Meu passado desconhecido escrita por Joko


Capítulo 14
Capitulo 15


Notas iniciais do capítulo

Oioioi. Falo mais no próximo capitulo.
Boa noite.

~Joko *3*



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Octavian passou o dedo pelo móvel do hospital, limpando na calça jeans logo depois. Ele me encarava com um sorriso maldoso, mas eu me mantinha séria. O que diabos ele estava fazendo ali? Ele não estava viajando?

– Está confusa, querida? – perguntou ele rindo de leve.

– Não estava viajando, Octavian? – perguntei engolindo em seco.

– Oh, eu estava, sim. Na verdade, estava fechando contrato com uma empreendedora no Japão quando, por acaso, a senhorita Dare me ligou, informando que minha querida esposa desmaiara e estava sendo trazida para o hospital. E eu, como um bom marido que sou, vim correndo do Japão para cá. – ele riu secamente, ficando ao meu lado na maca e pondo as mãos nos bolsos da calça, jogando a barra do paletó preto para trás. – Do que você se lembrou?

– De nada. – fui firme encarando-o.

Eu tinha vontade de soca-lo. Não conseguia acreditar que eu ficara tanto tempo com ele, nem conseguia acreditar que eu ainda estava casada com ele. Perguntei-me o por que diversas vezes, mas todas pareciam me levar para um beco sem saída. Só com as lembranças que eu recordara e com as que eu tinha ganho nos últimos dias, eu já sabia que aquele cara era o culpado por minha vida parecer uma bomba, podia explodir a qualquer minuto.

Octavian riu, negando com a cabeça. Em um movimento rápido, ele segurou-me pelo pescoço e aproximou o rosto do meu.

– Pensas que sou idiota por algum acaso? – ele trincou os dentes, ainda com um sorriso maldoso nos lábios. – Eu ouvi o que disse para a ruivinha, sei que lembrou-se de algo. Eu só quero saber o que foi, meu amor.

– Eu já disse... não lembrei de nada. Você deve ter entendido errado. – sugeri.

– Idiota! – ele soltou-me com brutalidade, me fazendo bater no encosto da cama e ir para frente logo depois. Encarei-o, mais para desafia-lo que para olhar na cara dele, já que eu sabia que eu estava prestes a voar no pescoço dele. Ele riu. – Lembra-se da noite em que foi parar no hospital, não é?

Suspirei, respirando fundo.

– Como pôde? Thiago é apenas uma criança! – bradei já não conseguindo mais me aguentar.

Octavian riu, começando a andar, fechando as cortinas daquele local. Ele deu de ombros, encostou-se em um móvel e cruzou os braços e pernas, ainda a sustentar aquele sorriso sarcástico e maldoso nos lábios.

– É simples, minha flor... ele me desobedeceu. Ele tinha de ser punido. – a voz dele saiu tão calma, que eu tive vontade de pegar aquela tranquilidade dele e enfiar...

– Não precisava bater nele. Ele só tem 4 anos, ainda é um bebê. Não sabe diferenciar papéis importantes do pai dele para papéis quaisquer que Lurdes dá para ele pintar! Octavian, eu deveria...

– Deveria o que? – ele ficou ereto, sorrindo ironicamente. – Me denunciar? Me bater? Pedir divorcio? Você já tentou todas essas coisas, meu anjo. E todas elas falharam, porque eu tenho dinheiro e um nome, você é apenas a minha mulher. – ele se aproximou de mim vagarosamente. – E é bom manter sua boca bem fechadinha, sabemos que nada do que você falar será bom para você.

– Ela vai descobrir alguma hora.

– Não, não vai. – ele acariciou meu rosto, mas eu virei-o assim que senti o contato. Octavian deu de ombros, fazendo-me encara-lo a força, puxando meu queixo na direção dele com brutalidade. – Se abrir a boca sobre mim para a ruivinha, ou sequer tentar fugir de mim, minha flor, eu mesmo irei cuidar para que nem a ruiva e nem o pequeno Thiago saibam mais quem é você. Entendeu?

– Seu monstro.

Minhas lágrimas já começavam a cair de meus olhos. Podia sentir minha cabeça rodar, meu estômago se embrulhar e uma leve vontade de me socar me corroer, mas eu me mantive firme. Quem aquele homem pensava que era? Eu tinha de dar um jeito de mantê-lo longe de Rachel e Thiago, minha ruiva e meu loirinho. Ele não ia encostar em um fio de cabelo deles. Minhas joias mais preciosas, ele não chegaria nem perto.

Octavian riu, começando a andar pelo quarto, ele parecia ter lido minha expressão. Ele pegou um livro em cima de um dos móveis e jogou para mim, que o segurei desajeitadamente. O loiro se aproximou de mim e sentou na cama, aos meus pés, e apontou para o livro com o dedo indicador torto.

– Abra-o.

Hesitei, mas logo eu o abri. Era um álbum, tinha fotos minhas com Rachel e todos os outros- Nico, Thalia, Zoe, Artêmis, Thiago, todos – ao longe, parecia mais fotos de cena de crime. Todos distantes, alguns com um foco estranho. Mas uma foto me chamou a atenção. Estávamos no lago do central Park, Rachel estava próxima demais de mim e eu estava um pouco paralisada, Thiago brincava a beira do lago. Eu e a ruiva estávamos prestes a nos beijar.

