De Menina À Mulher - Interativa escrita por Happy


Capítulo 10
Capitulo 8 - Novas pessoas e novas descobertas


Notas iniciais do capítulo

CONSEGUIIIII! CONSEGUI POSTAR ANTES DE 03/12 ♥ ♥ Me sinto foda kkk
Hellooooooo sorvetes! Como vão a vida de vocês?
Bom, aproveitem a leitura! :3



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POV. Julie

Agora sim, era dia de “querer estar morta”. Pelo amor dos deuses, por que eu tenho que ficar um feriado inteiro viajando e ter que voltar a ir pra escola? Que preguiça!

Depois de levantar lá pelas 05:30 da manhã, me arrumar e vir de bicicleta até a escola, tenho que aturar os olhares do Thomas sob mim. Entro já um pouco atrasada na escola e vejo Vernon e Rick conversando perto dos armários. Não vejo Ashley em nenhum lugar, mas Alyna e Emily estão conversando, olhando para os meninos. Acho estranho o meu grupo estar “separado”, mas tudo bem.

Vou até meu armário e vejo Vernon e Rick se aproximando. Dou um abraço em cada um deles. Vernon é um menino tímido, gentil e “queridinho dos pais”; com essa frase, não quero dizer que é mesquinho, só que é... fofo! Gosto dele, mas como amigo, é óbvio!

–- Qual sua primeira aula? – Rick pergunta pra mim. Abro meu armário e já aproveito para olhar as aulas do dia.

–- Química. E as suas? – pergunto aos dois, enquanto pego o material referente à aula.

–- Química. – responde Rick.

–- Biologia. – diz Vernon.

Faço uma cara de pena para Vernon por ele não estar na mesma sala que nós. Continuo a falar logo depois do meu mini-teatro: -- Por que as meninas não estão conversando com vocês? – pergunto naturalmente, tentando não soar tão curiosa.

–- Você acha mesmo que não te conheço, né, pequena Julieta? – diz Rick, pegando minhas bochechas com suas mãos, me fazendo revirar os olhos. – É claro que está toda curiosa, não é mesmo? – ele diz, com um sorriso divertido nos lábios. Dou um tapa em sua mão e ele ri. – Bom, nós cumprimentamos elas e ta tudo bem, mas não vieram conversar com a gente como sempre. – ele diz dando uma olhada nelas.

–- Cadê a Ash? – pergunto.

–- É aí que a coisa complica. – começa a dizer Vernon. – A Ashley apareceu toda mais “chateada” – ele faz aspas no ar. – E depois de conversar com as meninas, ela foi ao banheiro, chorando. – ele diz, e também olha pra elas.

Começo a me preocupar se algo sério aconteceu. Sei que nós vivemos nos metendo em briguinhas bestas, mas nunca a ponto de nós nos afastarmos ou fazer alguém chorar.

–- Já volto, meninos! – digo, fechando o armário e andando até as meninas. Elas me cumprimentam com um abraço, mas vejo um sorriso triste no rosto de Wen e um consolador no rosto de Emily. – O que aconteceu?

–- A Ashley está triste por falta da mãe dela... – Wen começa a dizer. – Ela perguntou o que eu achava sobre sua mãe estar fora o tempo todo e eu disse minha opinião! – ela diz, jogando as mãos pro alto. – Falei que achava que sua mãe precisava ficar mais perto de seus filhos e não dando atenção só pra empresa. – Wen diz, abaixando a cabeça. – Ela ficou muito chateada e nervosa. – ela, praticamente, sussurra.

–- Não fica assim... – digo, passando a mão nos braços dela. Um apoio em forma de carinho. – Ela quem pediu sua opinião, você não tem culpa. Não é mesmo, Emy? – digo, encarando Emily, esperando um apoio moral ali.

–- Isso que estou tentando dizer a ela, - Emily diz. – mas Ash não voltou até agora como eu tinha previsto...

