Dramione - Start a Fire escrita por Anne Bridgerton


Capítulo 16
Weird


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas. Capítulo menor, tretas a caminho. Espero que gostem!!



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— Granger, eu preciso saber se você entende a gravidade da situação.

Gilderoy espalmou sua mesa, me encarando firmemente. Pisquei algumas vezes.

— E-eu não entendi senhor.

— Não se faça se boba, Srta. Granger, você sabe do que estou falando, e sabe que corre perigo.

Continuei piscando, atordoada.

— Professor, eu sei disso e já tomei as providências necessárias. Já contei para a diretora McGonagall tudo o que aconteceu e...

— NÃO... Minta para mim. – me interrompeu, parecendo um pouco bravo. – Eu sei que há mais coisas que você não quer contar, e sei o que são. Dementadores são bem desagradáveis, não?

Meu queixo caiu. Como assim, eu não tinha contado isso pra ninguém, só Draco! Ok, o que mais as pessoas sabiam sobre minha vida que eu não sabia?

— Professor, como o senhor... – perguntei pausadamente, e fui interrompida novamente.

— No momento isso não interessa. O que importa é que você fique atenta. Você e o Sr. Malfoy podem até estar confusos pela notícia do namoro ter se espalhado, mas acredite, talvez ela tenha sido bastante oportuna.

— Mas por quê? Só falta me lançarem uma Avada com os olhos, de tanto que nos encaram!

— Exatamente! – falou como se fosse óbvio. – Vocês agora são vigiados, observados. Enquanto são novidade, vocês têm dezenas de seguranças durante todo o tempo. Não podem ser atacados diretamente, são temporariamente intocáveis.

Ponderei sobre aquilo. Bem, mesmo não podendo nos atacar diretamente, o desocupado deu um jeito – Slughorn que o diga. Mas até que fazia sentido. Digo, era vigilância quadruplicada, né? Sim, o raciocínio dele fazia sentido.

Mas por que ele o fez?

— Professor, por que está avisando só a mim? Por que Draco não pôde vir junto?

— Ah, eu tenho outros planos para o Sr. Malfoy, não se preocupe. Por hora, apenas pense no que eu te disse, e tome cuidado.

Dito isso, simplesmente abaixou a cabeça e começou a mexer em uma papelada em sua mesa, me ignorando completamente. Perdida, levantei e, sem nenhuma despedida, nem um “vaza daqui”, saí da sala dele, indo procurar Draco.

No entanto, ao virar a esquina, quem encontrei foi Gina. Nos encaramos por um tempo, sem saber o que fazer. Ou pela menos eu não sabia o que fazer, já que ela, depois de alguns segundos, disparou na minha direção e se jogou em meu pescoço, em um abraço apertado. Fiquei um pouco atordoada de início, mas logo retribuí o gesto. Sentia falta da minha amiga!

— Você não está com raiva de mim? Harry...

— Dane-se o Harry! – riu no meu ouvido. – O que importa é a sua felicidade. Se você está feliz namorando aquela doninha saltitante, então vai em frente. – se afastou e me segurou pelos ombros. – Vou sempre te apoiar Mione.

Ta certo, eu quase comecei a chorar. Achei que ela fosse me julgar, gritar comigo, falar que eu tinha perdido o juízo, estava fora da casinha, sei lá... Mas é claro que ela não faria isso, era minha melhor amiga. E mais, Gina era Gina – esse era um fator importante a ser lembrado. E, naquele momento, era exatamente disso que estava precisando.

— Valeu. – balancei a cabeça, acabando com aquele sentimentalismo antes que começasse a chorar ali mesmo. – Agora vamos, o faro do meu estômago já achou o caminha para o Salão.

— Ah, achei que não fosse falar nunca! – enlaçou meu braço e saiu praticamente me arrastando para o Salão Principal. É, acho que a fome é de família mesmo!

—_____________________________________________________

— Honestamente, de todos, achei que a ruivinha é que iria acabar com você. Ela me odeia! – Draco falou, surpreso, enquanto me sentava entre ele e Blásio – ainda não podia sentar com Gina na Grifinória. Não seria bem recebida, sabe?

