Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 35
Nunca deixei de te amar...


Notas iniciais do capítulo

As coisas entre Adélia e Alberto nunca foram fáceis, mas a demostração do amor um pelo outro vem nos momentos mais simples...

Boa leitura!



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As semanas que se seguiram foram com cuidado extremo sobre Adélia, para desespero dela que a cada dia perdia um pouco mais de paciência, mas com a proximidade de sua formatura que foi estendida para que ela pudesse participar, ela se mostrou mais calma e feliz por finalmente se formar.

Toda noite Alberto lia para ela que acaba dormindo exausta de um dia inteiro sem fazer nada além de ficar com as crianças. Apesar de estarem mais próximos ainda não evoluíram muito além do contato matinal que tinham ao acordar frequentemente abraçados.

—Maria está quase engatinhando você viu Joana?

—Sim, fica se arrastando feito um caranguejo para trás.

—Pequena linda, vem cá com a tia Adélia, vem! –  a menina estava sentada perto da poltrona onde Joana tricotava um xale para ela usar na noite da formatura que seria dali três dias. – Vem!

Adélia estava sentada entre umas almofadas no chão próxima da cama. A neném olhou de uma para outra e começou a balbuciar seu tradicional linguajar diante do incentivo alegre de Adélia.

—É uma preguiçosa essa minha neta!

—Não fale assim Joana, tudo tem seu tempo logo ela vai aprender a engatinhar. E o Téo?

—Dormindo.

—Ai não aguento mais essa vida de não fazer nada.

—Não comece menina, estamos todos nos esforçando para tornar sua jornada mais fácil.

—Eu sei Joana querida, você e Alberto, até Estela tornam meu dia muito melhor... Mesmo assim...

—Quem está triste aqui? – Alberto apareceu na porta dando um susto nas duas e fazendo com que Maria soltasse gritinhos de alegria por vê-lo.

—O que faz aqui essa hora? Está no meio da tarde!

—Vim ver como você está.

—Estou entediada...

—Resmungona eu diria.

—Então, vim te levar para fazer algo diferente.

—Algo diferente?

—Sim.

—E eu posso sair?

—Sim, vamos de carro.

—E onde vamos?

—Surpresa... Joana fique com Maria e Téo por favor.

—Sim ficarei.

—Mas eu não posso sair assim toda desgrenhada. – Adélia falou chateada.

—Então vou ficar com Maria no quarto enquanto Joana te ajuda, pode ser?

—Sim.

Alberto pegou a menina que fez a maior festa por estar no colo dele e saíram.

—Joana onde ele vai me levar?

—Não sei. Não tenho a menor ideia.

—Então corra minha Joana, pegue um vestido que ainda sirva em mim e pegue a escova para escovar esses cabelos!

—Já estou indo!

Joana sorrindo foi pegar oque Adélia pediu.

***

Quando parou o carro, Alberto ajudou Adélia a sair do carro com cuidado.

—Onde estamos?

—Está muito curiosa!

—Claro, você não pode fazer isso com uma mulher grávida.

—Venha já vai descobrir tudo.

Com surpresa Adélia se viu no ateliê de uma modista famosa que a mãe sempre falava, mas como nunca foi de ostentar luxos, nunca se interessou.

—O que fazemos aqui?

—Minha querida Adélia, venho provar seu vestido de formatura!

—Vim? Mas como não encomendei nada... E já tenho um vestido que comprei na capital...

—Mas esse é sobre medida feito para você!

Ela olhou para o rapaz e para a modista sem entender nada.

—Seu marido, trouxe um modelo que sabia que queria, e sua numeração, agora só faremos o ajuste.

Quando a mulher trouxe o vestido praticamente pronto Adélia quase chorou ao ver a beleza e delicadeza de tudo. O vestido cor pérola se estendia numa calda curta, não muito expansivo, mas bem cinturado, ela reparou mais tecido na área da barriga. Ao longo da costura pequenas rosinhas davam um ar mais jovem a roupa. Nas mangas detalhes em dourado assim como a faixa que iria na cintura.

—Que coisa mais linda! – ela não conseguia nem falar tamanha sua surpresa.

—Eu sei que tem a roupa própria no dia, mas depois tem o baile, achei que você gostaria de um vestido novo.

—Eu adorei, mas nem sei se vou poder ir no baile...

—Claro que vai, não poderá dançar muito, mas já conversei com o doutor que estará lá para qualquer eventualidade.

—Alberto você pensou em tudo isso?

—Claro, você merece comemorar esse dia com suas amigas.

—Eu quero comemorar com você! – ela disse o abraçando com entusiasmo.

—Hum, vou deixar vocês a sós por um instante, enquanto vou buscar o sapato para a prova oficial.

A modista saiu deixando os dois sozinhos, ele com os braços envolta da cintura dela.

—Alberto, sou tão dura com você... E nunca deixou de fazer as coisas por mim...

—Nunca deixei de te amar Adélia, e vai ser assim para sempre!

Ela o olhou encantada como se o visse pela primeira vez, os olhos brilhando pela emoção.

—Eu te amo também, nunca deixei de te amar!

Ao ouvir isso ele abriu o maior sorriso do mundo e a puxou para um beijo suave que ela prontamente respondeu. Um beijo para acabar com todos os maus entendidos e todas as dores, um beijo capaz de acender toda a chama que estava por brasa quase se apagando.

—Adélia! Não sabe quanto esperei por isso, por ter por completo o seu amor novamente.

—Eu confesso que esperei muito também...

—Mas esse poder estava com você...

—Eu sei, mas como diz a Joana sou muito teimosa.

—Isso é uma grande verdade! – ele sorriu dando mais um beijo nela.

—Pronto agora podemos fazer a prova, acho que o marido pode aguardar na sala de espera.

—Claro, fiquem a vontade, estarei logo ali meu amor. – ele segurou o rosto dela entre suas mãos e depositou um beijo suave nos seus lábios.

—________________

Meia hora depois a mulher chamou Alberto para ver como Adélia estava.

—Linda... Ficou perfeito.

—Quase não teremos que fazer mudanças, está ótimo.

Alberto estava encantado com a beleza da mulher, parecia que grávida estava ainda mais bela do que sempre foi. Jovial Adélia rodava cautelosa para mostrar o vestido em toda sua extensão.

—Você é a melhor modelo! A mais linda! Está feliz?

—Como não estava a alguns meses... Estou me sentindo uma princesa, uma princesa barriguda...

—Eu não tenho filhos, mas sei que essa barriguinha ai ainda nem é nada, seis meses é pouco tempo, verá aos oito estará gigante.

—Que isso, não me assuste!

—Mesmo assim ainda será a mais linda.

—Obrigada!

—Bom vou anotar o que tenho que mudar para poder liberar vocês.

—Não quero imaginar a hora que voltamos e contar para Joana!

—Ela é minha cumplice, mas vai gostar de ver sua alegria.

—Veja só, meu marido e minha mãe de criação armando pelas minhas costas. – a moça sorriu brincalhona recebendo o sorriso do marido igualmente de bom humor.

—Mas antes ainda vamos a um lugar...

—Mais surpresas?

—Tantas quanto você merece!

Ela o olhou com carinho e observou a modista colocar alfinetes onde precisava fazer os acertos.


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Notas finais do capítulo

Quem ai estava com saudades desse shipper??? O/

Beijos ;)