para eu pegar...

– Não se preocupe, passei na Emily antes de vir para cá. – ele sorriu e acariciou a barriga lisa. – Estou cheio.

– Coitada, você deve ter comido toda a casa dela, se está satisfeito. – brinquei.

Brady riu baixinho e depois mais um pouco quando tornei a escorregar.

– Nesse passo, realmente vamos precisar de todo esse tempo para chegar até lá – falei como quem se desculpa.

– Tudo bem, quando estivermos na floresta eu posso te carregar, se quiser.

Ergui minhas sobrancelhas para ele, cética. Um quadro se formou em minha mente: Brady me carregando em suas costas. Isso seria muito folgado de minha parte. Fora que eu era, com certeza, mais pesada que a mochila de escola dele. Eu cansaria o menino em não muito tempo.

– É sério. Seria muito mais rápido se eu me transformasse, mas aí o resto do bando veria que não estou na sua casa e isso seria um problema.

Meu coração disparou em pânico. Uma coisa era eu saber sobre eles, outra bem diferente era ver Brady daquela forma tão... Assustadora. Não, melhor não.

– Sem transformações. – concordei.

– Jacob estará fazendo uma ronda com Seth no perímetro perto do Canadá. Ele estendeu as rotas dos líderes para tentarmos abranger mais áreas. Ficaremos seguros hoje. Ele não voltará tão cedo. – Brady disse.

– Outros líderes? Achei que Jacob era o único.

– Bom, ele é o alfa, por assim dizer. – Brady explicou. – Mas todo líder precisa de ajuda, né? Leah é a segunda e Seth o terceiro no comando. Estão com Jacob desde quando ele se separou do grupo de Sam, há alguns anos. Foram os primeiros, por isso Jacob cedeu o lugar para eles.

Isso me pegou um pouco de surpresa. Eu não sabia que Jacob fazia parte do bando de Sam... Nem sabia que Sam um dia teve um bando. Isso era estranho, por que se fosse ver pelo lado das lendas (não tão lendas) então Jacob sempre esteve na linha de sucessão... Por que Sam estaria no comando há alguns anos?

Brady notou a minha confusão.

– Antigamente Sam era o alfa. Ele foi o primeiro a se transformar depois de gerações. Logo em seguida veio Jared e Paul. Eles formaram o primeiro bando. Quando Jacob se transformou, nunca pensou em assumir a liderança. Ele era assim como eu sou, apenas parte do bando. – Brady deu de ombros. – Então veio toda a confusão com a Isabella e os Cullen. Foi na época em que eu me transformei, tinha apenas 12 anos.

Ele continuou.

– Bella estava grávida de Renesmee, o que para Sam era uma quebra de tratado. – disse – Então ele ordenou um ataque à casa dos Cullen, mas Jacob foi contra. Ele ainda amava a Bella, acho. Então confrontou Sam, assumindo seu legado de líder. Após isso, foi ficar do lado dos Cullen. Seth foi logo atrás, ele sempre teve uma amizade com Edward Cullen.

Brady franziu o cenho, como se aquilo fosse estranho para ele. Eu tentava me manter atenta a história e mesmo assim manter o equilíbrio nas rochas escorregadias, por mais que Brady ainda estivesse me segurando.

– E Leah o seguiu depois de alguns dias, por que nunca gostou de ficar no mesmo bando de Sam. Eles ficaram um mês com os Cullen, até que Renesmee nasceu. Sam ainda tentou atacar, mas Carlisle, que é o líder dos Cullen, chegou a um novo tratado. Eles iriam embora e ninguém se machucaria. – Brady riu – Não foi bem isso o que aconteceu. Renesmee era um mistério para todos, por ser mestiça sabe, metade humana e metade vampira. Uns ricaços vampiros italianos souberam sobre ela. Acho que são a realeza ou coisa assim. Eles ameaçaram matar todos os Cullen. Jacob não ia deixar que matassem Bella, mesmo não gostando mais dela.

Brady abriu um sorriso entusiasmado.

