De Menina À Mulher - Interativa escrita por Happy


Capítulo 3
Capítulo 3 - Tô completamente ferrada


Notas iniciais do capítulo

Hellooo sorvetes!! Tudo bem com vocês? Esses dias eu estou incrivelmente animada para escrever essa fic .



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POV. Julie

Chego em casa quando Thomas me deixa na porta. Abro o “portãozinho” e passo pelo jardim. Abro a porta da sala e me deparo com Annie sentada no sofá vendo uma série. Pretty Little Liars; é muuuito bom!

–- Boa tarde, família! – digo/grito, com um toque de ironia na voz. – Tá em qual episodio, Oxigenada? – digo, jogando minha mochila no chão da sala e sentando ao seu lado.

Minha família é extremamente estranha, né? Meu pai chama todas minhas amigas, eu e Annie de Margaridas; isso porque esquece nossos nomes. Minha mãe me chama de Julie mesmo ou às vezes usa os apelidos de Thomas. Ela chama a Annie de Ourinho; sim, minha mãe é anormal. Marie sempre chamou minha irmã, desde pequena, de Ourinho, por causa da cor de seu cabelo. Meu irmão aprendeu comigo a chamar a Annie de Oxigenada ou Farinha (de tão branquela); e me chama de Julie. E eu, é claro, dei um apelido a cada pessoa da família. O Jake é Carrapato, pois sempre agarra em mim ou em minha mãe quando está com vergonha ou com medo. A Annie, como já dito, é Oxigenada ou Farinha. Minha mãe, eu a chamo de mãe mesmo. Meu pai, de “meio- século”, às vezes, já que ele completou 50 anos. E, falta meus animais de estimação: a Piper, minha cadelinha; e o Edu, meu passarinho.

–- Tô no último. O que lançou... o último da temporada. Só sai agora em Janeiro. – ela diz, meio travando pois está prestando atenção no que está acontecendo. É incrível pensar que a minha loirinha já está indo fazer 13 anos! Não posso acreditar que ela, simplesmente, cresceu... Começo a perceber como somos diferentes: eu sou morena e ela loira; tenho olhos castanhos e ela verdes meio cinzas. Coisa de louco.

–- Eu vou assistir de tarde, então não me conta nada. – digo, me levantando, pegando minha mochila e indo subir às escadas. – Cadê a mamãe e o Jake? – pergunto, enquanto subo a escada devagar, arrastando minha mochila.

–- Sei lá. Devem estar aí em cima. Agora cale a boca e me deixe ver o episódio. – ela diz, realmente, ficando brava por eu estar interrompendo.

–- Olha a boca! – digo, brincando só para irritá-la. Dessa vez, ela me ignora e eu decido continuar subindo. Vou ao meu quarto e coloca minha mochila em cima da cama e me jogo lá.

Fico olhando o teto, onde tem umas estrelinhas que coloquei há uns 3 anos. Começo a me lembrar das coisas que aconteceram no dia de colocar as estrelas. Lembro que eu tinha 14 anos na época e eu e Thomas estávamos começando a nos tornar mais do que amigos. Como eu era amigo dele há muito tempo, ele passou a vir a minha casa quando quisesse. Naquele dia, eu subi em uma cadeira para prendê-las no teto e perdi o equilíbrio e caí. Thomas me segurou antes de eu ir ao chão... e aquele foi o primeiro beijo nosso. O meu primeiro beijo. Molhado e estranho, mas fez borboletas voarem em meu estômago.

Estou perdido em meus pensamentos até que ouço uma tosse falsa atrás de mim, como para chamar atenção. Viro meu rosto pra porta e encontro uma mãe, com uma toalha de banho do Ben 10 e me olhando com raiva.

–- O Jake disse que só sai do banho se você for lá entregar a toalha dele. – ela diz, me encarando e logo depois dando uma olhada geral no meu quarto, conferindo se tudo estava em seu devido lugar. – Esse menino está muito mimado! Culpa do seu pai! – ela diz jogando a toalha na minha cara e saindo andando resmungando algumas coisas.

Levanto e saio rindo do quarto. Esse é meu garoto! Aprendeu direitinho como irritar a mamãe! Continuo rindo e recebo um olhar mortal da minha mãe.

–- Vamos! Vamos! Vamos! – digo, entrando no banheiro de uma vez e gritando para assustá-lo.

–- Ai que susto, Julie! – ele diz, com aquela voz infantil de criança. – Me dá a toalha. – ele grita, de trás do Box.

