3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 10
Capitulo 9 - Shopping




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Ocupado no bar a dar conversa para Natasha estava Edward que deixava esquecido Rafael em sua espera no escritório para uma conversa sobre um determinado detalhe nos documentos referentes a contabilidade. A verdade é que essa rapariga tinha mesmo o charme de deixar os homens efeitiçados, e quando mais isso acontecia, todos perdiam sua hora, quase levando represálias a sua conta.


– Tenho mesmo de ir, Nat... - sussurrou Edward desanimado por ter que encerrar a conversa animada naquele momento, mas o trabalho chamava por si, e como ele era um bom contabilista, por não podia falhar.


Ela fez beicinho, mas ainda assim não ousou usar seu tom acusatório, simplesmente o deixou especado sem um unico beijo compensatório, como ele esperava. Sim, havia algum tempo que ambos a andavam a sair, e de encontro a encontro, a relação de ambos nem era má. Estavam apenas quando queriam juntos, embora alguns velhos habitos da rapariga, não tivessem sequer mudado, porém ele pensava seriamente sempre que via e dizia para si próprio sob pensamento "ela não é minha namorada, então não me deve satisfações".


Logo após subir no elevador, e só então sair, percorreu o extenso corredor até ao sala de Rafael, ao qual bateu na porta não precisando daquela formalidade de ser anunciado, visto que ele fazia parte da empresa. E sem demoras entrou assim que escutou aquela voz altiva "entre".


– Rafael, desculpa o meu atraso. - apressou-se logo a lamentar sua falta de pontalidade e sentou na cadeira na frente da secretária tirando uns papeis da pasta e os colocar no tampo. - Esses são os calculos que me pedis-te para conferir os dados do documento da empresa concorrente.


O rapaz que estava recostado nas costas da balustrada cadeira, desconstou para analisar melhor os valores em sua frente e depois numa comparação aos outros, levantou os olhos num semblante carregado para o colega e amigo.


– Podemos fechar contrato. - disse ele sem demoras, mas Edward não parecia bem confiante quanto a isso, pois necessitava de saber a opinião também de Maria, visto que era uma acionista e sócia da empresa.


– Acho que devemos ter aprovação prévia da Maria. - aconselhou ele. - Como sabes, todas as decisões passam primeiramente por ela, e por ti como é obvio, mas sem o concentimento dos dois, não temos qualquer tipo de acordo e o contrato não tem validade alguma. - explicou o contablista ciente de todos os riscos.


– Maria vai colocar problema nesse projecto, aposto. - o empresário rodou a caneta sobre a sua mão e só então pegou no telefone ligando para a secretaria. - Ellen, chame a doutora Garcia. - e depois pousou o telefone no sito novamente. - Depois não digas que não te avisei.


– Ela é tão empenhada nessa empresa quanto tu, e o que ambos querem é que todos saiam a lucrar. - defendeu Edward conhecendo bem de perto as ambições da colega e muito mais saber que perder não era do seu jeito um modo aceitável.


Um quarto de hora depois, entrava Maria sem cerimónias sentando na cadeira do lado de Edward, ao qual teceu um aperto de mão e um sorriso. Cruzou sua perna, onde estando de saia exibia o bronzeado autentico, que bom, o rapaz do seu lado não conseguiu não olhar.


– Então o que se passa? - perguntou ela ao olhar diretamente para Rafael que já pronto estendia os documentos para ela os ler.


Concentrada na sua leitura, os dois homens fizeram um autêntico silêncio até que a mesma pousou os papeis e levantou obrigando ambos a segui-la com os olhos.


– Então a empresa pelo qual estamos preparados para fechar contrato, pretende adjuntamente na associação nos oferecer apenas 45% dos lucros? - Edward fez cara de caso para o outro que logo preparou para sublinhar a sócia.


– Maria, é uma percentagem lucrativa bastante razoável tendo em conta a parte que vamos adquirir com nossas ações do grupo "Espirito Santo Internationol". - ela cruzou os braços, ainda não estava completamente convencida. - Vá lá, vamos fechar contrato, e ver até onde isto vai dar.


– Lembra-te, se essa empresa falir, teremos o mesmo valor de lucros em prejuizo e isso pode bem arrastar a nossa credebilidade até a lama. - falava bem séria, e natural era prever esse tipo de situação, visto que uma associação agora era um risco.


– O mesmo acontecia se tivessemos uma margem de lucros superior a 45%, a queda seria tão mais acentuada que apenas com essa percentagem, ou não vais concordar? - desta vez ele tinha razão, e Maria sabio, neste momento, ela tinha de concordar que arriscar valores altos, implicava quedas maiores no investimento.


– Nesse caso, como estás ciente de todas as propostas e de algum modo as aceitas assim, não me oponho e sem mais, marca reunião com o grupo que fecharemos contrato ainda esta tarde. - ela saiu em pouco mais de 2 minutos.


