Casada com Tony Stark escrita por Bruna


Capítulo 15
Brinde a vida


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas! Mais um capítulo!
Tomara que gostem, desculpe se deixei algum erro escapar e blá blá blá (vocês já sabem, se leem, né rs)
Uma frase desse capítulo foi inspirada no filme Homem-Aranha 1
Beijos s2

P.S. ADORO MUITO VOCÊS! TODOS OS COMENTÁRIOS E ATÉ OS LEITORES FANTASMAS! ♥



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            Uma boa noite de sono havia ajudado a clarear minhas ideias e me acalmar. Com certeza o episódio dramático de ontem não era exatamente eu, foi mais uma recaída.

Mas convenhamos, eu tinha todo o direito de ter essa recaída, eu havia me iludido feio e passado momentos ruins, o dia tinha sido uma completa droga, não era meu feitio agir como uma apaixonadinha chorona, todavia, as lágrimas de ontem tinham sido mais por frustração por tantas coisas erradas acontecendo sucessivamente, não só por “amor”

Acordei bem disposta, ou melhor, fui acordada e estava bem disposta. Clint veio ao meu quarto se despedir, já que ia embora cedo. O abracei o mais forte que pude e me controlei para não aceitar o seu pedido para ir junto com ele para a sua casa, eu sabia que o melhor seria só ele junto com a sua família, mesmo que eu estivesse carente e com saudades de Laura e das crianças.

Depois da sua partida, o que me restou foi trocar de roupa, tomar café e ir para a sala de ginástica que tinha na torre.

Passei uma hora na esteira, correndo e olhando televisão – nunca vou me acostumar 100% com a riqueza e luxo que se tem na casa do Stark. Depois descontei o resquício das minhas frustrações no saco de pancada que – graças a Odin – tinha lá.

Estava tão entretida e socando com tanta veemência, que nem notei quando Steve entrou.

— Não quero nem saber o que esse saco de pancadas fez para você. – disse irônico, olhei para ele. – Parece ser bem sério.

— Não pergunte mesmo, só torça para não fazer o mesmo. – dei um sorriso e recebi um sorriso de volta, um pequeno e fofo sorriso que só o Steve sabia dar.

— Achei que ia gostar de sair para almoçar, pode escolher o restaurante. – fala me acompanhando pela casa.

— Só nós dois? – diz que sim, diz que sim, diz que sim...

— Sim, tudo bem? – pergunta com um semblante de duvida e preocupação.

— Tudo ótimo, daqui meia hora a gente sai, okay? – disse quando paramos na frente da porta do meu quarto.

— Okay. – assente sorrindo, depois caminhando em direção ao seu quarto.

.  .  . 

— Realmente eu admiro você, Steve, eu acho que enlouqueceria se do nada acordasse em um mundo totalmente diferente. – opa, só depois de dizer isso eu notei o quanto a frase ficou irônica.

Sabe, eu não acho que enlouqueceria, eu sei enlouqueceria, porque já acordei em um mundo diferente! Mesmo pensando isso, não disse, ao invés apenas falei:

— Você é muito corajoso. – Steve sorriu em resposta, um sorriso tímido.

— Não posso dizer que fiquei e sou completamente são. – comenta e depois pega uma batata frita e come.

— Todos nós somos um pouco loucos, e acho que isso deixa as pessoas mais legais.

— Então você deve amar o Stark! – exclama rindo um pouco. – Uma das pessoas mais peculiares que eu já conheci.

Se você soubesse o que isso significa...

— É, bem peculiar mesmo... – respondo e bebo um gole de refrigerante. E eu o amo mesmo.

— No fundo eu ainda acredito que ele seja uma boa pessoa.

— Eu sei que ele é, só que é muito egocêntrico e espontâneo, às vezes, bom, ele é uma pessoa peculiar, como você disse, mas única. – cala a boca, cala a boca, cala a boca... Da onde eu estava tirando isso? Não era o momento para ficar dando uma de apaixonada, Natasha!

— Se você está dizendo... – Steve me encara fundo com seus olhos azuis, um pequeno sorriso malicioso surge em seus lábios.

