Casada com Tony Stark escrita por Bruna


Capítulo 3
Brigas e Gelo


Notas iniciais do capítulo

Oiie gente, mil desculpas pelo atraso. (Preguiça, escola e bagunça).
Tomara que gostem do capítulo, o próximo vou tentar postar mais em breve!
Desculpem se houver algum erro e desculpa mais uma vez pela demora!
Beijos s2
P.S. Amei os comentários, esse retorno positivo de vocês significa muito para mim!



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O amor é o ultimo sentimento antes de uma briga e o primeiro depois da reconciliação

(Marcos William)

Eu olhava para a entrada do ringue de patinação ainda incrédula.

– Eu amo patinar.

– Eu sei.

Não posso deixar de sorrir. Stark pega minha mão e me guia para dentro do local, no começo até acho estranho e sinto vontade de recuar, mas é uma sensação tão boa que acabo deixando nossas mãos juntas.

– O de sempre. – Stark indaga quando chegamos no balcão.

– É para já Stark. – O homem responde, já virando as costas.

Em pouco tempo ele volta e deixa dois pares de patins no balcão, Tony pega os dois e me entrega um, depois volta a pegar a minha mão e me guiar pelo local.

– A gente vem muito aqui? – Essa pergunta estava martelando na minha cabeça desde que entrei, principalmente quando Stark havia dito “o de sempre”.

– A gente vem aqui uma vez por mês pelo menos, se não tem uma certa pessoa...

– A não ser que você queira parar com a cara no chão, não termine a frase.

– Que amor. – Stark sorri para mim e eu sorrio, falsamente, para ele.

Logo chegamos em um espaço com sofás e balcões, tiramos nossos sapatos e colocamos os patins. Depois de tudo pronto, entramos no ringue de patinação.

Como eu tinha saudade disso, fazia anos que eu não vinha em um desses, anos que eu não colocava os patins e deslizava pelo gelo, era uma sessão incrível.

– Sabia que ia gostar. – Viro para Tony que chega deslizando calmamente para o meu lado.

– Não sabia que você patinava.

– Tive que aprender né?!

– Então, qual foi a primeira vez que viemos aqui?

– Tudo começou quando nos já estávamos juntos fazia um tempo, nós já estávamos noivos naquela época. – Comecei a andar pelo gelo, seguida de Tony. – Estávamos curtindo o nosso noivado, eu quase não ia para a oficina e você não ia para a SHIELD, mas uma missão surgiu, não me lembro onde era, só sei que era perigosa, com risco de vida, e você aceitou.

– Tudo parece normal para mim.

– Não, não. Eu disse que você não iria. – Virei meu rosto rápido para Tony, fuzilando-o com o olhar. – Não adianta me olhar assim. Você disse que eu não mandava em você, eu disse que não queria que você corresse risco e então começamos a brigar e gritar.

– Por sua causa né!

– Minha causa? E como você queria que eu reagisse com há noticia que a minha noiva iria para uma missão com altos riscos de não voltar?

Fiquei calada. Não que eu concordasse com que ele fez, mas também tinha que ver o lado dele, deveria ser uma sensação muito ruim ficar pensando que a pessoa que você ama vai morrer.

– Foi à primeira briga de verdade que tivemos, nós nunca tínhamos gritando um com o outro, ou xingado, até pensei que iríamos terminar. Foi à primeira briga que ficamos mais de um dia sem nos falar, eu já não estava mais aguentando, ai lembrei que você havia dito que adorava patinar, então resolvi tentar.

– E...?

– E nós começamos a vir pelo menos uma vez por mês. Sempre que brigávamos, a gente vinha aqui, não importava o motivo da briga, nós começávamos a patinar e todos os problemas sumiam. Riamos, conversávamos, voltávamos ao normal.

– Parecíamos um casal legal.

– Ainda somos um casal legal. – Stark olha para mim e eu devolvo o olhar. – Sabe o que nós sempre fazíamos quando vínhamos aqui?

– E eu estou com cara de que sei?

– Apostávamos corrida.

– Apostávamos corrida? – Encaro Tony com uma cara de interrogação. – E por acaso nós tínhamos dez anos?

– Mas é claro que não! Fazemos coisas que crianças de dez anos nem sonham em fazer. – Stark me olha malicioso e eu apenas reviro os olhos. – Quem chegar por último é a mulher do padre.

Tony começa a patinar rápido para o outro lado do ringue, que era imenso, reviro os olhos novamente, mas acabo cedendo e indo na mesma direção.

– Prefiro ser a mulher do padre mesmo, melhor que ser sua mulher.

– Nem começa, você só está se consolando porque sabe que vai perder.

– Não se vanglorie tanto, você é apenas um aprendiz, eu sou a Mestre Jedi aqui.

