Por que criamos raízes tão fundas se sabíamos o que ia acontecer? Nós somos mesmo idiotas...

—Hannah Hook

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Depois do almoço Gart e Becky voltaram para a escola. Ele se sentia tão terrivelmente infeliz quando se despediu dela assim que Hannah apareceu dizendo que a Fada Madrinha os esperava na sala de Bondade Curativa para Iniciantes.

Becky pareceu não perceber, e saiu a procurar Alison e os outros alunos do último ano para os preparativos para o Dia da Família, no dia seguinte. Ele sentiu uma pontada no coração quando ela deu as costas para ele, e seguiu pelo corredor, sabendo que aquela seria a última visão que teria dela.

Pareciam que foram apenas algumas horas, mesmo que já fizesse meses desde que se beijaram pela primeira vez.

—Eu sei o que você está pensando – falou Hannah – Por que criamos raízes tão fundas se sabíamos o que ia acontecer? Nós somos mesmo idiotas...

—Eles vão descobrir quando formos... Vão alertar a todos que o navio escapou, e saberão que fomos nós – falou Gart – vão nos odiar para sempre...

—Se dissessem isso há um ano, seria música para meus ouvidos – suspirou Hannah – Nem acredito que tudo está prestes a desmoronar assim...

—Como diria nossa Cacá, como um castelo de cartas – falou ele, rindo – Não que ela tenha algo com que se preocupar, aquele maluco iria a lua se ela pedisse...

—Nunca vou entender esse pessoal do País das Maravilhas, sabe? – Hannah riu – Esses cinco... Eles têm uma visão de moral, honra e lealdade diferente de todos que eu já vi. Até mesmo a mimada da Alison. Eles são completamente diferentes de nós.

—Loucos – riu Gart – em falar nisso, onde está Carmim?

—Saiu com Evie, eu acho – falou Hannah, dando os ombros – Não sei o que está acontecendo, mas ela deve saber. E pelo visto fugiu. Ela disse que nos encontra na casa dos White as seis para pegarmos os cavalos.

—Nem acredito que Queenie conseguiu – falou ele, rindo – Quer dizer, Bruno não nos pediu nada em troca, é estranho...

—Queenie é esperta – riu Hannah, quando pararam na frente da sala – Se duvidar, ela é até melhor que nós.

Eles entraram a sala, onde havia uma grande tela preta em um canto e Hugo sentado em uma das mesas entediado.

—Ah, vocês chegaram – falou a Fada Madrinha – Mas... Onde estão às outras duas?

—Elas não vem – falou Hannah, com um sorriso de desculpas.

—Oh, certo, bem... – ela pareceu triste por um minuto e sorriu de novo em seguida – Como vocês devem bem saber, amanhã é o dia da Família, feriado importante para nós em Auradon.

—Vocês têm muitos feriados em Auradon – falou Hugo, distraidamente – Só esse ano tivemos 32 feriados durante dias letivos, sem contar os que caíram em fins de semana...

—Bem, temos que comemorar as coisas boas – ela sorriu alegremente – E, como seus pais não podem vir, por conta da... Distância. Eu preparei uma surpresinha para vocês!

 A tela ligou, aparecendo o salão do trono da Rainha de Copas. Lá estavam os pais de Carmim, junto com Hook, Gaston e Úrsula.

—Eu já disse que não, quantas vezes vou ter que repetir isso? – grunhiu Hook, encarando Gaston.

—Até ficar mudo, se quiser – o outro debochou.

—Meninos, meninos – Úrsula falou, com sua voz calma – Estamos no ar...

—Ah, Hannah – Gancho sorriu – Que alívio no peito de seu pobre pai, pensei que eles haviam transformado você em um daqueles projetos de princesa... Com todas aquelas cartas digitalizadas... Onde foram parar os bons e velhos pergaminhos?

