Midnight Memories - Repostada escrita por speechless soul


Capítulo 8
A Culpa Nunca é Sua...


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal! Tudo bem? Mais um capítulo pra vocês, espero que gostem. Quero dizer que eu estou meio enrolado com esta fanfic. Eu mudei minhas táticas, porque as vezes eu me perdia, tendo que reler. Eu conheço a minha própria fanfic, claro, mas eu gosto de reler para me reposicionar no tempo, e não cometer erros. Mas eu fui burro, porque poderia simplesmente anotar. E é isso que eu estou fazendo :D HIHIHI! Anoto minhas ideias e tudo mais. E nunca imaginei que eu pudesse ser tão organizado. AHAHAHAHA! Agora divirtam-se. Até depois, gente linda!



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Seguimos para a aula de Trato das Criaturas Mágicas, e aparentemente, éramos os últimos a chegar, até que avistamos mais duas pessoas descendo o caminho de terra. Era Draco acompanhado de Pansy. Draco meio para baixo, e a buldogue aparentemente feliz só por estar ao lado dele. Eu tentei não olhar diretamente para ele. Tentei não lembrar do pesadelo, mas toda vez que desviava o olhar involuntariamente para ele, lembrava da lágrima em seu rosto, da queda, do “desisto de você”. De vez em quando eu o pegava retribuindo os olhares e em seguida, voltando para a tarefa que tínhamos que realizar.

Será que Draco realmente tinha desistido de mim? Será que eu finalmente estava livre das provocações e cantadas? E será que eu realmente queria que ele desistisse? Claro que não! Porque na verdade eu amava cada uma das provocações, elogios, e apesar de sentir muita mágoa e raiva, não suportava ficar longe dele. Eu estourei sim quando ele atacou o Rony, mas me arrependi por cada tapa, cada agressão e cada “não” que respondia a um “volta para mim”. Segurei minhas lágrimas com todas as minhas forças ao acordar do pesadelo, pois não queria demonstrar minha fraqueza em relação a ele, e muito menos deixar Gina preocupada, e com vontade de saber o motivo de tanto desespero.

Ele e Pansy pareciam estar se dando bem. Ela arrancou um sorriso do garoto. Me senti mal por dentro: novamente perdendo ele para aquela cara de buldogue. “Qual é Hermione? Você é forte, e melhor do que ela! ”, pensei. Fui ajudar Harry e Rony, pois já estava com a minha parte adiantada. Fomos dispensados, e no caminho da saída, acabei esbarrando em alguém, e julgando que estou sortuda esse ano, já imaginava quem era:

—Me desculpe. – Olhei para o loiro que estava com um exemplar do livro da aula, e algumas anotações.

—Tudo bem. – Ele respondeu como se eu fosse alguém qualquer. Sem provocações, mas também sem nenhum afeto, como se acabasse de esbarrar com um estranho na rua, como se não fosse um Malfoy de nariz empinado. Quando estava prestes a me juntar aos garotos, ouço a voz daquela insonsa:

—Tudo bem? – Perguntou Pansy surpresa. Estava doida por uma intriga, aparentemente. – Você vai deixar essa sangue-ruim esbarrar em você sem falar nada?

—Vou. – Ele respondeu frio. – Foi sem querer.

—Ah sério? – Então ela veio até mim.

—Pansy, para agora e vamos embora. – Draco falou sério.

—Opa! – Ela esbarrou em mim, e o meu sangue começou a subir. – Me desculpa, sabe-tudo, foi sem querer.

—Tudo bem. – Respondi me segurando ao máximo. Ela pareceu impaciente, queria que eu revidasse. Draco parecia não estar gostando.

—Tudo bem? – E me empurrou. – Eu fiquei sabendo que você estapeou o meu Draquinho... – “Draquinho”? Draco pareceu ficar com cada vez mais raiva, a cada empurrão.

—Seu? Draco agora tem dona? Achei que você fosse só mais uma da coleção.

 -Não, sua metida. Sou a mais especial que ele já teve. – Draco revirou os olhos.

 -Oh, claro! Então eu desejo tudo de bom para vocês, e que você honre o seu mais novo título de Corna da Escola. – E sorri sarcásticamente. – Vai combinar com os outros da sua coleção. “Vadia”, “Oferecida”, “Obsoleta”...