– Para defender nossas terras, nós nos juntamos aos Cullen para a luta. Jacob e Sam fizeram um acordo e na época tínhamos dois bandos. A briga nunca aconteceu, mas os Cullen chamaram vários amigos de longe, para testemunhar que Renesmee não era um perigo. Isso fez com que um surto acontecesse na Reserva. Várias crianças estavam se transformando muito cedo, assim como eu. Então, mesmo depois de tudo ter acabado, o surto continuou e mais jovens migraram para o bando de Jacob. No final das contas, Sam aceitou que apenas um bando devesse existir, já que ele mesmo estava querendo se aposentar.

Meu corpo estava quente pela caminhada, mas meu rosto estava gelado. Eu estava fazendo quadros mentais, tentando imaginar a cena, mas era abstrata demais para mim. Eu havia visto Renesmee uma vez, na oficina de Jacob, mas nunca vi os Cullen. No entanto, pelo o que eu já tinha ouvido, o nome deles estavam envolvidos em muitos problemas.

– Os Cullen foram embora depois disso?

– Sim, passaram um tempo fora, deixando as coisas esfriarem. Esse era o trato, né. Sam não queria matar uma criança, mesmo que ela não fosse exatamente uma criança. Eles voltaram há algum tempo, antes das mortes começarem.

– É, Jacob me contou essa parte. – falei, tentando não pensar em pessoas tendo visões do futuro.

Uh, muita informação.

– E... Como eles são? – pergunte.

– Fisicamente ou como pessoas?

– Os dois.

Brady estremeceu e então deu de ombros.

– Fisicamente muito bonitos... Perfeitos demais. É estranho. Tudo parte do charme para atrair a presa, como sabemos muito bem. Mesmo assim é estranho. – ele franziu o cenho. – Tem uma loura... É tipo a perfeição sabe, bonitona, corpão, cara de enjoada, mas muito linda. Então, como homem, ficamos encantados, mas também sabemos o que eles realmente são, então ficamos enojados. É confuso às vezes. Jacob é um dos únicos no bando que consegue ter uma boa relação com essa loura... Quero dizer, eles se xingam bastante, mas às vezes não é na maldade.

Eu ri, isso era tão adolescente! Procurei não pensar em Jacob com alguma relação com uma loura perfeita.

– São boas pessoas, eu acho. Procuro não passar muito tempo com eles. – ele voltou a estremecer – Não machucam humanos, vivem de sangue animal. Dr. Cullen é bem bacana, é ele quem geralmente toma conta dos nossos ferimentos ultimamente, por que ir em um hospital não adianta muito e às vezes Emily e Sue não estão. É mais tranquilo conversar com ele. Edward também é bacana, mas é inconveniente e chato. Ele consegue...

– Sei o que ele faz – cortei entre os dentes, tentando não pensar na palavra: ler mentes.

Brady riu e trombou de leve seu ombro no meu, procurando me relaxar.

– Pois é. Então é meio chato. De qualquer forma, são nossos inimigos.

– É por isso que não gosta de ficar perto deles?

Brady demorou para responder, segurando com mais firmeza em meu braço enquanto eu continuava a deslizar. Logo mais estaríamos entrando na floresta e eu não precisaria mais disso.

– É difícil manter o controle perto deles. – admitiu. – Jacob e Seth são os únicos que conseguem. Sabe, não se transformar. Só o cheiro deles faz com que a gente se irrite. E às vezes precisamos entregar recados, e fazer isso como humano é meio difícil.

– Cheiro doce. – falei me lembrando do livreto.

– É, isso mesmo. Doce demais. Arde o nariz.

Eu tornei a rir. Voltamos a nos concentrar no caminho, Brady não parecia se irritar com o meu caminhar lento pelas pedras. Quando chegamos na direção correta da floresta, ele continuou a andar pelas pedras.

– O pessoal está fazendo ronda nesse momento, não podemos topar com eles. Então vamos ter que pegar alguns caminhos alternativos. – ele explicou e então levantou o rosto, como se quisesse sentir o vento melhor. Só depois de um tempo percebi que ele estava cheirando o ar.

– O que foi?

– Okan está fazendo a ronda em um perímetro aqui perto. Junto de Camelia. Vamos ter que tomar mais cuidado.

