Dear, Soldier escrita por TheKlainerGuy


Capítulo 4
The Unexpected Date


Notas iniciais do capítulo

Onze horas ainda é tempo.
Explicações: semana retrasada eu não consegui entrar no meu NYAH por algum motivo e semana passada precisei fazer uma viagem e não consegui atualizar. MAS EU VOLTEI, AGORA PRA FICAR (esperamos). Também gostaria de dizer que podem ficar despreocupados porque eu não vou abandonar nada. Comecei a fic e agora vou terminar.

Obrigado todo mundo que está acompanhando, mesmo com esse autor pisando na bola.

Aproveitem e boa leitura.



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Geralmente quando Kurt passava por situações como a de terça-feira, no dia seguinte o castanho não ia para a escola, principalmente estando tão abalado e machucado da forma que estava. Dias assim, Quinn ia para a escola, participava do Glee, treino das Cheerios e depois retornava para casa descansar, já que ficaria o resto da tarde sozinha. Mas aquele dia foi diferente.

Quinn acordou com batidas na porta de seu quarto. Demorou um pouco para a loira perceber o que estava acontecendo e que a voz do lado de fora do quarto era de Sebastian. A Fabray levantou o rosto dos travesseiros e pelo sol do lado de fora da janela, viu que era cedo demais para ser a hora do jantar.

– O que você quer? – Perguntou antes de deixar a cabeça cair de volta aos travesseiros.

– Deixe-me entrar antes. – Pediu o rapaz. Seu tom de voz agora estava mais baixo do que quando chamava pelo o nome da loira. Quinn bufou.

– A porta está destrancada. Pode entrar. – A loira sentou-se preguiçosamente e colocou as cobertas até o queixo. Sebastian entrou no quarto como um cachorro que havia feito uma enorme bagunça. Olhando para os pés, o castanho sentou-se na ponta da cama de Quinn e analisou suas mãos. A loira levantou uma de suas sobrancelhas para a cena. – Então... o que você quer?

O castanho abriu a boca algumas vezes, mas continuou sem reproduzir uma única palavra. Por uma fração de tempo, Quinn teve a impressão de que alguma coisa errada aconteceu com Sebastian e o pais dos irmãos, mas deveria ser coisa de sua cabeça. Sebastian respirou fundo e decidiu falar antes que seu nervosismo entregasse ou estragasse o que ele iria dizer.

– Estava pensando... o que acha do Kurt jantar conosco hoje a noite? – Ele deu os ombros e encostou as costas na peseira de ferro da cama. Quinn franziu a testa. – Você sabe... ontem ele passou por maus bocados e seria legal ele passar um tempo aqui.

– Entendi... – Quinn não tinha certeza da onde exatamente vinha toda essa bondade do irmão, mas a achava muito estranha. Ela mesma já havia admitido que ele voltara estranho do exército.

– Sem contar que ele está escondendo do pai a confusão. Poderíamos saber se ele precisa de alguma coisa, se ele está bem. – Sebastian viu que Quinn não estava acreditando em uma palavra daquilo. – Conversei com ele ontem enquanto você esteve na aula. Eu disse... bom, você me conhece... não disse coisas tão legais para ele e também gostaria de me desculpar. – Quinn levou isso a sério, apesar de Sebastian estar omitindo.

Quinn desestreitou os olhos e respirou fundo.

– Posso ser sincera? – Sebastian assentiu minimante. – Você me confunde. Eu vi você tratando Kurt como nada essa semana e desde que chegou do exército vem agindo como um completo estranho. Age como se ainda estivesse sobre o olhar de um general. Somos sua família. – Sebastian olhou para os pés, envergonhado. – Eu sei que quando você foi para lá, não foi na melhor das intenções, mas mesmo assim: supere. – Quinn chegou mais perto do irmão. – Apesar de não entender como você mudou de uma hora para outra e quem fez isso contigo, fico feliz por estar fazendo isso e estar apoiando Kurt.

Quinn se aproximou mais do irmão e o abraçou. Sebastian tinha tanta coisa ainda para dizer, mas por enquanto preferia ficar quieto. Quando os dois se separaram, Quinn pegou seu telefone no criado mudo e digitou uma mensagem para Kurt. Depois de enviar a mensagem, ficou encarando o irmão.

– O que foi? – Perguntou Sebastian.