—Desculpe pai, eles não têm pergaminhos aqui – ela riu – E não se preocupe, eu ainda sou uma pirata... E com um navio pronto para zarpar!

Ela deu uma piscadela, e todos do outro lado da tela arfaram em êxtase.

—Sai da frente Hook, não temos tempo para suas sentimentalidades – grunhiu Gaston, empurrando o outro – Vejo que continua malhando Gart.

—Todos os dias – o outro sorriu de lado.

—Então, conte para seu velho, como são as garotas em Auradon? – Gaston perguntou, e Hook falou algo no fundo como “eu é que não sou obrigada a passar por isso!”.

—São... Diferentes – Gart escolheu com cuidado as palavras – Na verdade, eu arrumei uma namorada...

—Ah, uma namorada é? – riu Gaston – E quanto tempo faz? Trinta minutos? Meia hora talvez?

“É a mesma coisa, idiota!” gritou Hook lá atrás novamente.

—Não me chame de idiota, seu pirata da terceira idade – gritou Gaston, e os dois começaram a discutir. Úrsula tomou partido.

—Desculpem crianças, esses dois estão com os nervos à flor da pele hoje – falou ela, revirando os olhos - Como podem ver... Então, como vão as notas?

Os três riram, e por um minuto Gart e Hannah sentiram como se Hugo ainda fosse um deles. Gart respirou fundo, se perguntando como seria para Hugo partir assim de repente, sem fazer ideia do que estava acontecendo.

Hannah lhe deu uma cotovelada nas costelas, fazendo-o perceber que tinha perdido alguma coisa.

—E então, Gart? Como vão suas notas? – perguntou Úrsula, pacientemente impaciente.

Ele pensou em contar como havia avançado nos últimos meses, como havia aprendido pelo menos o suficiente para passar nas provar por mérito próprio, mas, temendo que o pai ouvisse, respondeu aquilo que qualquer um na Ilha esperaria.

—Bem, enquanto tiver uma garota bonita para fazer meus exames por mim, tudo corre bem – ele sorriu.

—Esses sim, são três orgulhos – ela sorriu, e alguém pigarreou atrás.

—Onde está Carmim? – falou a Rainha de Copas, com uma calma que explodia uma raiva crescente em seus olhos.

—Ela não veio Majestade – falou Hannah, rapidamente, enquanto Úrsula sumia da tela e apenas os pais de Carmim apareciam.

—É claro que não, ela não ousou dar as caras depois daquela carta – grunhiu a mulher, se levantando – Digam, vocês três aquela menina ingrata, que ela tire da cabeça dela toda essa bobagem de amor e príncipe encantado, ou seja, lá o que esse garoto for.

—Majestade, não acho que Carmim vá... – Gart começou a falar, mas a rainha continuou.

—CARMIM NÃO TEM DIREITO DE DECIDIR O QUE QUER, EU ESCOLHO POR ELA, EU DECIDO POR ELA – gritou a Rainha – TUDO QUE ELA TEM DE FAZER É SEGUIR AS ORDENS QUE LHE FORAM DADAS!

—Majestade, por favor... – Falou o Valette, que estava parado pouco atrás dos monarcas.

—Querida, por favor... – o rei tentou acalma-la ao mesmo tempo.

—Por favor? Não a defendam vocês dois! Se aquela menina acha que isso vai ficar assim, não vai mesmo! ELA NÃO VAI TIRAR TUDO DE MIM COMO FEZ A... – mas a tela desligou, os três se olharam confusos.

—Certo... O que foi isso? – perguntou Hannah, se sentando em uma mesa e recebendo um olhar reprovador da Fada Madrinha.

—Sei lá – falou Gart, piscando, chocado – Tem alguma ideia, Hugo... Hugo?

A porta bateu, anunciando que Hugo já havia ido.

—Acho melhor eu ir trocar de roupa, sabe... Se vamos mesmo cavalgar mais tarde – ele falou, seguindo para fora da sala.