Vou o mais rápido que posso, não sei exatamente o porquê eu estava fazendo isso, mas era legal. Como minhas habilidades são superiores as de Stark, é claro que ganho.

– Você roubou.

– Claro, claro, vou aceitar você dizer isso porque eu sei que ganho sempre, mas você está quase lá! – Dou leves batidinhas na cabeça de Stark, que logo pega meu pulso e me puxo para perto.

– Tony... – Stark que estava quase colando nossos lábios derruba sua cabeça no vão do meu pescoço, bufando.

– Era só um beijinho.

– Calma, eu sei que é difícil ficar sem o meu beijo maravilhoso, mas você aguenta. – Sorrio e levanto a cabeça de Tony. – Agora podemos patinar?

– O que você quiser.

Voltamos a patinar, dessa vez não apostamos corridas, apenas patinamos por todo o ringue, ora conversando, ora rindo e se provocando. Era um programa bem leve e ótimo de se fazer.

Naquele tempo eu esqueci completamente que eu não estava em meu universo, que estava casada com Tony ou que podia estar louca e internada, tendo alucinações, apenas aproveitei. Como eu senti falta de patinar.

Eu e Stark estávamos um ao lado do outro patinando devagar e conversando, quando sou atingida com força e jogada no chão. Caio no peito de alguém, olho para cima e era um homem, muito bonito por sinal, ele olhou assustado para mim, já se levantando. Fiz o mesmo.

O homem que havia me derrubado me oferece a mão e eu aceito, logo estou de pé.

– Você está bem? – Tony chega ao meu lado e começa a me analisar.

– Tá, tá, eu estou bem... Para de mexer em mim! – Dou um tapinha na mão de Tony que estava pegando meu braço para analisar.

– Ai, só queria ver se estava bem.

– Eu estou ótima. – Abro um sorriso falso.

– Mil desculpas, sério, nem sei o que falar. – Eu e Stark viramos a cabeça ao mesmo tempo. – A propósito, sou James. – O homem estende a mão na minha direção, eu aperto e sorrio de volta.

Meus deus, o nome dele é James, que nome divino! Por que eu não casei com alguém com o nome de James?

– Não foi nada, e eu sou a Natasha. – Olho para o lado e vejo Stark parado encarando James. – E esse é o Tony.

– Um prazer conhecer vocês, então, vi você patinando antes, você é muito boa!

– Que isso, nem tanto, mas eu amo patinar, faço isso desde criança.

– Você esta sendo modesta, eu sou horrível. – Começamos a rir.

– Sim, imagino que sim. – Tony sorri.

– Então vocês estão juntos? – Estou pronta para responder que não, mas Stark foi mais rápido.

– Sim estamos, e já estávamos de saída, vamos amor? – Viro para Stark que está sorrindo falso e depois viro para James que nos observa.

– Sim estávamos, foi bom conhecer você James.

– Digo o mesmo. Talvez um dia nos encontremos de novo e você pode me ensinar a patinar melhor. – E ele sorri, dá aquele sorriso que faz seu coração derreter.

– Claro, claro. – Tony me puxa e nós saímos do ringue.

Colocamos nossos sapatos e Tony sai me puxando rapidamente.

– Hey, calma apressadinho, tem reserva por acaso?

– Estou caminhando normal.

– Aham, claro. – Reviro os olhos, mas depois sorrio. – Você está com ciúmes! Nossa, preciso registrar esse momento, trouxe celular?

–Já falei que ciúmes é uma palavra forte. – Começa a gargalhar e sinto Stark me empurrar. – Para de rir mulher!

– Já estou parando... – Começo a rir mais ainda da cara que o moreno faz.

– Você me obrigou a isso. – Tony me agarra e aproxima nossos rostos, fazendo com que nossos lábios fiquem a poucos centímetros de distância.

– Tá, já parei! – Tento afastar Stark, mas ele segura firme.

– Só um beijo, muito rápido, eu prometo.

– Nem de brincadeira.

– Vai, por favor!

– Stark, se... Afasta. – Dessa vez Tony me solta e revira os olhos. – Então, o que mais nós fazíamos juntos?

Tony parece se iluminar novamente, aquele mesmo brilho que tinha em seus olhos quando teve a ideia de me trazer aqui, tinha voltado.

– Já sei, entra no carro. – Vou em direção ao carro e abro a porta, sinto Tony me empurrar para dentro. – Vai mais rápido.

– Que delicadeza amor.

– Sempre.

– Não vai me dizer onde vamos?

– Não.

Reviro os olhos e afundo no banco do carro. Mesmo tentando, não consigo esconder o sorriso que se forma em meus lábios. Até que estar casada com Tony não era assim tão ruim.


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