– Não sei, mas fico imaginando como foi uma conversa entre você e Kurt. Você é bem fechado e ele pode ser bem cabeça dura as vezes. – Sebastian sorriu torto. – Sobre o que vocês conversaram?

– Ahn... – Sebastian sabia que não poderia falar tudo que Kurt havia falado, então preferiu mentir. – Sobre o coral e quem fora os meninos que haviam batido nele... Ele passa por coisas bem difíceis.

– Sim. Kurt é a pessoa mais forte que conheço. Ele perdeu a mãe ainda muito novo, se apaixonou pelo Finn, que hoje é seu atual irmão, quase perdera o pai ano passado quando ele teve um ataque cardíaco e fora as incontáveis vezes que ele foi perseguido por outros estudantes. – As sobrancelhas de Sebastian não poderiam ficar mais altas. – O pior de todos foi o David Karofsky. David ameaçou a vida de Kurt. Kurt iria sair da escola quando David não havia sido expulso, na mesma semana, a diretora viu David prestes a atirar em Kurt no meio do corredor da escola.

A mente de Sebastian se expandiu três vezes em imaginar por quais coisas terríveis Kurt já havia passado. Ele não queria nem pensar nas coisas que ele poderia ter passado e talvez Quinn não soubesse.

– Mas por que esse garoto David Karofsky odeia tanto Kurt?

– Kurt é o único gay assumido da escola. Ele nunca teve vergonha de quem era e isso irritava Karofsky. – Quinn pensou se deveria contar o segredo de Kurt, mas achava que não haveria problema. – Um dia Karofsky empurrou Kurt contra os armários e Kurt finalmente teve coragem de enfrenta-lo. Dentro do vestiário, Karofsky o beijou. O primeiro beijo de Kurt com um menino foi com a pessoa que ele mais desprezava... – Quinn lembrou de como Kurt chorava quando contou aquilo à ela. Sebastian estava petrificado na cama. – Depois disso, um medo cresceu em Karofsky de que Kurt dissesse quem ele realmente era. Foi quando tudo começou a ficar pior, até chegar o ponto de Karofsky levar uma arma para escola e quase atirar em Kurt. – Enquanto Sebastian confirmava silenciosamente com a cabeça, o celular de Quinn tocou. Depois de digitar a resposta de volta, Quinn olhou para o irmão. – Ele está vindo.

Por algum motivo estranho, Sebastian estava nervoso.

Os pais de Quinn e Sebastian haviam saído e deixado os jovens sozinhos em casa. Sebastian passou a tarde toda preparando macarrão, salada e uma ave que, provavelmente, nem ele sabia o que era. Assim como Sebastian, Quinn passou o dia em sua tarefa, que no caso foi arrumar a casa.

Enquanto ela arrumava a casa, ela tentava compreender porquê Sebastian parecia tão focado em agradar Kurt. Fazer um jantar, implorar para que a loira arrumasse a casa. Inúmeras vezes Kurt chegou na casa da loira e tudo estava revirado ou então o Hummel a ajudava com as tarefas. Quinn parou de pensar em terceiras intenções que o irmão poderia ter e começou a acreditar que ele realmente estava querendo se desculpar pela sua brutalidade de ontem.

Por volta das seis horas, tudo estava quase pronto. A ave estava no forno, Quinn já estava arrumada e Sebastian, quase. O rapaz estava de avental e luvas conferindo o forno quando a campainha tocou. Ele abaixou o fogo do forno e foi até a porta. Antes de abri-la, conferiu seu estado no espelho do corredor. Ao abrir a porta, mal pode acreditar.

– Bastian! – Gritou o rapaz jogando os braços envolta dos ombros de Sebastian. O Fabray quase caiu para trás, mas se segurou em uma coluna do corredor.

– Hunter?! – Hunter era o ex-namorado de Sebastian. O qual o Fabray não planejava ver daqui a muitos anos. – O que você está fazendo aqui? E por que está aqui na minha casa? E me abraçando? – A última parte o castanho disse bem baixo, para que só ele pudesse escutar e colocou Hunter de volta ao chão.

