Goodbye, Friends... escrita por Blaze


Capítulo 6
Capítulo 6




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640050/chapter/6

Robbie empurrou Brandon, e o encarou pasma. Ela olhou para o lado e não viu Zoey, olhou entre a multidão e viu Hanna e Johana se aproximando com dificuldade.

– O que você está fazendo, Brandon? - perguntou, com um tom medonho na voz.

– Quê? Como assim, Rob? Eu só... Olha, eu sei, tá legal? E me desculpa por não ter percebido antes... Mas Hanna me abriu os olhos e...

– Hanna? Hanna! O que você fez, garota? - ela interrompeu Brandon quando Hanna chegou perto do bar.

– Olha, me desculpa ta bem? Eu disse a ele que você gostava dele e... Não podemos discutir isso agora, a Zoey sumiu. Vamos nos dividir e procurá-la...

– Pera ai, o que ta acontecendo aqui? O que a Zoey tem a ver com isso? - perguntou Brandon, confuso. - Robbie... Quer dizer que era tudo mentira? Hanna, você só falou aquelas coisas pra mim não ficar com a Suzanne?

– Bran não tem nada a ver com a Suzanne, e agora eu sei que também não tem nada a ver com a Robbie. Tem a ver com...

– Tem a ver comigo, Hanna! Com os meus sentimentos! Como você pôde fazer isso? - Brandon gritava, e estava vermelho de raiva, ninguém nunca o vira se importar com sentimentos, e ninguém nunca o vira tão chateado. - Hanna... Nunca mais olhe na minha cara.

Dizendo isso, Brandon se virou e se jogou no meio da multidão, perdendo-se da vista de todos.

– Ele vai fazer merda... - disse Robbie se levantando com intenção de ir procurá-lo, mas Johana a segurou e disse:

– Robbie, eu sei que você sente por ele um amor de irmão... Mas ele sabe o que faz... Precisamos ir atrás de Zoey agora...

Robbie assentiu com a cabeça, e eles se dividiram: Robbie e Hanna iriam procurá-la na festa, e Johana ligaria para Kyle e juntos procurariam nos arredores.

A festa estava muito cheia á essa altura, e enquanto Johana se dirigia para a saída da festa, pôde ver Brandon, afogando suas mágoas num poço de veneno de cobra: a boca de Suzanne. Eles se beijavam ali, perto da piscina sem nenhum pudor, cheios de mãozinhas bobas e se esfregando um no outro, praticamente transando no meio de todo mundo. Johana não pôde fazer nada, sua amiga precisava mais dela.

Assim que conseguiu sair da festa, procurou pelo celular. Havia sumido. Johana pensou em que tipo de garota levaria um celular dentro do bolso do short pra uma festa tão badalada. Então ela decidiu ir andando até a casa de Kyle, quem sabe até o encontraria no caminho.

Johana usava um salto muito alto, e após dez minutos de caminhada, já não aguentava dar nem mais um passo com aqueles sapatos, então ela se sentou em um banquinho que estava na frente de um bar, e foi desabotoando até tirá-los. Massageou seus pés por alguns segundos, até que foi interrompida.

– Hun... Uau, olha o que encontramos aqui... - não era um velho bêbado ou um adulto cansado do trabalho. Era um jovem, um rapaz alto e forte, e Johana até o teria achado atraente, não fossem essas as circunstâncias - Já passa da meia noite, Cinderela... E eu não vejo a hora de ver o que você vira sem esse vestido caro... - disse ele, tocando em seus cabelos. - sabe... Eu até gosto de loiras e morenas... Mas ruivas são a minha paixão.

– Fica longe de mim. - respondeu ela, se levantando e pegando seus sapatos, saiu daquele lugar. Mas ela não saiu sozinha.

– Você não acha perigoso andar por ai sozinha, querida? Algum lobo mau pode querer te comer...

– Me deixa em paz! - dessa vez, Johana gritou, mas por azar dela, não foi um grito firme e decidido. Foi um grito trêmulo e amedrontado. O rapaz apertou o passo e, puxando seus cabelos, a fez olhar em seus olhos.

– Abaixa o tom, chapeuzinho. Aqui nessa floresta, ninguém vai te escutar. Mesmo que eu te devore aqui e agora, no meio da calçada, você vai estar sozinha. Ninguém vai te ajudar... Ninguém vai se meter comigo por uma safada que gosta de sentar e seduzir homens na porta de um bar. - Nesse momento, Johana ja começara a chorar, e a implorar que ele a deixasse ir embora, mas ele estava decidido: iria estuprá-la ali mesmo.