—Está tudo bem? – perguntou a Fada Madrinha, com um sorriso bondoso.

—Claro – ela tentou sorrir, descendo da mesa – Tudo maravilhosamente bem!

 ...

Christian estava atrasado.

Ele passará a manhã inteira procurando Carmim, até admitir para si mesmo que não conseguiria encontra-la tão cedo assim. Não que ela não tivesse avisado que estaria ocupada o dia inteiro, mas ele ainda sim tinha esperanças de encontra-la.

Os alunos do primeiro e segundo ano estavam ajudando com os jardins, afinal, o dia da família era um feriado muito apreciado por todos. Ele adorará o ano anterior, quando ajudou com a comida, escolhendo pessoalmente as fontes de chocolates, doces e frutas presentes.

Infelizmente, este ano, sua função era outra: Ensaiar para a apresentação da classe final.

Isso, por sua vez, se resumirá nas duas primeiras semanas a passar duas horas por dia, em dias revezados, ouvindo Ally tentar acalmar todos e colocar ordem nos outros alunos. E então Becky e Will tomaram as rédeas do ensaio, e a coisa começou a fluir.

Não que Ally parecesse feliz com isso, ela havia perdido na votação da música, não foi ouvida sobre a coreografia nem as roupas, e a votação entre ela e Becky para o solo tinha sido praticamente unanime.

Mas mesmo assim, Chris se admirou quando a loira saiu correndo da sala e bate contra ele.

—Ai – ele falou, dando um passo para trás – Isso foi desnecessário. Achei que pelo menos poderíamos continuar amigos...

—Muito engraçado, Christian – Ally grunhiu, pegando a bolsa que havia caído no chão – Sai da frente, estou com presa.

—O ensaio já acabou? – ele perguntou, surpreso – Eu sei que estou atrasado, mas não tanto...

—O ensaio ainda não começou, Becky teve que resolver uma coisa com os alunos do primeiro ano – ela falou – Não vou ensaiar hoje, já sei minha parte de cor. Pode sair da frente agora?

—Claro – ele deu um passo para o lado, e ela saiu correndo. Ele ficou atordoado, parado no corredor. Já tinha visto Ally agitada, irritada e ansiosa. Mas nunca tão atordoada quanto naquele momento.

...

Quando o sol se pôs, Carmim estava sentada no parapeito da varanda do estabulo da casa dos White, ignorando Queenie que ria com os gêmeos lá dentro, depois de abandonarem-na, com os cavalos, quando Gart e Hannah desceram a colina em sua direção.

—Finalmente - ela suspirou, se levantando e puxando os três enormes cavalos negros que Bruno lhe entregara. Aquele garoto era estranho, ele parecia saber que ela estava fazendo algo grande e ruim quando lhe entregou os corcéis negros, e parecia adorar isso.

“Rápidos e discretos” falou Bruno, quando lhe entregou os cavalos.

—Uau – sorriu Gart, montando em um dos cavalos –Isso é incríveis.

Carmim agradeceu por ter feito as aulas de equitação em Dragon Hall, ao contrário, estaria em sérios apuros. Mas os cavalos de Bruno eram quase tão terríveis quanto os cavalos da Ilha.

Os três seguiram em silêncio, seguindo pelas margens da cidade, da casa dos White até as margens da floresta, quando chegaram ao interior da mata selvagem, a noite já havia caído, e as árvores tapavam a visão do céus, impedindo a luz da lua e das estrelas de ajudarem.

—Podemos parar um pouco? – gemeu Hannah, que vinha atrás aos outros dois – Estamos sobre esses cavalos há quase quatro horas.

—Não podíamos correr perto da cidade, vamos mais rápido agora – Carmim falou, e depois se virou para ver a cara desiludida dos amigos – Tudo bem, podemos parar um pouco.

