Aventura Romântica escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 30
Sexo Aventura e muito mais...


Notas iniciais do capítulo

-Coisas boas começam a acontecer na vida de Lis e ela não precisa mais vender a confeitaria da família, tudo parece caminhar bem, mas falta alguém para a alegria ser completa! :)

Penúltimo capítulo U_U isso mesmo agora é reta final!

Boa leitura!!!



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Quem um dia irá dizer que existe razão. Nas coisas feitas pelo coração? E quem irá dizer. Que não existe razão?

Legião Urbana

Lis

–Arrecadamos tudo isso?

–Com toda a divulgação foi fácil! – Lia também estava feliz com o montante de dinheiro e doações que recebemos no evento beneficente que fizemos na confeitaria mesmo.

–Então não vamos mais vender?

–Não tia, não vamos mais vender! Eu vou realizar o sonho da minha mãe e cuidar para sempre do negócio da família. - meus olhos se encheram de lágrimas de alegria.

–E eu quero ajudar enquanto puder!

–Todos nós queremos ajudar mãe! – Léo, Nanda, Sol e Henrique também estavam ali ajudando.

–E então Lia quer ser minha sócia? – falei sorrindo para minha amiga que estava abraçada com Igor, ele havia ajudado o tempo todo mas não trocara nenhuma palavra comigo.

–Claro amiga! E quem melhor poderia te ajudar do que eu? – falou me abraçando.

–Obrigada gente, vocês são muito importante para mim, todos vocês! – falei olhando para Igor, afinal ele tinha trabalhado bastante.

–Então temos que comemorar! -Nanda levantou e correu pegar uma garrafa de champanhe que havia trazido. – Um brinde as novas donas da confeitaria e um brinde para os melhores amigos do mundo todo!

E mesmo assim nesse clima de alegria e descontração, não pude deixar de sentir falta da minha mãe e do homem que eu amava.

______________

–Você não foi se divertir com suas amigas?

–Não tia... Eu quis ficar um pouco aqui, relembrando momentos felizes, na semana que vem começa a reforma e vai mudar um pouco...

–Mudar faz bem, ficamos acomodados e nunca saímos do lugar.

–A senhora tem razão...

–Eu estava lendo uma coisa hoje de manhã e falava sobre isso, sobre mudar, mudar de atitude, de planos, de objetivos... Mudar dói mas é necessário...

–Mudar dói muito... Eu nunca gostei de mudanças...

–E eu não sei, mas sua mãe adorava mudanças quando tinha a sua idade...

–Ela contava que toda semana mudava alguma coisa no quarto para não parecer que estava parada no tempo...

–As vezes é preciso mudar nossas atitudes e perdoar os erros daqueles que amamos...

–Não é muito fácil...

–Não... Mas eu venho guardando umas coisas que talvez ajudem...

Vi minha tia levantar e ir até o balção, pegar uma caixa cor-de-rosa.

–O que é isso tia? – perguntei quando recebi a caixa em minhas mão.

–Minha nova coleção de crônicas... Leia com carinho filha e coração aberto... Mudar pode ser doloroso mas compensador no final.

Tia Ana deu um beijo na minha testa e saiu me deixando perdida nos meus pensamentos e naquelas crônicas.

“Quanto tempo leva para que uma pessoa tenha confiança em nós? Leva muito tempo, eu mesmo respondo, pois, é difícil confiar em pessoas quando não as conhecemos bem, acredito que é um processo, lento e gradual. Aposto que tem um monte de gente lendo pensando exatamente a mesma coisa que eu... Então eu pergunto: Quanto tempo leva para perder a confiança? Eu respondo novamente, um segundo, isso mesmo, em um segundo tudo que construiu cai por terra, se foi uma coisa ruim que aconteceu então... E sobre perder pessoas? As vezes leva uma vida para encontrar aquela pessoa que deixa nossa respiração acelerada só com um suave mexer dos lábios, é estou falando de amor, enquanto perder, é questão de segundos, seja por qualquer motivo, perder é fácil e rápido. Eu não quero mais perder ninguém, perder é ruim.