— E você acha que eu não sei disso? – brinquei. Draco jogou a cabeça para o lado, irônico.

— Ah, mas ela é que ta certa. Eu não sei nem como você aguenta ele, Herms. – esse foi Blásio.

Olhei para ele confusa.

— Herms?

— Claro, agora somos BFF’s, você precisa de um apelido. O do loiro aguado aí do lado é Draquinho mesmo, faltava o seu.

Não, eu não aguentei. Antes de ele terminar a frase já me dobrava em cima da mesa, rindo horrores da cara de Draco para Blásio.

— Ah Draquinho, não fica assim... – falei ainda rindo, com ele balançando a cabeça negativamente.

— Não, não cara, isso é broxante!

— Ah, é fofo!

— Cala a boca Blásio!

— Boa noite alunos! – essa foi McGonagall, falando da mesa dos professores. Calamos a boca, não antes de Draco meter um tapa na cabeça de Blásio. – Bom, parece que todos estão famintos, mas não se preocupem, serei breve. Além disso, é um assunto do interesse de todos, principalmente feminino. – levantou as sobrancelhas sugestivamente, e eu fiquei um pouco mais atenta.

— Como bem sabem, já estamos no início de novembro, e o nosso corpo docente, depois de discutir, decidiu que seria uma boa ideia organizar uma festa de Natal, mas que não precisa ser exatamente com a temática Natal. Um baile, antes das férias, para dar uma... Animada nas coisas. O que acham? – deu um sorriso acanhado e abriu os braços.

Depois de um curto período de silêncio, burburinhos explodiram por todo o Salão, de todos os lados. Meus olhos voaram na direção de Gina na mesma hora que, ah, olha só, já me olhava com um brilho absurdo nos olhos. O que era bom, já que me distraía dos dois marmanjos resmungando do meu lado. Minerva riu e continuou.

— Bom, então acho que todos concordam. – gritos de concordância foram ouvidos, e eu mesmo confirmava freneticamente com a cabeça. – Ótimo então, o que acham de um baile de máscaras? – mais gritinhos foram ouvidos (e um deles foi meu, não me julguem). De tão animada, mordi o lábio e agarrei o braço de Draco, sacudindo-o. Ele olhou para mim e sorriu divertido, e ia falar alguma coisa, quando Minerva completou. – Certo, então a temática já temos. Como não temos um comitê oficial de organização, os nossos monitores-chefes pegarão essa função, e quem estiver disposto a participar, pode se juntar a eles. As preparações começarão na próxima semana, e qualquer dificuldade que tiverem, procurem a mim ou o professor Flitwick.

Murchei um pouquinho. Tipo, eu queria um baile e tudo mais, mas FAZER o baile... Ia dar um “pouquinho” de trabalho. Ir a um pronto seria mais fácil... Mas ok, né? Acho que deveria ter previsto isso no dia em que disse “sim, quero ser monitora-chefe”. Foi quase o mesmo que dizer “sim, concordo em resolver o problema de todos e andar por aí com ‘me mandem fazer alguma coisa’ escrito na testa pelo resto do ano”.

Mas na boa, eu não estava nem perto do estado de Draco, que cruzou por cima de mim e agarrou Blásio pelo colarinho e rosnou:

— Você.vai.ajudar.

Com essa cena literalmente em cima de mim, percorri os olhos pelo salão e, ao longe, encontrei Luna e Hannah sentadas juntas. Luna estava de costas, de modo que não consegui ver sua reação, mas Hannah parecia dividida, tanto entre a preocupação e a felicidade. Estranhei um pouco, mas sério, quando ela tinha dado uma de normal? Dei de ombros e voltei minha atenção para os dois sonserinos que brigavam entre si igual duas crianças em minha barriga, não notando que Gilderoy nos observava, com uma posição ainda mais preocupada e estranha do que antes.


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Notas finais do capítulo

:)



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