Entre Espelhos escrita por Nicole Antunes


Capítulo 3
Capítulo II - Fontes e Armas


Notas iniciais do capítulo

Oi gente! Estou aqui nessa bela noite para postar um novo capítulo! Espero que gostem, e meus agradecimentos ao Al Ravenweather/Al Cardoso por betar esse capítulo! Ele continuará betando até cansar!
Enfim, espero que gostem!



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Altas paredes brancas rodeavam a área enorme que era a escola, com o mesmo tom perolado as paredes se erguiam majestosamente, a grama abraçava com delicadeza os pilares gregos formando desenhos sobre a superfície de mármore, e enquanto atravessava o arco lia as pequenas palavras esculpidas, “Sisfedíapke Ílohcs”, que obviamente eu não fazia ideia do que significava; torres e mais torres reluziam suas pontas douradas em direção as nuvens, de forma a ofuscar minha visão. É aqui que eu irei treinar, melhor ir me acostumando.

– Antes de tudo, quero te dizer algumas coisas, a partir de agora irei te ensinar o básico da magia, terá que treinar duro, então se prepare! - sobre o olhar sério de Holy, a única coisa que consegui fazer foi assentir. - Antes de aprender a usar magia, primeiramente devemos encontrar sua Fonte.

– Minha o que? - eu a olhei confusa, havia muitas informações em muito pouco tempo.

– Sua Fonte, um item mágico que precisará para o treinamento, pode ser qualquer coisa, desde uma reluzente espada até um simples vestido.

– Eu a escolho?

– Não. - Ela fez uma pausa na qual, provavelmente, percebeu que eu estava quase me afogando em meio a tantas informações. - Irá saber quando tocá-la.

– Parece bem simples. - Respondi, enquanto decorava as palavras chaves da conversa: Treinamento, Fonte, toca-la.

– Com o tempo será mais fácil de compreender. - Suas mãos envolveram meus ombros, e me vi tendo a exata lembrança da minha mãe, afastei-a o mais rápido possível, não queria chorar, não na frente de uma estranha. Sorri e assente. - Agora devemos ir ao Salão das Fontes!

– Tudo bem.

O lugar era muito maior e diferente do que eu esperava, tinha um ar de realeza com seus pilares que me lembravam monumentos gregos, as paredes em um tom de vinho cortado por linhas douradas, e o chão de madeira escura e polida deixava equilibrado o lugar. As Fontes das quais Holy havia comentado estavam em duas longas mesas, se estendendo entre elas um enorme tapete vermelho. Havia todo tipo de coisa - 'desde uma reluzente espada ate um simples vestido'. - É aqui que começarei minha verdadeira jornada, essa confusão na qual me meti...

– Essas são as fontes? - perguntei, quebrando o breve silêncio que permaneceu enquanto andávamos entre as duas longas mesas.

– Isso mesmo! - Ela olhava para as Fontes com que me pareceu entusiasmo, parecia está se lembrando de algo muito bom. - Comece pelo lado esquerdo, nessa mesa ficam as Fontes mais comuns de serem usadas por nossa raça, do direito, ficam as mais raras. Comece quando quiser Aíma! - ela disse enquanto sentava em uma cadeira próxima.

– É só tocar? - perguntei, um pouco nervosa com o que poderia acontecer a partir daqui.

– Apenas Toque, e quando sentir me avise! - nem mesmo com o tom calmíssimo de Holy em sua posição majestosa sobre a cadeira no fim das duas mesas me acalmou.

–Tudo bem... Lá vou eu!

Andei até o começo da mesa da esquerda, indo de encontro à primeira Fonte, que confesso, não era nada atraente, a Fonte era uma espécie de varinha, não tinha muitos detalhes, a não ser todas as suas curvas tortas e uma pequena folha que saía da ponta, poderia se passar por um simples galho se quisesse, nada mais de especial.