Continuamos a caminhar pelas pedras, eu estava escorregando menos agora, talvez por que já estava acostumada com a leve inclinação das pedras e o modo escorregadio delas. Às vezes conversávamos sobre banalidades, e até ríamos um pouco, mas Brady estava focado no caminho que seguíamos, o que me lembrou...

– Jacob comentou comigo que você deixou escapar algumas coisas. – falei, tentando não deixar meu tom muito acusatório.

Brady riu envergonhado.

– É, foi um deslize. Às vezes não dá para controlar, mas estou ficando melhor nisso. Eu só mostrei a nossa conversa, não o motivo dela. Não se preocupe.

– Tudo bem, Jacob não gritou comigo, então eu sabia que não tinha sido nada demais. – dei de ombros. – Ah, por via das dúvidas, você passou em casa por que não tinha me desejado Feliz Natal.

– Foi isso o que falei para ele – Brady falou rindo, seus olhos levemente surpresos. Eu também estava e então ri com ele.

Graças ao bom Deus, Brady pegou a rota pela floresta. Eu hesitei antes de entrar, me lembrando das péssimas experiências que tive dentro dela. No entanto, o sentimento era o mesmo de sempre e pareceu tolice não querer estar ali. Eu estava em casa, me sentia protegida, como se nada de ruim pudesse acontecer comigo.

Brady franziu o cenho e olhou ao redor.

– Estranho. – disse.

– O que foi? – tentei, inutilmente, escutar algo além, mas não ouvi nada além o vento uivando.

– Estava preocupado com a direção do vento. – ele disse – Poderia levar nosso cheio para as rondas, mas... Simplesmente mudou de direção. Foi estranho.

Não entendi o que de estranho poderia ter naquilo. Ventos não seguiam uma regra de sempre soprar para uma direção. Isso, no entanto, pareceu ter intrigado Brady.

Nós puxamos meu celular para dar uma olhada, embora Brady se lembrasse de quais cavernas eles tinham buscado na época em que Abigail foi encontrada morta na floresta. Voltamos a andar para a direção das montanhas. Eu nunca tinha ido até lá... Nunca tinha vindo nessas partes da floresta.

Embora a mata fosse relativamente mais densa, não parecia haver perigo aqui. Era como se nada pudesse nos ferir. O sentimento de proteção que me atingia em ondas era muito perto de como me sentia com Jacob, o que era uma reação muito estranha.

O modo como as árvores balançavam suas copas pareciam saudações, e esse rumo de pensamentos me estranhou. Talvez eu estava sempre tão cercada de mitos e lendas que se tornaram uma realidade que estivesse começando a acreditar que tudo ao meu redor tinha um toque de magia.

O cansaço de Brady pareceu ter sido deixado junto as pedras escorregadias. Ele estava mais desperto agora, mais brincalhão também. Toda a sua corpulência em constante contraste com a sua personalidade. Chegava a ser engraçado até. Ele estava rindo mais também, embora ainda houvesse tristeza nos finais de suas risadas, como se de repente ele pensasse que não era certo estar sorrindo.

– Sente muita falta dele, né? – perguntei depois de um tempo. Meu corpo estava desconfortavelmente aquecido, ainda mais andando lado a lado com Brady.

Eu não queria entrar no assunto tanto quanto ele, mas realmente fiquei preocupada com o que Jacob havia dito antes, sobre Brady ainda estar lidando com a morte de Collin e minhas teorias tendo mexido demais com ele. Não queria causar mais dor.

– Todos os dias. – Brady suspirou. – Ele se transformou na mesma época que eu, tínhamos a mesma idade. Então passamos pelas mesmas coisas e juntos. É difícil não ter ele por perto mais.

Fiquei um minuto em silencio, pensando sobre minhas próximas palavras.

– Brady, se você não quiser fazer isso... Olha, não vou te obrigar ok? Nem me meter em confusão, vindo sozinha. Então não se sinta obrigado...

– Não estou. – ele disse depressa. – Gosto de passar um tempo com você e melhor ainda se for fazendo alguma coisa que possa nos levar a algum lugar sobre como esses dois tem passado por nossas rondas sem ao menos conseguirmos pegar o cheiro deles.

Ele afastou alguns galhos para que eu passasse, enquanto desconversava sobre banalidades novamente. Eu nunca diria que já era dez horas da manhã ao olhar para o céu, que permanecia cinza, exatamente do mesmo modo quando acordei. O horário nos surpreendeu um pouco, então uma nova discussão surgiu.