Ela se aproximou com os olhos cheios de fogo, enquanto vários alunos ali perto começavam a rir. Levantou a mão, e estava prestes a me estapear, mas fui mais rápida e a segurei.

—Então você quer brigar como uma trouxa, “Sangue-Puro”? – Tirei forças não sei de onde e torci seu braço aos poucos, fazendo com que ela se abaixasse. – Vou deixar uma coisa bem clara: Eu sei manter minha classe, mas também sei dar uma bela surra ao estilo “sangue-ruim” em garotas como você, que estão acostumadas com os papais defendendo e livrando vocês de encrencas. – E fiquei mais próxima, quase encostando meu nariz no dela. – Eu estou me mordendo para não dar uns tapas em você agora. Vai valer a pena receber mais uma detenção, desta vez por chutar seu traseiro.

—Você é louca! – Ela disse – Me solta!

—Tudo bem. – E empurrei-a para longe – Mas espero que tenha sido clara. Se você levantar essa mão imunda para mim mais uma vez, eu quebro seu braço sem hesitar. – Draco estava com cara de quem trancava um sorriso. Mas por que?

Ela ignorou o que eu disse e foi até ele, segurando sua mão. Ele parecia não estar gostando, parecia estar sendo obrigado. Acho que estou enganada em relação aos dois. Não, não... Eles se beijaram naquele dia, há três anos. Draco só deve estar impaciente.

—Vamos gente, não temos mais nada para fazer aqui. – E por impulso, segurei a mão de Rony, puxando-o para irmos na frente, fazendo com que Malfoy olhasse desconfiado. Harry veio em seguida.

—O que deu em você? – Perguntou Rony rindo. – Por um momento achei que você iria espancar ela ali mesmo. – E foi na frente. Harry veio para perto de mim e falou mais baixo.

—Estou preocupado com você. Ultimamente você está estourada. Tudo bem, todos têm seus momentos de explosão, mas se você tiver algo lhe incomodando, você deve falar. – E colocou a mão no meu ombro. Apenas assenti com a cabeça. Não podia falar meus motivos, e eu também fico preocupada, não gosto de agredir ninguém, mesmo odiando a pessoa.

Tínhamos mais uma aula de Encantamentos com Corvinal, e depois novamente uma dupla com Sonserina de Transfiguração. A aula passou rápido. Me diverti com os olhares de ódio da Parkinson. No fim, eu, Rony, Zabini e Malfoy, ficamos para receber instruções sobre a detenção.

 -... E como eu disse, será esta sexta-feira. Estejam lá com roupa apropriada. – Disse a professora McGonagall. – O senhor Malfoy e a senhorita Granger limparão o que puder nas Masmorras, Grande Salão e Primeiro andar. Os senhores Weasley e Zabini limparão o que puder do quarto ao sétimo andar. O resto já foi limpo pelo senhor Filch.

—Estava esperando a senhora chegar nessa parte, professora. Como vamos limpar tudo isso? Vamos ficar a noite inteira? – Rony perguntou. – Tenho seleção para o time de Quadribol no dia seguinte.

 -Não use uma detenção como desculpa por ser um fracassado. – Zabini falou.

—Fracassado é você que não consegue bloquear um feitiço. – Rony falou em rebate

—Senhores! – McGonagall falou repreendendo-os. – Os monitores-chefe receberam ordens exatas sobre o horário de recolhimento de vocês, e não passa da meia-noite, se isso os tranquiliza um pouco. – Ela olhou para Rony – Alguma dúvida? – Permanecemos em silêncio – Foi o que pensei. – Era a última aula antes de almoço, então seguimos para o Grande Salão.

 -Como que vou ficar acordado durante a seleção do time? – Rony perguntou com raiva enquanto descíamos as escadas. – Isso tudo poderia ter sido evitado, se a minha irmã não tivesse feito o que fez.

—Como é?

—Se ela tivesse ignorado aquele babaca do Dino, eu não teria brigado com ela no jantar, e muito menos atacado Malfoy. Não sei como vou conseguir entrar naquele time, estando cansado de limpar essa porcaria!

—Então agora a culpa é da sua irmã? Você é quem poderia ter evitado isso se não pegasse no pé dela.

 -Você está defendendo ela?!

—Só estou falando que não tem que se meter, ela sabe o que é melhor para ela.

—Eu acho que você é quem não deve se meter!