–- Com licença, meninas. – digo. Não gosto de ser formal assim, mas em situações desse tipo, tento ser mais “madura”.

Caminho até o banheiro com o fichário e o livro de Química na mão. Entro e ouço um choro vindo do final do corredor onde fica o banheiro. Viro a ‘esquina’ do corredor pronta para conversar com Ashley, mas pelo que vejo, é melhor deixar como está.

Ashley está conversando com o Adam. Ou melhor, está desabafando. Dá pra ver que ela está chorando e falando sem parar. Enquanto isso, ele a olha compreensivamente e tenta consolá-la.

Eu sei que Ash gosta de Adam e sei que ele é um bom menino e vai conseguir ajudá-la. Deixo que os dois conversem e volto para o corredor. Passo novamente em frente ao banheiro e sou puxada com força pelo braço.

Olho para os lados e vejo que estou no corredor, mas ele está incrivelmente vazio. Thomas está segurando firmemente meu braço e suas juntas do dedo chegam a ficar brancas. Ele está com um semblante de raiva que me dá medo, pois nunca o vi assim.

–- Tho-Thomas... – digo, gaguejando. – Thomas, o que você está fazendo? – pergunto mais determinada e puxo meu braço, mas não consigo me desfazer de seu aperto. – Me solta!

–- Voce já está com quantos meses? – ele pergunta, com um misto de raiva e... pena? Agora, me lembro de como estou me “precavendo’ de alguém saber sobre a gravidez. Estou usando blusas largas, já que a barriga está começando a aparecer.

–- Por que você quer saber? – pergunto, com raiva. – Pra sua informação, já estou de 4 meses. – digo, e vejo seu rosto ficar incrédulo. Provavelmente, está pensando sobre como o tempo passou rápido ou sobre como estou conseguindo esconder.

–- Era só isso. – ele diz e afrouxa o aperto do braço. Sai andando a passos fortes e nem olha pra trás.

Olho pro meu braço e dá pra ver as marcas certas dos dedos dele. Não quero que ninguém saiba sobre isso. Pego a blusa fina de frio presa na minha cintura e a coloco. Okay, que está calor, mas é melhor do que as perguntas vierem a tona.

***

Estou na aula de Psicologia, no último horário do dia. A professora é a Ártemis, mas ela tem vários apelidos. No começo do ano, ela se apresentou com Miss, Arti ou Lua. A sala pegou mania de chamá-la de Lua. Eu já tinha aula com ela há mais tempo, então ela já sabe como eu sou e eu já a chamava assim.

Ela é daquelas professoras que é séria na hora que tem que ser, mas super divertida quando pode. Ela tem um filho chamado John que é a coisa mais fofa do mundo! Acho que se eu tiver menino, quero que seja como ele, ou tenha o mesmo jeitinho dele...

–- Senhorita Collins? – ouço a voz de Lua. Olho pra frente e vejo ela dando um de seus sorrisos carinhosos, enquanto me sinto totalmente perdida. – Quer ir beber água? Jogar uma água no rosto? – ela pergunta, gesticulando com as mãos. Assinto com a cabeça ainda meio no meu “torpor”.

Saiu da sala sob os olhares da sala e nem ouso olhar pra trás. Ando até o banheiro, jogo um pouco de água no rosto e fico me olhando no espelho.

Não me acho a mais bonita de todas. Mas acho que estou bem abaixo das outras garotas. Me olhando no espelho, vejo uma menina um pouco pálida, com o franja do cabelo presa e o resto solta, um pouco de rímel e só. Olho mais uma vez e lembro de uma coisa que minha mãe me disse um vez: “Olhar de mais faz com que fiquemos loucos”. É, concordo. Começamos a olhar nossa aparência: julgar si mesmo ou adorar si mesmo.

Olho uma última vez pro espelho e fecho os olhos.

Saio do banheiro e vejo Rick sentado numa parte maia escondida do corredor. Ele está com seus fones de ouvido de sempre, enquanto olha pela janela. Ando até ele cuidadosamente e digo: - Matando aula, Sr. Ohamiro?