– Não, Brady, não vou deixar você me carregar. – bati o pé enquanto continuávamos a andar.

– Gaele, será muito mais rápido. Sou mais rápido que você no meu pior dia! – ele disse mais frustrado. – Vai nos poupar tempo, acredite em mim.

Não tinha como ele ser mais rápido comigo em suas costas, não havia lógica nisso... Mas do que eu estava falando? Estava andando no meio da floresta com um lobisomem, em busca de vampiras e outro lobisomem.

Mordi meu lábio, quase aceitando sua proposta. Sentindo que estava perto de ganhar, Brady abriu um sorriso convencido.

– Vamos Gaele, não vamos conseguir muita coisa nesse passo. Ainda mais se temos que voltar. – ele disse.

Bufando eu assenti, não sabendo muito como lidar com a situação. Brady bateu as mãos, como se se preparasse para uma boa partida de futebol americano. Rolei os olhos.

– Suba aí. – ele disse apontando para a suas costas.

Tentando não pensar em quão ridícula essa cena pareceria para alguém que visse de fora – ainda mais se esse alguém fosse Jacob, eu não acho que ele ficaria muito satisfeito com a situação - pulei em suas costas, Brady me acomodou melhor, cruzando com firmeza minhas pernas ao redor de sua cintura. Ele também apertou meus braços cruzados em seu pescoço, por mais que eu tivesse medo de enforca-lo.

Ele começou uma corrida simples, talvez para que eu me acostumasse com o movimento e com a situação. Então ele acelerou e estava realmente correndo. Era rápido o suficiente para que eu ficasse tonta de olhar para os lados, mas não tão rápido para que tudo ao redor parecesse um borrão – embora chegasse perto.

Escondi meu rosto em seu pescoço, tentando não sentir o balanço enjoativo e nem mesmo na rapidez na qual o vento batia em meu rosto. Eu não ia enjoar nas costas de Brady, não mesmo.

Em nenhum momento durante a corrida a respiração de Brady se alterou. Ela se manteve calma e estável. Eu realmente não queria esconder meu rosto em seu pescoço, era muito estranho fazer isso com Brady – por mais que não houvesse nenhuma conotação sexual entre nós nunca -, mas não via outra forma de passar por isso, então apertei meus olhos fechados e mantive a boca selada.

A corrida foi diminuindo depois de um tempo, até que ele caminhava e então parou. Eu ainda permaneci um tempo sem me mexer, tentando recuperar as forças dos meus músculos tensos e rijos.

Aos poucos fui soltando meus braços e então minhas pernas. Eu cai de bunda no chão, não conseguindo manter o equilíbrio. Por mais que risse, Brady me ajudou a levantar e a limpar meu casaco de folhas e lama.

– Você está bem? Parece que vai vomitar. – ele analisou.

– Não fale comigo agora. – pedi fracamente. – Só ande.

Ele riu e começou a andar ao meu lado, a mão esquerda para cima, pronta para me segurar assim que eu demonstrasse que iria cair.

– Não quis correr até a caverna para não sermos pegos de surpresa, caso aja algo realmente lá. Mas se quiser posso te carregar de novo.

– Eu estou bem. – falei, sentindo a cor do meu rosto voltando conforme respirava fundo o gelado e limpo ar da floresta. – Tenho que reservar forças para a volta.

Ele riu ainda mais.

Eu estava caminhando meio vacilante, mas recobrando aos poucos minha estabilidade. Também estava começando a sentir a adrenalina se soltar em minhas veias com a chegada iminente das cavernas. A montanha subia até onde a vista podia alcançar. Havia um caminho que subia por ela em espirais, não conseguiríamos ver tudo hoje.

– Espere aqui um minuto, tudo bem? – Brady disse e então, com um salto, estava na primeira espiral da montanha.

Eu não gostava de ficar parada no meio da floresta, observando ele se pendurar para checar se estava tudo certo. Ele pareceu cheirar o ar novamente, então desceu.

– Vem. – disse depressa me colocando atrás de um grosso tronco de árvore.