—Eu estou tentando ajudar, seu cabeça oca!

—Não pedi sua ajuda!

—Você me dá nos nervos, garoto!

—Ótimo! Mais um motivo para não encher mais minha paciência e sumir! – Falou mais alto, mas logo em seguida mudou seu semblante de raiva para arrependimento.

—Tudo bem, você tem razão. A culpa nunca é sua...

—Hermione, me desculpe...

—Tudo bem. – Eu me afastei dele aos poucos, segurando algumas lágrimas. Volto a subir as escadas.

—Aonde você vai?

—Sumir! – Me virei e respondi com raiva.

—Hermione! – Ele me chamou, mas ignorei. Acelerei os passos e fui até a Torre de Astronomia. Já havia alguém lá, e para minha surpresa, era Harry.

—Mione?

—Harry? Por que você não foi almoçar?

—Não estava com fome. – Ele respondeu.

—E por que veio para cá?

—Sei lá, descobri a pouco tempo, que este lugar é o melhor para quem quer ficar...

—... sozinho? – Ele assentiu com a cabeça olhando para baixo. – O que houve?

—Nada...

 -Harry, eu sou sua melhor amiga. Você realmente acha que não vou descobrir?

—Tudo bem. – Ele suspirou – Eu acho que eu gosto da Gina, mas como você pode notar, ela não liga muito para minha existência.

—Eu percebi, e acho que ela está agindo como uma burra.

—O quê?

—Como ela não consegue enxergar que você é o cara certo?

—Qual é Hermione? Por que você acha isso? Ela está feliz com o Dino, então não acho que ela vai enxergar.

—Por isso eu acho que ela está agindo feito uma mula igual o irmão. – Lembrei do Rony, mas voltei o foco. – Você é corajoso, leal, companheiro, um ótimo amigo, uma ótima pessoa, e ultimamente um pouco inteligente... – Sorri e ele retribuiu

—Só em poções. Você é brilhante, não sei o que seria de mim, e Rony sem você.

—O Rony não dá a mínima. – Falei virando o rosto para observar o Lago Negro.

—O que houve?

—Nada.

—Agora você é quem está escondendo as coisas. Pode começar a falar.

Eu comecei a chorar e ele me abraçou com força. Aquele abraço era inconfundível, sempre me confortava. Comecei a contar o que houve entre suspiros.

 -Você não deve ligar para o que o Rony fala. Ele só não quer mais ser apenas mais um "ruivo Weasley" nesse colégio, quer reconhecimento por alguma coisa. Por isso está tão preocupado.

 -Mas ele não precisava me tratar como lixo, ou dizer que eu encho o saco.

 -Você sabe que você não enche o saco. – Ele falou olhando nos meus olhos, e enxugou minhas lágrimas. – Ele está pensando nisso desde o começo do ano letivo, e tem medo que essa detenção atrapalhe o desempenho dele na seleção. Dê uma chance a ele. Vocês sabem que no fundo, nunca vão conseguir ficar longe um do outro. Ele precisa de você, do seu apoio, principalmente agora.

 -Ok. Mas não espere que eu fale com ele tão cedo depois de tudo isso.

 -Tudo bem, desde que você vá ao treino e assista.

 -Okay. Eu vou. – Saímos da torre e seguimos para o Grande Salão. Estávamos rindo de umas coisas, e entramos juntos. Gina e Rony olharam para nós, e minha intuição era que ambos estavam com ciúmes. Rony estava sentado do lado oposto ao de Gina. Aparentemente, ele não queria falar com ela, ou haviam brigado novamente. Harry sentou ao seu lado e eu, ao lado de Gina. A parte que nós quatro ocupamos estava silenciosa, mas Harry tentou quebrar o gelo:

 -Então, amanhã é um grande dia né?

 -Com certeza – Gina respondeu.

 -Você vai? – Rony me perguntou.

 -Talvez eu vá. – Respondi me servindo, sem olhar diretamente para ele.

 -Legal. – O almoço seguiu nesse mesmo clima, e depois seguimos para as aulas.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da Mione? Devia ter socado a Pansy? Huehuehue! E o Rony agindo como um bruto...
Enfim, Espero que tenham gostado, pois o próximo capítulo vem aí, desta vez mais cedo! Adoro vocês, então não deixem de comentar! ;*



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