The Rebellion escrita por Vicky


Capítulo 5
Tiana's Diner


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!Nossa que saudade que eu fiquei de vocês,sérião!
Primeiro eu quero agradecer a TODAS(OS) que comentam e acompanham a fic,até os fantasminhas.Sério gente eu AMO muito vocês pois sem vocês isso não seria possível!
Aí vocês se perguntam:Vicky,por que você sumiu assim?
Bem gente eu fiz o ENEM,pois é aquela prova que acaba com o auto astral e tudo mais.E eu fiz só pela experiência e tals.Eu acabei entrando em depressão pós ENEM pois eu não fui muito bem naquela coisinha que as pessoas chamam de prova.Enfim,me curei depois de alguns episódios de TWD e cá estou eu!
Ah!Você viram que eu mudei total o estilo da FF né?Bem eu queria deixar um pouquinho mais dark,vou atualizar as imagens dos capítulos anteriores para bater com o estilo novo!
Eu achei esse capítulo bem legal e espero que gostem!
Boa leitura meus Survivors se sangue quente!¬u¬



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O ar úmido da floresta me alegrava um pouco, eu gostava do cheiro do carvalho molhado, me lembrava os dias de piquenique em que eu e minha mãe tínhamos de nos apressar para não pegarmos chuva, era idiota e um pouco irritante...mas eu me divertia no ar úmido.

Ninguém disse uma palavra no caminho para o carro de Aaron, tirando as pequenas reclamações de Daryl como:”Esse velho pesa mais do que parece.”Eu teria dito “eu sei” mas achei melhor não começar uma conversa inútil com entranhos.Eu mancava enquanto tentava acompanhar os dois homens recém-conhecidos ,as dores de minha perna,aos poucos,começavam a voltar.Direcionei o olhar ao velhote ensanguentado,ele estava respirando e não parecia estar tendo delírios,o que era muito bom,mas o estado dele ainda era preocupante.

—Estamos quase lá. - Disse Aaron, quebrando o silêncio.

—Você disse isso a uns dez minutos atrás. - Eu disse olhando para o meio do nada.

—Certo...mas agora estamos realmente perto. - Respondeu ele, não pareceu muito incomodado com minha observação infantil.

—Aaron. - Interrompeu Daryl,em um tom alerta.

Aaron não entendeu de começo mas não demorou muito para compreender o que o sujeito caipira tinha alertado.Dois walkers vinham em nossa direção; um deles não tinha o braço esquerdo e o outro estava sem a mandíbula.Aaron posicionou o rifle, o que eu achei muito idiota da parte dele, ele ia atirar assim?Ou ele tinha algum desejo suicida ou era idiota mesmo.Ele pareceu pensar melhor, o que me acalmou um pouco, e abaixou o rifle.Pelo amor, pensei, faça algo.

Puxei uma flecha da mochila, a posicionei no arco de metal e soltei o fio duro que a prendia no mesmo.A flecha voou e perfurou o crânio do walker sem o braço.O mais rápido que pude, corri, com dificuldade, até o errante morto e puxei a flecha de seu crânio mole até que a parte de ferro saísse completamente.O errante sem mandíbula chegava cada vez mais perto de Aaron, que parecia querer puxar algo da mochila.Antes que ele pudesse puxar qualquer coisa eu me aproximei do homem morto fedorento e passei a flecha por entre sua cabeça pútrida.Cambelei um pouco, aquilo tinha me deixado tonta.

—Preste um pouco de atenção,garotão. - Disse ofegante, como se eu tivesse corrido uma maratona, o sangue perdido fazia falta naquele momento. - Antes que nós acabemos mortos, aí as pessoas do seu “lugar seguro” vão se perguntar o que aconteceu com o homem que tentou usar um rifle sem motivo.

—Eu... - Ele parecia incrédulo. - Isso de novo.

Segui o olhar do homem pálido e encontrei uma coisa muito...bizarra.Os dois walkers que eu tinha matado estavam...marcados com a letra ”W” o que me assustou um pouco.

—Hã...o que é isso? - Disse, ainda ofegante.

—Vamos continuar. - Daryl me cortou, eu não entendi bem o que tinha acontecido mas não me importei muito com o fato do caipira não ligar, apesar de ser estranho.

—Certo. - Completou Aaron, mostrando o caminho novamente - Por aqui.

Respirei fundo e tentei me estabilizar, a falta de ar estava me consumindo como a escuridão consume a última luz do sol no anoitecer.Segurei a flecha com firmeza e limpei a parte suja de sangue em minha própria calça imunda, um pouco mais de sujeira não faria diferença.Apressei o paço, por mais que doesse, para poder acompanhar Aaron e Daryl.O fato de os errantes terem uma letra um pouco suspeita me incomodava.”Wolves?” foi o que Aaron disse na conversa em que eu...bem...escutei “por engano”, o que fazia muito sentido pois a palavra começava com “W”.Pelo que eu tinha entendido ou lobos estavam marcando zumbis, o que eu acho maluquice demais até para esse mundo, ou eu tinha perdido uma parte grande da história.

—Ali,está bem ali!Vamos. - Apontou Aaron com um brilho nos olhos.

—_____ _______

O carro era bem velho mas estava cuidado, a pintura parecia nova e não parecia feder a gente morta.Ao lado do mesmo estava uma moto, na verdade parecia um pedaço de lixo concertado pois tinha muitas peças diferentes.Daryl não se demorou, colocou Ashton no carro na primeira oportunidade então ocupando o banco de trás inteiro.

—Nossa esse velho pesa. - Reclamou Daryl, colocando a mão direita no ombro esquerdo e massageando.