Como Edward e Rafael estavam sozinhos, podiam comemorar a vitória, pois pela graça de deus haviam conseguido convencer Maria num dura batalha e com isso mostrar que era fácil conseguirem algo a mérito próprio.


Contentes com o resultado, foi momento de o rapaz ligar a secretária pedindo para marcar a reunião com o grupo para o final da tarde, pois a noite seria de comemoração.


***


A caminho do shopping Business center de Boone Creak estava Alice na companhia da sobrinha que não parava de pular de tão excitada em ver a sua amiga. De longos em longos suspiros agarrada ao volante, a morena pensava sempre em como seria tudo depois quando que Candice voltasse para casa, pois não voltaria a ver Nina tão cedo.


Claro está que a menina não estava a pensar nesse momento, porque se estivesse, então estaria triste, porque com facilidade a amizade de ambas iria acabar por esmorecer. A menos claro, que a inteligência fosse grande e conseguissem travar contacto atravês das redes sociais.


Quando o carro perdeu mobilidade e finalmente dentro das linhas do estacionamento, Alice desligou o motor e olhou a sobrinha com um olhar doce. Ambas sairam em pouco tempo e de mãos dadas caminharam para a superficie grande e avantajada de lojas, um centro de cinema, onde o cheiro da pipoca e os sumos de máquina se saiam numa mistura de aroma convidativo a qualquer um assistir a um bom filme.


– Achas que a Nina já chegou? - perguntou Candice subindo os degraus na companhia de Alice que já empurrava a porta giratória.


– Talvez sim, eu não sei meu amor. - confessou ela de modo sincero. - Vem, vamos até aquele café ali e sentamos enquanto esperamos por eles, que dizes?


A menina balançou a cabeça aceitando a sugestão da tia e logo estavam a instalar-se nas cadeiras da esplanada do café que ficava bem do lado de uma grande fonte, onde a agua escorria por uma superficie em inclinada e dava aquela impressão de ser uma cascata. A decoração, era toda ela amazónica, como se tivesse saido daqueles filmes de telas gigantes em que dava aquela sensação de estar lá também, vivendo aquele ambiente selvagem e tropical.


Um rapaz simpático aproximou de ambas com um bloquinho, Alice perguntou ainda a menina o que tanto queria comer, e Candice girou os olhos pela vitrine pequena dos bolos em exposição.


– Vou querer.. - coço a nuca indecisa. - Uma barriga de freira. - disse por fim, ele anotou e olhou para ela novamente, dando a entender que queria saber o que ela iria solicitar para beber. - Ucal. - foi tudo o que respondeu.


Tempo depois da morena apenas disse que apenas queria um café e o rapaz apenas recolheu indo buscar os pedidos com alguma rapidez, para que ninguém ficasse a espera, mais do que o necessário.


Por outro lado, trapalhado lá com o carro, Jasper encontrou um buraco para o arrumar, o parque de estacionamento estava lotado. Ele nem imaginava que havia tanta gente a este horário frenquentar um shopping, que no fim de contas só teria uma explicação chamada "férias".


Nina já saltitava alegre por ver que por fim haviam chegado, mas tendo logo no pensamento de que a amiga por ai devia estar a chegar, ou talvez já lá estivesse. Então como era uma dúvida que não tinha certeza, puxou o pai e o irmão de imediato para dentro do shopping. O loiro estava impressionado com o quanto a filha estava ansiosa, pensando consigo mesmo que não lembrava de a ver assim como à tempos. Por assim pensar, ele até gostava do seu entusiasmo, era melhor do que a ver em casa agarrada ao tablet jogando aqueles jogos interativos, ao qual Esther sentava com ela só para ter o papel de aluna.


Ele começou a rir baixo quando lembrou disso, pois uma mulher que mais tinha idade para ser avó de Nina, mas agia que nem uma criança quando ambas se enterravam nas brincadeiras infantis. Ainda assim, Jasper gostava muito da forma carinhosa como a senhora sempre havia cuidado dos filhos, e muito embora, era um pilar importante para a estabilidade da familia.


Quando por aquela porta entraram, a menina parou de puxar ambos, e levou a mão ao nivel da cabeça olhando um lado e o outro, a ver naquela tentativa de encontrar as novas amigas. Lá com alguma dificuldade, tendo em conta a quantidade de pessoas por ali passeavam de um lado para o outro, acabou por as achar e acenou com a mão bem no ar, no intuito de se fazer visivel.


Alice que estava a encher o copo da menina a sua frente, olhou de breve para o lado e viu que uma pequena menina de tranças de cada lado acenava e disse:

– Olha quem chegou! - Candice virou logo o rosto para lá e nem esperou que chegassem até ela que já afastava a cadeira com os pés e corria que nem uma maluquinha até Nina.


