Ele apontou a arma para Edward, então ouvi um estampido, que fez meu coração parar. 

- NÃÃOOO!!! – Marcus gritou se jogando em cima de Demetri, recebendo em seu corpo a bala que havia sido destinada a Edward.

Marcus foi ao chão após receber o tiro segurando a própria arma que havia sacado inutilmente minutos antes de ser atingido, então Edward e Alec pararam de brigar e foram em direção aos seus respectivos familiares. Corri até Marcus e pressionei a ferida para que estancasse o sangue.

- Que bela hora eu fui dar o dia de folga ao meu segurança... – ele falou respirando com dificuldade. Me perdoe minha querida, eu nunca quis machucar você ou ao Edward, vocês são minha família eu...

- Não fale agora, vai ficar tudo bem! – falei com as mãos cheias de sangue enquanto Alec e Demetri discutiam próximo a nós.

- Seu idiota olha o que você fez, se ele morrer a gente ta ferrado! – Alec falou apontando para Marcus que sangrava nos braços de Edward. – Me dá isso aqui! – Alec falou tentando pegar a arma.

- Não enche Alec! – Demetri falou se desvencilhando do irmão. – Eu vim até aqui e vou receber de um jeito ou de outro! – ele falou apontando a arma novamente a Edward.

- FICA AÍ ENTÃO, QUE EU TO FORA! – Alec falou entrando no carro e saindo.

- Sabe Edward, eu sempre odiei ter que ficar te seguindo pra saber se você estava ou não bem, e pra mim será sem dúvida um prazer terminar o serviço assim. – ele falou rindo.

Enquanto Demetri falava peguei a arma que estava na mão de Marcus e decidida a acabar com aquele facínora me levantei apontando-a na em sua direção.

- Há! Até parece que você vai atirar. - ele falou se aproximando. – Não depois de tudo o que passamos. – ele riu.

O ódio que as suas palavras causaram, me fez crescer diante dele, minha respiração estava alterada, meu corpo já não tremia mais e as lágrimas finalmente haviam cessado, dando lugar a fúria que nascia dentro de mim.

- Você nunca mais vai tocar em mim ou em qualquer pessoa da minha família!

- Veremos. – ele disse engatilhando a arma.

Minha respiração parou, minha reação foi mais que involuntária, foi automática. Um, dois, três tiros eu dei em sua direção, lhe acertando em cheio no peito.

Edward (PDV)

Meu pai desfalecia em meus braços, então aproximei o ouvido de sua boca para ouvir o que ele tinha pra falar, completamente alheio ao que acontecia em volta.

- Edward, me perdoe... sei que eu não fui um bom pai, mas eu sempre te amei... Me perdoe Edward por ter esse jeito torto de agir mas é isso que eu sou, e eu sinto muito...

- Não fale agora... – falei com os olhos cheios de lágrimas.

Eu estava com raiva dele, mas não queria que ele morresse, mesmo depois de ter feito tudo o que havia feito, ele era o meu pai.

- Edward eu sou um homem velho e esses dias que passei com vocês me fez lembrar de como é bom ter uma família, e... me deu esperança de que com a sua ajuda talvez eu pudesse mudar e quem sabe ser uma boa pessoa. – ele fez uma pausa. - mas eu acho que agora é tarde demais. – ele falou desfalecendo, então eu ouvi três tiros e levantei a cabeça para ver o que havia acontecido.

Bella atirou em Demetri que agora estava estirado no chão, então ouvi a polícia chegar.

- LARGUE A ARMA SENHORA! – o guarda falou para a Bella que obedeceu colocando a arma no chão.

- AQUI, TEM UM HOMEM FERIDO! – gritei.

Os policiais nos cercaram e assim que a ambulância chegou meu pai foi levado para o hospital. Ao que tudo indica Bella não seria indiciada por ter agido em legítima defesa. Então eu dei as devidas explicações aos policiais.

- O que houve aqui? – perguntou um policial com um bloco na mão.

- Foi uma tentativa de assalto... e meu pai reagiu.

- Entendo, e a Senhora Isabella?

- Ela pegou a arrma que havia sido deixada parrá trás pelo outrro assaltante que fugiu depois de discutirr com aquele ali. – falei apontando o corpo.

Tentei ser o mais coerente possível com as explicações, até por que eu sabia que meu pai não tinha armas no nome dele, então pensei em uma estória que fosse convincente o bastante para que ele não fosse pego. Não era certo, mas agora, contar a verdade só iria trazer mais um problema para a nossa família o que era absolutamente desnecessário.