Eu acabei editando as filmagens e o filme havia ficado ótimo, em especial a cena da despedida, que deu um final trágico àquela comédia boba.
Eu me sentia meio viúva, sabe? Não, viúva não. Era como se eu tivesse perdido meu amigo gay. Afinal, todas as garotas têm amigos gays, não é?
Ok, isso não importa, vou falar o que é realmente importante: o fato de eu ter filmado tanta coisa pra nada, o fato de Luffy ter ido embora, de ele ter esquecido de tudo. Por esses motivos eu decretei que estava em luto, logo, não poderia ir à aula. Porém, algumas pessoas não sabem respeitar a dor alheia.
– Vocês me pagam! - gritei para o "trio loiro"
– Tá! - todos responderam em uníssono, já cansados de me ouvir gritar
A história é o seguinte: Trancinha diz que meu luto é sem sentido e que eu não posso deixar de assistir às aulas (que só servem para me eletrocutar), e eu disse que não sairia da cama independente do que acontecesse. Então ele chamou o Naruto e o Meliodas pra me carregar, sabe, JUNTO COM A CAMA. Deu certo? Sim, infelizmente.
De quantos loiros precisa pra transportar uma cama? Três; dois pra carregar e um Trancinha para comandar a gangue.
– Estamos quase chegando. - a desgraça que comanda a gangue anunciou
– Isso tudo é pra eu sair da cama?
– Hai! - falam todos ao mesmo tempo, que coral bem ensaiado
– Tudo bem. - eu pego a fronha do meu travesseiro e começo a balançá-la como uma bandeira de rendição - Eu me rendo! Podemos parar com isso?
– Não, é minha vingança pelo beijo.
Ele me deixou com raiva.
– Desgraça! - gritei e pulei no pescoço dele, tentando enforcá-lo
– Sai daqui!
– NÃO!

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Pois é, os meninos separaram nossa "briga" e me impediram de matá-lo, infelizmente.
Como eu já estava lá mesmo, eu decidi que iria assistir à aula. Ainda bem que era o Osamu-sensei, porque se fosse a Nagisa-sensei eu juro que voltaria para a cama num piscar de olhos.
– Laura. - o Sensei me chamou e eu fui obrigada a prestar atenção no que ele falava - Eu gostaria de saber suas qualidades no momento da luta.
– Minhas qualidades? - por que nunca me perguntam algo que eu sei responder? - Eu não sei dizer muito bem quais são as minhas qualidades na luta. No geral é óbvio que eu sei, mas, assim, na luta, eu...
–Não precisa dizer mais nada, eu já entendi. - considerando que nem eu me entendi, Osamu-sensei é um gênio - Amanhã eu e Nagisa - Nagisa-sensei? NÃOOOOOOOOOOOOOOOOOOO! - iremos ver como você luta. Naruto, poderia ser o adversário de Laura amanhã?
– Pode deixar comigo, Osamu-sensei. - Naruto concordou
Depois dessa pequena interrupção nós retornamos à aula.
Amanhã eu terei minha primeira luta contra o Naruto. Vou treinar? Não, claro que não, fico cansada só de pensar, mas vou dar o meu melhor quando estiver em campo.
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– Haru, como foi sua primeira luta? - já que o Luffy havia deixado a câmera comigo eu decidi aproveitar pra fazer mais filmes, esse será meu novo passatempo. Eu escolhi o Haru porque ele é o único aluno dessa ala da Shounen High que não é idiota (sim, eu estou inclusa nos idiotas) e por esse motivo eu achei que ele poderia me oferecer algo de útil.
– Eu perdi, perdi feio.
– Então eu também irei perder?
– Provavelmente.
– Cara, por que você tem que ser tão pé no chão?
– Apenas digo a verdade.
– Para de ser tão certinho, tá me deixando com raiva.
– Quer que eu seja como o Natsu e comece a incendiar a escola?
– Ele já incendiou a escola?
– Já, cinco vezes. - ele entortou a cabeça com um ar meio confuso - Você vai mesmo filmar tudo o que eu falar?
– Hai. - confirmei - Eu gostei de ser cineasta mesmo que, você sabe, né, Haru? Mesmo que o Luffy não, e não que isso fosse...
– Você está triste pela saída do Luffy e por ele ter esquecido a câmera?
– É, você resumiu muito bem. Eu não curto muito ter que me despedir de alguém que eu queria conhecer melhor.
– Daqui a pouco vou achar que você está a fim dele.
– Não, o Luffy é como se fosse meu amigo gay, só que hétero, ou gay gay mesmo.
– Você se perde muito nos pensamentos.
– É, eu sei.