Celular, carteira, livros, cadernos, tudo em seu devido lugar. Lá estava eu checando mais uma vez a minha bolsa pra ter certeza de que eu não estava esquecendo nada, antes de ir pra faculdade eu preciso dar uma passada no banco.
Peguei as chaves do carro e fui até a garagem buscar o mesmo. Coloquei a chave na ignição e dirigi até o banco.
Havia um pouco de sol ainda, então coloquei o óculos de sol pra não atrapalhar a minha visão, se não fosse pra receber eu não iria passar hoje no banco e ainda estaria em casa. Odeio quando é dia de pagamento, ai tenho que sair às cinco de casa (pois é lotado) e não as seis como de costume.
Estacionei o carro no estacionamento do banco, tirei o óculos, peguei minha carteira e meu celular e desci. O banco estava lotado como sempre, procurei a fila mais pequena e "entrei". Dei uma passada rápida no celular só pra dar uma geral, alguém que estava na minha frente se esbarrou em mim e meu celular caiu.

– Hey! - Reclamo.

O cara me olhou assustado e logo em seguida olhou para frente novamente, eu me aguachei e peguei meu celular, agora que eu reparei estava havendo um movimento estranho no banco, olhei ao redor e vi algumas pessoas com expressões de espanto, retornei o olhar para o chão e dei de cara com um par de pés em minha frente, olhei para cima e me deparei com um cara com touca me olhando.

– Levanta logo. - Ele disse com um tom meio arrogante.
– Calma. - Digo me levantando.
– Eu não tenho todo tempo do mundo não garota, vai logo. - Ele diz apontando a arma pra mim.

Levanto e me reúno com o grupo de pessoas no fundo do banco. Fiquei observando pra ver quantos bandidos haviam, eram quatro no total. Um estava de vigia, o outro estava tomando nossos pertences e nos fazendo ficar em silêncio e os outros dois estavam indo em direção ao cofre, até que eles tinham se organizado.

– Passa tudo que você tiver ai. - Disse o mesmo cara que me abordou.
– Só tenho isso. - Digo entregando a ele meu celular e a minha carteira, ele abriu a carteira e só encontrou meus documentos e meu cartão.
– E o dinheiro?
– Você acha que eu estava na fila pra receber o que?

Ele se aproxima de mim e sussurra em meu ouvido.

– É melhor você ficar quieta se você quiser continuar viva.

Ele se afasta de mim e eu reviro o olhar, ele continuou roubando os pertences das outras pessoas.
Fiquei observando-o enquanto ele fazia o "trabalho" dele. Eu não podia ver o rosto dele já que ele estava usando aquelas toucas que os bandidos costumam usar, mas pude ver seus olhos que eram da cor de mel, eu não pude reparar na cor dos olhos dos outros pois eles estavam muito longe, mas pude reparar no jeito deles.
Meus pensamentos foram interrompidos com o soar da sirene da polícia lá fora.

– O que está acontecendo Alex? - Disse um dos bandidos que estavam no cofre.
– Tá na hora da gente da o fora. - Disse o tal de Alex.
– Caio, Lucas vamos logo. - Disse o bandido que tinha saído do cofre.

Rapidamente o segundo bandido saiu de dentro do cofre e o que estava roubando nossos pertences se ajuntou a eles.
O telefone tocou e um deles pegou um dos seguranças e fez ele atender.

– É a polícia. - Respondeu o segurança.
– O que eles querem?
– Eles querem que vocês liberem os reféns.
– Me da isso aqui. - Disse um dos bandidos. - Vamos negociar.