Um Amor que Cura escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 21
Decisões


Notas iniciais do capítulo

-Oi gente, sei que deixei essa fic de lado, mas não foi por que gosto menos dela, mas, passei uma fase difícil decidindo o caminho de Adélia e Alberto, o final está longe, mas já está traçado, só precisava desfazer alguns nós que eu mesma provoquei, quero que leiam com carinho e me perdoem se o futuro deles não for exatamente como imaginam... Acreditem a história toma seu próprio rumo e preciso conduzir mesmo que no caminho algumas dores sejam necessárias! =/

—A gravidez delicada de Adélia colocou Alberto em um situação difícil, onde contar seu segredo pode ter consequências graves, ainda assim a verdade é sempre a melhor opção...

Boa leitura!!!



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–Alberto isso é a maior loucura que já escutei na vida!

–Glória tem razão, que falta de senso é esse meu amigo?

–Vocês não estão entendendo? Adélia está numa gravidez de risco, não posso contar nada para ela agora.

–Esconder será muito pior irmão.

–Não tenho saída, se algo acontecer com o nosso filho ou mesmo com ela, jamais me perdoarei. E se ela me odiar depois, pelo menos essa criança será nosso elo.

–Amigo isso é insano e egoísta!

–Não sei nem o que dizer...

–Não diga nada Glória, pegue o menino e viaje para a sua casa de campo fique lá um tempo, Nestor pode te ajudar e quando eu revelar tudo vocês voltam.

–Não é certo Alberto, essa decisão pode ser sua armadilha no futuro. Pense se alguém descobre e fala para ela.

–Não, ninguém vai saber, eu vou contar tudo a ela quando o nosso filho estiver seguro.

Alberto não teve escolha, mas de algum modo sabia que Nestor tinha razão poderia ser uma armadilha para si mesmo, se alguém descobrisse seria seu fim, o fim de tudo com Adélia.


***

2 meses depois



Adélia mais forte retornou seu curso e estava radiante com a barriguinha começando a despontar, era mimada pelo marido, por Joana, pelos sogros e até por seu pai, que estava mais humano com ela, ia visitar muitas vezes, todos queriam um menino, mas Adélia e Alberto não pensavam nisso, só queriam que tudo corresse bem. Maria estava a cada dia mais esperta, adorava ficar com a moça, que a enchia de “dengos”.

–Você acredita que logo terminarei meu curso mais dois meses e acabou, se não fosse o cuidado com a gravidez já teria terminado.

–Querida, tudo em seu tempo, agora que está mais forte vai colocar tudo em dia.

–Com toda certeza. Olhe Maria está sentando praticamente sozinha.

Adélia havia ajeitado umas almofadas em torno da menina.

–Linda, parece uma boneca. E como está a filha da Joana.

–Muito revoltada, não pode escutar falar o nome dela, como pode uma mãe ter esse sentimento pela filha, ou como pode uma mulher ter um sentimento assim por uma criança, seja o que foi que aconteceu são inocentes.

Alberto observou a mulher que brincava com a pequena e falava com toda a seriedade, como contaria que tinha um filho, ainda final de semana recebeu um postal de Nestor dizendo que o menino crescia forte e saudável, toda a delicadeza dos primeiros meses com o afeto da tia se transformaram, ele se sentia mal pois não tinha desenvolvido nenhum sentimento pelo menino.

–Alberto?

–Sim?

–Está tão quieto... Você anda tão distante meu amor, algo lhe aflige posso sentir.

–São coisas do trabalho, não se preocupe.

–Quero que divida comigo tudo que sente, não guarde só para você!

–Querida não é nada eu juro...

–Se você diz eu acredito. - ela disse com um sorriso. - Sabe Joana tem uma teoria que o bebê é um menino...

–Que teoria é essa?

–Diz ela que quando uma menina fica grudada com a gente é com certeza um menino que a mulher espera e vice-versa.

–Será que isso tem algum fundamento?

–Não sei, pois, só tenho contato com Maria, eu poderia ir visitar sua irmã, se ela estivesse na cidade né?

–Glória?

–Sim, não te contei que ela estava cuidando do filho de uma das acompanhantes, ai amor um menino tão lindinho, parecia um pequeno príncipe... É pensando bem ela também ficou no meu colo todo quietinho e eu já estava grávida, então não podemos confiar nessa teoria né?

Alberto ficou tenso com o comentário da esposa.

–Adélia não de ouvidos a essas bobagens, saberemos o sexo quando nascer e pronto.

Ela olhou confusa com o tom de voz alterado e o mau humor repentino.

–Eu sei... Só estava comentando o que Joana disse... - ela falou chateada.

Alberto percebeu o deslize e sentiu-se ainda mais culpado.

–Desculpa meu amor... - sentou ao lado da esposa que tinha pegado Maria nos braços. - Só acho que temos que ter paciência e esperar, não podemos ficar com um ideal na cabeça para não nos decepcionar se não for o que queremos...

–Jamais vou ficar decepcionada, tanto com menino ou menina, vou agradecer por poder te dar um filho, claro que um menino seria o sonho dos meus e dos seus pais, mas não me importo com o sexo, será amado do mesmo modo.

Ela continuava com a voz carregada de magoa.

–Meu amor, por favor, olha aqui. -pegou o rosto dela em suas mãos.- Eu não quis ser grosseiro, mude esse olhar tristonho e volte para aquele sorriso lindo que você tem e que eu tanto amo.

–Eu não estou triste, só... Só achei estranho sua mudança de humor e não é a primeira vez, algo está te incomodando? É a presença de Maria?

–Não, Adélia, pelo amor de Deus! Essa pequena não tem culpa do meu humor, e sim o tédio do trabalho.

Adélia estava a tempos com a história da mãe engasgada na garganta, havia resolvido deixar de lado pela gravidez, mas não podia deixar de associar o comportamento do marido com a ida há capital meses antes.

–Alberto, eu quero te perguntar uma coisa e quero que seja claro comigo.

Alberto contraiu-se preocupado.

–Diga meu amor.

–Quem é Gaia?

Ele sentiu o chão se abrir aos seus pés e uma fisgada no peito.

–Como? Quem te falou esse nome? - não quis ser rude novamente, mas não conseguiu abordar o tema sem sua voz ficar séria.

–Olha só, vou levar Maria para Joana, e volto para conversarmos, quem sabe você fique mais calmo.

–Adélia...

–Não, só pelo seu rosto já sei que essa mulher mexe com você, então quero a verdade.

Ela levantou com a menina nos braços e saiu deixando Alberto preso na sua angustia, como ela havia descoberto tudo, ele não podia imaginar, será que era a deixa para contar tudo o que estava ocultado? Sentou petrificado na poltrona e ficou a espera de Adélia, rezando para que o melhor acontecesse.


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Notas finais do capítulo

E agora Alberto??? O.o

Beijos