– Não se preocupe, querida... Vou ser bem gentil... Você ainda me parece... Virgem? - ele olhou para ela e sorriu,e por um tempo ficou em silêncio, mas depois puxou com mais força e cabelo dela - Eu te fiz uma pergunta, vadia! - Johana não conseguia conter as lágrimas, e apenas balançou a cabeça, - Ah... adoro as virgens!

Ele a prensou na parede, e com uma mão, passou os dedos pela boca de Johana, desceu pelo pescoço até chegar ao colo, e ali começou a desabotoar lentamente sua blusa. Quando terminou, olhou o corpo dela, sorriu, e começou a beijar-lhe o pescoço. Johana soluçava e chorava, não sabia o que fazer, e por impulso, deu uma joelhada na virilha do rapaz, que a soltou na hora. Johana ficou por um segundo paralisada, não acreditara no que fizera, mas logo em seguida saiu correndo.

Correu o máximo que podia, porém estava descalça, e pisou em um caco de vidro e cortou o pé, isso a fez cair e não ter forças de levantar. Ela tentou se arrastar para o canto, mas assim que conseguiu, ela o ouviu gritar.

– Vadia! Eu até pensei em ser bonzinho, mas agora...- e então ele se jogou em cima dela, ali no chão, e a virou para que ficasse frente a frente com ele, e Deu-lhe um soco que quase a desmaiou - isso foi pelo meu saco... - e então ele começou a tentar tirar sua blusa e desabotoar o zíper da calça.

Quando estava prestes a tirar o short de Johana, ele sussurrou em seu ouvido.

– Nolan, é o nome do cara que vai tirar sua virgindade.

– Kyle, é o nome do cara que vai quebrar sua cara! - disse Kyle, arrancando Nolan de cima de Johana, que estava quase desacordada, e invertendo os papéis: ela estava no chão sozinha, com Nolan ao seu lado, E Kyle em cima dele, Socando com toda a força e fúria seu rosto, e mesmo depois que sua mão estava toda ensanguentada, continuou batendo, e não parou até que, sem querer, olhou para o lado e viu Johana, á essa altura desmaiada, com o lado direito da bochecha roxo, e com um fio de sangue saindo de sua boca.

– Johana! - disse ele, saindo de cima de Nolan e segurando a cabeça dela, para que não engasgasse com seu próprio sangue. - Johana, amor... Acorda. Acorda! - então ela tossiu um pouco e abriu os olhos. Viu Kyle a segurando, com lágrimas nos olhos, e sorrindo, como se estivesse aliviado. Ele a abraçou e não disse uma palavra, apenas a colocou no carro e levou-a a um hospital. No caminho, Kyle ligou para a polícia e contou o que havia acontecido, a polícia disse que chegaria em trinta minutos ao local em que Nolan estava, porém Kyle teria que comparecer na delegacia e fazer um boletim de ocorrência.

Ao chegar no hospital, os enfermeiros não podiam fazer muita coisa, afinal o corte em seu pé não estava tão fundo e foi preciso apenas enfaixar.

– Senhor, a única coisa que podemos fazer são alguns exames para saber se ela não adquiriu nenhuma DST. - disse a enfermeira para Kyle.

– Não - disse Johana, parecendo envergonhada - Não é necessário, ele... Não concluiu seu objetivo... - e Kyle não pôde segurar um pequeno sorriso no canto de seus lábios.

– Obrigada. - disse ele á enfermeira, pegou a mão de Johana e foram de volta para o carro, para irem para casa.

Ao chegarem na casa de Johana, Kyle parecia confuso.

– Jo... O que aconteceu? - perguntou Kyle.

– Eu... eu não sei - e dizendo isso, começou a chorar novamente, mas dessa vez Kyle a abraçou, tentando confortá-la.

– Shh... Hey... Tudo bem, Johana... não vamos mais falar disso, okay? Fica calma...- ela se acalmou e voltou ao seu lugar no carro. - Os seus pais...?

– Eles vão chegar semana que vem...

– Você vai ficar bem sozinha? - ela o olhou, como se dissesse "olha pra mim, você ficaria bem se fosse eu?", mas apenas disse:

– Sim. Obrigada, Kyle... - e desceu do carro, entrando em casa e trancando a porta. Ao subir para seu quarto, espiou pela janela e viu que Kyle ainda estava lá. Ela acenou, fechou a cortina e apagou a luz, mas não foi deitar. Johana continuou na janela, escondida, e viu quando Kyle socou o volante do carro, viu quando ele ligou o carro mas continuou lá, e desligou o carro depois. Viu ele encarando a janela do quarto, sem saber que ela ainda estava ali, e viu, depois de trinta minutos, Kyle virar a esquina e ir embora.

