Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 15
Another One!


Notas iniciais do capítulo

E aí genteee!!!! Nossa, estou super feliz com o andamento da fic. Digo, tem gente acompanhando, favoritando, recomendando, nossa... Estou muito feliz, de verdade. Obrigada pessoas lindas!! Agora vamos ao capítulo! Espero que gostem! Chega de exclamação! Ta, parei.



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Estava com os olhos inchados.

Foi a primeira coisa que notei pela manhã enquanto examinava os estragos que uma noite de choro tinha feito no meu rosto, em frente ao espelho. Eu não costumava chorar tanto, sério. Mas estava carregada, e a rejeição de Harry no dia anterior tinha sido a gota d’água. Sinceramente, não sei como Draco não ficou com o ombro enrugado de tanto que chorei nele. Diga-se de passagem, acho que ele não vai precisar lavar o uniforme essa semana.

Ah, mas deixando as brincadeiras de lado, eu tinha que sair daquele quarto. Tinha que começar o dia e encarar a fúria de quem quer que fosse. Abaixei a cabeça e lavei o rosto, esperando que a força viesse e, em resposta, Draco apareceu em minha mente.

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– Você acha que ele contou pra alguém? – perguntei pela trilhonésima vez, já sem dedos pra roer – já tinha passado do nível unha há muito tempo.

Draco revirou os olhos.

– Hermione, juro que se me perguntar isso de novo vou acabar ficando maluco. Já falei, Potter é um idiota, mas você é amiga dele, não vai querer te prejudicar. Relaxa. – sorriu, tentando me tranquilizar.

Deixei meus ombros caírem, expirando; ele estava certo. Conhecia Harry desde sempre, ele não me sacanearia. Daqui a pouco ele viria conversar comigo, eu faria ele entender e tudo voltaria ao normal, fim da história.

Assim, comecei a me acalmar – até porque, parecia que Draco estava lutando bravamente pra não perder a linha comigo, então era melhor parar, né?

– É, você tem razão, eu estou bancando a paranoica. – balancei a cabeça, tentando sorrir.

– QUANDO você não banca a paranoica, Hermione?

– EI! – dei um empurrão nele com os ombros, fazendo-o sair cambaleando, mal se aguentando em pé de rir.

– Falei alguma mentira? – voltou para perto de mim, já rindo menos.

– Não, mas não precisa jogar na cara! – levantei a mão.

Minha intenção era dar um tapa de brincadeira em seu peito, mas no meio do movimento, Draco agarrou carinhosamente minha mão e entrelaçou nossos dedos, me puxando lentamente para perto.

Era sempre assim: toda vez que ele me tocava eu perdia a noção de tudo, até de mim mesma; dessa forma, ao senti-lo passar as mãos pela minha cintura, deitei a cabeça em seu ombro e me permiti fechar os olhos.

– Sabe, eu sinto sua falta Hermione. – sussurrou em minha orelha. Arrepiada, respondi no mesmo tom.

– Eu também... Você não sabe como...

Ok, eu estava pronta pra mandar minha decisão de esperar pro inferno e agarrá-lo ali mesmo, mas a porta do Salão Principal – que eu nem notei que estava, tipo, na nossa frente -, do nada resolveu abrir e acabou com todo o romantismo da situação. Por quê? Sabe uma situação constrangedora quando você aparece pra uma multidão e todo mundo cala a boca e fica te encarando? Então, foi exatamente isso, e a minha situação não ajudava muito.

Draco ainda tinha as mãos ao meu redor quando os burburinhos em todas as mesas cessaram. Até mesmo os professores nos encaravam de sua mesa. Mas o estranho é que não eles não pareciam surpresos, ou chocados ou sei lá o que; eles pareciam até mesmo irritados.

O que me confirmou isso e me deu ainda mais medo foi um grito vindo da mesa da Sonserina:

– AÊ CASAL! JÁ SABEMOS QUE ESTÃO JUNTOS, NÃO PRECISAM SE AGARRAR NA NOSSA FRENTE!

Não reconheci a voz, e quem ligava pra isso? Eles já sabiam, merda! Como?

Olhei para Draco, que parecia tão perdido quanto eu. Mas quem disse que se deixou abater? Na maior cara de pau, pegou minha mão e me guiou com uma cerimônia desnecessária até eu não sabia onde. Pra começar, não sabia nem onde sentar; eram tantos olhares acusatórios que eu começava a cogitar a ideia de ir fazer uma visita para a Murta.

No entanto... Antes que eu resolvesse esse problema, tinha que resolver outro mais urgente, e que eu tinha até medo de resolver, se quer saber. Procurando na mesa da Grifinória, localizei a famosa cabeleira incontrolável do Harry, curvado sobre seu prato.

Com certa violência, praticamente corri até ele, puxando Draco pela mão. Todos nos encaravam sem nem tentar disfarçar, e eu estava realmente me lixando pra eles, porque eu tinha ideias mais urgentes na minha cabeça; idiotas, mas que eu precisava tirar a limpo, ou iria acabar fazendo alguma besteira.

