Rainha da Neve escrita por Kikonsam


Capítulo 3
Melhor amigo


Notas iniciais do capítulo

Oi, consegui escrever um capítulo. Espero que gostem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640581/chapter/3

Anna saía do seu castelo, enquanto sentia nojo pela sua noite de núpcias com seu marido traidor. Nunca mais iria querer olhar na cara de Hans, nem hoje nem nunca. Anna apenas segue a luz verde que sai do floco de neve que ela segura na mão, andando pelo pátio do castelo em plena noite quente de verão. Os guardas são muito mal treinados, e pelo visto estão todos dormindo. Anna passa pelo portão eternamente aberto, apenas seguindo a luz que ela acredita apenas ela seja capaz de ver. Apenas olha para cima e vê a linda luz em uma linha praticamente a chamando para fora do castelo. E é aí que bate de frente com alguma coisa. Anna cai no chão, e demora um pouco para se recompor, abrir os olhos e enxergar Kristoff á sua frente.

– Anna? – pergunta Kristoff, se levantando.

– Kristoff? O que está fazendo aqui? – pergunta Anna, desconfiada, se levantando do chão quente.

– Eu estava indo pegar um carregamento de gelo que chegou hoje. Só poderia ser de madrugada. – fala Kristoff. – Mas, e você? O que faz aqui?

– Nada. – fala Anna. Kristoff poderia ser seu melhor amigo, mas tinha certeza que não seria capaz de entender nada do que ela está passando.

– Como assim nada? – pergunta Kristoff, percebendo nas mãos fechadas de Anna. – Nenhuma princesa sai no meio da noite do seu castelo por que quer tomar ar puro. Ainda mais em sua noite de núpcias. E o que você tem em sua mão?

– Kristoff. – fala Anna, recuando para que Kristoff não pegue suas mãos fechadas com o floco de neve nelas. – É complicado. Você não iria entender.

– Anna, achei que fôssemos melhores amigos. – fala Kristoff, olhando bem fundo nos olhos da Anna. – Desde pequenos não escondemos nada um do outro, sempre fomos bem sinceros e honestos. Por que você esconderia algo de mim?

– Você não entenderia... – fala Anna, andando mais um pouco para trás. – É minha vida, não a sua. Só peço que não comente isso com ninguém.

– Como assim não comentar com ninguém? – fala Kristoff, se aproximando dela. – Claro que vou falar para alguém. Você não me diz aonde vai.

– Mas é minha vida. Por que não se preocupa com a sua? – fala Anna, na defensiva.

– Por que eu me importo com você. – fala Kristoff, olhando bem fundo nos olhos de Anna.

Anna sabia que aquilo era verdade, e quando Kristoff olhava nos olhos de alguém era por que ele de fato se importava com aquela pessoa e poderia fazer de tudo para ajuda-la, por mais louco que aquilo parecesse. E além do mais, quem mais confiar além de Kristoff? No momento, Anna confiava mais nele do que no seu próprio marido.

– Certo. – fala Anna, respirando fundo e abrindo as mãos, mostrando o floc de neve.

Kristoff olha com curiosidade, sem entender nada.

– Por que você carrega um pequeno montezinho de neve em sua mão? – pergunta Kristoff, apenas enxergando um montezinho de neve nas mãos de Anna.

Anna imaginava que isso ia acontecer. A rainha Elsa parecia muito inteligente e segura para deixar que qualquer um visse o floco mágico flutuando em suas mãos com um caminho verde aparecendo.

– Então... Eu imaginava que isso aconteceria... – fala Anna, pensando alto.

– Anna, o que está acontecendo? – pergunta Kristoff, agora sem saber de nada.

– Então... – fala Anna, começando a contar a história. – Sabe quando te encontrei quando fui urinar antes do meu casamento?

– Sim...

– Bem, quando estava voltando, vi Hans em um quarto com a porta entreaberta, com uma mulher. Se beijando.

Kristoff ficou assustado. De fato, nunca confiou totalmente em Hans. Sempre com um pé atrás com o príncipe das Ilhas do Sul, que sempre o reprimia por não ser de uma alta classe social. Apesar disso, nunca contou nada para Anna, pois sabia que seria impossível não se casar com o Hans.

– Nossa, Anna. – fala Kristoff, de fato com sentimento. – Eu sinto muito.

– Eu sei. – fala Anna, se lembrando do momento horrível. – Bem, eu fiquei arrasada, claro. Daí eu fui chorar no meu quarto de vestir, e uma mulher muito esquisita e bonita apareceu. Ela usava um vestido branco, tinha cabelos azuis em formato de chamas, e um cajado feito de gelo. Impecável.

Kristoff começou a achar que Anna havia perdido a cabeça, mas apenas continuou a ouvindo falar:

– Ela se chama Elsa, ou “Rainha da Neve”. Ela disse que sabia de tudo, e que poderia me ajudar. Congelando meu coração.

– Como assim? – fala Kristoff, agora de fato crente que Anna havia perdido sua cabeça. – Como uma feiticeira aparece do nada no seu quarto e diz que vai congelar seu coração? E o que o montinho de neve tem a ver com isso?

– Kristoff, eu sei que parece loucura. – fala Anna. – Eu sei mesmo. Mas é verdade, e ela só não o fez por que o Hans apareceu no quarto. E depois que acabou o casamento, eu achei esse floco de neve no meu quarto, com esse caminho de luz verde e imaginei que ela o tenha botado para...

– Espera aí. – interrompe Kristoff. – Como assim? Anna, você já se ouviu falando?

– Kristoff. Confia em mim. – fala Anna, olhando bem no fundo dos olhos de Kristoff, utilizando sua mesma tática. – É verdade. E ela pode me ajudar.

– Anna, isso não passa de um montinho de neve. – fala Kristoff. – E não vejo nenhum caminho de luz verde.

– Kristoff. Por favor, acredita em mim. – fala Anna, olhando bem fundo nos olhos de Kristoff.

Kristoff soube naquele momento que Anna tinha certeza do que estava falando, e a conhecia a tanto tempo que era capaz de saber que não seria uma viagem perdida que a Anna estaria fazendo. Mas ele pensou direito, e viu que tudo era loucura. Mas teria que embarcar nessa loucura, pois sabia que Anna não tiraria isso da cabeça nunca. E antes embarcar em uma loucura acompanhada e protegida do que com chance de morrer em menos de uma hora no frio das montanhas cobertas de neve.

Anna já estava cansada de esperar alguma resposta de Kristoff, e já havia desistido.

– Deixa pra lá. – fala Anna, andando para longe de Kristoff. – Se não quiser me ajudar, pelo menos me deixe em paz e não conte a ninguém.

Kristoff não a deixa ir muito longe, e fala:

– Anna.

Ela se vira, olhando para os seus olhos, e ele diz:

– Eu irei com você.

Anna vibra, e dá um abraço em Kristoff. Ele logo se derrete por ela, secretamente escondendo sua paixão que sentia desde criança, sem poder revelar.

– Vamos logo. – fala ele, saindo do abraço. – Vou buscar o Sven.

Em alguns minutos, Kristoff chega com Sven e seu trenó. Deixaria o entregador de gelo plantado esperando naquela noite, pois estaria rumo á Montanha do Norte com Anna, seguindo um misterioso caminho de luz verde quem ninguém via. O quão errado isso poderia dar? Kristoff não sabia, só sabia que esta era uma perfeita oportunidade para mostrar a Anna seu verdadeiro eu corajoso, fiel, amigo e talvez conquista-la.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. Mas, como diz no meu post anterior, será difícil a postagem do próximo. Portando, sem previsão.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rainha da Neve" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.