– Soube que estava de volta e precisava vir falar com você. – Hunter não percebia quando não era bem-vindo. – Como você está? Como foi sua estádia no exército? Foi tudo bem? Como tem passado? Está namo-

– Hunter, por favor. – O outro parou imediatamente e prestou atenção nas palavras de Sebastian. – Eu não sei quem te disse que eu estava de volta, mas não significa que nós estamos voltando da mesma forma. Meu termino com você não teve influência alguma da minha ida para o exército, pelo contrário, meu termino com você se deu porque não dava mais para aguentar tanto entusiasmo. – Sebastian não conseguira encontrar palavra melhor para descrever o rapaz que tinha a energia de um filhote de cachorro. Enquanto Sebastian gostava de passar um domingo chuvoso em casa, Hunter queria arrumar um barco e de alguma forma usa-lo na rua.

– Seb, quem está aí? – Quinn desceu as escadas em um lindo vestido verde claro.

– Quinnie-Winnie! – Hunter saiu da frente de Sebastian e foi até a loira. Quinn observou o irmão rolar os olhos com o apelido idiota. Ela até faria o mesmo, se Hunter não tivesse olhando para ela. – Você está linda! Esse vestido combina tanto com seus olhos. Tentei manter contato com você para saber sobre Sebastian, mas o seu número mudou? – O rapaz olhou rapidamente para o Fabray, antes de voltar-se para Quinn.

– Ahn... acabei sendo assaltada e perdi aquele número. Uma pena. – Mentiu a loira. Ela olhou para irmão, que indicava a saída com a cabeça. – Hunter, Seb e eu estamos de saída. Você não se importaria, né?

– Claro que não! Mas eu poderei ir junto? – Quinn começou a descer as escadas e Hunter acompanhou andando de costas. – Gostaria tanto de colocar a conversa em dia com vocês dois. Saber sobre suas vidas, sua família, seus namoros... – Hunter mediu Sebastian dos pés à cabeça e Quinn se engasgou.

– Olha Hunter, realmente não vai dar. – Quinn e Sebastian estavam lado-a-lado, de costas para a porta e de frente para Hunter. – Nós temos um grande evento para ir e não podemos faltar.

– E Sebastian precisa ir desse jeito? – Perguntou Hunter, olhando para o avental e luvas do rapaz. O inocente Hunter estava começando a desconfiar dos irmãos. Sebastian implorava mentalmente para que ele não descobrisse nada, caso contrário, a coisa ficaria feia.

– E-eu já estou pronto. Eu só precisava tirar o jantar dos nossos pais do forno. – Ao mencionar os pais do ex, os olhos de Hunter dobraram de tamanho e ele olhou em volta, atrás de alguma das duas figuras.

– T-tudo bem. E-eu entendo. – Hunter, olhando para sua volta, começou a sair da casa.

– É realmente uma pena você não poder ficar, Hunt. – Disse Sebastian, agradecendo mentalmente todos os anjos do céu.

Quando os três se viraram para a porta, deram de cara com Kurt. O rapaz segurava uma caixa branca, com o que deveria ser a sobremesa. Ele encarou as três figuras em sua frente, sem entender onde exatamente eles estavam indo.

– Cheguei muito tarde? – Questionou Kurt. O rapaz ficou olhando para Hunter, tentando se lembrar dele de algum lugar. Um primo de Quinn talvez.

Quinn e Sebastian se encararam com os olhos arregalados e bocas abertas sem ter o que dizer. Hunter encarava Kurt de volta, se perguntando o que aquele menino estava fazendo ali e por qual motivo ele estaria chegando tarde, já que Sebastian e Quinn estavam de saída. Hunter se virou para os irmãos e cruzou os braços para os dois.

Enquanto os quatros comiam, um clima tenso rondava a sala de jantar. Quinn trocava olhares com Sebastian e os dois tentavam olhar para Kurt. O Hummel de vez em quando olhava para Quinn, para saber porquê Hunter estava tão focado em observa-lo comer.

– Então, Kurt... como está se sentindo hoje? – Perguntou Quinn. – Ainda dói?

– Bem melhor, para ser sincero. A dor sempre é a mesma, mas cada vez mais fico melhor nos procedimentos, então a dor passa mais rápido e a recuperação dura menos tempo. – Kurt olhou para seu prato, analisando se sua pergunta deveria sair de sua cabeça. Ele olhou para Sebastian, que o encarava, sem mexer em sua comida. – E você?

