Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 39
The Dragon Is Back


Notas iniciais do capítulo

E depois de tantas rodadas temos uma vencedora! Carol Chese Lovegood, por favor entre em contato comigo por MP para receber sua resposta!
Sim, isso mesmo. Cherry não apenas fugiu da Ilha dos Perdidos como também levou consigo Rosetta, dento de uma sacolinha de veludo, para longe das garras da Rainha de Copas. Mas por que ela precisaria de uma fada ao alcance da mão? Essa é uma ótima pergunta!



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É hora de desfazer as malas, e aceitar que estamos onde devemos estar!

— Carmim d'Copas

...

..

.

A garota de cabelos vermelhos entrou no museu deserto, encoberta pela noite. Nem acreditava que se arriscará tanto, mas precisava fazer isso. Qualquer coisa para não despertar a irá daquela que em breve controlaria toda Auradon.

—Hein, o que você está fazendo aqui? – gritou um guarda, atrás dela . A garota congelou no lugar, sem se virar – Estou falando com você menina, quem é você e o que faz aqui?

Ela girou, dando um chute para trás. O homem voou, batendo na parede oposta a metros de distância, ela sorriu, correndo até ele e pegando suas chaves. Havia sido fácil.

Ela seguiu pelos corredores, até encontrar, por fim, o que precisava. O cajado tinha grandes proteções em volta dele, flutuando no ar. A magia era fluida ali, ela podia sentir em suas veias a sensação tão familiar.

Ela respirou fundo, fechando os olhos, e esperando que tudo desse certo ao esticar a mão passando pela barreira mágica e tocando o cajado com a ponta dos dedos. Assim que ela encosto nele, ele desapareceu entre seus dedos, e uma onda gelada atingiu seu corpo.

Ela sabia naquele momento que as missão estava cumprida, e era só esperar para receber o que lhe havia sido prometido.

O dragão estava de volta.

...

Mal se revirou na cama durante o sono. E de novo e de novo. Ela sentia uma escuridão tão grande sobre ela, ela sentia vontade de correr mas não conseguia se mexer. Não conseguia ver nada, por que seus olhos estavam fechados e ela não conseguia abri-los. Não conseguia gritar.

O ar começou a faltar, como se ela estivesse submersa em lama pura, sem lugar para ir nem nada a fazer além de afundar mais e mais, a escuridão estava em todo o lado e mesmo assim parecia estar cada vez mais perto dela. Ela sentiu o ar acabando e então pulou, sentada na cama, com os olhos arregalados, respirado ofegante.

Algo grande estava acontecendo. Ela sentia isso. Sua mãe estava furiosa, mais irritada do que ela jamais pensará que pudesse sentir, e ela sentia isso. Sentia sua fúria, sob o peso do sangue em suas veias e do nome que carregava com tanta vergonha sob o apelido. Ela sentia a fúria verde de Malévola a mandando lutar, mesmo sem saber pelo que deveria lutar.

Ela andou até a janela, respirando enquanto aquela sensação saia dela, como se assim como o sonho fosse sumindo. O que a atingiu não foi o suave vento da primavera Auradoniana – a mesma primavera na qual chegará em Auradon um ano atrás – e sim um ar frio que passou logo em seguida.

—Que tempo estranho, não é mesmo? – perguntou uma voz doce, ela se virou, vendo uma garota loira sentada sobre o encosto do sofá de seu quarto no palácio, com uma expressão preocupada. – Tomara que ninguém pegue um resfriado, o algo do tipo.

—Quem é você? – perguntou Mal, confusa.

—Sei que nunca fomos amigas, mas esperava que se lembrasse de mim – a menina tirou a peruca, revelando seus cabelos rosas e brilhantes. Algo tintilou. Os olhos dela brilharam, azuis com fendas negras, encarando Mal.

—Cherry? – Mal arregalou os olhos – Como você... Esquece, eu prefiro não saber!

—Sabia escolha – ela assentiu – Algo grande está acontecendo... Você sente, não sente Bertha?

—Não me chama assim, parece até a Carmim – grunhi Mal – O que está fazendo no meu quarto?

—Tive um sonho. Uma certa futura rainha caindo da janela de novo – ela deu os ombros – Vim fechar a janela e te manter do lado de dentro.

A janela bateu atrás de Mal, mas o barulhinho seguia.

—Por que se importa? – perguntou Mal.

—Não me importo. Nem com você, nem com os três idiotas e em sua missão. – Ela deu os ombros – Já fiz o que tinha que fazer, se quer um conselho, volte a dormir. Não terá mais pesadelos, a luta deve acabar em breve.

—Que luta? – perguntou Mal, que maldito tintilado era aquele?.

