De Menina À Mulher - Interativa escrita por Happy


Capítulo 23
Capítulo 21 - Encontros


Notas iniciais do capítulo

HELLOOOO SORVETES! Que saudade de vocês! T-T
Xente, desculpe pela demora, mas tá dificil, viu?! A escola, desde o começo do ano, não deu UMA SEMANA de folga. Toda semana tem prova. Aí, vem simulado, prova de cursinho pré-CEFET, prova de escola, trabalho que surge até do c* do professor. ~ desculpe pelo palavreado, acabei me animando com o desabafo~
Bem, nesse capítulo eu quis mostrar um pouco mais dos outros amigos da Julie. Obrigado aos leitores que criaram a Bianca (anjinha ♥), a Sophia e o Landon (♥) o/
Bem, boa leitura! Desculpe qualquer erro! Não deu tempo de revisar ;-;
—- Happy



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               POV. Julie

Continuo caminhando, tentando ignorar os olhares que os estranhos da rua me lançam. Aperto o casaco mais junto ao corpo e aumento minhas passadas, querendo chegar logo há algum lugar que não estivesse escuro e frio como aqui.

                As pessoas me lançavam olhares de pena, que eu queria mandar todos para o quinto dos infernos. Outros, na maioria homens de aparência... peculiar, me mandavam olhares como se me despisse ali mesmo, na rua. Alguns, olhares questionadores, que me dava vontade de gritar tudo que estava me angustiando na cara deles.

                Mas, ao invés de ser dada como louca, pensei que seria melhor se eu deixasse para abafar meus gritos no travesseiro. Eu estava com medo, muito medo. Mas, também, muita raiva de Thomas. E com saudade do carinho dos meus pais.

                Como eu queria que ainda fosse a garota de meses atrás que poderia estar indo pra casa agora. Que poderia deitar no colo da mãe e chorar. Receber um chocolate quente e dormir com um cafuné.

                Sem perceber, eu fui parar na porta da minha antiga casa. Caminhei sem olhar para as ruas, nem para onde estava indo. Pelo visto, meu inconsciente lembrou-se do caminho da casa de Ash até ali.

                A casa estava toda escura; provavelmente todos estavam dormindo. Sentei na calçada da frente e fiquei observando cada detalhe. Sabia exatamente qual era a janela do meu quarto. As cortinas azuis claras estavam fechadas, não dava para ver nem um pouquinho o que se passava ali. Todas as cortinas fechadas. Janelas fechadas. Portas fechadas. Tudo fechado para impedir a entrada de estranhos. E eu era uma estranha ali.

                Provavelmente se passassem policias ali, eles me levariam para a delegacia, mas eu estava pouco me importando pra isso.

                -- Eu sabia que você estaria aqui.

                Virei-me rapidamente e observei Bianca vir em minha direção e sentar ao meu lado. É... parece que agora os policias iriam levar duas delinquentes.

                -- Não sei por que, mas quando todo mundo foi te procurar no apartamento ou no parque... eu pensei que você estivesse aqui. Não é como se eu te conhecesse mais do que os outros...Mas minha impressão é de que independente do tempo que eu passei no Japão, nosso laço de amizade não se cortou, sabe? E, quando eu voltei, vi que não teve nenhuma diferença nossa relação... Voltou tudo como quando nós éramos pequenas.

                Não respondi nada e ela respeitou meu silêncio. Acho que entendeu que eu concordava. Ainda encarando a rua, procurei pela mão de Bianca e a apertei quando encontrei. Apoiei a cabeça em seu ombro e me permiti deixar as lágrimas rolarem silenciosas e calmas. 

***

                Abri os olhos, bocejei e observei o meu quarto do apartamento. Senti um amargo no fundo da garganta e corri para o banheiro. Joguei o nada que tinha no estômago no vaso sanitário.

                Sinto alguém segurar meu cabelo em um rabo de cavalo. Chego para trás até encostar a cabeça na parede fria e a pessoa se junta a mim.

                -- Tudo bem? – a voz de Sophia chega aos meus ouvidos. Assinto com a cabeça. – Vai tomar um banho que eu já trago sua toalha. Aproveita e lava esse cabelo, que está imundo. – ela completa e sai do banheiro, me deixando a única opção de despir-me e ir para baixo do chuveiro.

                Demoro bastante no banho, tentando esfregar meu cabelo o bastante como se estivesse esfregando meu cérebro e tirando tudo de ruim dali: pensamentos, tristeza, raiva.

                Quando saio, há uma bandeja em cima da cama, com uma sopa, um copo d’água e um bilhete.

Miga, sua louca,

Tive que ir porque tenho um teste amanhã e não estudei NADA ainda! Bom, você sabe meu número, então se precisar: me liga!

Aqui, você está lembrada que tem trabalho hoje? Já liguei pra lá e avisei que você chegará antes do horário de almoço... então corre, senão será demitida, provavelmente!

Ah, também liguei pra sua médica e marquei uma consulta para 19:30 (você já vai ter saído do trabalho, né?!)