Rapidamente Sebastian parou de encarar Kurt e começou a comer rapidamente. Hunter apenas observou os dois, tirando suas próprias conclusões. Quinn gostaria de saber o que Kurt quis dizer com aquilo.

– E-eu estou legal. – Confessou. – Aprendi como cuidar desses tipos de machucado quando estive fora... Posso ensina-lo se quiser. – Hunter e Quinn ergueram uma sobrancelha. Ela não imaginou que o irmão iria fazer tanto para se desculpar e se aquilo era realmente apenas um pedido de desculpas. Kurt não disse que sim e nem não, apenas concordou com a cabeça, garantindo que havia escutado a proposta.

Mais um silencio se instalou e Hunter finalmente começou a comer. Por mais que Quinn não gostasse de Hunter, ela não gostaria de ignora-lo pelo resto do jantar. Sem contar que o pior que poderia acontecer era ele deixar a casa.

– Está gostando do jantar, Hunter? – Perguntou ela. Sebastian a fuzilou com os olhos. Era como se ele dissesse para ela não mexer com quem estava quieto. Percebendo a tensão, Kurt resolveu beber um pouco do vinho e se esconder atrás da taça.

– Sim. Sebastian sempre preparava ótimos pratos quando éramos namorados.

Hunter! – Esbravejou Sebastian. O rapaz deu um soco na mesa, que sua taça acabou caindo no chão e se espatifando em vários pedaços.

Foi praticamente impossível receber essa notícia com toda a tranquilidade do mundo. Kurt se engasgou com o vinho e começou a tossir freneticamente. Sebastian apenas fechou os olhos preguiçosamente e se odiou por mil motivos.

Quinn auxiliava Kurt com o engasgo, mas nada parecia ajudar. Com o guardanapo na frente da boca, a tosse se tornou mais alta e mais perceptiva. Hunter juntou as sobrancelhas para Kurt. Aquilo definitivamente havia surpreendido o castanho, mas não deveria já que o castanho e Sebastian estavam namorando. Certo?

Quando Kurt finalmente se normalizou, todos retornaram ao jantar. Agora Kurt não parava de encarar Sebastian. Sua mente não parava de tirar conclusões.

Então Sebastian é gay? Esse tempo todo ele vem me escondendo isso? Não que ele tivesse obrigação de me contar isso, mas... – Kurt olhou para Quinn, que apenas remexia nas batatas em seu prato. – Será que Quinn sabia? Porque dias atrás ela estava praticamente jogando Sebastian para cima de mim. E se ela sabia, porque nunca contara para mim? – Os olhos de Kurt estava sobre Hunter. – Por quanto tempo será que Sebastian ficou com esse cara? E o que ele viu nele? Será que Sebastian está voltando com ele? Se é isso, por que ele disse que Sebastian e ele eram namorados? E porque eu preciso estar nesse jantar? Ser uma testemunha gay da nova união dos dois? – Kurt franziu a testa com seu pensamento e olhou para Sebastian, que ainda recolhia os cacos de vidro do chão. – Sebastian é gay. Agora penso em tudo o que ele me disse ontem. Será que ele estava realmente me ajudando ou... Isso não pode ser possível. Sebastian nunca olharia para mim... ou olharia? – Kurt se comparou com Hunter para achar alguma preferência de Sebastian, logo em seguida se idealizou namorando com Sebastian. Limpando a mente desse tipo de pensamento, Kurt focou em outro assunto. – Ontem Sebastian disse que não aguentou me ver apanhando, foi atrás dos jogadores por mim, era mentira dele quando disse que fez isso por justiça, ele fez isso porque não aceitava alguém machucando outro gay, alguém me machucando... Mas ele sempre me tratou tão mal... – Kurt olhou para seu prato. – E como é que eu me sinto em relação a Sebastian? Disse que não gostava dele, mas na verdade, não tenho mais motivos para isso. Pelo contrário, tenho prós em relação a Sebastian... Eu não posso estar novamente gostando de alguém impossível. Eu não posso. – Kurt encontrou os olhos de Sebastian e se levantou. – Quinn, e-eu preciso ir. Não estou me sentindo bem. Minha cabeça está doendo.

Antes que Quinn pudesse dizer alguma coisa, Kurt já havia dado as costas e caminhava para a porta de entrada.

– Kurt! – Chamou Sebastian. – Kurt, espera!