Olhei para Octavian, chocada. As lágrimas agora não pareciam mais se atrever a sair de meus olhos. Octavian tinha um leve sorriso nos lábios enquanto me encarava intensamente com apenas uma sobrancelha erguida.

– O-o que é is-isso? – perguntei.

– Isso, meu anjo, sou eu cuidando de você. – ele riu. – Não pensou que eu fosse simplesmente deixar você nas mãos de uma qualquer só porque precisa lembrar-se de tudo da sua vida, pensou? Aliás, fiquei realmente decepcionado ao ver que quase a beijou, mesmo sabendo que não se dão bem, e não quis nada comigo, seu próprio marido. E também, da próxima vez que quiser levar amigas para nossa casa, querida, avise-me antes. Não quero meninas desta laia frequentando nossa casa.

– Desta... laia? – murmurei encarando o livro de novo, vendo que tinham fotos minhas com as meninas na noite do pijama. Encarei-o. – Está me espionando?

– Oh, não amor. Que isso... eu já mais faria isso. – ele sorriu ironicamente, dando de ombros. – Só estou cuidando de você. E quero deixar algo bem claro... – ele se aproximou de mim, o que, institivamente, fez com que eu me encolhesse. – Eu faço isso porque amo você. Ninguém vai te tirar de mim, eu lutei demais para te perder assim.

Engoli em seco.

Era pior do que eu pensava, Octavian não era simplesmente um monstro, ele era um psicopata!

– Claro... – ele se afastou abruptamente. – Existe uma clausura no nosso acordo que pode te separar de mim para sempre, mas nós dois sabemos que você não faz ideia do que eu estou falando, então ficará presa a mim até que meu amor por você acabe. – ele deu de ombros, rindo feito um maluco. – Ou seja... nunca.

– Você é louco...

Ele negou com a cabeça, se aproximando de mim e brincando com uma mexa de meus cabelos, cheirando-a e beijando meu pescoço.

– Eu sou louco por você. Desde que estudávamos juntos, no Acampamento de férias Júpiter e até mesmo quando você me mandou embora da sua casa... Eu amo você, Reyna, e vadia alguma irá te tirar de mim, principalmente depois de tudo o que fiz para te ter para mim. – ele trincou os dentes. – E mesmo você sendo diferente do que eu imaginava, eu posso te moldar da forma que eu bem entender. É minha mulher, eu faço o que eu quiser com você.

– O-octavian, s-se me ama assim como di-diz, então me deixa ser feliz. – pedi sentindo meus olhos se enxerem de lágrimas. – Po-por favor, eu não te amo. Nunca amei, não posso aceitar o seu amor e não posso te prender a mim. Então, se ama tanto quanto diz, por favor, me deixar em paz. Deixa eu ser feliz com Rachel, eu levo Thiago comigo e você nunca mais precisará me ver novamente.

– NÃO! – ele desencostou de mim e me deu um tapa no rosto. – Você é minha! Não vou deixar ninguém te tirar de mim. Você precisa lembrar-se de tudo logo, para podermos voltar para a nossa vida. Eu ganho dinheiro, nós vivemos felizes com Thiago e transamos sempre que eu quero. É assim que é nossa vida, eu a quero de volta!

– Ok, ok. – umedeci meus lábios com a língua. – Mas o que adianta tal vida se não ter amor vinda dos dois? Sabe que eu não te amo, sabe que eu não serei feliz com você.

– Meu amor pode dar para nós dois... – ele me olhou. Pude ver os olhos dele enxerem-se de água e logo lagrimas rolarem pelo rosto dele. – Eu aceito você ter outros homens... Percy, Jason e até mesmo o babaca do Luke... nenhum deles vai te tirar de mim mesmo, já que você não os ama. Então... por mim tudo bem, mas não permitirei que me deixe por causa de uma vadia ruiva!

Senti meu corpo enrijecer quando ele citou o nome de meus amantes. Então ele sabia sobre os três caras? Será que passei minha vida toda com esse cara vigiando-me? E como eu nunca percebi isso? Era loucura pensar que ele deixava alguém “tomando conta” de mim quando não estava por perto. E era ainda mais loucura pensar que tal pessoa que supostamente cuidava de mim poderia ser tão louco quanto ele.

– Sim... – ele riu secamente. – Eu sei dos seus amantes, também sei que terminou com eles. Mas, lembre-se, eu ainda tenho tudo sobre controle. Não importa onde, quando e como você está... eu sempre vou saber exatamente o que está fazendo.

– Não é possível...

Ele riu, dando de ombros. O loiro ficou em pé, limpou o rosto e sorriu de canto para mim, pegando o livro de minhas mãos e começando a sair da sala.

– É claro que não ouço tudo... – ele murmurou, parecia ser mais para ele que para mim, mas eu ouvi. – Tenha cuidado com o que fala, Reyna. – ele me olhou uma ultima vez, então abriu a porta e sorriu. – E eu vou passar a semana viajando, amor, então tome cuidado para não se ferir de novo ou terei de vir correndo de novo. Eu te amo, até logo.


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Notas finais do capítulo

Volto já, já com mais um capitulo.
Boa noite.

~Joko *3*



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