Não se esqueça de nada!

Beijocas, anjinha! J

***

                Entro na lanchonete Felicidade e sigo até os vestiários para funcionários. Visto o uniforme branco e vermelho, que combina com o lugar. Ao passar pela porta da cozinha, o cheiro de comida me atingi e o enjoo sobe pela garganta. Engulo em seco e respiro fundo.

                -- Julieta! – ouço a voz de Pedro, o cozinheiro, me tirar do transe. – Estás atrasada hoy! – diz em seu “portunhol”. – Vá! Leve logo esses pratos! – me entrega uma bandeja transbordando de ovos e carnes.

                Sigo para a grande porta que dá acesso a área dos clientes e passo de mesa em mesa oferendo o alimento. Está uma completa bagunça: há garçonetes para todos os lados e clientes pedindo várias coisas. Claro, seria meio impossível  que estivesse vazio em pleno horário de almoço.

                Eu estaria bem se não fosse pelo cheiro de comida e as roupas. Agora que a barriga já está aparente, as calças não fecham e as camisetas ficam coladas ao corpo.

                -- Er... Você aí, ó! – ouço uma voz masculina chamar, relutante. – Você de uniforme vermelho. – ele tenta mais uma vez e eu desisto de ignorá-lo. Viro-me em sua direção e dou de cara com um dos clientes mais fieis, mas o que eu mais quero manter distância. Estranho? Talvez. Mas eu derrubei café no cara! Não é culpa minha se eu fico com vergonha...

                -- Oi! – digo com a animação que sempre atendo os clientes (quero manter meu trabalho aqui, certo?). – O que o senhor deseja?

                -- Você sabe que não precisa de me chamar de senhor. – diz sorrindo. – Devo ser só uns 2 anos mais velho que você.

                -- Mas, na verdade, eu tenho que chamar de “senhor”, “senhora” e “senhorita” todos os clientes. – digo, enquanto retiro o bloquinho de pedidos do bolso. – Até mesmo as crianças. – Faço uma pausa dramática, olho janela a fora e volto a encarar o homem. – Então... o que o senhor aceita? – enfatizo o “senhor”.

                -- Bom, primeiro, eu aceito que me chame de Landon. Agora, sobre comida, aceito a porção 2. – ele aponta no cardápio o prato que pediu.

                -- Okay, Landon. – hesito um pouco ao falar o nome e ele dá um sorriso vitorioso. – Já trago seu prato.

                Sigo para a cozinha, deixando o papel com o pedido pendurado junto aos outros na área dos cozinheiros. Continuo caminhando de mesa em mesa, até que o prato de Landon fica pronto e vou entrega-lo.

                -- Aqui está seu prato. – digo, cantarolando. – Demorou muito? – ele faz “não” com a cabeça. – Então, tome isso: anote seu nome e pontue como acha o atendimento desse lugar. – digo, entregando um papelzinho que eu deveria entregar a todos os clientes. Ele fica analisando e então anota algo.

                Assim que pego o papelzinho de volta, coloco na caixinha do balcão perto da cozinha e volto ao meu trabalho, tentando ignorar meu instinto de olhar para a mesa onde Landon estava.

***

                -- Julieta! – ouço Pedro me chamar enquanto limpo as mesas. – Acho que esse papelzinho de opinião é para você.

                Pego o papel e coloco no bolso. Não dá pra olhar agora. Por causa do atraso de mais cedo, tive que ficar na lanchonete para fechá-la, e, consequentemente, limpar tudo. Já era 19:00 e tinha que passar em casa antes de ir à medica.

                Assim que eu e Pedro terminamos tudo, fechamos e cada um seguiu seu caminho para casa. Só na calçada em frente ao meu apartamento que me lembrei do papel. Desamassei ele e li:

Para a garçonete de vermelho e branco:

Obrigado pelo seu bom atendimento e espero que amanhã ainda esteja trabalhando aqui.

Se puder, me liga: 90**-5***

OBS: Eu estou em desvantagem. Você sabe meu número e meu nome. Eu só sei como é seu rosto.


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Notas finais do capítulo

TCHARAMRAMRAM! Então, o que acharam?
Gente, ontem eu tava passando TÃO mal, mas eu não queria que vcs ficassem sem capítulo e aí eu escrevi e acho que ficou muito ruim :( Tenho certeza que vcs acharam erros aí e podem me falar que eu corrijo :3
Me falem o que vcs acharam e me deem mais ideias! Vcs shippam Julieta e Landon? Se sim, PARTIU CRIAR UM SHIPP!
Peoples, algum de vcs tem Twitter? Oq acontece? Como eu tô sem tempo, não to entrando em nenhum site do Nyah, Facebook e tals. Aí no Twitter dá pra gente conversar e responder rapidinho, sabe? Bem, se vcs tiverem, me procurem lá: @Mel_Kookie
~quem conhece BTS sabe o porque do meu nome e tá Mel pq o povinho Spirit me conhece como Mel~
BEIJOCAS, POVOOO! ♥