Eles amarraram os cavalos em uma árvore firme, e Hannah deu alguns pedaços de cenouras cortados para eles, que devoraram rapidamente. Carmim olhou para o celular novo que comprará a algumas semanas, Hannah estava certa... Eram quase dez da noite. Ela nem fazia ideia que se passara tanto tempo, tantas coisas martelavam na sua cabeça. Auradon era maior do que ela esperava.

—Onde estamos? – ela perguntou para Gart, que com a ajuda de uma lanterna analisava cuidadosamente o mapa.

—Se essa nascente, der origem ao rio que passamos agora pouco – ele falou, apontando para o mapa – E ele segue nessa direção... Devemos estar mais ou menos aqui. O que quer dizer...

—Que se sairmos em trinta minutos chegamos a Montanha Proibida cerca de uma da manhã – falou Carmim, calculando – Então teremos que deixar os cavalos e subir a montanha até a fortaleza... Isso ai dar trabalho.

—Ou – Hannah sugeriu – Seu cetro pode nos dar uma escada!

—Não dá, onde ela ficaria presa? – perguntou Carmim – Não consigo visualizar nada se não souber como é!

—Bem, vamos descansar um pouco e depois seguimos – falou Carmim, dando os ombros.

—Vamos logo com isso – falou Hannah, desamarrando o cavalo e montando de novo. Carmim olhou para Gart, confusa. Ele deu os ombros, e montou também. Ela os seguiu, esperando Hannah se afastar um pouco.

—O que ouve? – perguntou ela para Gart.

—Ter algo para fazer é melhor do que ficar pensando – falou ele, dando os ombros – Acho que ela pensa que pode desmoronar a qualquer minuto, provavelmente vai, e não vai ser nada bonito quando acontecer...

Carmim engoliu em seco. Hannah estava sofrendo por deixar Will para trás, sofrendo a cada minuto. Carmim quis conseguir odiar ela, mas não conseguiu. Mesmo sabendo que Hannah havia começado aquilo tudo. Mesmo sabendo que, se dependesse dela, ela nem teria ficado em Auradon tempo o suficiente para tentar fugir uma única vez. Ela fez isso por Hannah, e agora Hannah estava desmoronando.

Ela pensou no pai da amiga, pela primeira vez. No grande capitão James Hook e no quando ele ficou abalado quando a mãe de Hannah – com a mesma pele bronzeada e o mesmo sorriso doce – morreu, quando a menina tinha 13 anos. Hook achará o amor naquela Ilha peçonhenta, e o perderá para o destino. Hannah estava escolhendo deixar seu amor para trás... E Carmim estava forçando-a a passar sabe-se lá quanto tempo vendo ela e Chris tendo o que ela nunca mais teria.

Não era justo, era?

—Ei, você está bem? – perguntou Gart, que parecia estar a chamando há algum tempo – Parece um pouco... Pálida.

—Estou bem – suspirou Carmim – Muita coisa na cabeça... Devem ter centenas de guardas, como vamos lutar contra tantos? E depois, milhares de botões e alavancas... E se incendiarmos o castelo da Rainha Má? Ou pior?

—Quem vê até diz que você se importa – riu Gart – Vai ficar tudo bem Cacá, agora é melhor se preocupar em apressar esses cavalos antes que nos percamos nossa pirata ali... Hein, Hannah! Espera!

Carmim suspirou. Em outro dia, que parecia há mil anos atrás. Em um outro lugar, que deveria estar a mil quilômetros dali. Ela bateria tanto em Gart por chama-la de Cacá que ele nunca mais conseguiria falar nada. Naquele momento, na floresta escura, ela sorriu por ter um amigo que conseguisse manter o bom humor naquela situação.

A viagem seguiu calma. A floresta de Auradon não apresentava grande risco, os animais silenciosos dormiam durante a noite, e, quando acabou a travessia, Carmim nem precisou olhar para cima para ver que a lua estava no topo do céu, o que significava que já era, pelo menos, meia noite.

