In love with a criminal escrita por One Girl Rockeira


Capítulo 2
Reféns soltos


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo
Não se esqueçam de deixar comentário, é importante pra mim saber a opinião de vocês.
Boa leitura!



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Eles começaram a negociar, Alex continuava viagiando pela janela, deveria estar observando o movimento.

– Ok, vou liberar os reféns. - Essas foram as últimas palavras até ele desligar o telefone.
– Lucas libera todos os reféns, mas quero que você deixe pelo menos cinco.
– Pra que? Pensei que fosse liberar todos. - Lucas questionou.
– Eu sei o que eu estou fazendo.
– Tudo bem, mas vê se não estraga o plano Denis.
– Não vou Lucas.

Lucas olhou cada um de nós e ficou escolhendo quem ele iria manter como refém por mais algum tempo, eu espero ir junto com esses serão liberados agora.

– Você, você, você, você e você. - Ele apontou para uma senhora de idade, um homem, uma mulher grávida, uma mulher que estava com duas crianças e outro cara e pediu pra eles ficaram próximo a janela, comemorei por não ter sido escolhida, minha expressão de desespero tinha se tornado em alegria.
– Você, você, você, você, você, também se ajuntem as pessoas que estão próximas a janela. - O que? Como assim, não eram só cinco?
– Você, você, você.. - E assim ele continuou falando até que sobraram algumas pessoas, olhei ao redor e tinha cinco pessoas, e eu estava incluída. - Vocês que estão próximos a parede dirijam-se até a porta e aguardem ser liberados. Vocês que sobraram... - Ele fez um sorriso malicioso. - Vão ter que esperar.
– Aff. - Revirei o olhar.

O tal de Caio abriu a porta e liberou os vinte e três reféns. Quando a porta foi aberta e eu vi o clarão do sol me senti uma vampira, me sentei no chão porque vi que isso iria demorar por mais algum tempo.
Caio, Lucas, Denis e Alex se sentaram em uma mesa e começaram a conversar entre eles, deveriam estar planejando um jeito de sairem sem serem presos.
Eu precisava ir no banheiro com urgência, então me levantei e comecei a andar em direção ao banheiro.

– Hey, onde você vai? - Perguntou Alex.

Olhei para eles e todos eles me olhavam.

– Preciso ir ao banheiro.
– Lucas acompanha ela

Lucas se levantou e veio em minha direção, puxou meu braço e me levou em direção ao banheiro.

– Me solta seu idiota.

Ele continuou me puxando, só me soltou quando chegamos até o banheiro.

– Vai logo.

Revirei o olhar e entrei dentro do banheiro, tranquei a porta e tentei encontrar uma maneira de fugir.
Nada, a única janela que tinha no banheiro era pequena.
Lucas bateu na porta e disse "vai logo" eu nem respondi, usei o banheiro e minutos depois sai.

– Finalmente princesinha. - Ele debochou.
– Não sou princesinha. - Retruquei.

Caminhamos até os caixas, voltei para o meu lugar e Lucas voltou a se juntar aos outros bandidos.
O telefone tocou, deveria ser o delegado pedindo pra liberar os outros reféns.

– Não vou liberar mais ninguém! - Denis disse com a voz meio exaltada.

Me levantei e fui até a janela.

– O que você está fazendo? - Perguntou Caio.
– Só vou ver o movimento, já basta vocês estarem me mantendo como refém aqui, o mínimo que vocês devem fazer é me deixar ver a vista.
– Que drama - Denis Retrucou.
– Cala a boca.
– O que você disse?
– Calma Denis. - Lucas tentou o acalmar.
– Ela está achando que é quem pra me mandar cala a boca?!
– Ela vai ficar quieta, né? - Ele olhou pra mim
– É. - Dei de ombros.

Quando Denis se acalmou Lucas veio falar comigo.