….

Um amor que chega e transforma tudo a sua volta e quando vai deixa tudo revirado, tudo vazio... Eu encontrei um amor assim e com atitudes erradas em um segundo perdi tudo, fiquei revirado, fiquei vazio.

Amor é fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente? Então perder um amor é uma queimadura, uma ferida sem cura... Uma dor dilacerante.”

Fábio

____________

Lia: Oi amiga, você me ligou?

L: Sim, eu tentei ligar no celular do Fábio e não consegui, achei que estaria com vocês.

Lia: Não, amiga ele está fazendo um serviço voluntário, não sei direito...

L: No domingo?

Lia: Sim.

L: O Igor não sabe onde ela está?

Lia: Perguntei e ele disse que é um serviço voluntário de ler para pessoas na mesma clínica onde sua mãe está.

L: Obrigada.

Reli as mensagens de Lia e entendi tudo, sabia onde iria encontrá-lo, com o coração acelerado corri até lá.

_____________

Quando me aproximei do jardim, vi minha mãe com o velho xale nos ombros como sempre e do seu lado o rapaz que ela tanto falava nas minhas últimas visitas, meu coração sentiu um aperto, porque eu não pensei em me aproximar da minha mãe assim... Fiquei tanto tempo arranjando desculpas para o desconforto que sentia quando estávamos juntas e ele ali fez parecer tudo tão fácil.

–Oi... -falei quando cheguei no pequeno jardim onde os dois estavam.

–Oi... -ele respondeu tirando os olhos do livro e abrindo um sorriso surpreso quando viu que era eu.

–Tudo bem mãe?

–Esse rapaz está lendo para mim.

Senti as lágrimas quentes descerem no meu rosto na mesma hora.

–É? E o que está lendo? Posso escutar também?

–É um livro de poesias. -ele disse.

–Claro, a senhora sempre amou poesias né mãe?

–Pode se juntar a mim na leitura se quiser? – falou carinhoso.

–Claro... - sentei do lado dele e me passou o livro, um leve tremor em nossas mãos aos se esbarrarem.

–Dona Regina, sua filha vai ler um pouco e eu vou escutar junto com a senhora tudo bem?

–Quero a da página 12...

–Ela decorou o número das páginas das leituras favoritas.

Lis olhou para ele com carinho, quanto tempo ele estava vindo ali naquele lugar, com a mãe, enquanto ela mesma mal estava vindo nas sextas.

–Página 12! – a mulher falou ansiosa.

–Sim claro, vou começar...



Ou Isto ou Aquilo

Ou se tem chuva e não se tem solou se tem sol e não se tem chuva!Ou se calça a luva e não se põe o anel,ou se põe o anel e não se calça a luva!Quem sobe nos ares não fica no chão,quem fica no chão não sobe nos ares.É uma grande pena que não se possaestar ao mesmo tempo em dois lugares!Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,ou compro o doce e gasto o dinheiro.Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .e vivo escolhendo o dia inteiro!Não sei se brinco, não sei se estudo,se saio correndo ou fico tranquilo.Mas não consegui entender aindaqual é melhor: se é isto ou aquilo.

–Cecília Meireles, eu gosto muito...

–Sua autora preferida quando era criança né mãe...

–Filha você vai vir ler para mim também?

–Claro mãe, se você quiser eu virei sempre. -cada vez que ela me chamava de filha meu coração pulava no meu peito.

–Eu quero, você e o Fábio podem ler para mim sempre.

–Eu vou adorar ter a companhia das duas mulheres mais lindas que já conheci na vida.

–Veja só mãe, arrumou um admirador. -brinquei.

–Já sou velha, melhor admirar minha filha.

–A senhora não é velha, mas tem razão vou admirar muito sua filha.

Sorri ainda com lágrimas nos olhos e a mão dele sobre a minha.