– O que...? – perguntei, o coração saltado, mas ele me calou com um olhar.

Havia alguma coisa se movimentando silenciosamente ao nosso redor. Era macio e pesado. Então percebi que devia ser um dos meninos da ronda. Meu coração redobrou o batimento.

A última coisa que eu precisava agora era ver um dos lobos.

Escondi meu rosto no braço grosso de Brady, fechando os olhos apertados e esperando que fossemos pegos. No entanto, após alguns segundos não escutei mais nada além da minha respiração rápida e do corpo tenso de Brady.

Quando os músculos do braço dele relaxaram, percebi que o que quer que estivesse prestes a acontecer se foi. Novamente, Brady tinha o rosto franzindo, e então olhou para mim, como se questionasse alguma coisa.

– O que foi?

– Era Okan. Acho que ele pegou um rastro da minha corrida. – novamente ele franziu o cenho. – Mas ele não parece ter reconhecido meu cheiro. Nem o seu. Antes que chegasse perto demais, ele simplesmente se virou e foi embora.

Eu não estava entendendo.

– Isso é ruim? – perguntei.

– É estranho ele não ter vindo checar os cheiros... – Brady olhou ao redor. – Tem alguma coisa de muito estranha acontecendo aqui.

– Tipo... Tipo alguém com a gente? – olhei ao redor, como se pudesse ver a qualquer momento Farad sair detrás de qualquer árvore.

– Não... Mas alguma coisa parece realmente nos querer aqui. – ele balançou a cabeça e então voltou a andar.

Eu estremeci. Parecia que novamente a minha teoria sobre tudo ao meu redor ter uma explicação mágica estivesse prevalecendo a razão.

Nós voltamos a andar, agora indo para a caverna mais próxima, subindo um pouco a espiral da montanha. Brady pediu para que eu esperasse do lado de fora, não ousei negar.

Ele entrou primeiro, cautelosamente, então fez um sinal para que eu também entrasse. A caverna era pequena e baixa. Não conseguia ver Farad escondido aqui. Respirei fundo para tentar manter os ânimos sob controle, quando franzi o cenho e recuei.

– Que... Cheiro horrível. – falei tapando o nariz.

Brady juntou as sobrancelhas, em confusão.

– Que cheiro? Não sinto nada.

– Uh, como não? – falei coçando o nariz. Estava irritando meu olfato. Caminhei até onde ele estava com a mão no nariz, no canto mais afastado da entrada. – Vem daqui, ó.

Brady me olhou de forma estranha, então se agachou e cheirou o ar. Ele foi aproximando o rosto da rocha, como se tentasse sentir o mesmo cheiro que eu. Mas era impossível ele não estar sentindo isso, parecia tão claro para mim!

Era doce demais e fazia minha cabeça doer, ainda mais misturado com a umidade da caverna.

Brady encostou o rosto na parede rochosa e então recuou um pouco.

– É... É o cheiro da vampira. – ele disse – Mas está bem fraco. Ela esteve aqui, mas deve ter sido há muito tempo.

– Tem certeza? Para mim parece que ela acabou de sair – falei ainda tapando o nariz, minha voz ficando mais anasalada conforme eu apertava o nariz.

– Certeza absoluta. Ela deve ter se encostado aqui, mas faz muito tempo. Eu mal percebi o cheiro. – então ele me olhou novamente de uma forma muito estranha.

Embora o cheiro estivesse começando a fazer minha cabeça doer, eu entendia o olhar dele. Estava tão chocada quanto. O que isso significava, então? Eu estar sentindo mais cheiros que Brady, quem tinha naturalmente um olfato melhor do que qualquer mero humano como eu.

– Podemos sair um pouco? Minha cabeça está doendo. – falei incomodada com o olhar dele.

– Claro, vamos subir mais algumas cavernas, ok? – ele disse.

Assenti, tentando não olhar para ele. Saber sobre esse mundo e fazer parte indiretamente dele era uma coisa. Agora fazer parte diretamente de toda essa coisa sobrenatural era demais para mim.

Jacob disse que não havia chances de eu ser uma loba, já que estava passando por tudo isso ainda humana. Mas o que significava o que tinha acabado de acontecer?

