3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 6
Capitulo 5 - Praia




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Pela madrugada entrava Jasper em casa completamente embriagado de uma festa de despedida de um amigo que estava de partida para a Suiça. O pobre coitado não estava habituado a beber tanto como lembrava, sendo que na verdade a ultima vez que o fizera, foi quando na tentativa de descobrir os segredos da mulher que com ele havia casado, descobriu que o traia.


Como tudo estava a escuras, ele acabou derrubando alguns objectos na sala, criando assim um barulho de fundo, que podia muito bem acordar as pessoas da casa, e a verdade é que acabou acordando, pois já a irmã vinha a correr de roube pela sala temendo dar de caras com um ladrão, mas sendo pega de surpresa ao ver o irmão cambaliante.


– Jasper! - repreendeu ela ao acender a luz do candelabro de cristal da sala principal. - Olha só para ti, não podes mesmo fazer isso! - ela aproximou dele para o guiar até ao quarto, pois o rapaz nem se aguentava sozinho das pernas de tão bêbado.


– Ca-ca-rolita. - cantarolou ele enquanto era deitado na cama. Esta não sabia o que fazer, pois sentia-se bastante embaraçada face ao estado que o irmão apresentava e de certo modo se os pequenos filhos o vissem naquele estado seria um tanto desanimador.


Então sem demoras o despidiu, como se este fosse uma criança necessitando de ajuda, e como já estava chateada por vê-lo naquele estado deprimente e isso seria também uma péssima imagem a mostrar a uns filhos maravilhosos quanto aqueles que tinha em casa, correu para o chuveiro ligando a agua bem fria, talvez o termo correcto fosse gelada, porque ia arrebitar o rapaz de certeza.


Mesmo a protestar contra a irmã por fazer aquilo, Caroline fingiu que não o escutava e simplesmente o empurrou para dentro da box o enxarcando com o chuveiro, onde a agua saia a toda a pressão. É certo que ele só debatia contra a acção que esta fazia, contudo, a loira era resistente a tudo o que ele podia sequer fazer.


Depois do banho gelado chegou a hora de o deitar na cama, e olhando bem para o despertador do lado, ela via a hora certa de já nem ir dormir, porque faltava muito pouco tempo para ir sair para trabalhar, pois nessa sequência se viam os primeiros raios de sol entrando pela pequena abertura da janela pequena da casa de banho, que ficava mesmo no lado do quarto.


Quando viu que o irmão não ia oferecer mais resistência e que por assim dizer estava entrangando-se de bandeja para o sono, ela pode suspirar aliviada, tendo na ideia que era hora de tomar um banho, e sem demoras tomar o seu pequeno-almoço rapido, pois seu tempo estava a esgotar, e como era a unica responsável por abrir a creche no novo hórario de verão, não podia sequer pensar em falhar.


Na corrida contra o tempo ela atravessou os quarteirões ate chegar ao seu destino e ver uma fila de carros em pilha na medida que dava a perceber que os primeiros meninos haviam chegado e que seus pais apressados ansiavam por ir trabalhar.


Caroline saiu do seu carro indo até ao portão para o abrir e dirigir uns tantos acenos de bons dias a todos, e tecer beijos aos mais pequenos que pulavam alegres com a sua presença. A loira era bastante acarinhada pelos mais novos, principalmente as meninas que faziam de si o icon das barbies que brincavam em todos os horários de lazer alternativo.


– Carollline! - cantarolou uma pequenina de trancinhas bem traçadas que era guiada pela mão da sua mãe.


– Olá, Kebi! - saudou esta ao agachar para ficar da altura da menina a sua frente que em seus sorriso demonstrava a falta que tinha dos seus dentinhos da frente. - Estou a ver que a fada madrinha deixou presente para ti. - comentou ela levantando-se e erguendo ela no colo, ao qual acenou também para todos entrarem e darem a sua mãozinha.


***


Rafael estava atrasado para sair de casa e com isso chegar na cidade vizinha, onde ia ter uma reunião bem importante e que por outro lado seria fundamental para a decisão de fazer ou não sociedade com um novo grupo de telemartking internacional. Tudo era importante para a empresa em questão, principalmente fazê-la crescer em dimensões avantajadas, porque só fariam o grupo em si lucrar.


