Midnight Memories - Repostada escrita por speechless soul


Capítulo 16
Oculus Reparo


Notas iniciais do capítulo

Gente, espero que gostem. Esta repostagem finalmente alcançou a original, que eu decidi excluir, o que acontecerá em breve. Agradeço a quem acompanhava aquela e acompanha esta aqui, assim como os que já começaram por aqui. Boa leitura, espero que gostem ;)



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                Acordei ansiosa. Estava frio, então coloquei roupas quentes, e uma touca. Tinha acordado cedo demais, e ainda estava escuro. Desci lentamente fazendo o mínimo de barulho. Quando estava no pé da escada, um vulto se mexeu perto de uma mesa. Peguei minha varinha e apontei assustada.

                -Lumos!— Falei firmemente. O vulto era de um garoto que aparentemente estava mais assustado que eu.

                -Por favor, não me petrifique de novo! – A voz era conhecida

                -Neville? Que susto! – Cruzei os braços. – Que papo é esse de te petrificar?!

                -Foi o que você fez no primeiro ano quando não deixei vocês saírem.

                -Tá, mas aquilo foi uma emergência! E você por um acaso vai me impedir de passar agora?!

                -Não! – Ele falou com medo – Pode passar!

                -Neville... Relaxa. Mas eu quero saber o que você está fazendo aqui?

                -Eu... É... Nada...

                -Conta outra. Você está quase morrendo de nervosismo.

                -Eu... – Ele tentou olhar para os lados. – Tá bem! Eu digo: O Simas quer que eu o ajude com o dever de casa de Herbologia.

                -E qual é o problema?

                -Eu sempre faço tudo sozinho! E ele leva a nota. Por isso estou aqui tão cedo. Quero terminar sem que ele veja, porque menti que não iria fazer.

                -Mas não acha que na hora de entregar os trabalhos, ele vai perceber que você entregou.

                -Eu não tinha pensado nisso.

                -Neville, vá dormir, você está exausto. Converse com ele e se resolvam.

                -Tudo bem. – seu tom de tenso passou a ser de cansaço.

Ele subiu as escadas e nem fez perguntas. “Ufa” – pensei. Realmente tinha acordado muito cedo, mas pude ver o Sol nascer de uma das janelas. Sentei em uma poltrona, fechei os olhos e respirei fundo. Relembrei como foi voar da última vez. O vento, o sentimento de felicidade e calma... Bicuço dando um mergulho que embrulhou meu estômago no começo, mas em seguida me libertou de tudo de ruim...

—Hermione? – Senti uma mão no meu ombro e abri os olhos. – Está tudo bem? – Era Harry – Estava sonhando?

—Não eu... – Parei. Será que tinha dormido? – Talvez...

—Então vamos? – Ele sorriu empolgado. – Vai ser divertido!

—Com esse sorriso não tem como negar, mas você parece um psicopata. – Nó dois rimos.

Saindo do castelo, senti um pouco de frio. O Sol ainda estava nascendo. Eu checava de vez em quando, pois realmente tinha medo de ser pega com o Harry. Só ia causar mais atrito entre todos, e eu ia acabar pegando fama.

Harry passou no armário de vassouras e pegou a Firebolt. Estávamos chegando perto do campo. E lá ventava muito.

—Você está com frio? – Harry perguntou. – Está tremendo...

—Não. Estou bem.

—Então está tendo um ataque epilético? – Ele tirou uma das luvas e segurou minha mão. – Sua mão está gelada demais. Toma, pode ficar... – Ele tirou a outra luva e me entregou.

—Harry, não se preocupe. Assim você é quem vai congelar.

—Eu não preciso, não se preocupe... – Harry levantou a mão e apontou para a vassoura. – Suba!— A vassoura, que estava no chão, subiu rapidamente até sua mão. Ele montou e estendeu a mão para mim – Você não vem?

—Eu não sei. – E olhei para a vassoura, temendo cair no instante em que eu subisse.

—Mione, pode vir, eu não vou deixar você cair. – Assenti com a cabeça.

Hesitante, segurei sua mão e montei na vassoura. Abracei-o o mais firme possível. Tão firme que acho que ele sentiu um pouco de desconforto na barriga no começo.

—Pronta?

—Sim.

—Ok, vamos lá!

Ele deu um impulso com os pés no chão, e começou a ganhar altitude. A medida que subíamos, meu coração batia mais forte. Harry percebeu me nervosismo e desceu um pouco, começou a voar em volta do campo, entre as arquibancadas.

Estar junto com ele me fazia bem. Ele muitas vezes não sabe o que dizer para me confortar, mas sabe o que fazer. O abraço, o carinho e o afeto sempre me acalmam, e estar voando com ele, e observando todo o cuidado dele comigo, me fez ganhar mais confiança:

—Harry?

—Oi?

—Você não quer... Acelerar um pouco?

—Tem certeza que não vai ter um ataque?

—Seu bobo! – Rimos – Não... Pode acelerar um pouco.

Ele balançou a cabeça positivamente e começou a acelerar. Com a aflição se esvaindo, comecei a sonhar acordada novamente. O vento gélido, agora parecia apenas uma pequena brisa, e o medo já não estava interferindo. Harry passou por um aro e depois deu uma pirueta

—Desculpe! – Ele disse aflito – Eu não devia.

—Isso é incrível! – Falei um pouco alto

Depois de um tempo, Harry pousou e desmontamos da vassoura.

—Você devia tentar voar.

—Eu?! Não. Não tenho habilidade pra isso... Mas eu com certeza quero fazer isso mais vezes.

—Sério Hermione. Ainda temos tempo, se quiser pelo menos tentar.

—Sozinha?!

—Claro que não! Eu vou com você, mas dessa vez você pilota.

—Harry... Eu tenho medo...