— Se você está insinuando com esse sorriso que eu... – começo meu discurso, mas Steve me corta.

— Eu não estou insinuando nada, Natasha... – bebe um gole de refrigerante e me olha novamente. – Mas sua cara, seu olhar e suas palavras conseguem dizer muita coisa.

— Você não era assim, Rogers! – exclamo sorrindo. Levanto da mesa e começo a seguir para a saída da lanchonete, sendo seguida por Steve, que ria atrás de mim.

— Pode ser minha parte louca falando, mas parece que alguém gosta do Stark... – diz sugestivo enquanto anda ao meu lado pelas ruas de Nova York.

— Não é sua parte louca não, alguém gosta sim de Stark. – Steve levanta uma sobrancelha. – A Pepper, é meio loucura, eu sei, mas ela ama ele muito!

— Que engraçadinha você, Srtª Romanoff. – dou um sorriso presunçoso.

— Não mais que você, Rogers.

Podia ser loucura, mas ver aquele sorrisinho tímido no rosto de Steve e seus olhos de um azul lindo, eu sentia vontade de abraça-lo. Ele era tão fofo, tinha um ar protetor, preocupado e inocente, todavia, tinha seus outros lados e seus momentos, um pacote completo.

Por que raios eu não fui me apaixonar por ele?!

— Steve, posso abraçar você? – pergunto parando. Steve também para e me olha em dúvida, mas depois suaviza seu rosto e sorri.

— Claro. – ele abre seus braços e eu me aconchego nele. – Vou proteger você para o Stark, pode deixar. – e dá uma piscadinha. Dou um leve tapa nas suas costas, me afastando.

— Ele tem a Pepper, então fique calado, o Tony não esta nem ai para mim...

— Poucos momentos vejo você chamar ele de Tony, mas o mais legal foi ver você com ciúmes e de cara confirmar o óbvio. – comenta e continua a andar.

— Tudo o que eu penso quando você fala Tony ou Stark, é na Pepper! – desabafo andando ao seu lado.

— Pense por esse lado, o relacionamento deles está afundando, menos competição. – fico boquiaberta com que escuto.

— Quem é você, e o que fez com o Steve Rogers? – questionei abismada. – De onde veio esse Steve meio rebelde, fala tudo e contra relacionamentos?

— Não é isso. – deu uma risada. – É só a verdade, você sabe que eu falo a verdade, e como eu estou falando com você e você está em interessada no Stark, achei válido dizer que o relacionamento deles não vai bem, já há um tempo...

Seria muito ruim eu estar ficando feliz por ele dizer isso? Sim, seria.

— Acho melhor a gente mudar de assunto...

— Você continua fechada no quesito relacionamentos?

— Não, é porque eu estou ficando aberta demais sobre isso. – talvez eu começasse a contar todo o meu pequeno sonho para o Steve enquanto tricotamos, já que agora parece que ele é o meu psicólogo e meu amigo ajudante de planos malignos para ficar com um pretendente...

— É bom se abrir de vez em quando, agente Romanoff.

— Mas às vezes pode ser bem perigoso, Capitão. – eu não poderia continuar deixando Steve me iludir ou me persuadir a tirar proveito da situação, como um abutre se alimentando da carcaça do relacionamento morto de Stark e Pepper. – Que tal um sorvete?

.  .  .

Voltamos para casa tarde, já eram oito horas da noite. Havíamos caminhado, tomado sorvete, ido ao Central Park, conversado. Resumindo, o dia havia sido ótimo, Steve era um amigo incrível, e muito divertido quando queria.

Logo que chegamos, fomos recebidos por Tony, que estava parado na porta, dentro de casa. Entrámos e Steve fechou a porta, cessamos as nossas pequenas risadas.

— O casal lembra que vai ter uma festa aqui? – perguntou sorrindo larga e falsamente.

— Você não deixaria a gente esquecer. – sorrio falsa também. Ele sorri mais ainda, eu sorrio mais ainda.

— Então... – Steve intercala seu olhar entre mim e Tony. – Como o Stark falou, vai ter uma festa, acho bom nós nos arrumarmos.

— Okay. – falo e fuzilo Stark mais uma vez antes de subir as escadas.