Balancei a cabeça para esquecer isso, eu só tinha que me focar em andar pelas cavernas que o bando ainda não tinha ido. Uma pontada forte pulsou na minha têmpora, fazendo-me lembrar da época em que fiquei com fortes dores de cabeça.

Vimos mais três cavernas, seguindo o mesmo protocolo: Brady indo na frente e depois autorizando a minha ida. No entanto, em nenhuma delas havia sequer um rastro deles. Isso por que Brady cheiro todos os cantos das paredes, em busca de algum rastro.

Voltamos para a primeira caverna, eu não entrei novamente, não querendo sentir o cheiro horrivelmente doce. Então era assim que vampiros cheiravam? Não era muito agradável, não é mesmo?

Fiquei do lado de fora, observando a paisagem. Algo me ocorreu, como uma luz na escuridão. As cavernas mais altas da montanha com certeza eram mais bem protegidas, quanto mais alto melhor. Então por que se esconder em uma tão perto do chão? Pelo o pouco que eu sabia, vampiros não sentiam dores como os humanos, nem como os lobos. Cair alguns metros não deveria ser nada.

Mirei a floresta, em busca de um motivo pelo esconderijo.

Perdi o ar.

– Brady! – chamei.

– O que foi? – ele estava ao meu lado um segundo depois, tão rápido que eu dei um pulo. – Desculpe.

– Olhe. – eu apontei para o horizonte. Não dava para ver La Push em sua totalidade, mas havia um ponto que eu reconheceria em qualquer lugar. – É a minha casa.

Brady ficou em silêncio.

Minha mente começou a funcionar furiosamente.

– Não é estranho essa... Mulher se esconder em um ponto bem de frente para onde eu moro? – perguntei mais para mim do que para Brady. – Além disso, por que ela está tão próxima do chão? Certamente uma caverna mais alta seria mais seguro.

Eu agora dava curtos passos, indo e voltando. Sentia o olhar de Brady em mim, silenciosamente acompanhando minha linha de raciocínio.

– As montanhas ao norte dão uma visão perfeita de La Push toda, mais além se pode observar a Reserva. Não seria mais prudente observar vocês de longe, manter um olho em vocês, ao invés de escolher um local tão afastado? – continuei fervorosa. – Ainda mais estranho: quais são as probabilidades dessa vampira estar me observando por que sabe que estou com Jacob? Isso deixou de ser um segredo há muito tempo, e até Farad sabia. Se ela estava procurando uma localização para se manter fora do rastro de vocês, mas ainda assim manter um olho, por que aqui?

Eu parei de falar e voltei a pensar quietamente, ainda andando de um lado para o outro.

Era claro que a... Mulher estava observando o bando. Que outra maneira ela encontraria uma brecha nas rondas para poder atacar? Como Farad entraria na cidade e fosse até a loja do meu pai por simples sorte? Não, não tinha como. Ele deveria ter alguém com ele, guardando a retaguarda.

Mas por que a minha casa?

Uma memória flutuou para a minha mente. Era de John, na época em que eu estava com fortes dores de cabeça. Ele tinha entrado no quarto, perguntando se eu não queria ir ao médico. E então dissera: “Que cheiro é esse?”. Na hora eu me lembro de ter ficado muito brava, mas não havia dado importância.

E se a minha dor de cabeça foi por causa do cheiro, que na época eu posso não ter reconhecido? É claro que um cheiro forte como esse é difícil de passar despercebido, mas e se tivesse passado?

Para o cheiro estar no meu quarto... Isso significaria que... Ela tinha estado na minha casa.

– Brady, você consegue deduzir quanto tempo faz que ela esteve aqui? – perguntei com urgência.

Ele pareceu ter sido acordado de um pensamento profundo. Olhou-me curioso por um tempo, pelo modo urgente como eu falei.

– Três ou quatro meses. Ela deve ter ficado um bom tempo aqui para o cheiro ainda estar na parede, mesmo que fraco.

Três ou quatro meses. Eu não conseguia me lembrar em que época foi que as dores de cabeça começaram. Já fazia um bom tempo que eu estava aqui. Tentei encontrar um parâmetro de tempo.

