Mom, I Love a Criminal escrita por arine
Notas iniciais do capítulo
Heeey guys, essa é minha primeira fanfic aqui no site, espero que tenham curtido esse primeiro capítulo feito com muito carinho.
Lillia’s POV
Peguei-me olhando para as estrelas, pensando na minha vida, nos meus problemas. Estava trancada em meu quarto, fugindo novamente das pessoas. Meus pais vão viajar daqui a uma hora para a Grã-Bretanha, passar dois meses lá; é o sonho deles conhecê-la, e, como meu pai conseguiu uma boa promoção no trabalho, eles conseguiram juntar dinheiro suficiente para comprar passagens e sobrar um dinheirinho para curtirem juntos.
E eu? Bem, amanhã é meu aniversário de dezoito anos. Pra mim, não tem coisa melhor do que curtir meu aniversário sozinha, debaixo de pilhas de cobertores, assistindo filmes e comendo besteiras. Peguei meu diário e comecei a desabafar com ele, pois ele sempre seria confiável e meu amigo; sabia de todos os meus segredos e sentimentos, me dava convicção de que não os contaria para ninguém, a não ser que alguém o achasse.
Abri a janela e deixei que o vento invadisse meu quarto. Um barulho de sirene policial e motor de carro correu lá fora, baixinho. Até que, para a minha surpresa, foi aumentando.
Michael’s POV
Ashton estava dirigindo a quase 200 Km/h em seu Nissan Skyline GTR. Luke e Calum estavam com seu tronco para fora do carro, disparando tiros contra as várias viaturas policiais que nos seguia.
— Ash, tente despistá-los. Quando conseguir, pulamos para fora do carro e nos escondemos em outro lugar. — Falei, pendurando a mochila que continha nossas armas nas minhas costas.
— Ótima ideia. — Respondeu Ashton.
Ashton acelerou e conseguiu despistar a polícia, dobrando inesperadamente uma rua. Abrimos as portas e lançamo-nos para fora do carro.
— Ahhh, que droga! — Reclamou Ashton. — Quase fui preso pela aquela belezinha e agora ele já era. — Falou, enquanto assistíamos o carro bater em um poste e explodir.
Fiz um sinal para que os três me acompanhassem, pois, com aquela explosão, pessoas logo estariam ali para ver o que aconteceu. Fomos andando cautelosa e silenciosamente atrás de arbustos e árvores, atravessando quintais das casas. Luke avistou uma casa com a janela aberta, então escalamos pelos canos e tubos ta casa até chegarmos na viga do telhado e entramos, deparando-nos com uma garota — muito bonita afinal — assustada.
— Mas o que... — Começou ela.
— Shhhh. — Interrompi. — Olha só, gatinha, se você der um "piu", nós estamos ferrados.
— E se a gente se ferrar... — Começou Calum, com um sorriso malicioso.
— Nós voltamos aqui só para matar você. — Falou Luke, sorrindo inocentemente.
— Tudo bem. — Ela cruzou os braços. Quem essa garota acha que é? — Agora saiam que eu não ligo para a polícia e finjo que nada aconteceu. Vocês têm minha palavra.
— Amorzinho. — Me aproximei, com intenção de intimidá-la. — Nem que a gente vá embora, você vai chamar a polícia. — Sorri maliciosamente.
Ela me olhou com fúria. A garota tentou me empurrar e pegar o celular na cama atrás de mim. Ashton, Luke e Calum riram. Puxei-a pela cintura e afastei-a da cama.
— Sério que precisa ser assim? Vou te amarrar numa cadeira! — Ameacei.
— Típicos de criminosos amadores como vocês! Daqui a pouco, a polícia vai estar aqui e vai prender vocês! — Falou ela.
— Ei, somos os mais procurados de Sidney. Somos profissionais no que fazemos. — defendeu Luke.
Ashton tomou-a dos meus braços brutalmente, obrigou a garota a sentar numa cadeira e a amarrou com um pano — deu um nó e tanto.
— Me soltem! — Ela gritou.
— Não dá, amorzinho. A polícia está atrás de nós até agora. — Falei, esvaziando a mochila e espalhando as armas na cama da garota, fazendo-a ficar de boca aberta.
— E aí, o que vamos fazer? — Perguntou Luke.
— Vamos recarregar as armas e nos esconder em algum lugar. – Sugeriu Calum. — Até conseguirmos um carro e voltar para Camberra.
Lillia’s POV
Apesar de eles serem criminosos — e terem me amarrado numa cadeira —, sinto como se pudesse confiar neles.
— Vocês podem se esconder aqui. — Falei sem pensar.