Enfim chegou a hora; com os dedos trêmulos, envolve o cabo da varinha-galho... E não senti nada, além da alegria por não possuir algo tão simples.

Pulei para próxima, essa já era um pouco melhor, se parecia uma pequena adaga, o cabo parecia ter sido tirado da irmã mais velha da árvore que foi tirado o galho da varinha, pois era de uma casca escura, com o pomo e o guarda-mão dourado, a lâmina com pequenos detalhes em forma de folhas, algo quase invisível se não olhasse bem. Simplesmente toquei, exatamente como fiz com a anterior, e da mesma forma não senti nada, a não ser felicidade, não me imaginava usando algum tipo de arma, muito menos matar pessoas, ainda não estou preparada para isso.

Toquei em cada Fonte Simples que havia ali, desde os menores objetos, as mais rústicas vestes, entre outros, e finalmente me vi indo para a mesa à direita, só me restava uma Fonte Complexa.

– Parece que você não pegou nenhuma comum, que sortuda! Vá em frente! - me assustei com a aparição sem aviso da voz de Holy, até havia me esquecido que estava ali me observando.

– Lá vou eu, de novo!

A primeira já era algo diferente, um livro. Não parecia ser um livro normal como os da Terra, suas páginas possuíam uma linguagem estranha e era surpreendentemente enorme. Minha mente logo trouxe a imagem do garoto a tona, pelo jeito ele usava uma Fonte Complexa, assim como eu usarei.

Fiz o mesmo que das outras vezes, e da mesma forma, a capa de couro não me causou nenhum efeito. Parece que isso vai demorar um pouco mais do que eu pensava.

Passei por várias e várias Fontes - chifres, colares, leques, armaduras, armas estranhas que eu nem sabia que existia -, até que me aproximei de uma Fonte diferente... Antes mesmo de toca-la, eu já havia sentido algo, algo que apertava meu coração, fazia como se um bilhão de sentimentos corressem por minhas veias, como um trem bala. Era ela.

Estendi meus dedos convictos, todas as sensações se intensificam, mas o aperto se fora, era como se eu necessitasse daquilo para viver. E necessitava. Parece que encontrei minha Fonte.

– É essa! - minha voz ecoou pelo salão, mas não houve resposta.

E lá estava ela, havia caído no sono. Não a culpo, ter que ficar esperando todo esse tempo deve ter sido muito entediante para ela.

– Holy! - eu a chamei, agora a sua frente. - Vamos, eu a encontrei!

– Ah... Eu... Oi Aíma! Já en... - ela ficou o olhar entre aberto em minha mão, onde se encontrava minha Fonte. Ela parecia ter se estranhado com o que via. - Que Fonte incomum! Acho que nunca vi ninguém usando algo parecido.

– E isso é bom? - perguntei preocupada, havia a adorado, seria uma completa decepção se Holy me dissesse que era inútil.

– Talvez sim. - levei sua resposta da melhor forma possível. - já deu um nome a ela?

– Um nome?

– Sim, é isso que diferencia a sua das outras! - fiquei pensando por alguns minutos, e finalmente o tão esperado nome apareceu em minha mente de repente. -

– Já sei! Seu nome será X-Elfer!

–X-Elfer? Bom, cada um tem sua imaginação, não é? - se levantando, me dirigiu um olhar um pouco mais sério do que o normal, afastando o sorriso idiota de entusiasmo do meu rosto. - Antes de irmos para a Área de Treinamento, quero que saiba algo... Como posso dizer? Como eu nunca vi ninguém usar uma Fonte como a sua, eu não sei que tipo de magia ela consegue reproduzir.

Eu fiquei chocada! Eu não tinha nada a aprender com ela? Vou ter que descobrir tudo sozinha?


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Espero que sim, estou dando meu melhor ^^
Vamos para a curiosidade de hoje!
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# As Fontes são itens mágicos que somente os Áxios conseguem utilizar. #
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