Eu já tinha o livreto de mitos e lendas, isso era certo. Foi na mesma época em que tive os sonhos estranhos... Na mesma época da morte de Abigail. Então talvez fosse mesmo na mesma época e não apenas uma coincidência. Isso só podia significar que os dois estavam juntos. Quais as probabilidades dela ter invadido minha casa após alguns dias da morte de Abigail? Seria muita falta de sorte minha.

Pensei então em John e o resto da minha família. Eles estavam na linha de fogo sem nem saber. Pelas histórias que ouvi e li, vampiros não são muito controlados quando se trata de humanos, pelo menos não como os Cullen. Então eu só podia respirar aliviada com o pensamento de que, no momento em que ela invadiu minha casa, ninguém estava lá.

– O que foi? – Brady perguntou.

– Acho... Não tenho certeza, mas acho que ela invadiu minha casa há alguns meses. – falei absorta, minha visão desfocada. – Na época em que Abigail foi encontrada morta.

– O que?! – ele disse alto. – Impossível! Depois do cadáver encontrado no seu quintal, sua casa passou a ser um dos pontos de vigília.

– Mas ela já passou por vocês antes, não? – perguntei. – E se ela também passou dessa vez? Eu... Não tenho como ter certeza, pode não ser nada, apenas coincidência. Mas eu me lembro das dores de cabeça... Da mesma forma como está agora, depois de sentir esse cheiro horrível. E John havia comentado sobre um cheiro diferente no meu quarto... Todo quileute é capaz de sentir, não é?

– Sim, todos da reserva conseguem distinguir o cheiro dos frios. – Brady disse com seus olhos graves.

Entrei em silêncio, pensando. Parecia loucura demais ela ter estado em meu quarto. E para qual propósito?

– Qual seria o interesse de só invadir seu quarto? – Brady expressou meus pensamentos. – Será que ela esperava te encontrar lá?

– Então por que não me esperar? – rebati. – Seria fácil, era só sentar e esperar. Se esse fosse mesmo o intuito.

Ele ficou em silencio, seus olhos agora focalizando a minha casa novamente. Também olhei, tentando entender o motivo por detrás da visita inesperada. Havia uma possibilidade, que no mundo da ciência era muito praticada.

– Trabalho de campo. – pensei alto. – Essa pode ser uma das motivações. Fazemos isso em ciência, estudamos de longe um objeto, estudamos sua rotina, seus hábitos, seus horários, seu meio social. Então depois passamos a observar mais de perto, realizando trabalhos de campo. Verificando com mais proximidade. Invadir minha casa talvez tenha sido isso. Ver como eu era, absorver um pouco da minha personalidade.

– Mas por que? – Brady disse mais firme. – Por que invadir a sua casa?

O olhei séria.

– Você não acha estranho que Jacob more no meio do nada e mesmo assim ninguém nunca o atacou? – perguntei. – Se formos seguir pela linha de pensamento de que a vampira esteja com Farad, então por que invadir a minha casa e não a dele?

– Por que você é um alvo mais fácil. – Brady sussurrou.

Eu lhe abri um sorriso triste. Era exatamente por isso. Para que se arriscar atacando Jacob, que raramente estava em casa e mesmo se estivesse seria difícil de pegar, se eles tinham um alvo muito menos protegido e que poderia ser bem pior?

– Não acho que seja por algum problema pessoal com Jacob, embora realmente deva existir um. Acho que já passou dessa fase de me atacar por que estou com Jacob. – continuei. – Estão na minha cola por que sou mais fácil. Vivo fora da reserva, diferente das outras parceiras. Minha proteção não é tão constante.

– O alvo não está mais nas costas do Jake. Está totalmente nas suas. – ele me olhou com uma enorme preocupação, o canto de sua boca fina se encrespando.

– Estou realmente surpreso que só tenham notado isso agora. – uma voz disse acima de nós.

Eu congelei no meu lugar, meus músculos se retesando. Brady parecia tão chocado quanto eu. Provavelmente chocado em como não o ouviu chegar, como foi pego de surpresa dessa forma.

Farad caiu na nossa frente como um gato. Nem parecia que tinha sido apunhalado no coração. Parecia mais feroz que antes, seus cabelos mais compridos, quase chegando em seu tórax. Havia algo de mortal em seus olhos na forma como ele me olhava. Ele se ergueu, ficando maior que Brady duplamente.

