Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 34
Um nova chance para o amor


Notas iniciais do capítulo

Adélia irredutível precisou levar um sermão de Joana para analisar melhor sua situação com Alberto.

Boa leitura!



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Adélia estava com Maria no quarto, depois da noite difícil que teve, estava se sentindo melhor, numa poltrona perto da sua cama Joana montava guarda oficial impedido que ela fizesse qualquer esforço.

—Que horas Glória trará Téo?

—Acredito que ele vai passar a noite com ela hoje...

—Para quê isso? – Adélia questionou surpresa.

—Ela pediu tanto que Alberto não teve escolha.

—Ele não deveria deixar, Téo é tão pequeno ainda...

—Que bobagem menina, Glória cuidou do menino dois meses a fio, veja bem ela é como se fosse uma mãe para ele.

—Você tem razão Joana, mas Alberto sempre arranja um meio de ter o menino longe...

—O que está acontecendo com você hoje? Alberto tem se esforçado muito, ele cuida do menino quando ele chora a noite, e de Maria também, cuidou de você essa madrugada toda, pelo amor de Deus Adélia, seja sensata!

Adélia se assustou com o discurso da negra.

—Joana...

—Eu sei que está debilitada pela gravidez de risco, mesmo assim sou sua mãe de criação e como mãe vou te falar uma coisa menina, vai acabar perdendo Alberto por conta desse orgulho que não é do teu feitio... Sempre foi tão atenta as coisas dos outros, aos sofrimentos, não tomou a decisão de por em risco sua vida para salvar seu bebê? Alberto colocou em risco o casamento, a mulher que ama, para que você não tivesse incômodos no inicio da gravidez, entenda que ele a ama mais que tudo! Precisava ver o desespero dele ontem quando descobriu que no parto pode te perder para sempre, acho que está na hora da senhorita rever isso e mudar de atitude antes que seja tarde!

Adélia ficou em silêncio enquanto Joana saia do quarto deixando ela e Maria sozinhas.

—Nossa, sua vovô está brava...

Maria que estava brincando com uns potinhos bateu um no outro demostrando alegria e tirou um sorriso da moça.

—Será que estou sendo tão insensata assim?

A menina continuou brincando alheia às dúvidas de Adélia que passou a mão na sua barriga fonte de todo seu medo, Joana tinha razão, Alberto protegeu o filho deles tal qual ela iria dar a vida pela criança se fosse necessário.

***

Alberto chegou, tomou banho e foi ver como a esposa estava. Encontrou uma Adélia emburrada sentada na cama.

—Olá? – disse chegando próximo a cama.

—Olá... – falou séria.

—Como se sente? Está melhor?

—Como me sinto? Cansada de ficar na cama sem fazer nada, Maria passou o dia comigo mas eu não posso levantar, não posso isso, não posso aquilo, cada vez de ir ao banheiro é um tal de chamar a Joana e a Estela coitada que voltou hoje já para ajudar.

—Adélia precisa ser paciente.

—Eu sei, mesmo assim estou cansada.

—O doutor deve vim logo te ver, vou buscar seu jantar.

—Ah não, não quero jantar sozinha! – choramingou.

—Quer que eu suba e jante aqui?

Adélia o olhou tão cheio de expectativa e com o olhar terno pousado sobre ela.

—Quero Alberto, quero que jante comigo. – sorriu.

—Ótimo, vou logo então... – saiu sorridente.

—_____________

Mais tarde após o médico sair Adélia e Alberto ficaram a sós.

—Você escutou tudo que ele disse?

—Sim... Mas não mudei minha opinião, vou ter esse filho aconteça o que acontecer!

Alberto que estava de pé próximo a cama foi mais perto e se sentou na beirada.

—Eu não quero que nada de mal aconteça com nenhum de vocês, mas eu vou apoiar você, mesmo que... Que...

—Alberto... – ela pegou a mão dele e puxou para cima das cobertas. – Não vamos pensar no pior, não agora...

—Tudo bem...

—Estou com medo de dormir sozinha... – ela falou brincando com os dedos dele. – Você pode dormir aqui?

Alberto sorriu e apertou a mão dela com carinho.

—Claro, como você quiser. Vou colocar o pijama e ver a Maria já venho pode ser?

—Sim... – meio relutante Adélia largou a mão dele.

Alguns minutos depois ele voltou já com seu pijama e um roupão por cima, também um cobertor que espalhou pela poltrona.

—O que está fazendo? – ela que observava tudo, perguntou.

—Arrumando minha cama, essa poltrona é muito confortável.

—Como assim? Você não vai deitar na cama? – ela ficou decepcionada.

—Na cama, mas...

—A gente dividiu essa cama quando nos casamos sem intimidade nenhuma, agora vamos ter um filho, porque seria diferente? Vamos deite aqui e pegue um livro para ler para mim, me deu saudades de escutar você lendo. – falou de uma maneira doce que deixou Alberto encantado.

Com o coração pulando ele procurou um livro que lembrava que ela não tinha lido e deitou ao lado dela.

—Vai ser como nos velhos tempos?

—Acho que sim, mas eu não vou dormir na banheira! – ela sorriu brincalhona.

Alberto se ajeitou nos travesseiros e começou a leitura sobre o olhar atento de Adélia.

—____________

Ao acordar pela manhã, Alberto sentiu o peso que tanto gostava de sentir quando acordava, o peso de Adélia deitada sobre seu peito, os cabelos espalhados e a mão posta perto do seu coração.

Com cuidado passou o braço por baixo dela e a puxou para mais perto, retirou os cabelos do rosto e deu um beijo suave nos lábios dela, ele devia levantar para trabalhar, mas não fez questão, se aconchegou mais na esposa e voltar a dormir agradecido pela chance que estava recebendo. A chance de amar Adélia plenamente outra vez.


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Notas finais do capítulo

Sorry o capítulo tão pequeno gente :( no próximo vou melhorar isso!

Beijos