Enquanto a floresta ia se tornando menos densa, as arvores menos prevalecentes e o frio crescia, a Montanha Proibida se ergueu diante os olhos dos três, gigantesca e coberta de neve, mesmo que já estivessem em plena primavera, aos pés da montanha, o frio era intenso para as roupas que usavam.

—Nunca conseguiram fazer parar que nevasse – falou Hannah, como se lembrasse disso de algum lugar. – E agora?

—Agora faremos para – falou Carmim, pegando o cetro e fechando os olhos. Ela imaginou a neve parando em pleno ar, dura como o gelo e caindo no chão. Os estalos cercaram sem ela sequer falar algo.

—Isso foi bom – falou Hannah – Vamos.

A trilha que contornava a montanha era íngreme e fina, com poucas áreas de maior extensão onde pudessem relaxar. Nenhum dos três tinha medo de altura, mas Carmim via Hannah estremecer na sua frente sempre que olhava para baixo.

—Parem – pediu Hannah, estava com uma cor estranha e parecia prestes a vomitar. – Só me deixem respirar um pouco. Está muito frio.

—Mais um pouco, podemos parar mais para frente – falou Carmim, a morena assentiu e seguiu em frente, quando os três pararam em uma das extensões e arfando, sentaram-se. – Nem acredito nisso... É loucura!

—Isso tem que valer a pena – falou Carmim – Se não valer...

—Acabou – falou Gart, a encarando sério – Escutem bem, vocês duas... Se não for hoje, se não der certo...

—Vai dar certo – grunhiu Hannah.

—Mas se não der, acabou – falo Gart – Nos tentamos, de todos os modos possíveis... Enfrentamos guardas, crocodilos, sereias e seja á o que mais...

—Mas nossos pais – Hannah começou.

—Fizeram por merecer estar na Ilha – falou Gart – Sim, estamos tentando por eles, mas se não der certo, não tem mais o que ser feito.

—Mas...

—Gart tem razão – falou Carmim, se levantando – Vamos acabar logo com essa loucura. De um jeito ou de outro, nossa história termina hoje!

Os três seguiram subindo, perante o frio e alguns deslizes quase fatais, até chegarem ao topo.

—Todo isso... E a porta está aberta? – grunhiu Carmim. – Tem que ser brincadeira...

Gart riu, e parou logo que entraram. A Fortaleza Proibida era coberta de neve e gelo por fora, mas por dentro era ainda mais fria do que do lado de fora, e completamente obscura.

—Tem certeza que é aqui? – pergunto Gart, confuso – Parece tão...

—Está desabitada, os guardas só trabalham nos andares de cima – falou Hannah – Foi só onde a Fada Madrinha conseguiu colocar um contra feitiço ao frio.

—Certo – ele respirou fundo – Isso é muito estranho, quase como se ela pudesse nos ver.

—Malévola não está aqui Gart – grunhiu Hannah.

— Evie disse que estão mantendo contato com os guardas daqui – falou Carmim, confiante – E não ouve sinal nenhum dela!

—Infelizmente, Vossa Alteza, não posso dizer que está certa – falou a voz dela, de todos os lados e em todos os tons – Sim, eles estão mantendo contato com os guardas... Mas ninguém contou para vocês? Homens são mentirosos... Principalmente quando estão sendo controlados.

—Isso não está acontecendo... – Gart gemeu – Não está acontecendo.

—Onde você está? – gritou Carmim – Apareça!

—Ou melhor... Não apareça – murmurou Hannah.

—Ah, adolescentes... Minha briga aqui não é com vocês – Malévola desceu uma longa escada, m corvo repousava em seu braço – Mas a deles é... Sabem, vocês estão atrapalhando o trabalho desses valentes soldados.

E dito isso, das portas do salão, dezenas de guardas armados até os dentes os atacaram. Carmim ouviu Hannah e Gart gritarem em algum lugar, segurou o cetro das maravilhas com força, sentindo que o tempo estava acabando.