Entro em meu quarto e suspiro, bem que eu podia gostar do Steve, mas não, o Tony tem que ter aquela personalidade tão...

Não importa! Realmente não importa.

Vou para o banheiro e tomo um banho, saio e, depois de me secar, começo a arrumar meu cabelo. Passo o secador e o penteio, deixando ele volumoso, mas ajeitado.

Penso um pouco e acabo optando por um vestido branco com pedras brilhantes na parte de cima, que era apertada e marcava bem minhas curvas, sendo o solto na parte de baixo, que ia até os meus joelhos. O que o deixava mais bonito era o seu tecido leve e em camadas na parte de baixo, camadas finas e brancas, ele tinha também uma pequena abertura de um lado, que ia até o meio das minhas coxas. O vestido era refinado e ao mesmo tempo sexy. Entretanto, mais comportado do que os que eu costumo usar.

Coloquei uma sandália prateada de salto alto, brincos brilhantes e minha marca registrada, um batom vermelho forte.

Olhei para o espelho e gostei, meus cabelos e meus lábios eram o que mais chamava a atenção devido ao vestido branco e minha pele clara. Sem querer me gabar, mas eu estava linda.

Ser linda... Era minha maldição, mas também minha dádiva.

Ri sozinha com meus pensamentos. Escuto batidas na porta e me dirijo à ela, abro-a e vejo Steve parado ali, e ele estava lindo. Usava uma calça cinza escuro de terno, junto a uma camisa branca de botões, mas, em vez de um terno, propriamente dito, ele estava com um colete cinza por cima, que o deixava elegante e descontraído.

— Está um gato, Capitão. – comento fechando a porta atrás de mim.

— Você é que está deslumbrante. – respondeu sorrindo de canto.

— Obrigada. – digo e então nos dirigimos ao elevador, que nos levaria ao outro andar, onde acontecia a festa.

Durante nossa descida ao andar da festa, Steve não parava de respirar fundo e trocar o peso do corpo de um lado para o outro.

— Algum problema, Steve? – pergunto vendo o colocar e tirar suas mãos de dentro do bolso da sua calça.

— Não.

— Então pode fazer o favor de parar de se mexer tanto, está me deixando louca. – falo e Steve para respirando fundo. – Você está nervoso...

— Quê? – pergunta me encarando assustado, sorrio.

— Alguma garota é o motivo disso? – estreito meus olhos ainda sorrindo.

— Não é nada disso, é que... – ele para e morde o lábio.

— É que...

— Não sou tão... a favor de ir nessas festas de hoje em dia, ainda me parecem... – Steve hesita por um momento. – Estranhas.

— Achei que ia disser assustadoras.

— Também. – dou uma risada.

— O Capitão América, o super soldado da 2ª Guerra Mundial, que lutou contra alienígenas em Nova York, está com medo de uma festa? – questiono sorrindo.

— Eu fui treinado para batalhas e tenho a ajuda do soro que esta nas minhas veias para lutar, não tenho treinamento para saber como devo me portar nesse tipo de festa.

— O Sam vai vir?

— Acho que sim.

— Bom, então já sabe, fique com ele, talvez ele te de algumas dicas. – o elevador chega no andar e nós adentramos no lugar da festa, que já estava cheia. – E também vai ficar do meu lado, então fica tranquilo.

— Tudo bem. – suspira e me segue pelo lugar.

.  .  .

— Devo dizer que você está um colírio para os olhos. – Stark para ao meu lado enquanto escolho uma das comidas que há na grande mesa de aperitivos.

— Sempre estou, mas obrigada. – sorrio.

— Espirituosa, como sempre. Você e o Steve estão bem amigos, não?

— Isso incomoda você, por acaso? – questiono o olhando.

— Eu não, mas o seu namorado passarinho talvez. Acho que ele não deve gostar da sua “amizade” tão “carinhosa” com Rogers. – podia ser ilusão, mas as aspas e o seu tom de voz me pareciam um pouco ciumentos.

Tony, Tony...

Se ele soubesse que Clint deve estar bem próximo da mulher e filhos nesse instante. Dou uma risada.

