3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 11
Capitulo 10 - Flagrante




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Aquele podia ser um final de tarde surpreendente, se Caroline não estivesse atravessar uma situação meramente complicada no seu casamento. Haviam dias em que ambos já não suportavam partilhar a mesma cama, e quando esta tinha certas e curtas conversas, Damon virava as costas, como se por ventura fosse mais fácil fugir aos problemas ao invês de os resolver.


Contudo, ela estava ciente da noite que por ai podia ter, e rezando sempre para que ou ele conversa-se abertamente e desse ponto no casamento, ou não trata-se como nada. É claro que o irmão da loira já sabia dos altos e baixos da relação, tanto mais que era o primeiro a dar a mão para ajuda-la, que no entanto, achava que era algo que só ela e o marido tinham a resolver.


Porém, Jasper não era homem de baixar os braços e ver a irmã afundar numa dura realidade de seus dias afundados na magoa e na dor. Quando muito aceitava facilmente um pedido assim. Se havia algo que ele havia prometido a seu pai, era que dependendo do homem que a irmã escolhesse, ele estaria lá para a proteger, então era a hora de colocar isso em prática, impedindo de mais feridas se abrirem.


Logo após se despedir de Alice e de Candice, levou os meninos para casa, onde com cuidado Esther, ficou a tomar conta deles, enquanto este aproveitava que Caroline ainda não havia chegado e com isso partia em rumo ao escritório de advogados, onde estava Damon.


Por essa estrada fora, ele seguiu o trilho, parando inclusive apenas quando o semáfero da avenida indicava vermelho. Os seus nervos estavam a flor da pele, e quando ficou verde, ele arrancou com uma velocidade excessiva, de fazer qualquer um ser humano por ali passar levar com a sua poeira.


Tempo depois de chegar no destino, procurou uma vaga no estacionamento e sorte, era ver que o carro do cunhado ainda por lá estava, pois muito bem ele o conhecia. Saiu e trilhou com alguma rigidez até ao edificio, onde sem demoras e qualquer tipo de certezas de quanto a dar satisfações a secretária da recepção.


A rapariga atrás de si começou a protestar, dizendo alto e bom som "você não pode entrar assim, sem ser anúnciado", só que ele decidiu ignorar e sem demoras, abriu a porta do estório do cunhado e apanhou num flagrante com uma rapariga aos beijos e amassos no cimo da secretária.


– Meu deus! - disse a mulher que estava semi nua da cintura para cima e se levantava levemente para se vestir e só então sair.


O moreno não havia gostado de ver que o cunhado o havia apanhado naquele preparo inconsequente e quase que se forçou a ironia em falar.


– Não é o que parece... - expressou-se ele que apertava a gravata despreocupado, não mostrando qualquer tipo de arrependimento.


– Sinceramente, pensei que a Caroline pudesse estar errada, mas levas-me a querer que ela tem razão absoluta para achar que andas a trai-la. - as palavras saiam num tom acusatório e totalmente desprovido de educação perante as pessoas que por ali podiam escutar.


– Vamos lá ver uma coisa, aqui é o meu local de trabalho, e como tal agradeço que abaixes o volume! - pediu Damon que se levantava, mas já o loiro estava a pegar no seu colarinho o encostando na parede bastante zangado. - Calma, ou vou chamar a segurança... - falava com alguma dificuldade virando os olhos a secretária que corria pelo corredor.


– E eu que pensava que podias fazer ela feliz, quando muito mais não passas de um ambicioso homem das cavernas que se veste de pele de cordeiro e faz o possivel para a enganar. - o outro revirava os olhos quando Jasper falava em seu rosto desfeito de qualquer medo. - É bom mesmo que vás dizer à tua mulher que o casamento acabou, ou eu mesmo irei contar que andas a ter casos extra-conjugais. Estas a ouvir? - e assim o soltou. - É um aviso.


Os seguranças logo apareceram na porta, o loiro já sacudias as mãos acenando a eles.


– Estou de saida, e não preciso de companhia! - e deitou um ultimo olhar a esse homem que nem carater tinha. - E mais uma coisa, vou levar o teu nome a lama. - e saiu descontraida indo de encontro ao carro, para assim partir.


No impace ficava Damon que estava na corda bamba entre contar tudo a mulher e tentar com isso arremediar a maldita situação, ou simplesmente aquele homem iria abrir todo o jogo. Ele não podia perder Caroline, e por outro lado, não podia arriscar-se a levar seu bom nome a lama.


A secretária ainda incrédula aproximou dele com algum receio e o olhou, mas as palavras, essas não saiam, era como se alguem as apaga-se de sua boca. Então ele acenou para que ela saia-se, pois queria ficar sozinho e formular uma ideia na sua cabeça, porque ele precisava ser rápido.


Sem demoras, pegou o aparelho telefónico, digitando uma ligação de imediato para a esposa. Ao qual aguardou sinceramente poder ter o privilégio de ouvir sua voz, sumida de ódio. Era hora de arremediar tudo, era um casamento que estava em risco, então ele teria de jogar com todo o baralho, não podia simplesmente ter o privilégio que Maria havia tido de perder a chance de ter a vida que tinha, muito embora, nem toda a gente pensava como ele.


Quando ela atendeu, uma expressão alegre surgiu no rosto dele, e palavras carinhosas por ai sairam.


– Sim, Damon! - a voz dela não estava alegre, mas também não estava carregada de raiva, muito embora estivesse magoada com ele.


– Meu amor, queria tanto escutar tua voz, e pedir desculpa pela discussão acesa nessa manhã, sei que não tenho andado a dar a devia atenção e que como marido, tenho falhado minhas obrigações, que quero muito, mesmo muito compensar. - o teatro dessimulado começava ali, onde a sentado na cadeira a figir e sorrir, porque sabia bem que ela era uma mulher fácil de dar a volta.