Tive vontade de cavar um buraco e enfiar minha cabeça dentro quando os quatro me olharam como se tivesse visto um fantasma. O garoto de cabelo vermelho pareceu considerar a situação.
— Mas e seus pais? — Perguntou o de bandana preta.
— Vão viajar daqui a alguns minutos para a Grã-Bretanha, passar dois meses lá. — Respondi.
— E qual o seu nome? — Perguntou o de cabelo vermelho.
— Lillia... Lillia Cho. — Respondi. — E os seus?
— Meu nome é Michael, mas pode me chamar de Mikey. — Ele sorriu.
Oh céus, que sorriso lindo.
— Meu nome é Luke. — Falou o mais alto.
— Ashton. — O garoto de bandana fez uma reverência. Ele estava curtindo com a minha cara!
— E eu sou Calum. — Falou o da mecha loira.
— Calum?
— Nome comum na Escócia. — Ele revirou os olhos e depois sorriu.
— Tá, agora me soltem. — Bufei. — Meus pais vão querer vir aqui para se despedir e creio que não será agradável para ninguém aqui.
Michael se aproximou e desatou o nó de Ashton com movimentos doces, e, para minha surpresa, seu rosto estava a poucos centímetros do meu. Ele sorriu.
— Pronto.
— Obrigada. — Acordei do transe e retomei meu orgulho.
Fui caminhando para a porta e a abri; desci as escadas e encontrei meu pai e minha mãe.
— Olá, princesa. — Disse meu pai.
— E aí? — Respondi.
— Bom, querida, estamos indo. Voltaremos em breve. Deixamos duzentos dólares caso precisar de algo, uma emergência. — Disse minha mãe, enquanto retirava uma chave da bolsa. — É uma pena não estarmos aqui no seu aniversário, querida. Não é todo o dia que uma bonequinha faz dezoito anos, então... — Mamãe me entregou a chave. — Feliz aniversário! Um Corola novinho para você.
O quê? Eu ganhei um carro?!
— Poxa, mãe, muito obrigada! — Eu a abracei com força.
— Vamos, querida. Tchau, filha. Juízo, e feliz aniversário! — Disse meu pai.
Acenei. Eles entraram no carro e partiram. Tranquei a porta e subi as escadas correndo; entrei e me deparei com os quatro recarregando e limpando suas armas — sem contar nas facas.
Michael não tirava os olhos da sua sniper. Andei até a janela e a fechei.
— Vocês são o quê? — Falei, sentando ao lado de Michael.
— Criminosos. — Responderam, concentrados no que estavam fazendo.
Revirei os olhos com tanta força que jurei ter descolado minha retina.
— Especificamente.
— Eu pego carros emprestado. — Falou Ashton, fazendo Calum, Luke e Michael rirem.
Ok, não vi graça, mas prossigamos.
— Prazer, mestre em invadir bancos. — Disse Luke.
— Eu mato pessoas. — Disse Michael, fazendo-me ficar de boca aberta.
— Eu e o Mikey somos assassinos profissionais. — Disse Calum, com um sorriso orgulhoso.
— Tão profissionais que foram até presos uma vez. — Provocou Luke.
— Já perdi as contas de quantas vezes você também foi preso, mestre em invadir bancos. — Bufou Michael, fazendo-me rir.
— Ahhh, nem vem...
E assim se iniciou uma longa discussão.
— CHEGA! — Gritei, eles me olharam surpresos. — Olha, tem alguns sacos de dormir que meu pai usa pra acampar. Vocês podem dormir neles?
— Sem problemas. — Falaram em uníssono.
Fui até o guarda roupa, peguei quatro toalhas e distribuí pro quarteto nada fantástico que invadiu minha casa.
— Caso queiram tomar banho. Do lado do meu quarto tem o do meu irmão. As roupas dele servem em vocês, acho. — Falei, caminhando em direção da porta. — Na casa, há quatro banheiros, dois lá em baixo e dois aqui em cima. Irei tomar banho lá em baixo.
Saí do quarto, desci as escadas e fui direto ao banheiro. Tirei minha roupa, entrei no box e liguei o chuveiro, deixando a água quente percorrer meu corpo. Esperava que fosse acordar desse pesadelo com quatro criminosos lindos. Ensaboei-me, lavei o cabelo e escovei os dentes.
Saí do box, sequei-me e me enrolei com a toalha. Devo ter demorado quase duas horas no banheiro. Subi as escadas, abri a porta do meu quarto e encontrei o quarteto nada fantástico — todos tomaram banho. Puxa, demorei mesmo —, brincando de lançar facas um para o outro.
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