– Você não tem noção do perigo?
– Ai eu estava irritada e acabei mandando ele calar a boca.
– Meças as suas palavras.
– "Meças as suas palavras" isso é sério?
– Você queria que eu dissesse o que?
– Sei lá, olha, eu só quero sair daqui, eu preciso ir pra faculdade, tenho provas importantes hoje.
– Faculdade?
– É, eu estudo pra ter um bom futuro, diferente de você que fica roubando bancos achando que vai se dar bem assim
– Eu me dou bem até hoje. - Ele disse se sentando ao meu lado.
– Você não presta cara - brinquei.
– Sou bem melhor que você.
– Cof,cof, não sei onde.
– Claro que sou!
– Vamos fingir que isso é uma piada a vamos seguir a nossa vida. - palpitei.
– Ok, mas no fundo você sabe que é verdade. - Ele me olhou com o olhar meio malicioso.
– Eu não sei de nada, só sei que você é mais iludido que eu. - Sorri.
– Então quer dizer que você é iludida?
– Um pouco. - Confessei.
– Sei esse pouco.
– É sério.
– Me diz um sonho e eu direi o quão iludida você é.
– Certo, pretendo me casar com Norman Reedus, Cameron Dallas, Matthew Espinosa ou Jack Johnson.
– Hm. - Ele disse analisando o meu sonho. - Oitenta porcento. - Concluiu.
– Você faz isso de propósito. - Reclamei
– O que?
– Aumenta a porcentagem da minha ilusão pra dizer que é menos iludido que eu.
– Não é, sou bem sincero.
– Sei..

Ficamos em silêncio por um tempo, até que eu quebrei o silêncio.

– Quando vocês vão nos liberar?
– Não sei, vou tentar liberar vocês mais rápido.
– Eu agradeço, tem horas pelo menos?
– Seis e quarenta. - Ele disse olhando o celular, eu quase consegui ver o rosto dele, mas ele foi mais rápido e desligou a tela rapidamente, nem sei como ele conseguiu ver a hora.
– Putz mano. - Digo colocando as mãos sobre o rosto.
– O que foi?
– Não vou conseguir fazer a prova de hoje.
– Não tem como fazer outro dia?
– Não, o professor é muito chato e não deixa, e essa prova é a mais importante do bimestre.

Ele se levatou e foi em direção aos outros bandidos, conversou alguma coisa com eles e veio até mim e se agachou pra falar comigo.

– Pode ir.
– É sério?
– É, eu falei com os caras e resolvi tudo, você está liberada. - Ele disse se levantando.
– Nossa, nem sei como te agradecer. - Digo segurando a mão dele para me levantar.

Ele apenas sorriu.

– E os outros? - Digo me aproximando da porta.
– É.. - Ele disse olhando para o chão. - Eu consegui liberar você, apenas você.
– O que vocês vão fazer com os outros?
– Ainda estamos decidindo.
– Não vão mata-los né?
– Não, só vamos liberar eles quando encontrarmos uma maneira de escapar. - Ele conchichou.
– Ah, entendi, boa sorte, apesar de tudo espero que consigam. - Sorri.
– Obrigado, espero que consiga fazer a prova também.
– Valeu.
– Er, até mais. - Ele disse abrindo a porta de vidro do banco, já estava de noite, algumas viaturas havia lá fora, um helicóptero sobrevoando o banco, a luz do helicóptero veio sobre mim e eu coloquei a mão sobre os olhos.
Os policiais que estavam lá fora esperando veio até mim e me afastou do banco.

– Você está bem? - Um deles perguntou.
– Estou.
– O que eles estão fazendo lá.
– Nada.

Caminhei para fora daquele tumulto que se agromerou em frente ao banco, os curiosos de plantão e os cinegrafistas estavam lá.
Fui para o estacionamento e peguei meu carro, dirigi o mais rápido que pude em direção a faculdade.
Eu estava com tanta pressa que acabei dando um drift enquanto estava estacionando.
Peguei minha bolsa e meu celular e corri para dentro da faculdade, perambulei pelos corredores que estavam meio vazios, obviamente todos estavam em momento de aula, subi correndo as escadas e entrei na terceira sala a direita.
Abri a porta com tanta rapidez que todos olharam pra mim.

– Desculpa o atraso digo meio sem fôlego.
– Sente - se Júlia.

Me dirigi até a mesa atrás da Luana.

– Por que você demorou tanto? - Ela conchichou disfarçadamente para que o professor não visse.
– Depois te explico.
– Ok.