— Pode ficar tranquilo, sei muito bem separar amizade e “romance” – dou uma piscada para Stark e volto para o meu lugar, em uma mesa com Steve, Sam e uma garota, “amiga” de Sam, Kate.

— Usando seu dom da beleza e do flerte para conquistar Stark? – Steve sussurra para mim quando sento ao seu lado.

— Acha que tenho esses dons? – bato minhas sobrancelhas e faço uma cara fofa de piedade, Steve me fuzila. – Eu só estava conversando com ele, ênfase no conversar. – me rendo.

— É, ênfase no conversar, conversar sobre coisas íntimas, palavras sedutoras... Só conversar.

— Por Odin, Steve, você está pior que o Clint. – exclamo rindo.

— Influência sua. – joga suas mãos para cima com cara inocente.

— Sei.

— Hora da contagem regressiva gente! – grita uma mulher loira.

Todos se levantam de suas cadeiras e se desencostam das paredes, todos indo em direção a grande sacada que havia, querendo muito ver os fogos.

Inúmeras pessoas passam sorrindo, algumas bêbadas, levando suas taças e garrafas de champanhe.

O que consigo pensar é no quanto Stark é rico. O lugar estava lindo, cheio de mesas, luzes para enfeite, um palco com banda, uma pista de dança e muita, muita, comida e bebida a vontade.

Pego um copo de champanhe e acompanho a multidão para a sacada, junto com Steve.

Chegamos ao lado de fora e nos posicionamos, um pouco atrás, mas ainda sim com uma vista linda e limpa do céu. Então começou a contagem, todos gritavam animados e juntos.

10

E mesmo parecendo, e sendo, muito clichê, eu pensei um pouco no ano que tive, na verdade, nos anos. Em todas as lutas, missões, assassinatos, amigos, “romances”, aventuras...

9

Mas, principalmente, o que preenchia meus pensamentos enquanto eu olhava para o céu, que esbanjava alguns fogos sendo jogados precocemente, era a minha pequena paixão por Stark.

8

Eu queria muito ter ele novamente, antes eu iria rir muito se alguém me dissesse algo parecido com isso, mas agora eu precisava dele.

7

Queria sentir seu toque novamente, seu aroma, seus olhares...

6

Queria poder saber que eu sempre teria alguém como ele comigo, sempre atencioso, que gostasse de mim, que sempre estivesse comigo. Mais especificamente, Tony, com suas piadinhas e olhar sacana.

5

Infelizmente aceitar que isso não aconteceria estava bem difícil, todavia, para começar o ano bem, esse ainda era a minha única opção. Eu precisava esquecer, me concentrar em mim, e em meus amigos, tipo o Steve.

4

Eu preciso esquecer, Pensei respirando fundo, essa é a minha decisão.

3

Eu preciso esquecer.

2

Olho para o lado e localizo Stark com meus olhos, estranhamente, ele me encarava. Nossos olhos se cruzam e sinto por um momento meu corpo se arrepiar com o olhar que ele me dá.

1

— Feliz ano novo! – várias pessoas gritam, aplaudem e batem palmas. Desvio o meu olhar para o céu, onde vários fogos já o preenchem.

Viro e abraço Steve com toda a força, ele retribui, me desejando feliz Ano Novo, faça o mesmo em Sam e Kate.

Depois dos abraços, nos quatro nos reunimos em um circulo.

— A vida! – grita Sam e levanta sua taça sorrindo largamente.

— A vida! – nós três repetimos e bridamos.

Enquanto todos se abraçam e se beijam, eu olho para o céu, passo meu braço pelo corpo de Steve o trazendo mais para perto, ele fica ao meu lado e me abraça com um braço também. Fiamos nós dois ali, lado a lado, assistindo os fogos, eu com a cabeça no ombro de Steve.

Só por aquele instante, pude sentir uma pequena calma e paz dentro de mim. Eu poderia começar de novo esse ano, poderia ser idiota e clichê, mas era o que eu sentia. Eu poderia agora me concentrar no meu futuro e em mim, e viver, mesmo que a vida não fosse perfeita, ela era muito boa.

— A vida...


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