Rainha da Neve escrita por Kikonsam


Capítulo 2
Boneco idiota


Notas iniciais do capítulo

Oioi. Sempre no início das minhas fics coloco o segundo capítulo no dia seguinte ao anterior, mas não continuo isso. O prazo para outro capítulo é de no máximo cinco dias, podendo ser postado antes.



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– Não! – podia-se ouvir a voz de Elsa antes do redemoinho de neve aparecer pelo castelo, de onde seu corpo é formado e todos os bonecos de neve se assustam por sua súbita aparição.

Elsa começa a caminhar freneticamente até seu trono de gelo, onde se senta e fica lamentando por que não conseguiu ter sucesso na tentativa de congelar o coração de Anna. Seu cajado está brilhando, o que reflete nas suas emoções. O floco de neve dentro da bola de gelo em uma das extremidades do seu cajado está agitado, batendo na bola freneticamente.

– Rainha Elsa? – fala o pequeno boneco de neve Olaf, se aproximando lentamente do trono da Rainha.

– O que é, Olaf? – pergunta a Rainha, gritando irritada.

– Desculpe vossa realeza, mas eu gostaria de saber se a senhora conseguiu seu objetivo. – fala Olaf, olhando para Elsa com olhos inocentes.

Elsa se levanta de seu trono, com os olhos se tornando azuis claros, coisa que acontece frequentemente por ela estar com raiva, e se aproxima lentamente de Olaf, que não sai do canto, olhando para a rainha com pavor.

– Parece que eu consegui meu objetivo, Olaf? – pergunta Elsa, calmamente, se abaixando e olhando bem nos olhos de Olaf.

– Eu não sei, vossa majestade, a senhora...

– Não parece! – grita Elsa, e com seu cajado lança o pequeno boneco de neve longe, jogando-o contra uma das paredes de gelo.

– Mas, a senhora nem ao menos a persuadiu? – pergunta a cabeça de Olaf, enquanto seu corpo tenta acha-la.

Elsa para, se costas para Olaf. E é aí que se lembra de que sua lábia foi capaz de persuadir Anna, e que ela pareceu cair em seu papo de que um coração congelado é a resposta para todos os seus problemas, quando na verdade um coração congelado só faz um ser humano morrer. E com consentimento da vítima, não há nada que o descongele. Porém, sem seu consentimento, um ato de amor verdadeiro o pode descongelar. Neste momento, Elsa olha para Olaf, enquanto ele junta as últimas partes de seu corpo de neve.

– Consegui. – fala Elsa, olhando para Olaf, enquanto seus olhos voltam ao normal. – Eu consegui persuadi-la!

Elsa começa a rir assim que se dá conta do real ato que fez.

– Qual foi a graça? – perguntou Olaf, rindo junto com a rainha.

Elsa para subitamente de rir ao ouvir a pergunta de Olaf, olhando para ele com olhos sérios.

– Ah, é isso que dá deixar que o seu primeiro boneco de neve vivo faça parte de seu exército. – fala Elsa, andando para longe de Olaf e depois se virando bruscamente para ele, com seu cajado apontado, enquanto grita:

– Idiota! – jogando feitiços de gelo contra o boneco, que se esquiva.

– Imbecil! – grita a Elsa de novo, jogando novamente o feitiço saindo do cajado, e Olaf desviando novamente.

Olaf não diz uma palavra, apenas sai do salão, correndo para que não seja atingido por mais um feitiço da Rainha da Neve.

Elsa para, dá um leve riso, e vai até seu trono, onde continua a pensar em como irá persuadir Anna a chegar até ela. Saberia que seria impossível contatar Anna dentro do castelo, visto que quase foi pega quando foi para lá. Elsa pensa, e chega a conclusão que não pode deixar nenhum boneco de neve ir para lá, já que eles seriam derretidos pelo verão. Nem mesmo o mais forte Marshmallow poderia sobreviver ao calor.

– Não. Tem que ter algo. – pensa alto Elsa.

Ela balança a mão pela bola de gelo de seu bastão, e o floco de neve é substituído pela imagem de Anna vestida com o mesmo belíssimo vestido branco que ela o encontrou, junto ao seu marido traidor Hans, enquanto um padre lê todo o mesmo discurso clichê de todos os casamentos. O rei e a rainha, de quem Elsa tem nojo, estavam ao lado dela no altar. Todas as realezas dos reinos próximos estavam lá para prestigiar a doce princesa que seria futuramente uma doce rainha em um doce reino. Elsa tinha nojo disso, ainda mais por que tudo o que a princesa manda os outros fazem. Isso sim era poder, não este genérico de liderança no qual Elsa tem, de poder controlar bonecos de neve estúpidos.

– Idiotas. – fala Elsa, baixo, vendo o casamento, e desejando tudo o que a realeza tem para si própria.

Neste momento, uma ideia genial se passa pela cabeça de Elsa, capaz de trazer Anna para seu castelo, onde seria persuadida a ter seu coração congelado. Um floco de neve indicador. Ele colocaria um rastro de luz verde até os portões de seu castelo, um raio de luz que só seria visto pela Anna. O floco de neve seria perfeito, e Elsa poderia coloca-lo no quarto de Anna, bem a sua vista, e talvez antes mesmo de sua noite de núpcias Anna partiria para o seu castelo na Montanha Norte.

Elsa espera pacientemente. Tempo é o que não lhe falta, poderia dar 100 anos esperando. Se Anna morresse, valeria a pena. E o casamento acaba, a festa se faz, e as horas se passam. Pessoas bêbadas tomando taças e mais taças de vinho, e a festa se acabando em altas horas da noite, já de madrugada. Anna com a mesma cara de falsidade, fingindo estar tendo o momento mais feliz de sua vida quando na verdade está tendo um dos momentos mais angustiantes de todos. E aí Hans e Anna chegam perto do seu futuro quarto, onde estrategicamente o floco está escondido. E é aí que Anna vê o o rasto de luz. O encara um pouco, mas não conta nada para Hans. Finge não ver nada e tem sua noite de núpcias. Pode se ver que Anna está aturando cada momento, somente suportando Hans em cada segundo do suposto momento mais mágico de sua vida. E Anna e Hans se deitam, depois de um dia inteiro de fingimentos de que estavam loucamente apaixonados um pelo outro. Mas Anna não dorme, apenas espera ouvir os roncos de Hans para ver de onde sai o rastro verde, achando o floco. Este floco brilha, e Anna fica encantada, seguindo o rasto com o floco na mão, com uma roupa de frio para aturar as noites frias do verão de Arendelle. Mas Elsa sabia que naquela noite Anna iria sentir muito mais que simples brisas frias, assim como a própria Anna sabia, e por isso levou casacos a mais em sua bolsinha.

– Vamos, venha linda princesa. – fala Elsa, olhando com louvor para imagem de Anna saindo do castelo. – Estou á sua espera.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, deixe suas impressões nos comentários! Até a próxima! :)



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