“Sinceramente ainda acredito em um destino forte e implacável.”

Baque! Estrondo!

Merda! Não acredito que quebrei meu vaso e não acertei a cabeça do maldito. Meu sangue fervia de raiva, estava submissa ao meu ódio deste indivíduo chamado Rodrigo. Ele se levantou depois que taquei o meu vaso de vidro que foi dado pela minha vó, ah se ela visse o desperdício.

:- Ani, você precisa me escutar. Eu...

:- VAI PARA O INFERNO, RODRIGO!!! – O interrompi gritando completamente fora de mim. – VOCÊ E A VAGABUNDA DO SMS. – taquei o seu telefone nele, as veias do meu pescoço saltavam.

:- Já chega Anahí, perdi minha paciência. – ele mudou a expressão e veio até onde eu estava segurando devo dizer fortemente os meus braços. Durante toda nossa discussão esse foi o único momento que eu tive medo. A expressão de Rodrigo estava irritada isso se refletia no aperto dado nos meus braços, provavelmente ficariam marcas.

:- Presta atenção no que eu vou te dizer, Rodrigo. – por mais medo que eu tivesse agora dele, me mantive firme e tentei transmitir toda a minha raiva que eu nutria por ele pelo olhar. – O nosso relacionamento acabou! E não foi agora, foi muito antes, será que não vê que nos deixamos levar pelo comodismo ou pelo receio da solidão. E sinceramente, não sinto só raiva tua como minha também, por que eu deixei chegar nesse ponto?

Rodrigo abaixou a guarda sua expressão mudou novamente, deixou de me machucar fisicamente, colocando seus braços ao lado de seu tronco. Me encarando, sentido pelas verdades que dizia.

:- Deixamos os dois e chegarmos ao total desespero da infelicidade, na qual tivermos que machucar um ao outro, para enxergarmos que não somos felizes juntos? – continuei dizendo sentida. Era uma pena, nós dois insistimos tanto em um relacionamento equivocado.

O silêncio só era quebrado pela respiração ofegante de Rodrigo, ele fugiu de vários vasos e objetos que joguei nele. Tivemos uma discussão violenta verbalmente.

:- Não! Não! Não! Anahí, não aceito te perder! – ele falou frustrado.

:- Lamento Rodri, mas você nunca me teve por inteiro.

Foi uma última facada que dei nele, sabia que Rodrigo, depois do que foi dito demoraria a me perdoar e se algum dia ele me perdoasse, não o culpo. Pisei no ego dele, algo que era essencial para a sua sobrevivência.

:- Quer saber? Quando o seu namoradinho te der o fora. Você vai voltar, implorando para que eu volte para você. – ele dizia chateado, buscando palavras que me ferisse como eu o feri a pouco, ele buscava suas coisas no meio da bagunça na sala do meu apartamento. – e sabe o que eu vou dizer Anahí? Não! – Abriu a porta e saiu.

Confirmou o que eu sempre suspeitei, ele sempre soube que eu pensava em Christopher mesmo namorando-o. A discussão com Rodrigo foi extrema, cansativa e apesar de tudo, quis chorar, só não sabia o por que. Fiquei dividida entre o alivio de está livre e o receio de ter que magoa e pisar nos sentimentos de Rodrigo para ganhar essa liberdade. Por outro lado, tinha vontade de gritar por que sabia que o destino, estava construindo o presente para alcançar o futuro, tudo foi necessário para que pudesse buscar e me entregar a Christopher futuramente.

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