Você fala isso como se não fosse velho e pesado,pensei.Estávamos parados em frente à um restaurante de beira de estrada, ele tinha uma placa bem grande escrita: Tiana’s Diner.

—Pobre Tiana. - Disse em um tom quase inaudível, aquilo era bem triste.

—Certo,vamos indo. - O homem de jaqueta pesada completou, colocando a grande mochila que usava no porta-malas do carro cuidado. - Daryl...

Ele não consegui completar a frase pois Daryl o cortou.

—Eu vou na frente, já sei. - Respondeu o caipira, arrumando a besta nas costas e subindo na moto.

—Avalon, você vem comigo. - Completou Aaron, já entrando no carro na companhia de Ash desmaiado no banco de trás.

Eu ainda observava o Tiana’s Diner quando percebi que Aaron já tinha entrado no carro.Me senti mal pelo lugar, pude notar que havia walkers no interior do estabelecimento, que me deixou pior ainda, e um deles podia ser a tal da Tiana.Balancei minha cabeça rapidamente para dispersar tais pensamentos e me dirigi ao carro bem cuidado.

Aaron não se demorou e logo deu partida no automóvel, pude ver que Daryl já tinha saído e estava à uma distância considerável nos esperando, não demorou muito para nós cairmos na estrada novamente.

O vidro do carro estava embaçado pela temperatura do exterior ser diferente da do interior do veículo.Aaron parecia bem concentrado na estrada e na moto de Daryl, que estava a frente.Meu arco parecia querer rodopiar por entre meus joelhos e isso me distraiu um pouco; minha mochila estava em meu colo e, cara, aquilo estava cheirando a sangue velho, por isso resolvi fuçar em alguma coisa para me distrair e não me concentrar no cheiro.

Pensei em fuçar no porta-luvas do carro de Aaron mas resolvi que não seria muito apropriado, o que eu achei bem engraçado, pois eu devia a eles por terem me tirado da floresta e tal.Acabei por mexer em minha mochila mesmo, mas também não achei nada de “útil” para a situação, foi aí que me coloquei as mãos nos bolsos a achei uma coisa.A nota que eu tinha roubado daquele caçador estúpido, o pedaço de papel que causou toda essa bagunça, o peguei e desdobrei.Estava amarelado e amassado, muito amassado, nele algumas palavras estavam riscadas e apenas a palavra Washington permanecia sem o risco.

As palavras Wellington e Woodbury tinham um risco fino que passava bem no meio das mesmas, Washington estava sem riscos e permanecia bem acima da frase:Tente sobreviver, irmão.E naquele momento, Washington também já era.

—Ei. - Disse Aaron tentando chamar a minha atenção.

—O quê? - Perguntei sem vontade nenhuma de conversar.

—Acho que você...vocês, vão gostar de Alexandria.Pode não ser muita coisa mas ajuda as pessoas. - Disse ele com um entusiasmo bem contagiante. - Todos são muito legais lá.

—Não vamos ficar. - Respondi olhando para o outro lado do vidro embaçado, ou pelo menos tentando. - Eu agradeço pela ajuda e tudo mais, mas temos um pessoal e não pretendemos deixá-los na mão.

Ah, certo. - Ele pareceu um pouco desapontado. - Não sabia que vocês tinham pessoas, mas seria bom se vocês ficassem.Temos quatro adolescentes, parecem ter a sua idade.

Ah ótimo, pensei, adolescentes mimados por um lugar seguro demais.

—Eu agradeço mas...não seria certo, então...

—Entendo, mas pense no assunto, seria bom receber gente nova, sempre é bom.

Tente manter seus portões fechados parceiro, pensei novamente, parece que vocês não toparam com muita gente do lado de fora.

A conversa acabou depois disso,e eu também não fazia questão de continuar com aquilo.Voltei o olhar para o papel amaçado em minha mãos, novamente, e pensei um pouco no assunto antes de abrir a boca de novo.

—Você tem uma caneta? - Perguntei, como se fosse a coisa mais normal do mundo ter uma caneta naqueles tempos.

—Acho que deve ter uma no porta-luvas, pode procurar. - Respondeu ele com um sorriso simpático estampado no rosto.

Coloquei a mochila de lado e me inclinei para abrir o pequeno compartimento.Eu acabei achando mais coisa do que eu deveria, achei uma caneta mas isso depois de ter achado uma foto.Aaron e um cara sorriam para mim através do papel plastificado, eu resolvi não perguntar nada, o cara poderia estar morto e eu ia cutucar uma ferida que teria demorado a cicatrizar.

A caneta tinha tinta vermelha e, por pouco, funcionava.Acabei fazendo o trabalho do caçador.Risquei a palavra Washington e escrevi Alexandria bem embaixo.Acho que é o melhor a fazer, pensei, me desculpe Raj mas acho que vocês estão bem sem a gente.Dobrei o papel novamente e o guardei no bolso, não disse nada a Aaron pois eu era muito orgulhosa para dizer alguma coisa.

Encostei a cabeça no vidro duro enquanto eu lutava contra o sono, o cansaço e a dor.No final acabei cedendo e deixei a escuridão me envolver por completo.Isso é uma péssima ideia Avalon, pensei já quase inconsciente; não demorou muito para eu sentir o motor parando.


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Notas finais do capítulo

Avalon não aguentou toda a carga que estava em seus ombros e acabou cedendo a escuridão do sono.Ela não sabia se era certo deixar o grupo assim, mas não tinha muita escolha; eles lhe ofereciam proteção e abrigo em uma ocasião crítica onde uma garota de dezesseis anos não conseguiria sobreviver sozinha com um homem machucado.
Ela estaria fazendo a coisa certa escolhendo Alexandria com um homem estranho e um...familiar?
Não perca no capítulo 5!