—Não vai saber por mim – falo Cherry, saindo do quarto. Mal a seguiu, mas só encontrou um corredor vazio. Ela trancou a porta e se encolheu na cama.

“Não me importo com você, nem com os três idiotas e sua missão” Cherry falara. Só podia falar de Carmim, Gart e Hannah. Então eles tinham mesmo um plano, seja lá qual fosse. E haviam cruzado o caminho de sua mãe.

Ela fechou os olhos, esperando ter um sono sem sonhos. Podia se preocupar com isso pela manhã.

...

Carmim olhou em volta, Hannah lutava com sua espada. Era difícil lutar contra aqueles guardas, sem poder realmente feri-los, eram homens inocentes controlados por aquela mulher louca e tirana – céus, ela era realmente parecida com sua mãe – mas ao mesmo tempo eram homens fortes e treinados da mais alta elite de segurança existente em Auradon.

Ela não conseguia ver Gart, mas enquanto corria pela multidão de homens, os afastando com seus melhores golpes e desviando de suas espadas afiadas, ela ouvia ele lutando em algum lugar, e sabia que assim como Hannah ele ainda estava de pé e resistindo. Mas por quanto tempo?

Ela tinha que alcançar Malévola. Distrai-la por um mínimo segundo para que os guardas recuassem e Hannah e Gart fugissem. Então ela poderia alcançar a sala de controle, libertar o navio de Hook e eles estariam a salvo. Fácil.

Talvez nem tanto.

Mas ela tinha que tentar. Ela não deixaria eles morrerem por que ela era fraca demais para tentar.  Ela tinha o sangue de Copas em suas veias, sangue tão vermelho que não poderia ser chamado de azul, ela não fugia!

Os cabelos dela foram puxados e arrancados, ela sentiu os maços vermelhos deixarem a raiz e chutou na primeira direção possível, jogando três homens longe. Ela viu Malévola, subindo correndo as escadas para cima, arrancou a espada de um dos homens e correu atrás dela.

Não, uma espada não a ajudaria contra a rainha do mal, mas ela se sentia mais confiante segurando uma. Gaston sempre lhes dissera, tenham uma espada nas mãos e nenhum juízo na cabeça e poderão fazer um estrago e tanto. Bem, era hora de coloca aquelas palavras tão sem sentido a prova e ver o quão reais eram.

Ela subiu as escadas em caracol da torre, apenas para ser atacada por Diablo quando chegou ao topo. Carmim o arrancou do rosto com um puxão, o jogando longe, sem se importar com a dor ou as marcas que ficariam em seu rosto. Ela poderia cura-las depois, se saísse viva.

—Não achei que a grande rainha do Mal precisasse que outros fizessem seu trabalho sujo – Falou Carmim, desdenhosa – Um bando de homens tolos e um corvo idiota... Eu esperava mais da grande e poderosa Malévola.

—Você, menina, é insolente como sua mãe – falou ela, fuzilando Carmim com os olhos – Acha que pode me deter com uma espada que nem sabe segurar e um cetro idiota? Magia de baixo nível não faz nem cócegas em mim... Eu vou te destruir, como deveria ter feito com sua mãe anos atrás.

—E por que não fez? – perguntou Carmim.

—Por que fui fraca o suficiente para ter pena de uma mulher com uma criança nos braços – falou Malévola – Se eu soubesse que essa criança me traria tantos problemas...

Nos dedos longos de Malévola, o cajado de Olho de Dragão apareceu magicamente, e ela sorriu satisfeita, acariciando ele como se fosse um pequeno filhote.

—Eu poderia facilmente acabar com você agora, mas qual será a graça? – riu Malévola – Tem muito sofrimento para você ainda, Carmim... Por enquanto, vamos dizer que sou clemente com você e seus amigos.

Carmim senti uma onda a empurrando, e voou pela janela. Iria morrer. Tinha certeza disso. Mas em vez de senti a queda o chão apareceu sobre seus pés, assim como Hannah e Gart caídos ao seu lado, a ponto de desabarem.

—O que aconteceu? – perguntou Hannah, com os olhos arregalados – O que foi isso?

—Eu não sei – falou Carmim, confusa – Encontrei Malévola... E depois, o cetro dela apareceu... Ele não estava no museu? Quando ela pegou de volta? Quando sumiu? Por que não tem nada disso nos jornais?

—O que nós fazemos agora? – perguntou Hannah, tentando se levantar e caindo de novo na grama.

—Desistimos – falou Gart, ainda deitado na grama, olhando para os cavalos de Bruno presos na árvore a distância – Voltamos para Auradon Prep., acabamos o ano letivo...

—Não consigo mais montar – falo Hannah – Não consigo me mexer. O que vão pensar quando acordarem e perceberem que não voltamos?