Parei atrás de Harry e pigarrei. Ele se virou e, ao ver que era eu, sua expressão se tornou um pouco desconfortável. Ignorando aquilo, perguntei de uma vez:

– Você teve alguma coisa a ver com isso?

Ele piscou algumas vezes antes de responder.

– O que?

– Foi você que contou sobre mim e Draco? Você contou pra alguém? – meu tom de voz ficou um pouco desesperado, e Harry notou isso, já que respondeu imediatamente.

– NÃO. Não, eu não contei pra ninguém. Achei que você faria isso quando chegasse... A hora certa. – completou, parecendo um pouco magoado. Certo, eu ainda estava possessa com ele, mas eu ainda me importava com ele, e estava preocupada... Isso é, até ele abrir a boca de novo. – Você não vai seguir seu caminho?

Ah, ok, agora eu estava magoada. Mas tudo, se era assim que ele queria, era assim que ia ser. Quando ele ouvisse a razão que viesse conversar comigo.

– Claro. Passar bem.

Dei as costas para ele e saí andando com Draco em meu encalço, ainda sendo observados por todos. Bom, agora eu estava de volta ao meu problema de onde sentar, o qual o loiro resolveu simplesmente me guiando até a mesa da Sonserina.

Ia protestar, mas aí pensei: na mesa da Grifinória tinha pessoas que eu gostava e me importava, mas que nesse momento estavam me julgando e olhando com se fosse uma traidora. Mas na da Sonserina tinha só um bando de malucos que eu não dava a mínima pro que pensavam. E como Draco estava do mesmo jeito, ia ser lá mesmo. Dane-se, eu só queria meu café da manhã.

Acabamos sentando ao lado de Zabini – acho que era o único ali que não odiava realmente.

– E então, Draco? Achei que fosse sentar com seu amigo Potter. – provocou. Draco riu pelo nariz.

– Consegui uma namorada Blásio, não uma auréola. – sorriu de lado, dando uma mordida em uma tortinha de abóbora.

Com isso, Zabini se inclinou na mesa e sorriu ao me ver, vermelha igual a uma pimenta.

– Ah, claro, Hermione. Blásio Zabini, é um prazer você me conhecer. – brincou, apertando minha mão. – Claro que Draco te falou tudo sobre mim.

Ri da cara que os dois fizeram, e acabei entrando na zoeira.

– Pode ter certeza. Eu sei mais da sua vida do que você mesmo.

– Wow, fiquei com medo agora. Acho que vou ter que ficar de olho em você. – estreitou os olhos, me fazendo rir.

– Há, quem sabe as coisas malignas que eu não posso fazer com essas informações? – esfreguei as mãos conspirativamente. Blásio olhou para Draco, que encarava sua tortinha com um sorriso bobo na cara.

– Irmão, vai ter que tomar cuidado com essa aí. Pode acabar sendo sufocado pelo travesseiro quando ela estiver de TPM.

– Acho que você é o único que vai ter que tomar cuidado aqui. Você é que o insuportável. – jogou a tortinha em Blásio.

– Ei! – ele colocou a mão no peito, parecendo tão gaymente ofendido que não consegui evitar a risada.

Sério, Zabini era um palhaço. Achei que passar o café da manhã na mesa da Sonserina ia ser o mesmo que dizer “ah, vou ali no inferno rapidinho e já volto”, mas a companhia daquele dois estava sendo melhor do que eu pensei. Deu pra notar que quando os dois se juntam é uma idiotice atrás da outra... E eu gostei daquilo. Gostei de ver Draco tão leve e despreocupado. Seu sorriso estava tão genuíno que eu me permiti sorrir também e, pelo menos durante a manhã, esquecer dos meus problemas.

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– Será que seria muito errado lançar um Crucio naquelas duas ali? – perguntei para Draco, apontando para duas lufanas na outra margem.

As aulas do dia já tinham acabado, o Sol já se pondo, então decidimos sentar debaixo de uma árvore á margem do Lago Negro. Draco estava encostado no tronco da árvore e eu deitada, com a cabeça apoiada em suas pernas.

– Não sei. Ouvi dizer que isso pode te levar pra Azkaban, mas sei lá. – ficou mexendo no meu cabelo, enquanto eu bufava e tentava fazer a pior careta que tinha pras duas idiotas do outro lado. Ele riu. – Hermione, para com isso, vou acabar tendo pesadelos.

– Há, há, muito engraçado você. – ironizei, e logo fechei a cara de novo. Ele revirou os olhos, ainda com um sorriso, e abaixou, me dando um rápido beijo.

– Deixa eles olharem. Se quer saber, eu até gosto de te exibir como minha namorada. – sussurrou contra meus lábios.

Olha, visto desse ponto, até que tinha um lado positivo: pelo menos agora não tínhamos que ficar com medo de sermos pegos; todos já sabiam mesmo. E era tão bom poder ficar ali perto do lago com ele, sem precisar ficar olhando para os lados com medo. Não estávamos fazendo nada de errado – pelo menos na tese. Ignorando esse porém, sorri e mordi o lábio inferior.