– Um rebate de consciência, Damon. - ao contrário do que esperava, ela alterou o seu tom de voz, como ele simplesmente esperava. - Penso que não é uma conversa, pelo qual possamos ter pelo telefone, sabes perfeitamente que gosto de conversas cara à cara. - disse ela frontal.


– Claro, meu amor! Como quiseres, aliás que me dizes de eu ir buscar-te e sairmos para jantar? - perguntou ele novamente a bancar o marido perfeito.


A loira que estava do lado de fora do porta da creche a esperar alguns pais de crianças a levarem seus filhos, começou a estranhar a subita mudança dele, contudo, achava ela que não era algo a confrontado pelo telefone, e talvez a ideia de jantar fora, até nem fosse má, e assim poderiam conversar mais a vontade.


– Eu aceito, mas não mais que isso. - estava pronta a encerrar a ligação, quando ele interrompeu.


– Um jantar e passar uma noite maravilhosa no hotel. - os olhos dela oscilaram, seu coração começou a bater frenético. Havia já algum tempo que o casal não tinha um momento assim. - E há algo que andei a pensar muito, e como é coisa que queres muito, podiamos tentar processar o nosso primeiro filho. - o jogo de Damon era todo ele pensado, e a unica forma que ele tinha garantida de ter Caroline em sua mão era oferecer o que mais queria, ser mãe.


– Preciso desligar, depois vem me buscar.


***


Das portas para dentro ocorria uma reunião muito importante ao qual todos os que estavam do lado de fora ansiavam por saber o resultado e com isso comemorar. Ellen que já buscava uma champanhe, precisou a esconder, para o caso de não ter uma má supresa, a verdade é que quando a se abriu, umas caras sorridentes de lá sairam, e Rafael, tanto como Edward ou Maria, estavam satisfeitos.


E naquela troca de apertos de mãos com o novo sócio, Ellen mostrou a garrafa dando uns pulos animada. É claro que ninguém naquele instante ia repreender a mulher por estar feliz com o resultado, pois havia sido muito tempo de espera para agora ter uma boa noticia.


– Conseguimos! - disse Rafael orgulhoso. Maria não tinha como não o felicitar por um progresso grande, e com isso admitir que ele era um ótimo profissional na escolha das boas opções. - Eu disse Maria, imos conseguir! - ela mostrou um sorriso espontâneo longe daquela forçosa ajuda.


– Vamos comemorar! - disse Edward pegando das mãos de Ellen a garrafa e assim uns copos em bandeja chegarem até eles, por outra rapariga bem antenciosa, que já despertava uns olhares cobiçosos.


Naquela animação toda, Rafael tentou se distanciar de todos para poder fazer uma ligação a namorada e com isso explicar factos. Quando discou, aguardou algum tempo até ver o sinal interrompido e começar um turbilhão de questões do tipo "com quem ela tanto fala?". Porém, não desistiu e justamente a terceira tentativa, a voz dela se fez escutar.


– Finalmente Alice... - disse ele um pouco desconfiado, e tom curioso.


– Desculpa meu amor, minha mãe no telefone é coisa para demorar horas. - logo após saber isso, repreendeu-se mentalmente, por estar a ser desconfiado com a própria mulher que dizia amar. - Mas, ligas-te para dizer que estás demorado? - perguntou ela alheia a festa que ele eventualmente estava metido.


– Não, quer dizer, a verdade é que não vou jantar, e muito embora irei chegar tarde em casa, e uma vez mais estarás a dormir, e não quero encomodar. - explicou ele, não podendo ver a expressão triste dela, mas temer vê-la magoada por ver que estava falhando com o seu dever de bom namorado.


– Está tudo bem, amor. - respondeu ela com uma voz pouco audivel.


– Sério mesmo? - insistiu em saber, mesmo que ela continuamente negasse estar triste. - Tudo bem, então, amanhã prometo estar mais tempo contigo. - tentou solucionar a situação, não sabendo ao certo se uma promessa como essa podia simplesmente ser cumprida.


– Até amanhã! - e assim ela encerrou a ligação, ele decidiu não fazer caso, e já virava costas a esse pequeno problema para de breve se enfiar na festa novamente que não tinha hora para terminar.


Por outro lado, Alice estava mesmo triste, Rafael simplesmente ia falhar mais uma vez e isso significava que sentia aquela onda de que a relação estava a perder cada vez mais aquela ancora. Volta e meia, os seus pensamentos paravam, ela necessitava focar na menina, ou simplesmente esta iria se sentir culpada por algo que não era culpa sua.


Pronta a fazer Candice sorrir, a morena sentou no lado da menina passando o seu braços por de trás dos ombros magros e pequenos desta e começou a falar com ela com aquela voz de "ursinho carinhoso" tal como fazia à sua irmã quando mais pequenas.


– E o jantar de hoje vai ser para duas pequenas e grandes pessoas! - ela riu, aquela emitação era tão engraçada e ao mesmo tempo tão acriançada que deixava qualquer um bem disposto.


– Pode ser batata frita com hamburguer? - perguntou ela estreitando os olhos, e juntar as mãozinhas entre si.


A morena queria mostrar autoridade usando aquele discurso de comer saudável é que é correcto, mas tanto como sabia, batatas fritas caiam sempre bem, e como a noite ia ser de meninas, e como a gula por vezes não tinha limites, ela pensou em uma ideia ainda melhor.


– Podiamos ir no Mcdonald's! - sugiriu Alice entre sorrisos.


– Sim! - um sorriso rasgado soltou-se dos lábios da mais nova.


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