Ele parece não perceber minha presença, então puxo o fone de ouvido de uma vez. Ele toma um susto e me olha com os olhos arregalados. Começo a rir que chego a quase chorar do susto que Rick tomou.

–- Vai cagar, Julie! – ele fala, com cara emburrada. Apertando as bochechas dele, viro pra mim e começo a rir de novo, vendo ele tentando se soltar.

–- Você fica fofinho assim! – digo rindo. – Ai, ai, agora vou voltar pra aula! Good bye! – digo, andando em direção ao final do corredor, deixando ele pra trás, ouvindo sua música.

Chego na sala, ouvindo a voz de Ártemis ecoando pelo lugar: -- Arthur, o psicólogo estuda os fenômenos psíquicos e de comportamento do ser humano. Você que quer seguir essa carreira, vai aprender a diagnosticar, prevenir e tratar de doenças mentais ou distúrbios.

Entro na sala, soltando um “licença” e volto ao meu lugar. Permaneço voando pra outros lugares até que o sinal toca. Um dia, acho que vou pedir pra conversar com a Lua, já que ela parece ser uma ótima pessoa pra conversar.

***

E cá estou eu, no inverno (que delícia!), toda produzida no look, procurando um emprego. Saí de casa pouco depois de chegar da escola. Vesti uma calça leg preta, uma bota marrom que vai quase até os joelhos, uma blusa social azul e por cima um suéter branco. Dessa vez, sei que o pouquinho da minha barriga de grávida está aparecendo, mas estou pouco me importando.

Chego em frente a uma lanchonete/ cafeteria chamada Felicidade, que está com uma placa escrito “VAGAS” bem grande perto da porta. Sua fachada é vermelha, com as portas brancas. Quando entro, vejo o chão quadriculado de preto e branco. As mesas são bem espalhadas por todo lugar, que é bem grande. As mesas são brancas e as cadeiras vermelhas; há algumas pessoas em algumas mesas, mas não muitas já que está num horário de trabalho.

Tem uma senhora sentada num canto, comendo uma torta, enquanto tem um olhar perdido na janela. Numa das mesas perto da parede, tem uma mulher com um menino que aparenta ter cinco anos; os dois estão se divertindo bastante, e dá pra perceber isso pela risada da criança. Do outro lado da cafeteria, mais ao longe das outras pessoas, tem um homem de mais ou menos uns 19 ou 20 anos, tem olhos claros e um expressão triste, mas ao mesmo tempo, esperançosa. E então, vejo a última pessoa que achei que encontraria ali... Zach Haid.

Ele era meu amigo quando eu tinha entre 5 e 6 anos de idade; éramos inseparáveis. Até que sua família se mudou e nos tornamos “separáveis”. Nos encontramos novamente quando eu tinha 14 anos, mas Z sumiu de novo! Meu pai quem deu a ele seu primeiro emprego, mas provavelmente, ele já está com a vida ganha, trabalhando em outro lugar e coisa do tipo.

Zach vira o rosto na minha direção e me vê. Surge um enorme sorriso em sua face e ele vem em minha direção. Abraço-o com força e chego a fechar os olhos. Não trocamos nenhuma palavra, só sentimos a saudade um do outro.

Abro os olhos lentamente, saindo de seu abraço, mas antes mesmo de desvencilhar de seu abraço, vejo Thomas do outro lado da janela, me encarando de forma acusatória.


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO? QUE AS TRETAS COMECEEEEEM! Tá, parei kkk
Gente, o que acham do Z? E a prof. Lua? E a treta entre amigas?
Peoples, decidi que farei um treta que será trágica! Mas terei a linda participação da Sophia e do Lucas: a amiga da aula de italiano e o namorado dela... que tal? As pessoas que fizeram os personagens: vocês deixam seus personagens participarem da cena dramática?
Beijinhos de Luz
Sunshine Happy