—Eu não vou deixar você se machucar. Prometo.

—Tudo bem...

Ele entregou a vassoura para mim. Um pouco hesitante, montei sobre ela e Harry logo atrás de mim, segurou em minha cintura e diferente de mim, manteve um pouco a distância. Ficamos um pouco parados ali, apoiados pelos pés...

—Tudo bem? E agora? – Perguntei meio sem jeito. – Não era para estarmos voando?

—Você realmente espera que a vassoura saia voando sozinha? – Ele falou rindo... – Ai ai... Esses iniciantes...

—Vamos ver quem é iniciante nas próximas aulas... – Falei sorrindo virando um pouco o pescoço – Aquela sua poçãozinha não é nada

—Mas ficou melhor que a sua... – Ele riu mais. Eu sabia que era brincadeira, mas não podia deixar barato.

POV Narrador

Hermione impulsionou o chão com os pés e ambos começaram a levantar. Em seguida, estavam ganhando cada vez mais velocidade. Hermione sentia o vento mais forte, talvez porque estava na frente desta vez, ou porque estava começando a perder o controle da vassoura.

—Harry! – Gritou apavorada – Eu acho que não consigo parar!

—Não se preocupe! – Harry tentou acalmá-la – Apenas segure firme e se concentre!

—Como?! Eu não consigo! – Ela olhou para frente e o nervosismo ficou maior. – Harry! Estamos apontando para o chão! – Falou aos berros e fechou os olhos, achando que sofreria um grande impacto. Foi quando sentiu algo lhe abraçar e segurar sua mão. Era Harry, que conseguiu controlar a velocidade. Ergueu a vassoura e conseguiu impedi-la de bater com a extremidade no chão, mas não pode evitar que os dois caíssem, mesmo que sem nenhum dano grave.

Harry continuou abraçando Hermione e se jogou de costas contra o chão, como o intuito de protege-la. Hermione nunca esteve tão assustada. O cabelo todo bagunçado, os olhos arregalados, caiu ao lado de Harry, ficando em cima de um de seus braços. Harry começou a rir depois de um tempo.

—Isso não tem graça! Eu poderia ter nos matado! – Hermione falou nervosa, mas em seguida não aguentou e começou a rir em conjunto com o amigo.

—Você realmente achou que eu iria deixar acontecer algo com a gente? Você é minha responsabilidade, não me perdoaria nunca se você se machucasse. – Hermione ficou séria de repente. Deitou novamente e o abraçou. Por um momento, passou a ver flashes do dia em que ficaram juntos no banheiro dos monitores. Hermione queria esquecer e resolveu quebrar o silêncio com o intuito de se distrair:

—Obrigada Harry... Você tem sido tão bom pra mim que nem sei como...

—...É pra isso que servem os amigos – Ele a interrompeu. Hermione olhou curiosa para o amigo.

—Cadê seus óculos?

—Devem ter caído por aí...

—Uhn... Accio óculos... – Os óculos vieram em direção a Hermione. Um lado estava rachado e o outro estava sem um pedaço da lente. – Oculus Reparo!— Com o aceno da varinha, consertou os óculos de Harry. – Levanta. Deixa que eu ponho em você.

—Não precisa... – Ignorando o amigo, Hermione colocou os óculos redondos nele. Olhou profundamente nos olhos do amigo. Não conseguia evitar: Ficava hipnotizada toda vez que olhava nos olhos claros de Harry.

—Pensando bem. – Disse calma – Você fica melhor sem os óculos... – E assim os tirou lentamente e colocou na grama.

—Ahn... Obrigado... – Harry estava confuso e os dois novamente se encontraram próximos. Ambos estavam se aproximando, mas recuaram em seguida.

—Harry... Sobre o que você disse na Sala Precisa.

—Me desculpe Mione. Eu não queria que você ficasse com aquilo na cabeça, ou deixar você confusa. Eu precisava desabafar.

—Eu entendo... – Ele olhou curioso – Também estou confusa este ano. É que eu realmente te considero meu melhor amigo, mas toda vez que estamos sozinhos e eu olho para você, sinto algo diferente. Um sentimento mais forte.

—Hermione...

—E eu morro de medo. Medo de estragar nossa amizade. De estragar nossa amizade com o Rony e com a Gina. – Ele arregalou os olhos claros. Ficou chocado com as revelações. – Medo de me apaixonar por você.

Harry corou e ficou boquiaberto. Não sabia o que fazer. Hermione ficou nervosa e deixou algumas lágrimas caírem só pensando na possibilidade de perder seus melhores amigos. Harry secou as lágrimas da amiga e puxou-a para um abraço.

—Mione? Tem alguma coisa acontecendo com você. Eu sei disso. Por que você não me conta? Eu estou aqui para te ajudar.

—Eu não sei. Eu sinto como se eu não devesse lhe contar.

—Mas você não pode guardar para si o tempo inteiro. Vai ficar mal. Suas notas cairão! Não, espera. Isso é meio impossível. – a morena riu em meio as lágrimas. – Mas mesmo que caíssem eu te ajudaria a recuperá-las, porque é para isso que amigos servem. Certo?

—Certo.

—Não suporto te ver chorando, Mione.

—Então se eu te contar aquele segredo, você promete que não vai me odiar?

—Aquilo que está te fazendo mal?

—Sim.

—Então para de mistério e conta.

—Bom, eu... – Hermione suspirou. Não conseguia encontrar palavras para expressar o que queria dizer. – Estou tendo problemas com uma pessoa.

                -Que pessoa?

                -Draco Malfoy.

                -Só você e o resto da Grifinória. Ele te fez alguma coisa?

                -Eu e ele já namoramos, Harry...


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Será que Harry vai ficar com raiva? Espero que tenham gostado. Até o próximo!



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