Johana acendeu de volta a luz, e do telefone de sua casa, ligou para Zoey.

– Zoey? É a Johana...

– Oi.

– Te encontraram?

– Infelizmente sim. Quer dizer que todo mundo agora sabe que eu gosto do Bran?

– Todo mundo sempre soube, Zoey... Menos a anta da Hanna e o mértila do Brandon... Mas ele ainda não sabe.

– Pois é, espero que eu possa contar com vocês para que continue assim. - e Zoey desligou o telefone. Ela estava chateada, claro, mas Johana não tinha vontade alguma de dormir, ela ia convidá-la para dormir em sua casa, ela não queria ficar sozinha, mas pelo visto, teria que se conformar assim.

Johana entrou no chuveiro e ficou vinte minutos tomando banho. Nem assim ela conseguia se sentir bem. Colocou um pijama, shortinho e camiseta azuis,e se sentou na cama.

Agora que estava sozinha, se sentia mais confortável para chorar. Gritou e chorou o quanto podia, até que a campainha tocou. Johana a princípio não quis atender, pensou que era algum vizinho que ouvira os gritos e foi ver o que estava acontecendo, mas ao olhar pela janela, viu o carro de Kyle.

Johana não hesitou: desceu as escadas o mais rápido que podia com o o pé enfaixado e abriu a porta. Ao olhar para Kyle, Johana não aguentou e se jogou contra ele, chorando ainda mais do que antes.

– Me perdoa, Johana... Não sei como pude deixar você aqui sozinha... Sou um...

– Idiota. Só me abraça Kyle... Por favor não fala nada...

Eles ficaram por pouco tempo abraçados, e Johana perguntou se Kyle poderia passar a noite com ela.

– Eu... É claro, Johana...

– Eu sei que você está achando estranho, mas é que eu prefiro que ninguém fique sabendo disso... Ninguém mesmo...

– Claro, eu... Pode contar comigo, Johana.

Ela trancou a porta e apagou as luzes. Ela levou Kyle até seu quarto, e perguntou se ele se importaria de dormir na mesma cama que ela, e ele sem jeito, respondeu que não.

Eles se deitaram, e não falaram nada, até que Johana apagou a luz.

– Johana, você está bem?

– Eu vou ficar.

...

– Eu o teria matado.

– Não, não teria.

– Teria sim, Johana. O que ele fez... Eu... Eu... Eu não poderia ter deixado ele se sair bem nessa.

– Se sair bem? Quantos dentes você acha que arrancou dele?

– Não importa, não foi o suficiente. - até esse momento, eles estavam tentando manter uma distância segura, olhando para cima e quietos. Mas ao tocar nesse assunto, Kyle se virou para Johana, que continuou na mesma posição. Kyle passou a mão pela bochecha machucada dela. - Olha o que ele fez com você... Meu Deus, eu tenho que acabar com ele...

– Kyle...

– O que? O que foi...?

– Você... Ta me machucando.

– O quê? Ah, desculpe... - disse ele, tirando a mão do machucado dolorido de Johana.

– Vamos... Dormir, tá legal?

– Legal, ótima ideia... Dormir. - então ele se virou para o outro lado, e Johana também, e ficaram assim por vinte minutos (ou mais), até que Kyle disse:

– Johana... Você já dormiu?

– Ainda não...

– Eu... - Kyle acendeu a luz e se virou novamente para ela. - posso te dar boa noite?

– O que? - disse ela, se virando.

– Eu só quero... - disse ele, se aproximando de Johana, e encostando seus lábios nos dela, fechou os olhos e deu-lhe um beijo (tá, foi um selinho ---) úmido e quente. - Boa noite, Johana. - disse olhando nos olhos dela.

Kyle apagou a luz e voltou a olhar para o teto, sem saber que Johana também estava olhando para cima.

Johana acendeu de volta a luz e disse:

– Kyle...?

– Johana desculpe, eu não sei porque fiz isso eu devia ter...

– Posso te dar boa noite também...?

– O quê? Você não está... - Johana interrompeu-o e deu-lhe o beijo que ele gostaria de ter dado, mas teve medo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Goodbye, Friends..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.