O professor me entregou a prova e eu comecei a fazer, nem conseguia pensar direito, fiquei pensando se eles tinham conseguido sair de lá ou se haviam sido pegos.
Tentei esquecer esses pensamentos e foquei na prova, eu tinha que fazer isso. Um tempo depois eu finalmente havia finalizado a prova.
Luana, Oliver e Helena já haviam terminado a prova, eu fui a última a terminar. Entreguei a prova para o professor Róger e me retirei da sala, fui para da árvore, era onde nós (Helena, Luana e Oliver sempre ficávamos).
Sentei ao lado da Lua e do Oliver, Helena não estava.

– E ai Júlia, está tão quieta.
– Estou pensando. - Respondi olhando para o nada.
– Parece preocupada.
– Você vai se dar bem na prova Júlia. - Oliver tentou me consolar.
– Eu estou bem gente, e não tem nada a ver com a prova.
– Tem algo a ver com o seu atraso?
– Sim.
– Por que chegou atrasada mocinha? - Helena se reuniu a nós.
– Longa história, bom, eu estava indo para o banco dai uns ladrões invadiram o banco e fez todo mundo refém, dai eles ficaram enrolando para nos liberar, depois liberaram quase todos mas deixaram cinco e eu estava incluída nesses cincos, depois de um tempo eu conversei com um dos bandidos que se chamava Lucas, contei pra ele sobre a prova e ele me liberou, ai..
– Júlia você está na televisão. - Douglas me interrompeu.
– Que? Mentira.
– Olha aqui. - Ele disse me mostrando o celular dele, realmente era verdade, eu estava passando no jornal. "Mais uma garota mantida refém foi liberada" era a manchete.
– O que aconteceu com os bandidos? - Perguntei.
– Não sei, acabei de colocar.
– Aumenta ai. - Disse Oliver.

".. Há três reféns ainda, a polícia tenta fazer comunicação com eles mas já faz um tempo que eles não dizem nada, esperamos para ver se mais um refém é liberado". - Disse uma das repórteres.

– Eles fugiram. - Eu disse com um sorriso no rosto.
– Você está feliz com isso? Eles deveriam ser pegos, devemos ligar para a polícia e dizer que eles podem ter fugido. - Disse Oliver.
– Você não vai fazer nada. - Digo o impedindo de ligar.
– O que você está fazendo Júlia? Você não pode ajuda-los.
– Não estou os ajudando, só não quero me meter mais nisso.
– Eles fizeram uma lavagem cerebral em você.
– Haha, engraçadinho.
– Parece que eles levaram o seu senso de humor também.
– Não é enche.

Logo retornamos para a sala e fizemos a última prova, depois formos liberados.
Me despedi do Oliver e da Helena e entrei no meu carro com a Lua, ela sempre vinha comigo.
Liguei o carro e sai do estacionamento da faculdade.

– Você se amarrou em algum bandido né? Deve ter sido nesse Lucas.
– Eu não estou apaixonada por ele.
– Está sim.
– Não estou.
– Como ele é? Bonito?
– Eu não vi o rosto.
– Tá apaixonada por um cara que você nem viu.
– Eu já disse que não estou apaixonada por ele.
– E por que se preocupa se caso eles forem presos?
– Eu não me preocupo!

Ficamos um tempo em silêncio.

– Acabei de ver na internet que eles foram presos.
– O que? - Digo olhando pra ela.
– A direção Júlia.

Voltei os olhos para a rua.

– Quando? Todos eles?
– Eu tô zoando sua trouxa, viu como você está apaixonada por um deles, qual?
– Não acredito sua vaca, você quase fez eu perder o controle do carro.
– Por que quase perdeu o controle do carro sendo que você nem se preocupa com eles.
– Ah, não enche Lua.
– Fala logo.
– Não tenho nada a declarar.
– Não mesmo?
– Não, aff, como você é chata!
– Você também não é lá essas coisas não.
– Sou sim. - Digo rindo.
– Não é não e digo porque tenho que te aturar todo dia.
– Eu sei que você me ama Lua.
– Amo nada.
– Nossa, corta aqui. - Digo mostrando os indicadores.
– Vem aqui sua besta, você sabe que eu te amo. - Ela diz me dando um abraço.

Cheguei até a casa da Lua, ela se despediu e foi em direção a casa dela e eu fui para a minha.


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Notas finais do capítulo

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