_________

–Eu não poderia nunca imaginar que o rapaz que minha mãe falava todo o tempo era você. - minha mãe tinha entrado com a acompanhante e ficamos no jardim conversando.

–Eu queria estar perto de você de alguma forma... Desculpe-me. - ele falava com sinceridade.

–Ela ficou tão calma hoje.

–Ela gosta de escutar alguém ler.

–E no final me chamou de filha...

–É oque você é a filha dela, e sempre será.

–Obrigada...

–Lis... Eu queria tanto mudar as coisas, aquelas coisas todas que escrevi...- ele passou a mão de leve no meu rosto. – Queria voltar no tempo... Mas a tia Ana disse que se voltássemos no tempo provavelmente nada do que e foi bom nesse período seria igual...

–Tia Ana é muito sábia.

–É sim...

–Você andou conversando com ela é?

–Sim, como disse queria estar perto de você de alguma forma.

–Você pagou as dívidas da confeitaria?

–Na verdade foi o dinheiro que ganhei com as crônicas que escrevi...

–Não devia ter feito isso...

–Eu queria ajudar, aquele lugar é um pedaço da sua história e quero que você seja feliz.

–No evento... Você ajudou?

–Um pouco, mas o Igor trabalhou mais, ele conhece muita gente do ramo culinário.

–O evento foi muito bom... Eu e a Lia vamos tocar a confeitaria.

–Eu sei, tenho me mantido informado.

Olhei para ele, o semblante sério mas, carinhoso, a barba rala me deu vontade de tocar em seu rosto ou de senti-la mais perto... Num beijo. Os olhos ansiosos dele procuravam os meus.

–Eu... eu... sinto tanto a sua falta. -passei de leve a ponta dos dedos no contorno do rosto dele.

–Ah, Lis, eu também meu amor, sinto tanto... Tive que procurar me manter vivo para um dia ter você de volta. -ele chegou mais perto de mim, o nariz quase tocando no meu.

–Eu fui muito dura né? Mas eu fiquei tão chateada com aquilo tudo... Me senti exposta... Ridícula.

–Eu sei... Por favor, me perdoe, eu não quis ser leviano, eu sei lá, só queria me expressar, e não é só aquilo tem outras coisas lindas que escrevi pensando em você, essas últimas semanas achei que não conseguiria escrever nada e era só pensar em você me vinham mil palavras...

–Eu li...

–Leu?

–Sim, minha tia está colecionando tudo que escreve, tua mãe vai ficar feliz por assinar com seu nome.

–Não tenho o porque esconder meus sentimentos....

–Não... Não tem...

–E nunca ache que o que sinto por você é menos ou mais do que senti por Aline, o que sinto por você é único... Lis, eu te amo tanto, tanto que chega doer...

–Sei bem o que é isso... -coloquei a mão sobre a dele.

–Quero ser teu namorado de novo, quero sexo aventura, amizade-colorida, quero te amar, quero fazer planos, quaro estar ao seu lado na confeitaria, ou na clínica com sua mãe... Quero tudo com você

Eu sorri com a velocidade das palavras dele.

–Eu quero ter meu namorado de novo e todo o resto também.

–É? Posso te beijar então?

–Pode? Não!... Deve!

Ele sorriu e me beijou ansioso como se pudéssemos desfazer toda a falta que um sentimos um do outro.

Um mês depois

Cada vez estava mais fácil entrar na clínica com ele do meu lado, de mãos dadas como namorados que eramos enfim e com tudo resolvido entre nós.

–Ela está esperando vocês. -a acompanhante de mamãe nos recepcionou com um sorriso.