– É mesmo? Pois sabia que...

– AH, MERLIN, QUE HORROR! Draquinho, o que você está fazendo?

Então, né? O mundo hoje estava disposto a cortar o meu barato! Impacientes, nós dois levantamos, observando Pansy-Piranha-Parkison atravessar o gramado junto com suas pirainhas, parecendo indignada.

– Como assim, Parkison? – Draco perguntou com nojo. A desmiolada pareceu não notar.

– Como assim? Como assim pergunto eu! Como pode escolher essa... Essa sangue-ruim – apontou pra mim com raiva – como sua namorada E ME DEIXAR DE LADO? – gritou, furiosa.

– NÃO CHAME ELA ASSIM! – Draco gritou, muito mais furioso, e sacou a varinha, fazendo-a calar a boca na mesma hora. – Nunca mais chame ela de sangue-ruim na minha presença, ou talvez eu esqueça minhas boas maneiras. – rosnou. – Já disse Parkison, fique longe de mim, e longe da Hermione também.

– Draco, não vá perder a cabeça... – toquei o braço que segurava a varinha, tentando acalmá-lo. Na verdade, eu não estava num estado de espírito muito melhor que o dele, mas se os dois estourassem, talvez Pansy acabasse fazendo uma festa do pijama com a Lula Gigante naquela noite.

Ele se acalmou minimamente com o gesto e abaixou a varinha. Respirando audivelmente e parecendo estar lutando pra manter a calma, cuspiu:

– Some.

Pansy jogou a cabeça para trás, parecendo ainda mais indignada do que quando havia chegado. De uma forma bem irritante, se empertigou ao máximo e nos deu as costas, saindo rebolando com suas pirainhas que ficaram caladas o tempo todo – sério, que meninas inúteis!

Expirando cansado, Draco se sentou de novo, e estava visivelmente chateado. Me ajoelhei ao seu lado.

– Ei, não liga pra isso. Eu não estou ofendida! – coloquei a mão no peito. Ele me olhou cético. – É sério! Você acha mesmo que eu dou a mínima pra alguma coisa que aquela retardada fala?

– Bom, eu fiquei sabendo do motivo daquela detenção no início do ano...

– Isso não vale, foi diferente! – protestei, querendo mudar de assunto.

– Tudo bem, tudo bem! – levantou as mãos, rendido. – Acho que vou ter que me acostumar com esses problemas de agora em diante. – me olhou, como que se desculpando.

– E eu volto ao meu questionamento inicial: será que seria muito errado lançar um Crucio nos intrometidos? – brinquei.

– Olha, estou começando a gostar da ideia... – passou a mão pelo queixo, parecendo cogitar a ideia. De repente, virou para mim, com um brilho suspeito nos olhos. – Mas o que você acha de... Darmos motivos para eles para eles falarem? – seus dedos foram caminhando pela grama até encontrarem minhas mãos, subindo pelo meu braço.

– Hum, o que sugere?

– Ah, não sei... Que tal isso? – avançou para cima de mim, me derrubando de costas e se posicionando acima de mim. – E isso? – passou a ponta do nariz pela minha bochecha, passeando até a ponta do meu nariz, passando para a outra bochecha e descendo até o canto da boca. – E...

– Sim. – interrompi-o e capturei seus lábios.

A sensação de sua boca novamente na minha era libertadora. Nem ligava mais se estavam olhando ou não, a única coisa que importava era aquele sonserino. Sua mão, que estava no meu braço, subiu até meu ombro e migrou até o peito. Passou então a me beijar com uma lentidão deliberada, sugando meu lábio inferior, enquanto desabotoava o primeiro botão.

– Draco... Estamos em público... – tentei chamar sua atenção, quando eu mesmo tinha minhas dúvidas se desvia manda-lo parar.

No entanto, ele pareceu se tocar disso e – devo admitir, infelizmente – afastou as mãos.

– Desculpe, é que eu...

– Caham.

MAS QUE DROGA! Quem estava interrompendo agora? Olhando furiosa para cima, estava pronta para azarar quem fosse o BENDITO que estava atrapalhando dessa vez, e ainda não sei como não cavei um buraco no chão e afundei a cabeça.

– P-professor Lockhart? – me atrapalhei, fechando novamente o botão da camisa e praticamente derrubando Draco de cima de mim. Levantei, completamente sem graça. – O-o que o senhor está fazendo aqui?

Draco se levantou num pulo atrás de mim, parecendo estar pouco se importando de Gilderoy ter nos pegado naquela situação. Desculpe querido, não tenho a mesma falta de vergonha!

– Bom, eu... Não queria interromper mas... Eu gostaria de conversar com a senhorita na minha sala, se não se importa. – completou, também parecendo constrangido.

Confirmei e, dando uma última olhada para Draco, segui com o professor para a sua sala. Eu nem sabia o que ele queria, mas do jeito que as coisas estavam indo, já esperava a notícia de uma bomba nuclear.


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Notas finais do capítulo

:)



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