Jogo a toalha e saio do banheiro, encostando a porta. Estou descendo para almoçar e vejo Annie me mandar um beijo lá de baixo, quando está saindo, provavelmente indo pra sua van escolar. Devolvo o beijo e ela fecha a porta.

Entro na cozinha e encontro minha mãe ainda esquentando a comida. Normalmente, ela quem leva o Jake à escola, mas parece que hoje ele não vai.

–- Hoje eu vou levar o Jake ao médico, porque ele está reclamando de uma dor muito forte no estômago. Vai saber o que é... – minha mãe diz, mexendo o arroz. Sento na pequena mesa que há no meio da cozinha e apoio minha cabeça nos braços. – Não sei se isso é coisa dele ou é real mesmo.

–- Acho que é bom levar ele no médico. E se não for uma coisa real, deixa ele sem vídeo game durante 2 meses. – digo, com um sorriso maldoso no rosto.

–- Minha filha, acho que você será muito maldosa com seus filhos! – ela diz me repreendendo, mas rindo. – Vou levá-lo de qualquer maneira ao médico mesmo. Você terá que ficar aqui. – ela me lança um olhar de: “nada de gracinhas enquanto eu estiver fora”. – Hoje você tem alguma aula?

–- De Ballet. Mas se quiser que eu falte, tudo bem. É às 15:00.

–- Eu te deixo lá quando tiver saindo com o Jake, depois você volta de bicicleta. – ela diz, meio que pensando sozinha. – Ah... tenho um assunto sério a conversar com você.

–- Credo, mãe! Diz de uma vez, não faz suspense! – digo, e aquele sono todo passa. Agora é curiosidade e medo.

–- Você terá que arranjar um emprego. – ela fala em um só fôlego. – Nós estamos começando a não dar conta de pagar tudo, Julieta. – duas coisas nessa fala de minha mãe que me assustaram: ela falou sussurrando e usou meu nome completo. – Não estamos mais dando conta de pagar tudo pra vocês três sozinhos. Você é a mais velha, terá que trabalhar e conseguir pagar as próprias coisas. – ela desliga o fogo e se senta na minha frente. Agora o papo ficou sério, cambada. – penso.

–- Tudo bem, mãe. Eu não me importo de trabalhar... mas onde eu vou encontrar alguém que queira uma adolescente de 17 anos, ainda na escola, trabalhando pra ele? – começo. Ela tenta me interromper, mas faço sinal para ela me deixar terminar. – Você sabe o que todos acham de adolescentes? Acham que todos são festeiros, idiotas e metidos. Vou precisar de sua ajuda e de tempo pra procurar um lugar que me aceite. – digo o final num só fôlego.

Eu sei que minha mãe e meu pai não estão dando conta de pagar tudo, e eu não me importo de procurar emprego. Por mim, eu já trabalharia desde os 10 anos, pois sempre quis ter meu dinheiro próprio e poder ajudar meus pais. Só que receber essa notícia de supetão me pegou de surpresa; não esperava que, de uma hora pra outra, a mãe-Marie que me trata como um bebê ainda, decidisse me tratar como adulta.

–- Claro que eu vou te ajudar, filha! Nós vamos mostrar a eles que você tem potencial! – minha mãe, como sempre, sendo a otimista. Isso foi uma ótima coisa que puxei dela; sem ironia. É verdade, eu sou muito otimista;mas só quando quero. – Ah... mais uma vez, tenho outra coisa pra te falar. – dessa vez, eu fiquei mais leve já que já recebi uma das notícias.

Ela se levanta e vai à área de lavar roupa, que é depois da cozinha. Volta com algo na mão que não consigo identificar. Olho pro seu rosto e penso: cadê a mamãe animada e otimista de antes?!

–- Você pode me explicar porque tem uma meia e uma touca do Thomas aqui em casa? Ou melhor, por que estava em seu quarto? E jogado em qualquer canto? - agora sim, fico totalmente paralisada.


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Notas finais do capítulo

O-o E agooora, cambada? O que fazer? :O Não apresentei ainda as últimas pessoas que me mandaram ficha porque vou deixar pro próximo :D Lembrem-se de responder as perguntas que fiz láá em cima!
Pra quem não conseguiu ver a foto da Annie, é essa: http://photo2.ask.fm/034/775/093/1650003017-1qadcb8-99r18odqtbnqqsa/preview/tumblr_mhydpfzgzn1s50ze8o3_250.png



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