Alice coitada estava a dormir, e logo imaginava ela que o namorado acabava de sair para ir trabalhar sem dar um "oi" sequer. Ela não era do tipo de mulher que faria drama por isso, na verdade ficaria magoada em remota das hipoteses, embora silênciando essa dor. Que no final de contas, todas as mulheres com raras excepcções pensavam como ela.


Quando por ventura ela acordou, o seu relógio da mesinha indicava que eram cerca de 10:35 minutos, o que significava meia aste do sol, preparando-se para sua ascenção, que seria sem duvida ás 12:00. Mas como ela não estava preocupada com o posição do sol, ela decidiu levantar da cama e ir acordar a pequena Candice que possivelmente estaria a dormir como o anjo.


Contudo, quando a morena abriu a porta para ir ver a menina, levou um susto ao não vê-la na cama como seria de esperar e ter a certeza que havia acontecido alguma coisa, mas a pequena Candice apenas estava abrigada no tapete do chão a ver os desenhos animados na tv, que curiosamente eram também eles os favoritos de Alice de quando era um tanto menos crescida.


Ela simplesmente por ver que a pequena estava divertida a rir com as galhofas do Tom ao fugir do Jerry, aproveitou para ir preparar um pequeno almoço reforçado de vitimaninas e cálcio para ambas, e só então pensar num belo programa para elas, já que a ausência de Rafael indicava que até hoje iria estar a trabalhar.


Após o pequeno almoço tomado e roupinhas trocadas, seguidas de algumas brincadeiras na frente do espelho do quarto de Alice, chegou a hora de se pensar em sair de casa e aproveitar o sol maravilhoso de Boone Creak.


– Meu anjo o que dizes de a gente ir dar um pulo na praia e fazer os castelos na areia? - perguntou Alice enquanto pegava a mochila da menina que tinha o desenho das barbies e o pousar no cimo do pequeno sofá.


Candice fez aquele ar pensativo de quem precisa de pensar de modo dificil para responder fácil. Era um genero de pensamento que o seu avó havia ensinado para ela, dizendo sempre que pensar dificil, astuta o pensamento lógico.


– Mas eu não nem conseguir trazer o balde com a pá e as formas dos meus desenhos, tia. - ela pousou as mãos na cinturas, afastando levemente as duas pernas como se ela fosse uma ginasta. - Não dá para fazer castelos na areia sem isso.


– Vamos fazer assim, a tia compra ai numa lojinha dessas que tem na marginal próximas a praia e o problema fica resolvido. - disse ela ao ponto de conseguir arrancar um sorriso satisfatório da mais nova, ao qual havia solicitado com sucesso.


(...)


Dito e feito, elas estavam a caminho da praia de mãos dadas para todos os que pudessem ver. A verdade é que a atitude que ambas tinham era de uma mãe e filha, só que na verdade nem isso elas eram, sendo que Alice ainda nem filhos havia pensado em ter, muito gostasse de crianças, contudo, a vontade era muita, a oportunidade é que era pouca.


Ao entraram no trilho de areal, Candice começou a correr animada por ver que no fundo havia gaivotas pousadas em rochedos não muito longe. A maré estava baixa, num aspecto de lagoa e era tão fácil alcançar essa parte do mar que em outros momentos eram impensável a uma criança.


Alice que caminhava mais calma e porcurava por um ponto bom para que ambas pudessem ficar abrigadas do sol tórrido que já se fazia sentir, pousou as sacolas perto dos rochedos, pois havia uma bela sombra ao qual podiam ficar sem se preocupar.


No entanto, havia algo a ser feito, e isso era talvez a tarefa mais dificil ao poder se realizar, o problema de muitas crianças, a hora do protetor solar.


– Candice! - chamou Alice ao pegar o frasco da bolsa e acenar alto para que a menina a pudesse ver. - Candice, vem cá! - voltou a chamar, mas ela parecia não escutar, então a morena atreveu-se atravessar o areal inteiro até a margem, onde a menina molhava os pés. - Oh doce, não estás a ouvir a tia? - perguntou esta ao agachar e abrir a tampa e de lá sair o liquido branco, ao qual esfrego palma com palma e só então passou no corpinho.


– Oh não! - resmungou a menina. - Eu vou ficar toda branca, tia! - reclamou baixo se mexendo para um lado e para o outro.


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