Entre Mundos escrita por Mr Jon


Capítulo 7
Marshall Lee


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, desculpe a demora pelos capítulos, para compensar acho que estes é um dos melhores capítulos da história, acho que a partir disso vocês já conseguem relacionar o que Marshall passou e o que sente por Chiclete.

Comentem o que estão achando da história, o que precisa melhorar, e boa leitura >



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– Acorde filho, hoje é o seu grande dia. Não saia sem antes pentear o cabelo, não quero que eles pensem que meu filho não é um grande ser do submundo. Uma voz fina e aparentemente bondosa falava, aquela voz trazia uma sensação de paz aos ouvidos de Marshall.

– Ok mãe! Já irei descer. Marshall era pequeno, com nove anos de idade, ele ainda meio que não sabia se sentiria feliz ou triste pelo o seu aniversário.

Ele pegou suas roupas e se vestiu, penteou o cabelo e vestiu sua melhor roupa. Ao descer olhou sua mãe, uma mulher de cabelos presos, pele esverdeada, usando um terno elegante.

– Você está lindo filho, vamos!

Ele seguiu a mãe até um certo prédio, como eles moravam no submundo todo o céu permanecia em um tom de vermelho-sangue e preto, as casas estavam em ruínas, nas ruas se ouviam gritos de dor e desespero que por alguma razão parecia fazer sua mãe se sentir bem.

Ao entrarem no prédio o porteiro, um esqueleto curvou-se ao ver eles, e chegaram a um grandioso salão, que estava lotado, e ao centro três grandes esqueletos cobertos por uma manta preta observavam Marshall. Sua mãe lhe deu um pequeno empurrão e o deixou sozinho no centro, ao olhar de todos.

– Marshall, príncipe do submundo, futuro imperador deste local, você chegou a idade da sua missão, todo e qualquer imperador do submundo se submeteu a uma missão específica, inclusive a sua mãe. Falou o grande esqueleto do meio.

Ela se levantou e acenou para todos, recebendo uma mistura de vaias e aplausos, ambos não a afetavam.

Está na hora de decidirmos se está apto a fazer parte do submundo, da chamada noitosfera, Um trovão iluminou o local.

– Tragam o oráculo.

Um ser se aproximava de marshall, encapuzado com nada a vista e se fixou a frente dele. Ele se retirou o capuz revelando um rosto redondo e azulado, deformado, com parte esqueleto parte carne, com uma cicatriz que seguia em linha reta pela testa.

Marshall ficou com medo e hesitou por um momento, o que eles planejavam para ele?

Em um tom bem alto o esqueleto da esquerda disse:

– A cicatriz é o símbolo da dor, de algo que já foi vencido, mas que pode ser aberto novamente, este é um verdadeiro símbolo de um imperador, você deve ser sanguinário, não ter piedade de ninguém, é assim que o imperador da Noitosfera deve agir, pode tocar.

– O que? Tocar isso? Desculpe, mas isso é muito estranho. Marshall hesitava.

– Marshall, toque logo isso, não seja fraco. Sua mãe gritou a distância.

Ele fechou os olhos e estendeu a mão, com um dedo ele perseguiu toda a extensão da cicatriz, que se abria revelando uma imensa placa de cristal, que refletia a imagem de marshall e o toque de vermelho.

O oráculo se afastou e levantou a cabeça, todos da sala se inclinavam para frente, como se já soubessem o que ia acontecer, mais um motivo para deixa-lo nervoso.

De repente a placa de metal brilhava, mas era um brilho que dava origem a outra imagem, nela podia-se observar um pequeno garoto de pele rosa, brincando com uma borboleta no jardim em um grande lugar ensolarado. Ele nunca tinha visto aquele tanto de luz.

– Já está tudo claro, Marshall, príncipe do submundo, sua missão consiste em enviar uma alma nobre para o submundo, ou seja, a do futuro príncipe do reino doce, chiclete.

– Como irei fazer isso? O vampiro disse com desprezo.

– Matando-o, como mais planeja fazer isso? O esqueleto da direita disse com indiferença.

Marshall engoliu em seco.

– Eu não quero fazer isso, eu quero ficar aqui, esse é meu lar, por favor não me tirem daqui.

– È o destino de todo futuro príncipe, aceite, ou considere-se expulso da noitosfera, será caçado até o fim dos tempos, e na grande guerra contra a superfície, seus companheiros não terão a menor piedade. Retrucou o esqueleto.

– Mas... Não sei nem como matar alguém....

– ora...Você é um vampiro, sede de sangue está impregnado em sua pele. Agora vá.

Um portal negro se abriu atrás de Marshall.

– Você tem o tempo limite de oitocentos anos, até a grande guerra.

– Mãe... ele olhou para ela com medo.

– Te vejo em oitocentos anos filho, pegue isso, volte para me visitar, ela acenou sorrindo.

Um pequeno boné chegou até as mãos dele que o colocou na cabeça.

Marshall não se viu com outra opção, teria de ir. Ele entrou no portal e sua visão ficou turva, e de repente tudo ficou claro, o que queimava seus olhos, acostumando-se aos poucos ele se viu em uma floresta, as árvores pareciam muito diferentes do submundo, estas pareciam cheias de vida e alegres, e não mais tristes e mortas como lá.

Ele ouviu um som de um sorriso, e foi abrindo caminho por entre as folhas, e viu Chiclete, brincando com uma borboleta-doce, ele parecia tão feliz, coisa que um vampiro nunca sentiria.

Ele decidiu falar com ele, mas quando saiu a luz do sol ele sentiu uma queimação intensa no braço que o machucava bastante e exclamou:

– Ai! Maldita luz. Ele se calou na hora e correu de volta as sombras subindo nos galhos de uma árvore alta.

Chiclete deveria ter ouvido, pois ele parou de brincar com a borboleta, e caminhou em direção a árvore onde ele estava e disse:

– Senhora árvore, não fique zangado com o senhor Sol, ele só quer o nosso bem, espero que ambos possam ser amigos, ele pegou do bolso um curativo e o colocou na árvore. E esboçou um grande sorrindo, voltando a brincar com a borboleta.

Naquele momento Marshall pensou:

– Chiclete... Irei protege-lo assim como fez comigo. Não irei mata-lo.


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