A menina deus uns passos a frente e chocaram ambas num abraço animado e começou-se logo ali um saltitar tilitante. Tobby que estava ao lado do pai só deixou escapar uma som "nhec". Jasper olhou o filho na tentativa de o repreender, mas decidiu ficar calado e então seguiu até a morena que já se levantava da mesa para o cumprimentar.


– Olá, como estás? - perguntou ele. Alice começou logo a corar, não dava para controlar.


– Estou bem, obrigada. - respondeu ela sorrindo.


Embora todos juntos ali, quem por ali passasse podia vê-los como modelo familia. O que na verdade até podia ser, isto claro se Alice não fosse compromitda a Rafael, e Jasper não fosse uma homem divorciado com medo de uma relação.


As meninas que conversavam em conchichos, estavam tão entretidas que até esqueciam os adultos, ou sequer Tobby, que já pedia no ouvido do pai, para ir brincar na loja dos jogos ao vivo. Claro está que o pai logo acenou que sim dando um voto de confiança.


Como as meninas não queriam nada com os adultos, e como Tobby havia ido brincar algo a sua escolha, Jasper e Alice podiam conversar mais a vontade e com isso conhecer-se um pouquinho mais.


– Acho que nunca cheguei a perguntar, mas o que faz da vida, Alice? - perguntou ele pousando os cotovelos no tampo da mesa, enquanto ela o olhava com algum apreço.


– Sou aquiteta! - respondeu ela imaginando seu profundo trabalho ao desenhar naquela sala ampla seus projetos de futuras casa modernas.


Eram horas a fio que ela por lá vivia, por vezes era quase como viver em casa, porque desenhar e desfrutar daquilo que desenhava a fazia sentir realizada. É, certo que Rafael saia muita vez prejudicado, mas ela também, e nisso ambos estavam no mesmo impasse.


– Interessante... - ele parecia impressionado. - Penso que seja um trabalho tão minucioso para um artista. Sim, você é uma artista, Alice. - ela começou a rir sem jeito as palavras elogiantes dele.


– E tu, o que fazes? - perguntou ela a jeito curioso e com sorte era tão justo saber, pois havia falado de sua profissão.


– Sou professor de Física. - disse ele em risos, ao qual a morena tapou o rosto, pois era uma disciplina que não gostava nada.


– Meu deus... eu era péssima a Física, mas com alguma divindade, consegui fazer a cadeira. - debruçou-se um pouco.


Naquele momento passava ali de passeio Bella com a filhota de 10 anos, ambas estavam a fazer as ultimas compras para o regresso de treinos da Lydia. A menina era uma das melhores nadadoras do grupo Júnior do colégio e como tal, era sempre necessário fazer aquela preparação toda antempadamente. Como já estavam em aste de saida, Lydia ainda olhou para o lado querendo por tudo que a mãe lhe comprasse um sumo de laranja. Sempre que a filha pedia, a mãe cedia aos caprichos da mais nova.


– Então vamos lá, que depois temos de ir a casa da avó. - disse Bella pegando a mão da menina de cabelos longos e lisos que forçosamente desciam abaixo do ombro uns dois palmos.


Naquele ir até, a morena olhou para o lado e viu o primo, ao qual ia parecer má educação se não o cumprimentasse. Então acenou a filha num gesto breve para irem até ele.


Quando aproximaram a conversa que Jasper e Alice travavam encerrou por ali, e claro está que este levantou para dar dois beijos na bochecha da prima.


– Bella! Que surpresa ver-te por aqui. - disse ele surpreso com a sua vinda num shopping que era coisa rara e normalmente era Spencer, a baba da menina que vinha as compras.


– Dei folga a Spencer hoje, e como estava em casa e a minha filhota precisava de um novo equipamento para a natação, eu tive de vir.. - explicou ela que já desviava os olhos até a moça. - E esta rapariga é a tua nova namorada, priminho? - bateu a mão no ombro dele, Alice já corava imenso baixando a cabeça tentando esconder-se.


– Não, Alice é só minha amiga. - respondeu ele a pergunta de Bella e só então se virou a outra. - Alice essa é a Bella minha prima. Aquela rapariga que eu falei que podia fazer o curativo no Tobby. - ela levantou os olhos sorrindo.


– Prazer, Alice! - falou a morena que esperava a filha voltar com o sumo ao qual se colocou logo atrás da mãe.


Jasper obviamente se agachou as pernas da prima olhando a menina que escondia-se apesar de já ser crescida o suficiente para ter vergonha.


– Olá Lydia!


– Olá! - respondeu breve puxando a mãe.


– Já vamos meu amor. - disse Bella parecendo perder a vontade de ir embora.


Aquela podia ser uma boa hora para as reflexões de Alice sem duvida, e imaginar qual seria a reação do namorado ao ver uma cena como aquela.


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