—O que Queenie, Hugo e Chris vão pensar quando o sol nascer e nós não aparecermos no telhado? – perguntou Gart, se levantando – Temos que ir. Carmim, você acha...

—Nós três? Não, seria impossível... E ainda tem os cavalos – falou ela – Mas...

—O que? – perguntou Hannah, desesperada por qualquer outra opção que não fosse montar.

—Certo... Copas – falou Carmim, e em frente a eles um tapete flutuante se materializou – É o melhor que posso fazer. Vocês dois vão, vou levar os cavalos de volta para Auradon.

—Posso ir com você – falou Gart, rapidamente.

—Cuide dela – falou Carmim – Vou mais rápido se for sozinha, estarei em casa em breve.

—Nos vemos logo – falou Gart – Se não chegar até o sol nascer, venho atrás de você!

—Não será necessário – Carmim falou, e viu os dois voarem para longe no tapete. Ela desatou os cavalos, montando em um dele e dando uma ultima olhada para a torre de gelo, agora negra... O Dragão havia voltado. Estavam todos condenados.

—Vamos – falou ela para os cavalos, que a olhavam atentamente – Vamos para o Bruno!

E sem precisar serem guiados, os três corcéis negros voaram pela mata como fantasmas, deslizando pelas pedras e galhos como se fossem gelo, e flutuando pela escuridão como sombras. Carmim entrelaçou as mãos em volta do pescoço do cavalo, e fechou os olhos por um minuto.

...

Era impressionante o quanto aqueles cavalos podiam realmente correr quando queriam. Ainda nem estava claro quando Carmim os deixou nos estábulos dos White, com uma carta de agradecimento curta para Bruno.

Ela seguiu a pé até a escola, descalça, segurando seus sapatos nos dedos. Seus quarto em Auradon Prep parecia tão perfeito e familiar agora, depois de tantos meses. Ela se olhou no espelho da porta do armário, destruída. A princesa dos corações. Parecia mais uma mendiga.

—Copas – ela sussurrou, fraca, fechando os olhos. Quando abriu, lá estava ela. Carmim d’Copas, exatamente como estava antes de sair da escola aquela manhã. A princesa dos corações. Perfeita e soberana, pronta para fazer o que lhe era pedido e encontrar, vitoriosa, sua mãe.

Ela respirou fundo, enquanto o sol nascia – Era hora de fazer o que tinha que fazer.

Era revigorante estar de novo no terraço, a luz do sol começou a aparecer do horizonte, iluminando Auradon e até mesmo a Ilha. De onde estava, Carmim não conseguia ver a fortaleza, mesmo tão alta o quão era. Dali, parecia apenas um pesadelo louco e estranho.

Ela ouviu passos na escada e vi Chris pouco depois, o rosto dele se iluminou ao vê-la.

—Isso... Não é o que eu esperava – falo ele, rindo – O que está aprontando, Carmim?

—Nada – ela falou, sorrindo, enquanto ele se aproximava dela – Incrivelmente, nada. Só estou dando adeus e olá!

—A que? – perguntou ele.

—A esperança – ela falou, sorrindo – O que acharia se e dissesse que vamos ficar? Em Auradon?

—Eu acharia maravilhoso – falou ele, sorrindo sincero.

—Mas você disse que queria ir embora – ela falou – Que aqui não era sua casa.

—Eu sei... Mas agora é... Foi você quem disse, somos nossa casa agora – falou ele, beijando a testa dela – Então, como chegaram a isso?

—Só... Não vale a pena – falou ela, dando os ombros – Seguir lutando por uma causa impossível, quero dizer... É hora de desfazer as malas, e aceitar que estamos onde devemos estar!

Ele sorriu, e Carmim sentiu seu corpo ficar mole.

—Estou... Tão... Cansada... – ela falo, enquanto tudo ficava estranho A única coisa sólida era o rosto de Chris.

—Vem, vou levar você para seu quarto – ele falou, e ela sentiu o chão sumir de seus pés. Carmim passou os braços pelo pescoço dele, se aninhando.

Talvez tivesse tudo dado errado naquela noite, e talvez tudo desse errado depois.

Naquele momento tudo estava certo.


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Notas finais do capítulo

É isso ai senhoras e senhores, o dragão está de volta! Uhuuu! Radical fera! tá, parei... Não sou boa nisso. Mas enfim, ela voltou e literalmente está com fogo nos olhos!
O que acham que ela quis dizer para Carmim? Será que nossa princesinha de Copas está REALMENTE encrencada?
Enfim, o que acharam? Muitos mistérios, não é mesmo?
Não deixem de comentar!

A pergunta de hoje é simples: Onde você acha que Ben pretende levar Mal durante a lua de mel?

É isso, até o próximo capítulo, bjs Meewy!



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