— É muito simples Chris! Veja, eu preciso de um namorado, e estou pagando por isso. Basta você aceitar, e eu te pago. Afinal uma semana não é muita coisa. — Dulce sempre foi muito insistente, mas naquela semana ela estava muito mais do que o normal. Queria a todo custo que eu fingisse ser seu namorado por uma semana, para que ela pudesse ir na tão famosa festa de Anahí, uma colega dela que faz de tudo para lhe humilhar, e enfim, Dulce cismou em revidar.

— Eu ainda não estou acreditando que a mocinha da mamãe está me propondo isso, um namoro pago. — Disse sentando na ponta do sofá da casa de Dulce. — Já percebeu o quanto sua ideia é tosca? — Continuei.

­— Não é tão tosca assim. — Dulce sentou no sofá mais perto de mim. — Além do mais, bem que você quer me dar uns beijinhos, que eu sei. — Ela disse convencida.

— É?

— Sim. — Afirmou — Ah Chris, uma semana apenas! Depois cada um vai pro seu lado e voltamos a ser os bons amigos de sempre. Topa? — Ela voltou a indagar. — Se não aceitar, diga adeus a nossa velha amizade.

— Está percebendo que me deixou sem opções de escolha? Dulce eu já tenho uma namorada. Não vou dispensá-la justo na semana dos namorados! — me adiantei.

— E vai deixar sua amiga solteirona de lado? — Dulce tinha a maldita mania de convencer a qualquer que fosse com a típica carinha de menina inocente, aquela que ela fazia quando queria algo de alguém. — Tudo bem, eu vou superar isso. O tempo é o melhor psicólogo que existe. — Ela disse levantando e pegando minha jaqueta que estava jogada na poltrona da sala, e colocando-a em meu colo. — Adeus Christopher, foi um prazer ter te conhecido. — Ela fez um bico, sentou de vez no sofá cruzando as pernas e olhando para o teto. — Já pode ir para sua casa, ou então... — Me olhou de soslaio — dar uns amassos na sua querida namoradinha.

— Dulce, para de birra. — Disse já querendo rir, e rir muito da cena. — Nem adianta todo esse drama, não vou desistir da Natália. — Concluí.