Procurei por Brady, seus braços tremiam e sua testa estava vincada em concentração. Eu sabia que ia acontecer antes que ele realmente o fizesse. Corri para dentro da caverna e me agachei, com as mãos nos ouvidos e os olhos bem fechados. Eu escutei surdamente a transformação de Brady. Por estar muito perto da entrada da caverna, algo suave como pena roçou em meu rosto. Um calor assolando meu corpo em ondas.

Em seguida pude distinguir o momento em que Farad também se transformava. E então eram só rosnados e dentes.

Meu corpo tremia e eu sentia que estava perdendo a mão da razão. Não conseguia me mover e mesmo que o fizesse, para onde iria? Não tinha como chamar ajuda, por que estávamos muito longe. Talvez o bando estivesse vendo a luta e estariam aqui em alguns minutos. Jacob logo estaria aqui.

Mas então me lembrei. Jacob e Seth estavam perto do Canadá. Como estariam aqui há tempo?

Ouvi ganidos e um uivo de cortar o coração. Meu corpo reagiu de imediato. Levantei e fui para fora da caverna. Brady estava no chão e havia muito sangue. Seus pelos castanhos claros estavam empapados e ele não parecia nem um pouco assustador deitado daquela forma. Tinha enormes dentes de adagas expostos, rosnando continuamente, embora ainda estivesse machucado.

Farad o cercava, procurando por uma brecha para atacar novamente. Seus dentes me fizeram tremer, havia sangue neles. Os pelos marrom esverdeados fizeram meu corpo amolecer de medo. Era exatamente como naquela noite. Todo o perigo e a sensação do bafo da morte no meu rosto quando eu o olhava.

Mas eu não tinha tempo para entrar em pânico agora. Se nós sobrevivêssemos a isso, eu o faria depois. Da bolsa eu puxei o canivete. Parecia até irônico isso estar acontecendo comigo, quase teatral demais, mas não havia outra forma.

– Acho melhor se afastar dele – minha voz soou mais firme do que eu esperava, reverberando pela floresta. Eu tinha o canivete na minha garganta.

Farad virou sua enorme cabeça de lobo para mim, a inclinando de lado ao tentar entender meu ato. Brady também me olhava, levemente distraído, contudo suas orelhas estavam viradas para Farad.

– Se eu morrer agora, você sabe que Jacob te caçará mais do que nunca. Até agora ambos sabemos que ele só se mantêm em La Push por minha causa, mas sem isso sua vida será um inferno. – falei lentamente – Seja qual for o seu propósito em La Push, você não vai conseguir tão fácil. Se ele for perturbar Jacob, ou até mesmo pegar ele... – respirei fundo. – Então sou mais útil viva.

Farad saiu lentamente do lado de Brady. Eu via o interesse em seus olhos com essa nova guinada na situação, a ideia que ele nunca conseguiu realmente fazer.

– Deixa o Brady ir, e sou toda sua. – sussurrei.


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Notas finais do capítulo

Entãooooo.... O que acharam? Hahaha, não me mateeeem! Please!
Como foram as Festas? Espero que todos tenham um excelente 2016 cheio de felicidade, amor, paz, saúde e sucesso. Muito Jacob e meninos quileutes para todos nóooos! Hahaha
Como fiz no capítulo anterior, adicionei o link para quem tem curiosidade em saber qual o estilo da Gaele nos capítulos que escrevo.

O que acham que vai acontecer? Vamos lá, deem seus palpites (mas não me xinguem, pleas!). Acham que Jacob chega a tempo? Acham que a Gaele o Brady saem dessa sem ferimentos? Acham que o Brady sai dessa vivo?

Gostaria de agradecer aos comentários de Amando (como sempre, minha flor, seus comentários me fazem continuar e fico muito agradecida por eles!); Isabella Black (floor, que bom que voltou aos comentários! Muito feliz de vê-la por aqui novamente); Pinky (obrigada pelo comentário, floor, fico hiper feliz em saber que está gostando cada vez mais) e Queen B (seja bem-vinda, amore! Espero que continue conosco!).

É isso por hoje, people.
Uma ótima semana para todas!
Beijoos



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