–Com a auto estima baixa, colocamos limites tanto no saber como na vida -

Sabe de uma coisa que Himawari tinha absoluta certeza, era que seu irmão era irritante, ele era capaz de parar mais de três vezes em menos de duas horas depois do começo de uma missão e falar mais do que o necessário. Outra, por que diabos ela estava pensando nisso na hora de uma prova importante de história - nem a mesma sabia a resposta.

Ela adorava seu irmão até ele começar com aqueles instintos protetores irritantes, não podia mais nem conversar com um menino por mais de dez minutos, voltar pra casa depois das oito e nem treinar com sua própria mãe e tia - Tanto Boruto quanto Naruto não se agradavam com isso - ela queria poder ser que nem outras crianças que estavam se preparando para os caminhos shinobes. A mesma estava ficando com a auto estima baixa em pensar que seria uma Kunoichi fraca.

– Uzumaki Himawari - O sensei chamou para recolher a prova, que a mesma não tinha forças para terminar.

– Estou indo - ela foi cabisbaixa para a mesa do Aburame.

Quando ela entregou a prova, o Sensei a olhou, ela era sua e ainda é sua melhor aluna, qual era o motivo de estar só o nome na prova?

– Himawari o que ouve - ele perguntou calmo.

– Não consegui se concentrar Shino-Sensei - ela falou com a cabeça baixa.

– Está tudo bem, amanhã vamos fazer uma prova oral, aí você responde - a garota acentiu - Pode ir para casa.

Shino iria falar com Naruto mais tarde, tinha que ter uma explicação sobre a garota estar tão desatenta.

Enquanto isso, Himawari estava caminhando para casa, ela estava ressentida por não conseguir fazer a prova, poderia levar uma bronca em casa, sem conter o desagrado, a garota notou lágrimas rolando em sua face e se deixou levar pela tristeza, por não gostar de monólogos agressivos - mesmo sem ter levado nenhum, ao contrário de seu irmão - em meio ao choro excessivo notou uma sombra aparecendo em sua frente, por conta das lágrimas a mesma não notou quem estava diante de si até o mesmo se pronunciar.

– O que ouve meu girassol - aquele era a pessoa com quem queria desabafar desde que saiu da academia rumo a sua casa.

– Tou-Chan - a garota em meio a soluços e gritos agarrou o pai, que se assustou com o impulso.

Era triste ver sua pequena chorar daquele jeito - ele já sabia do acontecido, mais precisava ouvir de sua própria filha, a fazendo se sentir confortável - parecia que avia algo dentro dela a sufocando, passou a mão pelos curtos cabelos da filha, que a deixou mais confortável, ficou preocupado por alguns instantes, será que alguém fez algum mal contra sua menininha.

– Não consegui responder minha prova porque estava pensando - a garota falou tentando conter o soluço - eu sou fraca demais.

Foi aí que Naruto se sentiu que nem sua caçula, ele treinou Boruto mais não tinha tempo para Himawari - proibiu de todas as formas o concelho Hyuuga de treinar sua única filha que herdou o Byakugan da mãe.

Ele percebeu que estava fazendo as coisas de um modo errado, talvez seu instinto protetor esteja atrapalhando a vida da filha, afinal ela precisa treinar para a vida Ninja - maldito seja ele, sua filha estava crescendo, ele não podia mudar o rumo das coisas.

Agora sua missão era aumentar a auto estima da filha, para isso ele precisaria da Hinata e da Hanabi, talvez elas ajudassem.

– Eu autorizo você a treinar no clã - ele falou meio perturbado com a idéia.

Mais aquelas poucas palavras renderam um sorriso enorme e um brilho no olhar que a tempos não via. Sua fila estava feliz, qual era o motivo da sua carranca - só o Uchiha fazia aquela cara - filha grande acompanhada com grandes responsabilidades, talvez ter a auto estima baixa fosse o limite de sua vida - a pior coisa que sua filha herdou da esposa.

A pequena entrou em casa radiante, subiu para o quarto e vestiu o típico uniforme de treinamento Hyuuga - aquele uniforme roxo desbotado que o Hokage odiava -preparou tudo que precisava e logo estava do lado de fora novamente com seu pai.

Seguiram caminhando, até que em fim chegaram no dojo do clã, onde Hinata treinou com a filha a Tarde e um pouco da noite, adorou aquela surpresa, uma coisa que seu marido não podia fazer era treinar a caçula. Seus olhos antes azuis tomaram um aspecto branco com veias saltadas nas têmporas, um dos Doujutsus mais temidos apareceram, e agora cabe a sua filha aprender o famoso estilo de luta - se bem que a mesma conseguiu nocautear o próprio pai pouco tempo depois de ter despertado o poder oculto.

De certo modo Naruto sentia-se feliz, afinal seus filhos eram seu orgulho, talvez devesse escutar mais o Sasuke sobre como era bom ver os filhos progredindo na vida, trabalho comprido para ele.

Auto estima era quase que uma palavra constante na vida de Himawari, a azulada sentia pressão em cima de suas costas, achava que era fraca, mais pelos elogios de sua mãe a mesma teve ela aumentada.

Outra palavra para seu livro das frases insignificantes, não devia por limites na sua vida, mais devia tomar cuidado com o seu ego, afinal não queria magoar nenhum de seus amigos - a pequena Uzumaki adorava tudo ligado a amizade, era chato quando brigava com alguém.

Limites, palavra tola e chata, mais que ainda vai levar ela em muitos problemas, talvez ela precise botar um limite no seu irmão.

Que seu pai comece a se cuidar, porque a menina ainda iria lhe trazer muitos problemas, talvez resolver as coisas na base do grito não fosse um problema tão ruim, afinal, o loiro precisaria agir antes que fosse tarde demais.

– " Porque diabos eles não puxaram a Hinata, tinham que ser umas pestes que nem eu " - pensava o loiro, paciência não era seu forte.

Que a Hinata se cuide, outro filho nem por cima do cadáver do Uzumaki três dias depois para ter certeza se estava mesmo morto, problema por cima de problema.