O Hummel não deu ouvidos e continuou a andar rapidamente. Por sorte, ele não havia pedido para Finn o trazer, caso contrário, teria que subir a rua correndo e para uma pessoa que corria todos os dias o alcançar, não demoraria nem um minuto. Kurt foi retirar as chaves do carro do bolso, quando Sebastian segurou o seu antebraço.

– Me solta. – Pediu Kurt. Ele se virou para Sebastian e pela forma que o Fabray o segurava, não o largaria tão cedo. Kurt tentou se livrar, mas Sebastian era muito forte. Ele teria que enfrentá-lo. – O que você quer? O desprezo por mim já passou?

– Por que você está indo embora dessa forma? – Sebastian era calculista.

– Eu já disse. Estou com dor de cabeça. Agora se você puder parar com seus joguinhos e me soltar...

– Se é somente esse o problema, porque me ignorar quando te chamei? Me pareceu que você não queria falar comigo ou estivesse com raiva. – Sebastian ignorava as alfinetadas do Hummel. Kurt engoliu em seco.

– Você me fez algum mal? Não. Então não há motivos para eu estar com raiva de você. Para de imaginar coisas... – Kurt não sabia exatamente para quem estava dizendo aquilo, para Sebastian ou ele mesmo. – E eu realmente não entendo, que diferença vai fazer se eu estivesse? Não é você que não gosta de mim?

– Eu nunca disse isso. – Sebastian soltou Kurt.

– Não preciso me machucar para saber que vai doer. – Um longo silencio ficou entre os dois. Eles ficaram se encarando. Sebastian não sabia o que dizer e Kurt formava argumento para mil questões. – Você só pode ser louco ou bipolar.

– Olha, eu vou ser sincero aqui. – Da última vez que o Fabray tinha dito isso, não havia sido muito legal. – Sim, eu quis fazer esse jantar para você. Eu tenho sido um babaca com você desde que cheguei e nunca fui assim. De alguma forma, o exército me fez ter um desprezo por mim mesmo e você finalmente sabe de qual parte eu estou dizendo. – Kurt concordou, mas sem perder a pose. – Eu nunca tive vergonha de quem eu era, mas meu pai sim. – Kurt imaginou quão duro o pai de Sebastian fora com ele. – Olha, ontem o que você me disse me fez pensar muito nas minhas atitudes como pessoa e quero muda-las. Também me fez pensar sobre você. Você com apenas algumas palavras, me mudou que até Quinn notou. – Kurt olhou em direção a casa. – Aquele cara lá dentro, Hunter, ele não me significa nada...

– Eu não entendo. Da onde surgiu esse interesse por mim? Por que você está me dizendo todas essas coisas aqui? – Kurt franziu a testa. Sebastian ficou em silêncio. Pelo o pouco que Kurt havia entendido, Sebastian havia mudado por conta dele em menos de um dia, não tinha raiva de Kurt e nem era ignorante, mas preferiu ficar longe do castanho por conta da sexualidade.

– Vamos sair amanhã. – Kurt deu um passo para trás, como se tivesse sido empurrado. – Podemos ir em uma sorveteria e conversamos. Eu preciso conversar com você. – Kurt por um momento imaginou a possibilidade de haver mais de um Sebastian. – Eu sei que você estar estranhando essa minha mudança, mas esse sou eu, não aquele babaca ignorante.

– Mas há dois dias atrás...

– Eu sei, eu sei. Eu posso ser confuso, mas quando eu vejo algo que não está certo em mim, eu preciso mudar... Por favor, diga que vá. – Kurt o analisou.

– Você não está fazendo isso porque somos gays, né? – Um sorriso apareceu no rosto de Sebastian, que negou com a cabeça. – Tudo bem. Quinn tem meu número, mande o local e a hora. Nos vemos amanhã. – Kurt deu as costas.

– Boa noite, Kurt! – Chamou Sebastian, sorrindo. Logo, ele abaixou a mão e se tocou no que fez. – O que é está acontecendo comigo? – Pensou Sebastian. Ele tirou os olhos da grama e olhou para o carro de Kurt. – O que ele tem de tão diferente?


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Notas finais do capítulo

Quem também ficou confuso respira. Gente, só sei que semana que vem tem encontro de Kurtbastian.

Até semana que vem e espero que tenham gostado.