E logo a vi, a pouco mais de duas semanas ela começou a usar roupas coloridas e deixou de lado o velho xale, embora o comportamento ainda esteja muito instável pela própria doença e por vezes ela não reconheça que sou filha dela, agora está mais serena, as crises diminuíram bastante e adora quando o Fábio pode vem ler para ela, as vezes o chama de Lucas quando nos vê trocando alguma carícia, mas não ligávamos, agora eu vinha três vezes na semana visitá-la, os horários na confeitaria eram menos rígidos. E no domingo quando ela estava calma, saia com a gente para passear, no primeiro fim de semana a levamos para ver a obra na confeitaria e no seguinte fomos até a casa dos pais de Fábio.

–Oi mãe, como está hoje?

–Quero ouvir uma história.

–Claro dona Regina, hoje escolhi um conto que eu mesmo escrevi.

–Você vai amar mãe! Meu namorado escreve muito bem! -sorri sentando do lado da minha mãe e ele na nossa frente.

–O Lucas escreve? Essa é nova! -minha mão nunca gostou de Lucas, mas agora isso era evidente.

–Não dona Regina sua filha já trocou namorado, agora ele se chama Fábio e é bem mais legal.

–Que bom... Eu achava o Lucas muito chato. - minha mãe disse séria nos fazendo rir.

–Eu também acho sogra, eu também acho! Vamos pra nossa história?

E com a voz pausada ele começou a ler o conto que estava pretendendo transformar em livro que daria o nome de Aventura Romântica.

Fábio

Acordar do lado de Lis era a melhor coisa do meu dia, sentir o corpo dela se moldado ao meu, os cabelos soltos no travesseiro, as mãos no meu peito... Não tinha mais resistência nenhuma em dormir abraçada a mim, algumas vezes acordava com ela distante, era só puxar que ela já se enrolava toda no meu corpo.

–Bom dia. - ela abriu os olhos e me pegou a admirando.

–Bom dia! -dei um selinho nela.

–Já acordado?

–Sim... Estava olhando minha namorada linda dormir.

–É?

–É sim! -a puxei para mais perto colando meus lábios nos dela.

–Hummm vou ficar acostumada a acordar com você aqui em casa todo dia...

–É para se acostumar mesmo!

–Sério? – Ela foi vindo para cima de mim me beijando. -Então vem morar comigo?

–Oi?

–Morar aqui comigo... - ela de repente ficou tímida cruzou os braços sobre meu peito e apoio a cabeça nas mãos me olhando manhosa. – Eu sei que faz pouco tempo que estamos juntos de verdade... Mas eu acho que seria bom se morasse aqui comigo e a gente pudesse ficar mais juntos... Me sinto tão bem como você, me sinto forte para enfrentar qualquer coisa.

–Está me pedindo em casamento? -sorri brincalhão.

–Não... Não assim casamento... Não se assuste, e por favor não faça uma crônica machista sobre isso hein... Só que sei lá... Sinto falta quando não está comigo e teria espaço para escrever, ter seu escritório, ficaria tranquilo, de dia estou sempre lá na confeitaria...

–Não sei... -comecei a falar sério.

–Tudo bem esquece... É cedo mesmo. - ela falou saindo de cima de mim e levantando rápido.

–Ei mocinha! Espera! – a peguei e a derrubei na cama ficando por cima dela. – Sua boba, nem espera eu falar... Eu ia falar: Não sei como o Igor vai viver sem mim naquela quitinete, já que eu sou a alegria da casa!

–Isso quer dizer que vai vim morar comigo?

–Claro meu amor! Eu vou vim já, não vou mais sair daqui...

–Eu te amo tanto!

–Eu te amo mais! – a beijei com carinho e fui aprofundando as carícias, estava no melhor lugar do mundo com a melhor pessoa também, estava livre para amar e ser amado.


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Notas finais do capítulo

*-* Obrigadaaa gente pelo carinho que estou recebendo com essa fic! Obrigada por todos que favoritaram mesmo que eu não saiba quem são =/ aqueles que eu sei já agradeci especialmente... Aiii gentem que dor se despedir assim de uma história que ficou tanto em mim U_U essa semana estou num clima meio depre pelo fim da fic, mas é necessário, outras mais tenho para escrever ;)

Beijos!!!



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